segunda-feira, 19 de junho de 2017

A Química da Vida

AMOR NOS TEMPOS DE CÓLERA

Servir bem

19 de junho de 2017 às 09h47



por Marco Aurélio Mello

Às vezes me pergunto: o que faço eu em espaço tão nobre como este aqui?

No Viomundo os temas são sempre muito importantes, densos, profundos…

Em textos com muita qualidade, complexos, conceituais, não raro incompreensíveis ao grande público.

Nessas horas fico até envergonhado.

Será que não estou abusando da boa vontade dos parceiros?

Mas na semana passada senti certo conforto ao encontrar uma resposta acolhedora para esta minha inquietação.

Foi num filme argentino: Cidadão Ilustre.

Aliás, que fase próspera e duradora esta do cinema vizinho, heim!

A película é sobre um Prêmio Nobel de Literatura que depois de 40 anos decide voltar à cidadezinha onde nasceu.

Numa cena ele elogia um jovem escritor local dizendo que seus textos são simples.

O rapaz fica contrariado porque entende que simplicidade é justamente o que um bom escritor não pode ter.

É quando o autor consagrado lhe diz: “escrever com simplicidade é um gesto de generosidade artística.”

Desde então tenho pensado muito nisso.

Admiro ensaístas, autores eruditos, intelectuais, desses que citam de cabeça grandes clássicos da literatura universal.

Mas infelizmente não sou um desses.

Não tenho tanta bagagem, muito menos memória.

Só sei escrever de maneira pobre, sucinta e tento ser simples, na ilusão de que meu alcance aumente.

No fundo, o que sinto às vezes é natural e tem nome: insegurança.

E por que mesmo assim a gente segue escrevendo?

A resposta estava lá, em outra cena do filme.

Para o autor consagrado, personagem principal, todo escritor é vaidoso, egocêntrico e narcisista.

Explico: vaidoso porque tem que acreditar em si antes de todos os outros;

Egocêntrico porque tem que ter disponibilidade para se desligar do mundo ao redor e se dedicar a criar, olhar apenas para dentro de si, com egoísmo.

E narcisista porque depois tem de olhar a obra com reverência, mesmo quando o mundo não lhe dá nenhuma importância.

Deveria conhecer meus leitores, as estatísticas do blog, saber quantos são, do que gostam, do que não, se voltam, ou não, se torcem o nariz…

Por enquanto prefiro não saber.

Porque uma coisa é vaidade, outra bem diferente é a empáfia e a soberba.

A consagração às vezes é um túmulo escuro e frio como também nos faz pensar o tal filme.

Fonte: VIOMUNDO
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Ontem, 18 de junho, um domingo, foi o dia do Químico.

O dia amanheceu radiante. Um céu azul de outono, limpo , sem nuvens, que apenas a cidade do Rio de Janeiro produz. 

Levantei cedo e me envolvi com o aroma do café que preparava.

Fui caminhar e cheguei à Quinta da Boa Vista. Um parque, um belo parque repleto de árvores e pássaros que demonstravam a alegria de cantar, afinal era um belo dia, dia do Químico.

Sentei na grama, tirei as sandálias, de frente para um sol generoso e suave, contemplei paisagens, sons e o silêncio. 

O dia era do Químico, e lá estava, o Químico, em meio a natureza, em meio a química da vida. 

Assim como os pássaros cantarolei algumas canções, brinquei com terra , água, galhos de árvores secos, e com a grama ainda molhada do orvalho da madrugada. 

Brincava com a Química, compreendia a natureza, percebia a vida. 

Uma química perfeita, natural, simples, como tudo que é belo na vida. 

O aroma do café, o céu azul de outono, o parque, os pássaros, a terra, a água do lago, os galhos de árvores, as folhas secas no chão, a química da vida em toda sua complexidade ,beleza e simplicidade. 

No dia do Químico, enquanto esfregava meus pés molhados na grama, pensei em escrever sobre Química, profissão que escolhi ainda adolescente sonhando um dia em ser um cientista das Ciências Matemáticas e da Natureza. 

Escrever apenas para mim, um átomo leve das letras, ou quem sabe para dez milhões de pessoas, um átomo pesado da literatura. Um escritor é um Químico das palavras.

Como Químico, resolvi retratar aquele momento através deste texto, simples, sobre coisas simples da química da vida, afinal, tudo na vida é Química.

sábado, 17 de junho de 2017

Povo nas ruas. Voz e ação por eleições diretas

Valor, ansioso: em 14 de dezembro de 2015

'é necessária uma utopia, é necessário enxergar no afastamento do PT mais do que a oportunidade do advento de Michel Temer'.

Obs. Valor é um jornal do Grupo Globo

Fonte: PAPIRO em 14 de dezembro de 2015
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“Pessoas nos apoiaram por motivos mesquinhos ou ingênuos”: o desabafo de Carlos Fernando Lima, procurador da Lava Jato

Por Diario do Centro do Mundo

- 17 de junho de 2017

O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima

Publicado no Facebook do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, da Lava Jato.

Amigos.

A operação lava jato começou ostensivamente em março de 2014. Fui convidado a participar das investigações pelo Dr. Deltan Dallagnol, com o respaldo do Procurador Geral da República Dr. Rodrigo Janot.

Nesses mais de três anos desvendamos com o apoio da Polícia Federal e da Receita Federal diversas organizações criminosas, tanto empresariais, quanto político-partidárias, que vêm sugando a vitalidade dos cidadãos brasileiros.

Esses esquemas criminosos nos vampirizam, por um lado, pela corrupção, que corrói nossa economia e irriga os cofres de partidos políticos, políticos e funcionários públicos, e por outro lado, pelo benefício ilegal a empresas, seus proprietários e executivos em contratos públicos.

Apesar do sucesso das investigações até o momento, sempre soubemos o tamanho das forças contrárias que enfrentaríamos. Nunca fomos ingênuos a esse respeito. Por sorte pudemos contar com o apoio de pessoas de bem.

Infelizmente, entretanto, algumas das pessoas que nos apoiavam o fizeram por motivos mesquinhos ou ingênuos. Os primeiros queriam apenas substituir um partido pelo seu próprio partido, sem qualquer pretensão de buscar o bem comum. Já os segundos acreditavam que todo mal estava no governo do PT. Ledo engano.

A verdade é que estamos mergulhados em uma crise de um sistema político – partidário corrupto, que usa, independentemente do partido, de todos os meios ilícitos para sobreviver.

Esse sistema corrupto continua no atual governo. Não sejamos ingênuos ou, pior, cegos por não desejarmos ver a verdade. A atual luta não é esquerda contra direita, nem ricos contra pobres. É aqueles que desejam um país honesto com seu povo, limpo de toda essa abominável sujeira, contra aqueles que se beneficiaram da corrupção para alcançarem poder e dinheiro à custa do trabalho duro de todos os brasileiros.

Dessa forma, quero reiterar a todos a confiança que tenho nos trabalhos da equipe do Procurador Geral da República Dr. Rodrigo Janot, pois sei da seriedade de todos os seus esforços para que seja alcançado o mesmo objetivo de termos um país melhor.

Esse é o meu testemunho. E o faço livremente na esperança que as pessoas que o leiam possam acreditar nas minhas palavras. Não tenho compromisso algum com quem quer que seja, salvo com meu compromisso , que também foi o de meu pai e é de meus irmãos, de sermos servidores públicos e promotores de justiça.

Carlos Fernando dos Santos Lima, cidadão.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Joesley revela que Lava Jato, golpe e Globo levaram ao Planalto a mais perigosa quadrilha criminosa do país

Escrito por Luis Edmundo, Postado em Luis Edmundo Araujo


Foto: Reprodução

A chamada “grande mídia” apoiou de todas as formas o impeachment da então presidenta Dilma Rousseff. Depois, apoiou Michel Temer descaradamente, distorcendo dados econômicos para inventar notícias boas que não existiam. Agora, por meio da capa da revista Época, da Globo, a “grande mídia” avisa que o tal presidente que ela alçou ao poder é, na verdade, o chefe da quadrilha.

E não uma quadrilha qualquer, não. A capa da Época com a entrevista bombástica de Joesley Batista, dono da JBS, afirma que “Temer é o chefe da quadrilha mais perigosa do Brasil”. E desde o início de seu governo, a mídia amiga apoiou as indicações de Temer para as presidências de estatais, apoiou em editorial a razia promovida pelo presidente na administração pública, demitindo todo mundo que não fosse de sua confiança.

A entrevista é uma aula de corrupção em mais alto grau, com cenas de cinema em conversas de Joesley com Eduardo Cunha e Michel Temer. O autor da matéria é o editor-chefe da revista, Diego Escosteguy, o mesmo que, logo depois do impeachment, foi obrigado a negar, nas redes sociais, rumores de que disse à sua equipe, em reunião de pauta: ‘quem acha que foi golpe, vaze agora“.

Escosteguy é o mesmo também que avisou antes do ocorrido, todo pimpão, vaidoso de ser tão bem informado, avisou no twitter sobre a condução coercitiva de Lula. Agora, Diego avisa que tudo aquilo, todo apoio ao impeachment, às reformas, tudo aquilo foi para alçar ao comando da nação o “chefe da quadrilha mais perigosa do Brasil”.

É bom lembrar que a Globo também apoiou abertamente a maneira corrupta da relação de Temer com o Congresso Nacional, visando aprovar reformas importantíssimas que, se foram discutidas em algum momento pela sociedade, bem por alto, nas eleições de 2014, foram reprovadas.

Se a Globo, agora, quer ser contra Michel Temer, tem de ser contra todas as reformas levadas por ele sem discussão com a sociedade. Tem de ser contra todas as indicações políticas que ele fez para as presidências das estatais.

Há também questões relacionadas à operação Lava Jato, levantadas pela entrevista. Se o Cunha é da quadrilha do Temer, por que o juiz Sergio Moro não aceita a delação de Cunha?

Seria mais uma prova de que a Lava Jato levou a quadrilha ao poder, a quadrilha mais perigosa do país. Por outro lado, trata-se, na prática, de uma delação. No caso de Temer há o diferencial da prova, da conversa gravada na qual o presidente aceita e concorda com tudo o que Joesley fala, sem contar a tal mala de R$ 500 mil com dinheiro monitorado.

Mesmo assim, é, por enquanto, uma delação que tem de ser investigada. O curioso é que só agora, mais de um ano depois de entregar o país ao chefe da quadrilha, só agora a mídia fale nisso.

Fonte: O CAFEZINHO
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Marcelo Figueiredo ·
Havana, Cuba
Ué, eu achava que os chefões da maior quadrilha do país eram os donos da revista pra qual ele deu a entrevista.
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NLike · Reply · 2 minsilson Fernandes ·
ITE - Instituição Toledo de Ensino Faculdade de Direito de Bauru

É tudo a mesma sopa.
__________________________________________Temer é o chefe da ORCRIM”: 
Joesley queimou a narrativa de Moro e o cérebro da extrema direita.
Por Kiko Nogueira
- 17 de junho de 2017

“Quem é o chefe da ORCRIM?”

A senha foi dada por Augusto Nunes, colunista da Veja por enquanto (toda a turma dele foi mandada embora, de Felipe Moura Brasil a Reinaldo Azevedo).

“O que falta é mais gente decidida a avisar nas ruas, aos berros, que o Brasil decente não se deixará intimidar pelos poderosos patifes que teimam em obstruir os caminhos da Lava Jato. Refiro-me à verdadeira Lava Jato, representada por Sérgio Moro, não à caricatura parida em Brasília por Rodrigo Janot”, escreveu.

Joesley Batista está terminando de enterrar a narrativa segundo a qual Lula comandava a chamada ORCRIM, organização criminosa, “o maior esquema de corrupção desde as pirâmides do Egito” e por aí vai.

Essa versão alimentou gerações de indigentes mentais que alimentavam outros indigentes mentais num ciclo que parecia infinito — e agora eles estão perdidos como alcoólatras sem o uisquinho da manhã.

Marcello Reis, o zumbi dos Revoltados Online, está batendo pino nas redes sociais. “Então, quem é Lula? Joesley diz que Temer é o chefe da quadrilha. Quem acredita em Joesley?”

Marcello, um picareta fanático — e vice versa — se sente enganado. Joesley só estaria dizendo a verdade se apontasse o dedo para Lula.

O dono da JBS falou o seguinte à Época:

O Temer é o chefe da Orcrim da Câmara. Temer, Eduardo, Geddel, Henrique, Padilha e Moreira. É o grupo deles. Quem não está preso está hoje no Planalto. Essa turma é muita perigosa. Não pode brigar com eles. Nunca tive coragem de brigar com eles. Por outro lado, se você baixar a guarda, eles não têm limites. Então meu convívio com eles foi sempre mantendo à meia distância: nem deixando eles aproximarem demais nem deixando eles longe demais. Para não armar alguma coisa contra mim. A realidade é que esse grupo é o de mais difícil convívio que já tive na minha vida. Daquele sujeito que nunca tive coragem de romper, mas também morria de medo de me abraçar com ele.

O time de Moro perdeu o controle sobre a história que queria contar. Isso começou em maio de 2016, com o vazamento das conversas de Sergio Machado.

Logo que os áudios vieram a público de sua conversas, sendo a mais famosa a de Jucá narrando o “grande acordo nacional com o Supremo, com tudo”, o primeiro a se manifestar foi o delegado Igor Romário de Paula.

“O que nos preocupa somente é que isso (o grampo) venha a público dessa forma, sem que uma apuração efetiva tenha sido feita antes”, afirmou ele.

Igor estava dizendo que há vazamentos bons e ruins. Os primeiros são os que são feitos pela força tarefa de Curitiba e que desembocam sempre no “Barba”.

O que resta, agora, é o pessoal pegar uma carona em Janot. Na semana passada, Deltan Dallgnol pediu a prisão de Aécio Neves.

Deltan teve a oportunidade de investigar o esquema de Aécio quando o doleiro Alberto Yousseff, há três anos, contou que a irmã do senador recolhia propina na empresa Bauruense, por contratos em Furnas.

Não o fez porque, assim como Augusto Nunes, Sergio Moro, Marcello Reis, Diogo Mainardi e tantos outros, dependem de Lula para viver. Lula garante o leitinho das crianças.

Joesley jogou água no chope e deu um curto circuito no powerpoint e no cérebro da extrema direita.



Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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A direita levou um nó na cabeça. Tem sinapse em curto circuito, isso para aqueles que ainda possuem algum neurônio.

O golpe, que aqui no PAPIRO sempre afirmei que se tratava de um golpe de estado, perdeu o rumo, perdeu a utopia de Globo. Como disse em diversas ocasiões, a turma do golpe não queria admitir em hipótese alguma um quarto governo do PT. E como aconteceu com a vitória de Dilma sobre Aécio, o golpe entrou em cena em um dos espetáculos mais grotescos da história do país. As cenas no Congresso Nacional durante a votação pela admissibilidade do pedido de impeachment envergonharam as pessoas de bem. Um quarto governo do PT, significaria uma possível vitória de Lula em 2018, um quinto governo. A turma do golpe não suporta políticas e programas sociais e era o momento de acabar com o PT, na visão de Globo e de toda a escória que apoiou o golpe. Hoje, sabe-se com certeza, que uma quadrilha assaltou o país, com o apoio de Globo e seu jornalismo enviesado de esgoto. Insuflou ódio e violência na população, jogando nas ruas uma multidão de acéfalos em defesa de um golpe, colocando os governos do PT como supostos responsáveis pela corrupção do país. Agora, na hora da verdade, Globo pede a saída de Temer para colocar , por via indireta, alguém de sua confiança na presidência. E o faz com cinismo, mentira e hipocrisia, apresentando-se para seu público com neutra e responsável. Público de Globo, aliás, que deve conter o percentual de 7% da população que acredita que o leite achocolatado vem de vacas pardas e malhadas, como afirma matéria hoje em vários jornais. A saída são as eleições diretas, que a turma do golpe não quer, pois não deseja ouvir a voz do povo. O governo Temer acabou, e o golpe precisa ser contido para que um outro amigo da escória não assuma a presidência. Povo nas ruas, voz e ação.


Neoliberalismo. Um erro histórico

Corta, corta, corta: Inglaterra tem sete mil bombeiros a menos que em 2012; também 22 mil policiais a menos, lembrou Corbyn no atentado de 3 de junho deste ano na Inglaterra



Essa semana, o governo do RS abriu 900 vagas em presídios, fechou 2000 vagas em escolas e mandou a polícia militar desalojar 70 famílias.

Fonte: CARTA MAIOR
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Isso é o que chamam de futuro e de evolução, o ideário neoliberal que se iniciou pelo mundo no início da década de 1980, com a dama de ferro aí da foto. Em um mundo sem sociedade, apenas com indivíduos, um vai matar o outro, lutar contra o outro.

O homem urso , que vive isolado, de Thatcher fracassou e o resultado desse erro histórico é o mundo atualmente como se apresenta. Estado mínimo, ou zero, supremacia das corporações e empreendedorismo individual, são idéias do neoliberalismo que quando apresentadas pela primeira vez pelos seus mentores, os boys de Chicago, grande parte de setores da direita viram como idéias de malucos. E a loucura, quem diria, prevaleceu no mundo.

Bombeiros, polícia, professores públicos, escolas públicas, hospitais públicos, são custos elevados para o Estado, na visão estreita neoliberal, a visão da involução humana. Por outro lado, encarcerar as pessoas dissidentes ao regime, e os perdedores é a regra. A maior população carcerária do mundo está nos EUA, a maioria, pobre e preto.


sexta-feira, 16 de junho de 2017

O luxo cubano

O luxo cubano: 
médicos com formação humanista.


Jornalistas Livres @J_LIVRES

"Os professores diziam para atender todos os pacientes como se fossem meu pai ou minha mãe" diz brasileiro formado em Cuba" .

Fonte: CARTA MAIOR
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Mordaças no povo

'Ouvir o povo não pode ser considerado golpe, sob qualquer argumento. Golpe contra quem?' (Haddad defende Diretas no 55º Congresso da UNE).

Fonte: CARTA MAIOR
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A NOSSA PÁTRIA MÃE GENTIL. COM QUEM TEM DINHEIRO OU PODER


14 DE JUNHO DE 2017 POR LUCIANA OLIVEIRA

A semana começou agitada com fatos graves no noticiário nacional.

O PSDB anunciou que segue agarrado a Michel Temer como torniquete pra estancar a rejeição às reformas que praticamente toda a população rejeita.

O senador afastado Aécio Neves, não está afastado. Segue com o nome no painel de votação do senado e com as garantias que o cargo confere.

A irmã, o primo e o assessor de um senador amigo íntimo estão presos, investigados por intermediação e transporte de propina de 2 milhões de reais da JBS para bancar a defesa de Aécio Neves.

O juiz Sérgio Moro absolveu Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral, colecionadora de joias caríssimas, das acusações de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por falta de provas.

Tudo isso, no entanto, repercutiu bem menos que a denúncia da jornalista Miriam Leitão sobre uma suposta agressão sofrida num voo.

O fato teria ocorrido há 10 dias e até o momento não há provas de que ocorreu como relatado pela jornalista, por angustiantes duas horas.

Há relatos que a desmentem, mas são como o dela, apenas relatos.

Que esse tipo de protesto, sobretudo dentro de uma aeronave é algo condenável, muitos denunciam faz tempo e com provas inequívocas. Não só em voos, mas em restaurantes, velórios, hospitais, em portas de casas de investigados.

É inaceitável, mas Miriam não pode imitar Andrea Neves alegando não saber de onde vem tanto ódio e há quanto tempo isso acontece.

Seria mais honesto reconhecer que a intolerância por posições ideológicas fez dela mais uma vítima, não ‘a’ vítima.

Há menos de um ano, ano no auge da campanha que o PSDB venceu em Porto Velho, capital de Rondônia, denunciei uma ameaça de morte no meu blog.

Publiquei a mensagem ameaçadora que havia recebido de um grupo de WhatsApp, preservando os que participaram do diálogo em que o atual prefeito e uma deputada federal tucanos eram citados.

Se eu não parasse de criticá-los iriam ‘fechar meu bico’.

Como não sou Miriam Leitão, nem jornalista de um grande veículo de comunicação, minha denúncia foi completamente ignorada.

A mensagem original com nomes de quem participou da conversa foi encaminhada a órgãos de segurança, para quem sabe, se ‘fecharem meu bico’, deem atenção ao que denunciei.



Depois denunciei uma abordagem intimidadora de militantes tucanos, entre eles militares, quando fazia compras no mercado com meu filho.


Também publiquei um artigo sobre o apelo do vice-presidente do PSDB em Porto Velho ao extermínio da esquerda. Ele pedia “justiça x faxina” numa publicação no facebook para “extirpar de vez todos os vermes esquerdopatas, petistas e políticos tradicionais da pior espécie.”
Ninguém deu a mínima e o vice-presidente do PSDB virou chefe de gabinete do prefeito.
Queria ter usufruído da solidariedade que jornalistas da minha aldeia ofertam à Miriam Leitão, mas não esperei por isso.
Só o Brasil 247 registrou tudo que denunciei, pelo que, agradeço.
Mais que o lastro profissional e o poder de fogo na imprensa, o que me diferencia da jornalista global é que não esperei ser vítima para condenar agressões motivadas por ódio partidário.
Faço isso desde que colunistas da direita classificaram os eleitores de esquerda como petralhas, mortadelas, militontos, esquerdopatas e bovinos, potencializando protestos insanos.
Se Miriam se sentiu ofendida e ameaçada só agora por deixar claro seu posicionamento político do golpe ao caos, sinceramente, tem mais sorte que eu e muitos.
Eduardo Guimarães que foi levado coercitivamente a depor, teve sua casa vasculhada e perdeu dinheiro com seu blog, que o diga.
Não é com hipocrisia que o pais vai superar essa onda de intolerância partidária.
Muito menos com oportunismo tardio.
Ninguém deve ser abordado agressivamente com protestos por expressar sua opinião.
E a compreensão de que isso é abominável, que motiva solidariedade coletiva nas redes sociais e na imprensa, não deve ser um privilégio de quem tem poder de fogo ou dinheiro.
Fonte: Blog da Luciana Oliveira
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Fonte: BRASIL DE FATO
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Vivemos tempos estranhos no país. O golpe, que teve o apoio dos grandes meios de comunicação, consegue ser tão violento quanto o golpe militar de 1964. Talvez seja ainda mais violento, pois não fechou o congresso e nem acabou com direitos e liberdades , como ocorreu em 1964, no entanto, o estado foi capturado e as lideranças que comandam o país criaram o estado criminoso, onde o crime em todas as suas modalidades dita as regras para o povo. Quando crime comanda, somente uma grande reação popular para colocoar o país nos trilhos da civilidade

Cultura e arte agonizam no Rio de Janeiro

O 'grito de socorro' da bailarina sem salário em seu adeus ao Brasil






Fonte: CARTA MAIOR
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Bailarinas do Teatro Municipal sem salários e fazendo apresentações em troca de alimentos.

Biblioteca Parque no centro da cidade do Rio de Janeiro fechada desde janeiro deste ano.

Esse é o estado do Rio de Janeiro pós golpe.


No entanto, nem tudo está perdido com a arte e a cultura do Rio de Janeiro. Em Globo, nas telas quentes, pode-se ver filmes sem diálogos, com muita ação e coisas explodindo pelos ares. Todos americanos, claro, assim como os programas de Globo como The Voice, The Voice Kids, Pop Star, Big Brother Brasil.

O amor está nos detalhes

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 Encontros Cariocas - 7    O amor está nos detalhes


Sérgio e Sandra formavam um casal bem interessante. Apaixonados um pelo outro, ele, dedicado e prestativo assim como ela que no entanto sentia um ciúme doentio pelo marido. Certo dia Sandra saiu de casa bem cedo e deixou uma lista de tarefas para o marido cumprir. Um dia de sábado. Ao acordar percebeu que a esposa tinha saído, e viu, ao seu lado na cama, em uma folha de papel com desenhos ao fundo de corações, uma lista de tarefas que o marido deveria cumprir. Leu, e imediatamente levantou-se para atender o pedido da esposa. Fez tudo que a esposa pediu e sabendo do ciúme da mulher ao chegar em casa e ao encontrá - la, especificou em minuciosos detalhes tudo o que fez.

- saí de casa andei, andei, andei e andei. Cheguei no supermercado, que estava lotado já pela manhã cedo, e tinha sido decorado com bandeirinhas de festas juninas. Logo notei que tinham filas grandes nos caixas. Peguei uma cesta para colocar as compras que você pediu, uma cesta azul com o fundo um pouco rasgado, de plástico. Tive até dificuldade de andar no meio de tanta gente nos corredores. Avistei nosso vizinho do terceiro andar com um carrinho cheio de mercadorias. Fui na padaria, estava saindo pão fresquinho. Paguei um saco plástico, e coloquei os quatro pãezinhos que você pediu, todos clarinhos e quentinhos, como você gosta. Dei um nó no saco e o coloquei na cesta. Ao sair, trombei com um menino que chorava pedindo batatas fritas pra mãe comprar. Com muita dificuldade caminhei até chegar no setor de frutas. Escolhi essas bananas exatamente como você gosta, um pouco pintadas de preto na casca. Coloquei na cesta e fui para o setor de frios. Tinha fila, e uma mulher na minha frente na fila reclamava que o mercado estava cheio. Concordei, mas não conversei com ela. Pedi o queijo e exigi que o funcionário cortasse em fatias bem finas, pois sei que você assim prefere. Fiz o que tinha que fazer no mercado e fui para o caixa, ao som ambiente de música de festa junina. Deu vontade de dançar com você. Fiquei um bom tempo na fila e consegui chegar ao caixa, uma senhora distinta, casada e bem educada. Saí do mercado e andei, andei, andei e andei, até chegar na farmácia de Seu Marcelo. Tinha gente, mas não estava cheia. Peguei o desodorante e o shampoo que você pediu e fui pagar. O caixa era homem. Sai da farmácia e andei, andei, andei e andei até chegar na banca de jornais do italiano. A banca, você sabe, tem ar condicionado e fazia frio lá dentro. Peguei a revista que você pediu , paguei e saí. Andei, andei, andei e andei, até chegar na lojinha de balinhas e docinhos. Estava repleta de crianças que faziam a maior algazarra o que deixou Seu Antônio tonto. Pedi seus docinhos de abóbora e suas balinhas de café. Saí da lojinha e andei, andei, andei e andei, até chegar aqui na nossa casa e feliz por encontrar você já em casa. Aqui estão suas compras, exatamente como você pediu.


Sandra, apesar do sorriso que revelava um profundo amor, olhou para o marido, pegou as compras, e disparou :

Escuta aqui, você me contou com riqueza de detalhes tudo o que você fez dentro dos lugares onde comprou tudo o que pedi. No entanto, nada me disse enquanto andava, andava, andava e andava pelas ruas. Que negócio é esse, perguntou desconfiada.

Sérgio, olhando com ternura para a mulher disse:

não existe amor nessa cidade. não existe amor nas ruas, no trânsito, nas pessoas.