segunda-feira, 19 de junho de 2017

Mudanças, já

19/06/2017 11:10

Dicas do Dowbor

A Europa está se cobrindo de muros e cercas de arame. Discute-se erguer um gigantesco muro de mais de mil quilómetros entre o México e os Estados Unidos.
Ladislau Dowbor


Caros,

Nos últimos tempos têm aparecido trabalhos de fundo repensando o sistema. Queria aqui fazer um tipo de comentário de leitura sobre textos que têm em comum a convicção de que não se trata mais apenas do problema de Trump nos EUA, de Temer no Brasil, de Macri na Argentina, de Erdogan na Turquia, do Brexit na Inglaterra, do fato dos dois grandes partidos (socialista e republicano) que repartiram o poder na França não terem chegado, nem um nem outro, sequer ao segundo turno.

A Europa está se cobrindo de muros e cercas de arame farpado. Discute-se seriamente erguer um gigantesco muro de mais de mil quilómetros entre o México e os Estados Unidos. Os países mais poderosos estão se dotando de instrumentos sofisticados de invasão de privacidade e de controle das populações que assustam tanto pela amplitude da invasão como pela indiferença das populações.

E naturalmente o caos que se avoluma não diz respeito apenas à política e aos governos: os gigantes financeiros planetários geram um nível de desigualdade e de desmandos ambientais que tornam o mundo cada vez mais inseguro e o universo corporativo cada vez mais irresponsável.

A realidade é que o mundo está mudando de forma muito acelerada. Os mecanismos de mercado já não servem como instrumento de restabelecimento de equilíbrios nesta era de oligopólios, e os governos já não são capazes de responder efetivamente aos anseios das populações, presos que estão nas pressões das dívidas públicas e dos desequilíbrios financeiros. As mudanças são sistêmicas.

Neste contexto aparece como muito importante acompanhar estudos sobre as alternativas, que surgem em diversas partes do mundo. Ponto importante: já não se trata de tecnicalidades econômicas, e sim de propostas que cruzam economia, política, cultura, o futuro dos sindicatos e da participação social e assim por diante. Porque os desafios são justamente sistêmicos, aqui como em outros países.

Sugiro que vejam:

1. Gar Alperovitz – The Next System, como quem diz, vamos pensar no próximo sistema, porque este que aí está já era. Os diversos capítulos envolvem a governança em termos gerais, e também o dinheiro, os investimentos, a desigualdade, o meio ambiente, o necessário pluralismo e assim por diante. E Gar Alperovitz é um pensador de primeira linha. Confira a íntegra em: http://www.thenextsystem.org/principles/?mc_cid=f152d4ca54&mc_eid=bfa40f009

2. Joseph Stiglitz – Rewriting the Rules of the American Economy: an agenda for shared prosperity (Reescrever as regras da economia americana: uma agenda para uma prosperidade compartilhada). Joseph Stiglitz organizou um documento muito forte que representa uma agenda para os Estados Unidos, hoje presos numa armadilha de elites que insistem em combater políticas sociais, promover mais desigualdade e atacar políticas ambientais. Invertendo radicalmente as velhas visões, o amplo grupo de economistas que participam deste relatório rejeita "os velhos modelos econômicos". Confira a íntegra em: http://dowbor.org/2016/09/stiglitz-rewriting-the-rules-of-the-american-economy-an-agenda-for-shared-prosperity-new-york-london-w-w-norton-company-2015-237-p-isbn-978-0-393-25405-1.html/

3. Joseph E. Stiglitz e Mark Pieth – Superando a Economia Paralela – Friedrich Ebert Stiftung – Fev. de 2017 – 36 p. Um artigo demolidor e muito bem documentado sobre os paraísos fiscais, por parte de dois especialistas, tanto Mark Pieth por seus estudos, como Joseph E. Stiglitz que começou a luta com os fluxos ilegais quando era economista-chefe no Banco Mundial. A desorganização é compreensível: “A globalização resultou em uma economia global, mas não em um governo global. ” O estudo mostra que não se trata de dinheiro que escapa do sistema e se esconde, e sim de um mecanismo que deforma o conjunto do sistema que passa a trabalhar na opacidade. Lembremos que o Brasil tem em paraísos fiscais mais de 500 bilhões de dólares. Acesse o artigo em: http://dowbor.org/blog/wp-content/uploads/2017/04/17-Stiglitz-Pieth-Paraisos-fiscais-33p.pdf

4. Oxfam – Uma economia para os 99%. Estamos na era da acumulação improdutiva de patrimônio, descapitalização da sociedade. É uma desorganização sistêmica. A reforma do sistema financeiro global (e nacional no Brasil) constitui o desafio central. Enriquecimento sem a contrapartida produtiva, “unearned income” na terminologia inglesa, gera rentistas ricos e economias travadas. Este estudo da Oxfam, com as propostas correspondentes, é um excelente instrumento de trabalho, um choque de realismo. http://dowbor.org/2017/01/oxfam-uma-economia-para-os-99-2016-relatorio-10p.html/

5. Labour Party Manifesto 2017 – For the many, not the few (Para os muitos, não os poucos) faz um desenho que certa maneira inverte o conjunto das orientações e desconstrução do setor público promovido pela Margareth Thatcher, revaloriza a regulação pelo Estado, resgata o papel gratuito e universal das políticas sociais e assim por diante. Centrado no conceito de que a economia tem de funcionar para todos, a análise lembra muito os argumentos do Bernie Sanders nos Estados Unidos, e constitui um documento compacto e claro. Veja a íntegra em: http://www.labour.org.uk/page/-/Images/manifesto-2017/Labour%20Manifesto%202017.pdf

Nesta linha de repensar o sistema, vamos encontrar também Ellen Brown com os seus estudos sobre os sistemas financeiros, Lester Brown sobre as alternativas em termos de sustentabilidade (o seu estudo Plano B implica que o plano “A” atual já não responde), e temos evidentemente os estudos da New Economics Foundation (NEF) na Inglaterra, do Alternatives Economiques na França e assim por diante.

A verdade é que estão se multiplicando pelo planeta afora núcleos de pesquisa que buscam novos paradigmas de desenvolvimento. Muitos desses estudos já estão resenhados no nosso blog, em Dicas de Leitura. Constituem um complemento importante aos numerosos estudos que estão sendo desenvolvidos no Brasil: a crise está nos obrigando de certa maneira a ultrapassar as simplificações e repensar os nossos paradigmas.

Abraços,

Ladislau Dowbor

Lembrem-se que todas as dicas enviadas nos meses anteriores podem ser conferidas no Mural do nosso site, clicando em: http://dowbor.org/mural/ . Meus livros e artigos estão disponíveis na íntegra no site dowbor.org

Fonte: CARTA MAIOR
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Esse caos mundial e as mudanças em curso só não são percebidas pela grande mídia do Brasil, não é Globo ?

A turma do sono

Ô povo pra gostar de dormir!

19 DE JUNHO DE 2017

Fonte: Blog da Luciana Oliveira
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As imagens abaixo revelam como tem um pessoal no país que dorme, dorme e dorme. Foi a turma que saiu às ruas , bateu panelas nas varandas, defendeu Moro, Aécio, Cunha, gritava contra o PT como culpado pela corrupção no país, pedia o impeachment de Dilma, queria Temer na presidência, pediu intervenção militar, vestiu a camisa da seleção brasileira de futebol. E agora, José, pergunta Drumond.

Tudo bem, vocês podem não gostar do PT, das esquerdas, isso é normal e democrático. O que não podem é se deixar levar , serem manipulados, pedir algo que irá prejudicar vocês mesmos. A manipulação de que foram objeto para tenebrosas transações, veio à tona, tal qual o monstro da lagoa. Tudo bem, vocês dançaram, mas pelo menos , agora, já sabem onde os empregados das casas de vocês guardam as panelas que vocês usaram para fazer barulho em suas varandas.

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A Química da Vida

AMOR NOS TEMPOS DE CÓLERA

Servir bem

19 de junho de 2017 às 09h47



por Marco Aurélio Mello

Às vezes me pergunto: o que faço eu em espaço tão nobre como este aqui?

No Viomundo os temas são sempre muito importantes, densos, profundos…

Em textos com muita qualidade, complexos, conceituais, não raro incompreensíveis ao grande público.

Nessas horas fico até envergonhado.

Será que não estou abusando da boa vontade dos parceiros?

Mas na semana passada senti certo conforto ao encontrar uma resposta acolhedora para esta minha inquietação.

Foi num filme argentino: Cidadão Ilustre.

Aliás, que fase próspera e duradora esta do cinema vizinho, heim!

A película é sobre um Prêmio Nobel de Literatura que depois de 40 anos decide voltar à cidadezinha onde nasceu.

Numa cena ele elogia um jovem escritor local dizendo que seus textos são simples.

O rapaz fica contrariado porque entende que simplicidade é justamente o que um bom escritor não pode ter.

É quando o autor consagrado lhe diz: “escrever com simplicidade é um gesto de generosidade artística.”

Desde então tenho pensado muito nisso.

Admiro ensaístas, autores eruditos, intelectuais, desses que citam de cabeça grandes clássicos da literatura universal.

Mas infelizmente não sou um desses.

Não tenho tanta bagagem, muito menos memória.

Só sei escrever de maneira pobre, sucinta e tento ser simples, na ilusão de que meu alcance aumente.

No fundo, o que sinto às vezes é natural e tem nome: insegurança.

E por que mesmo assim a gente segue escrevendo?

A resposta estava lá, em outra cena do filme.

Para o autor consagrado, personagem principal, todo escritor é vaidoso, egocêntrico e narcisista.

Explico: vaidoso porque tem que acreditar em si antes de todos os outros;

Egocêntrico porque tem que ter disponibilidade para se desligar do mundo ao redor e se dedicar a criar, olhar apenas para dentro de si, com egoísmo.

E narcisista porque depois tem de olhar a obra com reverência, mesmo quando o mundo não lhe dá nenhuma importância.

Deveria conhecer meus leitores, as estatísticas do blog, saber quantos são, do que gostam, do que não, se voltam, ou não, se torcem o nariz…

Por enquanto prefiro não saber.

Porque uma coisa é vaidade, outra bem diferente é a empáfia e a soberba.

A consagração às vezes é um túmulo escuro e frio como também nos faz pensar o tal filme.

Fonte: VIOMUNDO
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Ontem, 18 de junho, um domingo, foi o dia do Químico.

O dia amanheceu radiante. Um céu azul de outono, limpo , sem nuvens, que apenas a cidade do Rio de Janeiro produz. 

Levantei cedo e me envolvi com o aroma do café que preparava.

Fui caminhar e cheguei à Quinta da Boa Vista. Um parque, um belo parque repleto de árvores e pássaros que demonstravam a alegria de cantar, afinal era um belo dia, dia do Químico.

Sentei na grama, tirei as sandálias, de frente para um sol generoso e suave, contemplei paisagens, sons e o silêncio. 

O dia era do Químico, e lá estava, o Químico, em meio a natureza, em meio a química da vida. 

Assim como os pássaros cantarolei algumas canções, brinquei com terra , água, galhos de árvores secos, e com a grama ainda molhada do orvalho da madrugada. 

Brincava com a Química, compreendia a natureza, percebia a vida. 

Uma química perfeita, natural, simples, como tudo que é belo na vida. 

O aroma do café, o céu azul de outono, o parque, os pássaros, a terra, a água do lago, os galhos de árvores, as folhas secas no chão, a química da vida em toda sua complexidade ,beleza e simplicidade. 

No dia do Químico, enquanto esfregava meus pés molhados na grama, pensei em escrever sobre Química, profissão que escolhi ainda adolescente sonhando um dia em ser um cientista das Ciências Matemáticas e da Natureza. 

Escrever apenas para mim, um átomo leve das letras, ou quem sabe para dez milhões de pessoas, um átomo pesado da literatura. Um escritor é um Químico das palavras.

Como Químico, resolvi retratar aquele momento através deste texto, simples, sobre coisas simples da química da vida, afinal, tudo na vida é Química.

sábado, 17 de junho de 2017

Povo nas ruas. Voz e ação por eleições diretas

Valor, ansioso: em 14 de dezembro de 2015

'é necessária uma utopia, é necessário enxergar no afastamento do PT mais do que a oportunidade do advento de Michel Temer'.

Obs. Valor é um jornal do Grupo Globo

Fonte: PAPIRO em 14 de dezembro de 2015
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“Pessoas nos apoiaram por motivos mesquinhos ou ingênuos”: o desabafo de Carlos Fernando Lima, procurador da Lava Jato

Por Diario do Centro do Mundo

- 17 de junho de 2017

O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima

Publicado no Facebook do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, da Lava Jato.

Amigos.

A operação lava jato começou ostensivamente em março de 2014. Fui convidado a participar das investigações pelo Dr. Deltan Dallagnol, com o respaldo do Procurador Geral da República Dr. Rodrigo Janot.

Nesses mais de três anos desvendamos com o apoio da Polícia Federal e da Receita Federal diversas organizações criminosas, tanto empresariais, quanto político-partidárias, que vêm sugando a vitalidade dos cidadãos brasileiros.

Esses esquemas criminosos nos vampirizam, por um lado, pela corrupção, que corrói nossa economia e irriga os cofres de partidos políticos, políticos e funcionários públicos, e por outro lado, pelo benefício ilegal a empresas, seus proprietários e executivos em contratos públicos.

Apesar do sucesso das investigações até o momento, sempre soubemos o tamanho das forças contrárias que enfrentaríamos. Nunca fomos ingênuos a esse respeito. Por sorte pudemos contar com o apoio de pessoas de bem.

Infelizmente, entretanto, algumas das pessoas que nos apoiavam o fizeram por motivos mesquinhos ou ingênuos. Os primeiros queriam apenas substituir um partido pelo seu próprio partido, sem qualquer pretensão de buscar o bem comum. Já os segundos acreditavam que todo mal estava no governo do PT. Ledo engano.

A verdade é que estamos mergulhados em uma crise de um sistema político – partidário corrupto, que usa, independentemente do partido, de todos os meios ilícitos para sobreviver.

Esse sistema corrupto continua no atual governo. Não sejamos ingênuos ou, pior, cegos por não desejarmos ver a verdade. A atual luta não é esquerda contra direita, nem ricos contra pobres. É aqueles que desejam um país honesto com seu povo, limpo de toda essa abominável sujeira, contra aqueles que se beneficiaram da corrupção para alcançarem poder e dinheiro à custa do trabalho duro de todos os brasileiros.

Dessa forma, quero reiterar a todos a confiança que tenho nos trabalhos da equipe do Procurador Geral da República Dr. Rodrigo Janot, pois sei da seriedade de todos os seus esforços para que seja alcançado o mesmo objetivo de termos um país melhor.

Esse é o meu testemunho. E o faço livremente na esperança que as pessoas que o leiam possam acreditar nas minhas palavras. Não tenho compromisso algum com quem quer que seja, salvo com meu compromisso , que também foi o de meu pai e é de meus irmãos, de sermos servidores públicos e promotores de justiça.

Carlos Fernando dos Santos Lima, cidadão.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Joesley revela que Lava Jato, golpe e Globo levaram ao Planalto a mais perigosa quadrilha criminosa do país

Escrito por Luis Edmundo, Postado em Luis Edmundo Araujo


Foto: Reprodução

A chamada “grande mídia” apoiou de todas as formas o impeachment da então presidenta Dilma Rousseff. Depois, apoiou Michel Temer descaradamente, distorcendo dados econômicos para inventar notícias boas que não existiam. Agora, por meio da capa da revista Época, da Globo, a “grande mídia” avisa que o tal presidente que ela alçou ao poder é, na verdade, o chefe da quadrilha.

E não uma quadrilha qualquer, não. A capa da Época com a entrevista bombástica de Joesley Batista, dono da JBS, afirma que “Temer é o chefe da quadrilha mais perigosa do Brasil”. E desde o início de seu governo, a mídia amiga apoiou as indicações de Temer para as presidências de estatais, apoiou em editorial a razia promovida pelo presidente na administração pública, demitindo todo mundo que não fosse de sua confiança.

A entrevista é uma aula de corrupção em mais alto grau, com cenas de cinema em conversas de Joesley com Eduardo Cunha e Michel Temer. O autor da matéria é o editor-chefe da revista, Diego Escosteguy, o mesmo que, logo depois do impeachment, foi obrigado a negar, nas redes sociais, rumores de que disse à sua equipe, em reunião de pauta: ‘quem acha que foi golpe, vaze agora“.

Escosteguy é o mesmo também que avisou antes do ocorrido, todo pimpão, vaidoso de ser tão bem informado, avisou no twitter sobre a condução coercitiva de Lula. Agora, Diego avisa que tudo aquilo, todo apoio ao impeachment, às reformas, tudo aquilo foi para alçar ao comando da nação o “chefe da quadrilha mais perigosa do Brasil”.

É bom lembrar que a Globo também apoiou abertamente a maneira corrupta da relação de Temer com o Congresso Nacional, visando aprovar reformas importantíssimas que, se foram discutidas em algum momento pela sociedade, bem por alto, nas eleições de 2014, foram reprovadas.

Se a Globo, agora, quer ser contra Michel Temer, tem de ser contra todas as reformas levadas por ele sem discussão com a sociedade. Tem de ser contra todas as indicações políticas que ele fez para as presidências das estatais.

Há também questões relacionadas à operação Lava Jato, levantadas pela entrevista. Se o Cunha é da quadrilha do Temer, por que o juiz Sergio Moro não aceita a delação de Cunha?

Seria mais uma prova de que a Lava Jato levou a quadrilha ao poder, a quadrilha mais perigosa do país. Por outro lado, trata-se, na prática, de uma delação. No caso de Temer há o diferencial da prova, da conversa gravada na qual o presidente aceita e concorda com tudo o que Joesley fala, sem contar a tal mala de R$ 500 mil com dinheiro monitorado.

Mesmo assim, é, por enquanto, uma delação que tem de ser investigada. O curioso é que só agora, mais de um ano depois de entregar o país ao chefe da quadrilha, só agora a mídia fale nisso.

Fonte: O CAFEZINHO
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Marcelo Figueiredo ·
Havana, Cuba
Ué, eu achava que os chefões da maior quadrilha do país eram os donos da revista pra qual ele deu a entrevista.
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NLike · Reply · 2 minsilson Fernandes ·
ITE - Instituição Toledo de Ensino Faculdade de Direito de Bauru

É tudo a mesma sopa.
__________________________________________Temer é o chefe da ORCRIM”: 
Joesley queimou a narrativa de Moro e o cérebro da extrema direita.
Por Kiko Nogueira
- 17 de junho de 2017

“Quem é o chefe da ORCRIM?”

A senha foi dada por Augusto Nunes, colunista da Veja por enquanto (toda a turma dele foi mandada embora, de Felipe Moura Brasil a Reinaldo Azevedo).

“O que falta é mais gente decidida a avisar nas ruas, aos berros, que o Brasil decente não se deixará intimidar pelos poderosos patifes que teimam em obstruir os caminhos da Lava Jato. Refiro-me à verdadeira Lava Jato, representada por Sérgio Moro, não à caricatura parida em Brasília por Rodrigo Janot”, escreveu.

Joesley Batista está terminando de enterrar a narrativa segundo a qual Lula comandava a chamada ORCRIM, organização criminosa, “o maior esquema de corrupção desde as pirâmides do Egito” e por aí vai.

Essa versão alimentou gerações de indigentes mentais que alimentavam outros indigentes mentais num ciclo que parecia infinito — e agora eles estão perdidos como alcoólatras sem o uisquinho da manhã.

Marcello Reis, o zumbi dos Revoltados Online, está batendo pino nas redes sociais. “Então, quem é Lula? Joesley diz que Temer é o chefe da quadrilha. Quem acredita em Joesley?”

Marcello, um picareta fanático — e vice versa — se sente enganado. Joesley só estaria dizendo a verdade se apontasse o dedo para Lula.

O dono da JBS falou o seguinte à Época:

O Temer é o chefe da Orcrim da Câmara. Temer, Eduardo, Geddel, Henrique, Padilha e Moreira. É o grupo deles. Quem não está preso está hoje no Planalto. Essa turma é muita perigosa. Não pode brigar com eles. Nunca tive coragem de brigar com eles. Por outro lado, se você baixar a guarda, eles não têm limites. Então meu convívio com eles foi sempre mantendo à meia distância: nem deixando eles aproximarem demais nem deixando eles longe demais. Para não armar alguma coisa contra mim. A realidade é que esse grupo é o de mais difícil convívio que já tive na minha vida. Daquele sujeito que nunca tive coragem de romper, mas também morria de medo de me abraçar com ele.

O time de Moro perdeu o controle sobre a história que queria contar. Isso começou em maio de 2016, com o vazamento das conversas de Sergio Machado.

Logo que os áudios vieram a público de sua conversas, sendo a mais famosa a de Jucá narrando o “grande acordo nacional com o Supremo, com tudo”, o primeiro a se manifestar foi o delegado Igor Romário de Paula.

“O que nos preocupa somente é que isso (o grampo) venha a público dessa forma, sem que uma apuração efetiva tenha sido feita antes”, afirmou ele.

Igor estava dizendo que há vazamentos bons e ruins. Os primeiros são os que são feitos pela força tarefa de Curitiba e que desembocam sempre no “Barba”.

O que resta, agora, é o pessoal pegar uma carona em Janot. Na semana passada, Deltan Dallgnol pediu a prisão de Aécio Neves.

Deltan teve a oportunidade de investigar o esquema de Aécio quando o doleiro Alberto Yousseff, há três anos, contou que a irmã do senador recolhia propina na empresa Bauruense, por contratos em Furnas.

Não o fez porque, assim como Augusto Nunes, Sergio Moro, Marcello Reis, Diogo Mainardi e tantos outros, dependem de Lula para viver. Lula garante o leitinho das crianças.

Joesley jogou água no chope e deu um curto circuito no powerpoint e no cérebro da extrema direita.



Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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A direita levou um nó na cabeça. Tem sinapse em curto circuito, isso para aqueles que ainda possuem algum neurônio.

O golpe, que aqui no PAPIRO sempre afirmei que se tratava de um golpe de estado, perdeu o rumo, perdeu a utopia de Globo. Como disse em diversas ocasiões, a turma do golpe não queria admitir em hipótese alguma um quarto governo do PT. E como aconteceu com a vitória de Dilma sobre Aécio, o golpe entrou em cena em um dos espetáculos mais grotescos da história do país. As cenas no Congresso Nacional durante a votação pela admissibilidade do pedido de impeachment envergonharam as pessoas de bem. Um quarto governo do PT, significaria uma possível vitória de Lula em 2018, um quinto governo. A turma do golpe não suporta políticas e programas sociais e era o momento de acabar com o PT, na visão de Globo e de toda a escória que apoiou o golpe. Hoje, sabe-se com certeza, que uma quadrilha assaltou o país, com o apoio de Globo e seu jornalismo enviesado de esgoto. Insuflou ódio e violência na população, jogando nas ruas uma multidão de acéfalos em defesa de um golpe, colocando os governos do PT como supostos responsáveis pela corrupção do país. Agora, na hora da verdade, Globo pede a saída de Temer para colocar , por via indireta, alguém de sua confiança na presidência. E o faz com cinismo, mentira e hipocrisia, apresentando-se para seu público com neutra e responsável. Público de Globo, aliás, que deve conter o percentual de 7% da população que acredita que o leite achocolatado vem de vacas pardas e malhadas, como afirma matéria hoje em vários jornais. A saída são as eleições diretas, que a turma do golpe não quer, pois não deseja ouvir a voz do povo. O governo Temer acabou, e o golpe precisa ser contido para que um outro amigo da escória não assuma a presidência. Povo nas ruas, voz e ação.