segunda-feira, 12 de junho de 2017

Seja uma celebridade qualquer e fique milionário

Folha de S.Paulo
Sem salário há três meses, docente da UERJ pede emprego com cartaz para pagar contas atrasadas



Fonte: CARTA MAIOR
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Temos muito em comum.

Sou engenheiro químico, formado pela UERJ, pós graduação na COPPE/UFRJ e cursos de especialização na França - Paris -e na Suiça - Genebra. Tenho razoável domínio dos idiomas inglês, francês e espanhol. O estado falido não pode pagar o seu salário, e assim você não paga suas contas. Uma emissora de TV, no caso a TV Globo, resolveu me perseguir por motivações políticas e religiosas, e com isso perdi o emprego, casa e deixei de pagar minhas contas. No mundo atual talvez nosso erro tenha sido apostar no conhecimento, na ciência, na educação. Nesse mundo das celebridades não existe espaço para nossa profissão, não existe espaço para o educador, para o cientista, para pessoas bem preparadas. Como amantes do conhecimento, não temos espaço nos grande veículos de mídia, empenhados na imbecilização e na idiotização da população. Ganhamos a vida, ou ganhávamos a vida, disponibilizando e reproduzindo o conhecimento que adquirimos por décadas de dedicação e estudos árduos.Não somos empreendedores individuais, somos homens da ciência. Não vendemos carne processada, pães e não circulamos por gabinetes da política ou pelos studios de emisssoras de TV, assim sendo, não recebemos propinas, não subornamos ninguém, e também não fazemos acordos estranhos. Naturalmente, dependemos de nossos salários, e desta forma, jamais seremos pessoas ricas, bem sucedidas financeiramente, no entanto, teríamos uma vida digna, confortável caso os Estado cumprisse com suas obrigações e a TV Globo se concentrasse em sua missão, ou seja, produzir conteúdos de interesse público.Um estado falido e uma concessionária de televisão, são algozes do conhecimento, do saber. No mundo das celebridades fúteis onde pessoas que nada tem a dizer são bem sucedidas financeiramente, nossa condição de penúria faz com que sejamos também celebridades, celebridades ao avesso. Talvez pelo fato que tenhamos muito a dizer e a ensinar, não temos o espaço, valorização e mesmo o salário para pagar nossas contras atrasadas.

No entanto, estamos em evidência, celebridades ao avesso, um mau exemplo para os jovens que pensam em estudar e ter uma profissão.

Talvez a solução seja o aeroporto.
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Fuga de cérebros é sem volta
Arte/UOL
Crise afugenta cientistas e transfere pesquisas do Brasil para o exterior: "Na penúria"... -

Fonte: UOL
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sábado, 10 de junho de 2017

O lugar da grande mídia é o lixo

Pesquisa do Guardian:
quem virou o jogo eleitoral para Corbyn foram os sites e facebook de esquerda, cuja audiência bateu a mídia convencional


Fonte: CARTA MAIOR
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A grande mídia no dia de hoje amanheceu com um razoável número de colunistas comentando...a mídia. Afirmam que o excesso de notícias ruins não é problema da mídia, mas sim a realidade tal qual se apresenta. De fato, o Brasil e o mundo atual não podem ser apresentados como sendo saudáveis, prósperos, civilizados. No entanto, o Brasil e o mundo não se resumem a política ,economia e violência, carros chefes do noticiário diário dos grandes meios de comunicação. Ao insistir somente no que há de pior, a grande mídia nutre na população o desânimo e a descrença, e com isso contribui para consolidar seu projeto político e econômico, que quando consolidado trará ainda mais desânimo e descrença para a maioria das pessoas. Buscar outros meios de se obter informação é o caminho natural para todos aqueles que desejam um outro mundo, menos injusto, mais democrático.

Na internete existem sites, blogs , portais em grande número produzindo um jornalismo crítico e civilizado. Esqueça os grande meios de comunicação e tenha uma vida mais saudável, você pode.

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Mercadoria, objeto, bibelô, branca...

Papel da mulher não se limita a temas 'femininos', diz Papa

Francisco denunciou mais uma vez a "violência" contra a mulher


Nesta sexta-feira, dia 9, o papa Francisco defendeu mais uma vez os papeis fundamentais das mulheres em todos os setores da sociedade e disse que sua contribuição não deve se limitar a temas "femininos".

"A contribuição das mulheres não deve se limitar a temas 'femininos' ou a reuniões apenas entre mulheres. O diálogo é um caminho que a mulher e o homem devem realizar juntos. Hoje mais do que nunca é necessário que as mulheres estejam presentes", afirmou o líder da Igreja Católica uma assembleia do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso que tem como tema "o papel da mulher na educação para a fraternidade universal".

De acordo com o religioso argentino, "é evidente o quão importante é no campo do diálogo inter-religioso a educação para a fraternidade universal, o que também quer dizer aprender a construir vínculos de amizade e de respeito".

Por isso, "as mulheres podem se inserir nos intercâmbios de nível de experiência religiosa, assim com aqueles de nível teológico" e muitas delas "estão muito bem preparadas para enfrentar encontros de diálogo inter-religioso nos mais altos níveis e não só de parte católica", explicou Francisco.

Além disso, o Papa também denunciou mais uma vez a "violência" e os "muitos males que afligem este mundo que, em particular, afetam as mulheres em sua dignidade e em seu papel".

"As mulheres e as crianças estão entre as vítimas mais frequentes de uma violência cega. Ali, onde o ódio e a violência se impõem, se laceram famílias e a sociedade, impedindo que a mulher desenvolva, em comunhão de intenções e ações com o homem, sua missão de educadora de modo sereno e eficaz", ressaltou Jorge Mario Bergoglio.

O Pontífice também comentou que "lamentavelmente, vemos como hoje em dia a figura da mulher como educadora para a fraternidade universal se vê ofuscada e não reconhecida". Assim, Francisco insistiu na importância de "valorizar o papel da mulher" e protegê-las "também através de instrumentos legais, onde eles forem necessários".

O líder católico também ressaltou que percebe um "processo benéfico na crescente presença das mulheres na vida social, econômica e política em nível local, nacional e internacional, assim como eclesial".

Fonte: Jornal do Brasil
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As cores da mídia brasileira – 
O embranquecimento como purificação do poder
Escrito por Bajonas Teixeira, Postado em Bajonas Teixeira

Por Bajonas Teixeira

Temer ontem, no segundo dia do julgamento do TSE, amanheceu no portal UOL bem escurecido, com um véu sombrio sobre sua reputação. Mas, à medida que o dia avançou, e ficou “mais claro” que ele contaria com a maioria dos votos no TSE, rasgou-se o véu e um Temer clean e arroseado emergiu de dentro dele.

Pergunto-me quando os negros descobrirão que parte substancial da verdadeira “ideologia racial” no Brasil é contrabandeada através das imagens da mídia no jornalismo político. Para significar bandido, denunciado, desmascarado, suspeito, acuado, as imagens são escurecidas, amulatadas ou enegrecidas na mídia. Já quando se quer pintar o indivíduo como vitorioso, poderoso, limpo, inocente, ou honesto, ele é clareado e embranquecido.

Mas escurecer e clarear são técnicas e ferramentas operadas na mídia como parte do seu arsenal “comunicativo”. O clareamento ou embranquecimento artificiais funcionam às vezes como um prêmio da mídia que expressa sua gratidão, as vezes como exorcismo purificador e, em muitos casos, se usa como prova matemática de veracidade e credibilidade. Há dezenas de outras funções além dessas.

Foi nesse último caso (como prova matemática de veracidade e credibilidade) que se enquadrou a virada na imagem de Marcelo Odebrecht que passou, de repente, do mal para o bem, ou seja, de negro para branco, quando suas denúncias contra Lula e o PT foram liberadas. Tratamos do assunto no artigo Para atingir Lula e o PT mídia muda a cor do herdeiro da Odebrecht.


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Ainda que não pareça, as técnicas do “colorido” aplicadas pela mídia brasileira, são muito mais importantes que a política brasileira do dia a dia. Elas servem para alimentar o inconsciente racista dos Barrosos, para manter viva a chama inquisitorial do preconceito brasileiro. As aparentes bombas atômicas que fazer desmoronar ministros e presidentes da república não são nada comparadas ao cativeiro de aço que aprisiona a sociedade brasileira na lógica do racismo.

Vamos torcer para que algum autor estrangeiro, norte-americano ou europeu, descubra isso, que repise o assunto, que ele vire tema da própria mídia brasileira e, que, com tudo isso, transformado em moda, termine até por sensibilizar os que enfrentam a questão racial no Brasil. Infelizmente o mesmo inconsciente social constituído pela mídia é também o motor da ação de contestação, sempre ou quase sempre também impulsionado pela mesma mídia.

Para concluir, não se pode esquecer que, no caso particular que estamos considerando, da imagem de Temer no julgamento do TSE, se reflete a insegurança e os medos da Folha/UOL, que são também os do PSDB, sobre os rumos da crise e sobre a posição a tomar em relação ao governo Temer.

Nada melhor que fechar esse artigo com uma bela recordação. Uma singela imagem de Lula usada pelo jornalista Josias de Souza, também do UOL e da Folha, que parece merecer um lugar especial na galeria de retratos do uso grotesco das imagens na mídia brasileira:


Fonte: O CAFEZINHO
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NEGRO DE PRIMEIRA LINHA
9 DE JUNHO DE 2017


No 247, por Lelê Teles
o racismo, consciente ou inconsciente, deve se combatido.

Fonte: Blog da Luciana Oliveira
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Na grande mídia brasileira, especialmente no Grupo Globo, a mulher é tratada na maioria da vezes como símbolo sexual, mercadoria, bibelô e apêndice do homem. Os assuntos que envolvem a presença de mulheres giram em torno de moda, culinária e maridos. Se não fosse pouco, a novela malhação de Globo serve como um laboratório para identificar futuras mulheres que serão exploradas pela emissora como símbolos de beleza ou sexualidade. Tão logo atingem a maioridade, as meninas que se destacam pela estética são convocadas pela emissora para participação em novelas para adultos, e logo na estréia fazem cenas sem roupa, para delírio e deleite dos diretores e funcionários da emissora, ávidos por aquele momento que trabalharam por anos para que acontecesse. Aspectos culturais e políticos envolvendo mulheres não são bem vistos na cultura patriarcal das emissoras de televisão. Seja bonita e seja famosa, é a regra das emissoras de televisão. Ahh!, também use pouca roupa.

E tem gente que se encanta com Globo

Alessandra Vieira: A grande massa só recebe informação de seus próprios algozes

08 de junho de 2017 às 16h45



UM BALDE DE ÁGUA FRIA

Por Alessandra Vieira, reproduzido no blog do Dimas Roque

Os nazistas mantinham os judeus em fome constante. Assim, os judeus se ocupavam apenas de uma única tarefa durante o dia todo: procurar alimento, sobreviver, matar a fome imediata e urgente.

Não tinham tempo e nem energia para organizar conspirações, rebeliões e planos de fuga. A vida se resumia a uma luta individualista, egoísta e solitária pela mera subsistência.

De modo análogo, a maioria dos brasileiros se ocupa apenas da sobrevivência e da dura conquista do básico: moradia, comida, escola e saúde. E mesmo os poucos que conseguem manter esse básico (especialmente a classe média) não têm tempo para se preocupar com mais nada: acordam muito cedo, trabalham mais de 8 horas, retornam exaustos, assistem o Jornal Nacional e vão dormir para reiniciar a labuta no dia seguinte.

A vida se resume a uma luta individualista, egoísta e solitária pela manutenção do básico.

E as TVs, os jornais e revistas reforçam e martelam diariamente essa ideologia do individualismo e do trabalho maquinal: pense apenas em você; invista apenas em você; é cada um por si; não reclame, trabalhe; não seja vagabundo, trabalhe até o fim da vida; sempre foi e sempre será assim; com esforço você conseguirá vencer; a meritocracia fará você vencer; os sindicatos não servem pra nada; a política não presta; o coletivismo é um sonho; o socialismo morreu; os empresários vão melhorar sua vida; o capitalismo selvagem e sem grilhões é o futuro.

E tudo isso é mostrado ao público através de um lustro acadêmico e profissional. A propaganda é tão intensa e tão bem feita que poucos conseguem perceber a grande farsa que existe por trás dessa forma de pensar.

Diante desse cenário, a grande maioria dos brasileiros pouco se importa se o país está passando por um golpe de estado, se os direitos humanos já foram pro vinagre, se não existe mais democracia, se a constituição foi rasgada, se existe prisão política, se haverá uma ditadura militar, se os pobres da cracolândia estão sendo tratados como lixo.

Para quem a sobrevivência é a única preocupação, essas questões parecem supérfluas, um luxo desnecessário que só se justifica em países ricos.

Tudo isso se apresenta como uma névoa de acontecimentos, um falatório confuso, um ruído de fundo na vida cinzenta e maquinal dos trabalhadores.

Querer que essa multidão de autômatos se levante para lutar pela democracia é ser totalmente irrealista, romântico e ingênuo.

A grande massa de trabalhadores sem sindicatos, desorganizados e desinformados, apenas perceberão que algo mudou no país quando forem terceirizados, quando não mais tiverem direito a férias e décimo terceiro, quando a carga de trabalho aumentar e o salário diminuir, quando descobrirem que não irão mais se aposentar.

A grande massa de trabalhadores não aprende pela informação (pois a única informação que possui vem de seus algozes), aprende pela prática do dia-a-dia. Quando a grande massa de trabalhadores descobrir que tudo mudou, já será tarde demais para mudar.

PS do Viomundo: É por isso que, no primeiro Encontro de Blogueiros, em 2010, o discurso do criador deste espaço focou na necessidade de produção de conteúdo próprio, para o qual seria necessário financiamento através de uma política pública e/ou formação de uma cooperativa de blogueiros, que iria em grupo e diretamente ao mercado publicitário. Sem depender de governos de turno.

Em vez disso, vimos a SECOM dos governos Lula e Dilma pulverizar a publicidade oficial, beneficiando os parceiros locais e regionais dos grandes grupos de mídia, que seguem a mesma linha política de O Globo ou do Estadão, republicam os mesmos colunistas e servem aos coronéis regionais.

Vimos a “mídia técnica”, que significa basicamente manter os gigantes bem nutridos para esmagar os fracotes. Vimos omelete na Ana Maria Braga e um prefeito petista achincalhado por um “historiador” chinfrim da Jovem Pan. Vimos o senador Humberto Costa nas Páginas Amarelas da Veja. Ou seja, muito pouco mudou em 12, eu disse DOZE anos do PT no poder.

Fonte: VIOMUNDO
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Ainda acrescentaria ao discurso que a mídia martela diariamente o seguinte:
- aproveite todas as oportunidades;
- passe por cima das pessoas , se necessário for,
- use-as, se necessário for.
- o dinheiro deve ser seu único objetivo.
O povo não é bobo e sabe bem de que lado está a rede globo.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Milicos também se vendem

Corrupção com prova na ditadura militar
Escrito por Luis Edmundo, Postado em Redação


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O então presidente Emílio Garrastazu Médici vistoria as obras da Ponte Rio-Niterói

Foto: Arquivo Nacional

fascista”. O comentário é do jornalista Leandro Fortes em seu twitter, onde compartilhou o tweet de

“‘Ah, na ditadura não tinha corrupção’. Tem que ser muito babaca para acreditar nesse lengalenga Matias Sepktor com a prova cabal de corrupção na ditadura, no governo Médici.

“Chefe militar no governo Médici pedia propina a empresários americanos (nem sempre por intermédio da Fiesp). Primoroso documento recém-aberto”, diz Spektor, professor de Relações Internacionais na Fundação Getulio Vargas (FGV).

Em sua coluna de hoje na Folha de São Paulo, Spektor detalha mais o caso e questiona: se nossa podridão é de longa data, qual a diferença entre o esquema dos homens de farda e a mala de Rocha Loures, o infame assessor presidencial?

Fonte: O CAFEZINHO
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Todos sabem, até os inocentes e deslumbrados artistas da novela malhação de Globo, que os colonizadores portugueses levaram muito ouro de terras brasileiras para a terrinha. Na trilha, ou caminho, que levava o ouro das Minas Gerais até o porto no litoral do Rio de Janeiro,existiam vários fiscais, portugueses naturalmente, que pesavam o ouro que era carregado por pessoas e retiravam o percentual relativo ao imposto que ia para a coroa portuguesa. Consta na história que muitos fiscais, talvez a maioria, teriam adquirido fortunas, pois negociavam com os carregadores propinas em benefício de ambos, fiscais e carregadores. Assim sendo, não é de se estranhar que durante os governos dos milicos a propina tenha rolado solta e direto. Militares brasileiros também gostam muito de dinheiro fácil, e ainda cabe lembrar que logo depois do golpe militar de 1964, os milicos ficaram eufóricos pois poderiam ter cartões de crédito e levar suas esposas para compras em shoppings centers, e ainda comprar os carros do ano.



Vagabundo na reforma

Relator da reforma trabalhista no Senado nunca trabalhou

Fonte: O CAFEZINHO
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Legal, né ? O cara que é o relator da reforma que quer trucidar com os seus direitos de trabalhador, nunca trabalhou. Não sabe o que é pegar no pesado, trabalhar duro todos os dias, ouvir a música do Fantástico no domingo a noite e cair em depressão pela proximidade da segunda-feira de trabalho duro e pesado, ser perseguido e demitido por ter opiniões próprias, ganhar a vida para ter o pão, ganhar o sal, o salário, pra mulher poder se vestir e ficar bonita e o filho ir para a escola estudar.

Trabalhando o sal
É amor, o suor que me sai
Vou viver cantando
O dia tão quente que faz
Homem ver criança
Buscando conchinhas no mar
Trabalho o dia inteiro
Pra vida de gente levar
Água vira sal lá na salina
Quem diminuiu água do mar
Água enfrenta o sol lá na salina
Sol que vai queimando até queimar
Trabalhando o sal
Pra ver a mulher se vestir
E ao chegar em casa
Encontrar a família a sorrir
Filho vir da escola
Problema maior de estudar
Que é pra não ter meu trabalho
E vida de gente levar


(canção do sal - milton nascimento)

Solte a voz

O que quer a Rede Globo?

Por Guilherme Boulos, na revista CartaCapital:

A delação dos donos da JBS precipitou o declínio do governo Temer. Poucos na bolsa de apostas de Brasília acreditam na possibilidade de mantê-lo até 2018, apesar dos esforços desesperados de salvação. Temer perdeu as condições políticas para governar o País. Pesam contra ele não apenas denúncias, mas provas, vistas e escutadas amplamente.

O peemedebista aposta na tática de arrastar a crise, ao rechaçar a opção de renúncia e criar um falso ambiente de normalidade. Não tem outra saída. Mesmo se decidir renunciar, não poderá fazê-lo sem a busca de um acordo que salve seu pescoço. Caso contrário, corre o risco de sair do Palácio do Planalto direto para a prisão, dado que perderia o foro especial.

Convenhamos, não há surpresa no conteúdo da denúncia. Que o governo Temer depende do silêncio de Eduardo Cunha até mesmo a crédula Velhinha de Taubaté desconfiava. Que Cunha não daria o silêncio em troca de nada é quase uma obviedade. Portanto, embora gravíssimos, os fatos não geraram perplexidade nacional.

O que surpreendeu foi a postura da Rede Globo no episódio, partindo para o ataque decidido e rápido contra Temer, exigindo sua queda. Essa guinada criou uma divisão na mídia e no campo que apoiou o golpe. Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo não seguiram a toada dos Marinho e relativizaram o teor das denúncias.

É preciso compreender o que está em jogo na decisão política da Globo neste momento e em sua aliança com setores do Ministério Público. Existem hipóteses.

Há quem sugira que a Globo e os setores político-econômicos que ela vocaliza tenham chegado a uma avaliação de que Temer não conseguiria entregar as reformas. Improvável, pois o governo caminhava para aprovar a reforma trabalhista no Senado e, possivelmente, a da Previdência na Câmara, após algumas concessões e um jogo pesado de compra de apoio.

Outra possibilidade na mesa é o fator Lula. Sua força eleitoral cresceu muito nos últimos meses, em paralelo à perda de apoio social de Temer. O interrogatório de Curitiba, que visava constrangê-lo, teve efeito inverso. Lula saiu fortalecido de lá, ampliando a visão geral de falta de provas para condená-lo. Sergio Moro e a Globo, nesse sentido, ficaram num impasse. Agora, com o nível de repercussão das acusações contra Temer e, em especial, contra Aécio Neves, cria-se um clima mais favorável à condenação e, quiçá, à prisão de Lula. É evidente que enfraquecem a percepção de seletividade e perseguição política contra ele. E, como confessou um delegado da Lava Jato, o que vale é o timing.

Esse fator, embora relevante, não explica por si só que a aliança Globo/Ministério Público derrube o governo Temer e coloque em risco a aprovação das reformas. Creio ser possível supor uma aposta mais estratégica, pensando na hegemonia política de longo prazo.

O sistema político da Nova República está em ruínas. Crivado por denúncias, desmoralizado, esse modelo perdeu a capacidade de levar à coesão a sociedade brasileira. Perdeu hegemonia, embora ainda represente o poder de fato. Cabe uma analogia com a crise da ditadura sob o comando do general João Figueiredo. A ditadura ainda tinha o comando, mas havia perdido completamente a capacidade de criar maioria social. Em situações como essa, sempre há o risco de soluções por baixo, expressas na revolta popular contra um regime sem representatividade. A casa-grande tem verdadeiro pavor de alternativas como esta e, historicamente, antecipou-se para construir acordos de transição seguros e conservadores.

Foi assim no fim da ditadura, pode ser assim agora. Não é de hoje que a Globo aposta na narrativa do Judiciário como salvador nacional. Criaram heróis do combate à corrupção, que podem representar a opção a um sistema que perdeu a credibilidade. Uma forma de “limpar” o Estado brasileiro, manter a agenda dominante e recobrar a hegemonia social pode ser com protagonismo do Judiciário. Não por acaso constrói-se a figura de Cármen Lúcia como possível saída em caso de eleições indiretas. Seria uma nova Operação Golbery, com juízes e procuradores à frente.

Embora somente uma hipótese, é preciso muita atenção em relação aos interesses dessa coalizão. Se a crise da Nova República for canalizada nessa direção, isso pode significar o fechamento democrático, com institucionalização de medidas de exceção aplicadas. Não se deve descartar inclusive que se apropriem da bandeira de uma nova Constituinte.

De todo modo, a desconfiança ante os interesses dessa coalizão não pode legitimar o envolvimento de setores da esquerda em arranjos de salvação. Nem para a manutenção de Temer, tampouco por eleições indiretas. Quaisquer que sejam os nomes, devem ser prontamente rechaçados pela ilegitimidade do processo.

A única saída possível é engrossar o caldo pela saída de Temer e por eleições diretas, construindo uma frente ampla e fortalecendo as mobilizações populares. A rua é o melhor desinfetante contra soluções antidemocráticas.

Fonte: Blog do Miro
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Que andam sussurrando em versos e trovas
Que andam combinando no breu das tocas
Que anda nas cabeças, anda nas bocas
Que andam acendendo velas nos becos
Que estão falando alto pelos botecos
Que gritam nos mercados, que com certeza
( trecho da música O que será de Chico Buarque)

A pergunta que toma conta do país.

O que quer a Rede Globo ?


Poder, lucros, perseguições, ou, mais uma vez golpear a democracia e o povo brasileiro.

O que é bom para a Rede Globo não serve, não é bom , para o povo.

Demonstrar poder pela força pode ter um resultado inimaginável, surpreendente, caso o povo perca o medo e resolva partir para a luta apontando a verdade.

As delações e escutas judiciais vem à tona,brotando tal qual gás metano na podridão de pântanos a espera de uma centelha que fará com que tudo vá pelos ares. Quem irá delatar a Rede Globo ?Certamente se tornará uma das pessoas mais influentes e respeitadas da vida política do país.

Compra-se o silêncio de alguns, mas não se compra a luta do povo. A solução está nas ruas, nos becos, nas bocas e nos botecos; becos, bocas e botecos, bbb, o anti bbb da rede globo, o vendaval da legalidade democrática e civilizada.

Em hipótese alguma o povo deve aceitar uma solução para crise que não seja a saída imediata do usurpador Temer e convocação de eleições diretas já.

Solte a voz, solte o verbo.