terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Leviatã desgovernado

O mundo dá mais um passo na direção do apocalipse

Todos os anos, cientistas se reúnem para avaliar quanto tempo falta para o fim do mundo. Segundo eles, estamos somente dois minutos e meio do apocalipse.

Javier Salas, para o El País

O Relógio do Fim do Mundo está a dois minutos e meio da catástrofe, segundo um painel de especialistas que conta com quinze ganhadores de prêmios Nobel.

Todos os anos, esse grupo de cientistas se reúne para avaliar quanto tempo falta para o fim do mundo. O resultado é dado através da metáfora de um relógio de avança até o nosso momento final, nossa meia-noite: o índice são os minutos que falta para que esse instante finalmente aconteça. E, segundo eles, estamos bem perto, a tão somente dois minutos e meio do apocalipse.

Os responsáveis pelo grupo adiantaram o ponteiro trinta 30 segundos mais próximo da hora fatídica. Nunca havíamos estado tão perto da destruição da humanidade desde 1953, quando os Estados Unidos e a União Soviética produziram suas primeiras bombas termonucleares, com uma capacidade destrutora desconhecida até o momento.

Naquele então, a humanidade esteve a dois minutos do seu fim. A bomba termonuclear da nossa época não é um produto da Guerra Fria, mas sim um fenômeno muito mais difícil de reverter: o aquecimento global, um problema que se torna ainda mais grave a chegada do verborrágico Donald Trump ao poder. “As palavras importam, não tanto como os fatos mas também importam muito”, assegurou a porta-voz do painel de especialistas, antes de anunciar a nova situação. As palavras que preocupam se referem às sugestões de Trump de que Japão deveria ter armamento atômico próprio para enfrontar a ameaça de Coreia do Norte.

Entre 1984 e 1986, o mundo ficou parado por dois anos a três minutos da tal hora fatídica. Foi a segunda pior crise da história deste relógio. Na época, as duas superpotências reforçaram suas diferenças, o que gerou uma nova escalada de rearmamento a nível global, com muitos países incrementando seus arsenais atômicos, temendo a proximidade de um novo conflito. Curiosamente, naquele longínquo ano de 1987, Donald Trump foi um dos que promoveu o desarmamento dos Estados Unidos e da União Soviética. Hoje, ele é um dos grandes problemas do planeta. Em dezembro, como presidente eleito, Trump assegurou que seu país deveria fortalecer sua capacidade nuclear, até que o mundo recupere o sentido a respeito dessas armas.

“Putin e Trump podem escolher se vão se comportar como homens e chefes de Estado, ou se preferem agir como crianças petulantes”, declarou oficialmente o painel, em comunicado que enumera os problemas ressurgiram entre as duas grandes potências nucleares, com uma escalada dialética, que se reproduz em disputas em terreno, como na Ucrânia e na Síria. “Esta situação mundial ameaçadora foi o cenário que fomentou o crescimento, em 2016, de um nacionalismo estridente, que inclusive levou a que uma campanha presidencial nos Estados Unidos tivesse um vencedor, Donald Trump, que fez comentários inquietantes sobre o uso e a proliferação de armas nucleares, além de expressar sua incredulidade a respeito de um consenso científico como são os perigos das mudanças climáticas para o mundo”.

O Relógio do Fim do Mundo (ou Doomsday Clock, como se denomina originalmente em inglês) foi criado em 1947 pelo grupo denominado Boletim de Científicos Atômicos, um grupo de especialistas que pretendiam conscientizar sobre o risco do armamento nuclear. Em sua primeira edição, se situou a 7 minutos da meia-noite. Em 1995, estávamos a 14 minutos. Em 2007, as mudanças climáticas entraram pela primeira vez em sua lista de preocupações para o futuro da humanidade. Neste último relatório, o aquecimento foi outro fator decisivo para o painel: o ano passado foi o mais quente do planeta, segundo os registros históricos, recorde que foi quebrado pelo terceiro ano consecutivo. O grupo de cientistas entende que a situação política dos Estados Unidos mudou, e que a nova administração será “abertamente hostil” a tomar medidas contra o caos climático.

Ademais, outra das preocupações expressadas pelo Boletim diz respeito às ameaças tecnológicas emergentes, os ciberataques e outros problemas surgidos durante a campanha eleitoral estadunidense. Os cientistas ressaltam especialmente a falta de respeito dos líderes mundiais pelas evidências, os novos descobrimentos e o conhecimento científico.

Vale recordar que há 70 anos atrás não era preciso um relógio como este. A humanidade havia recentemente enfrentado as razões pelas quais para esperava por sua autodestruição.

Fonte: CARTA MAIOR
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É esse mundo atual, caótico e desgovernado, que Globo e a velha mídia chamam de novo, modernizante e civilizatório.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

"Elite brasileira"



Eike Batista e os farsantes da mídia

Fonte: A JUSTICEIRA DE ESQUERDA
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Né mermo?


Fonte: Blog da Luciana Oliveira
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Estadão
✔ @Estadao

>@Emais_Estadao
'Quanto mais Eike Batistas no Brasil, melhor' disse Luciano Huck em rede social
 
Fonte: CARTA MAIOR
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“Entrega” de Eike, negociada com a Globo, projeta novo “santo”?

POR FERNANDO BRITO · 30/01/2017

Visivelmente “armada” com a reportagem da Globo, a viagem de volta, para entregar-se, de Eike Batista toma o lugar da homologação das delações premiadas da Odebrecht no noticiário.

Com direito a várias entrevistas, inclusive dentro do avião, dizendo que vai “passar a limpo”, “cumprir o seu dever” e outras platitudes do gênero.

Tudo indica que Eike está sendo preparado para “herói”, porque faz o tipo “celebridade”, com muitos ex-amigos que se prestem a isso.

E como, aparentemente, já perdeu tudo, não tem mais o que perder.

Para um aventureiro, mais uma aventura.

Fonte: TIJOLAÇO
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Oliveira: O teste de visão

30 de janeiro de 2017 às 11h32
Fonte: VIOMUNDO
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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

A "Notícia"

Mídia promove as fantasias de Doria



Por Altamiro Borges

Logo no seu segundo dia como prefeito de São Paulo, o ricaço João Doria se fantasiou de gari para lançar uma demagógica campanha de limpeza da cidade. Ele pegou na vassoura, talvez pela primeira vez na vida, por alguns segundos – o serviço já havia sido feito pelos verdadeiros garis durante a madrugada. Na sequência, ele se vestiu de pintor e apagou os grafites nos muros de uma avenida da capital. O fascistoide preferiu o cinza para embelezar a cidade. Já neste sábado (21), João Doria – que derrapou ao tratar as pessoas com deficiência como “defeituosas” – percorreu cem metros em uma cadeira de rodas para testar a acessibilidade nas calçadas. Toda esta picaretagem marqueteira, porém, ganhou os holofotes da mídia.

Os principais veículos de comunicação não questionam as demagogias do ex-apresentador de um programa na Band. Talvez estejam negociando aumento das verbas publicitárias e outras benesses na prefeitura. Apenas fotografam, filmam e garantem enormes inserções nas emissoras de rádio e tevê e nas manchetes dos jornalões. O prefeito show business vai se projetando com suas ações performáticas e já há boatos de que até sonha em ser candidato a presidente da República pelo PSDB – caso ocorram acidentes de percurso com o cambaleante Aécio Neves, o “santo” Geraldo Alckmin e o “careca” José Serra, todos citados na lista de propinas de Odebrecht. “João Dólar”, amigo de Donald Trump, já está se achando!

Ao mesmo tempo, o novo prefeito da maior capital do país anuncia cortes no programa de leite para as crianças nas escolas, fala em uma reestruturação do ensino municipal já bombardeada pelas entidades da educação, baixa um decreto fascista que permite retirar os cobertores dos moradores de rua, garante maior espaço na prefeitura para famosos agentes da especulação imobiliária, entre outras barbaridades. A mídia mercenária até publica pequenas notinhas sobre estas ações preocupantes, mas evita dar destaque para assuntos tão explosivos e aprofundar a investigação jornalística sobre os seus efeitos. Na prática, a imprensa ajuda a projetar o demagogo. Depois não adianta reclamar do “populismo”... nos EUA.

Em tempo: Sobre a o decreto que permite a retirada de cobertores de moradores de rua, João Doria até tentou disfarçar. Disse que não adotaria posições “desumanas” e discriminatórias na cidade. O decreto, porém, é explícito ao anular o veto da gestão anterior à remoção de papelões, colchões, colchonetes, cobertores, mantas, travesseiros, lençóis e barracas desmontáveis dos moradores de rua. Publicado no “Diário Oficial” do município neste sábado, o decreto também dá o aval para recolher esses itens que "caracterizem estabelecimento permanente em local público".

Fonte: Blog do Miro
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            Je suis Cedric 

Todo prefeito ao assumir o cargo é notícia.

Uma norma antiga estabelecia que os 100 primeiros dias no cargo o novo prefeito teria uma trégua. As críticas e elogios viriam somente depois dos 100 dias. Tudo isso mudou. Se o prefeito é de oposição ao partido da mídia o pau já quebra no primeiro dia. Se for aliado, elogios, discrição e promoção. Dória é aliado.

O que o prefeito de São Paulo tem feito nesses primeiros dias de governo é marketing, apenas marketing, e marketing de qualidade duvidosa. Assim sendo, uma análise equilibrada por parte da grande mídia seria necessária. Seria ,mas não é o que acontece ,e não acontecerá mais. No entanto, pelo que faz, Dória é notícia, quase que diariamente. Uma notícia que terá um outro significado quando assimilada pelas redes sociais, e , a partir de então, será a "verdadeira" notícia sobre o prefeito. Isso significa que o jornalismo da grande mídia não perdeu o papel de mediador, apenas transformou esse papel. A notícia, hoje, é fornecida pelas redes sociais. O papel da grande mídia é de promover e encaminhar o fato embalado com a emoção adequada. As redes sociais assimilam subliminarmente e noticiam. O jornalismo do século XXI não é direcionado para o leitor, o espectador, o ouvinte. Esse jornalismo tem como alvo o desejo de grupos de afinidades aprisionados em contextos e conjunturas, uma das características das redes sociais. Ao satisfazer o desejo, a notícia se faz naturalmente. Nessa nova realidade, a claridade da razão é dispensável, motivo pelo qual a violência cresce em escala exponencial. Essa violência, produzida pelos grupos de afinidade, será de utilidade, quando necessário, para enfraquecer esses mesmos grupos. Ou seja, a "notícia" tem mais significado e relevância do que o fato, a razão e o conhecimento.Até mesmo a política perde a importância. Na era do consumo como valor máximo, o papel do jornalismo passa a ser o de satisfazer os desejos das pessoas. Assim sendo, a imagem de um prefeito limpando a sujeira deixada pelo antecessor é motivo de satisfação , eficiência e competência. As pessoas sentem-se felizes acreditando na "notícia" que elas mesmas criaram de forma inconsciente.

Pós-justiça

Revogação de prisão de neto de ex-senador causa revolta na Paraíba

Herdeiro do maior grupo da indústria alimentícia da Paraíba e da afiliada da TV Globo atropelou e matou um agente do Detran ao fugir de uma blitz.

LEONEL ROCHA E JOELMA PEREIRA - Congresso em Foco



O estudante Rodolpho Gonçalves Carlos da Silva, herdeiro do maior grupo da indústria alimentícia da Paraíba e da afiliada da TV Globo no estado, é acusado de atropelar e matar um agente do Detran ao fugir de uma blitz da Operação Lei Seca na madrugada de sexta para sábado (21), em João Pessoa. Segundo testemunhas, o motorista fugiu sem prestar socorro à vítima. Levado para a UTI de um hospital de traumas, o agente Diogo Nascimento Sousa, de 34 anos, morreu na noite desse domingo. O caso gerou revolta e indignação em todo o estado devido à suspeita de favorecimento da Justiça ao acusado, que é neto do ex-senador e ex-vice-governador da Paraíba José Carlos da Silva Junior.

Rodolpho teve a prisão preventiva decretada por uma juíza do 1º Juizado Especial Misto de Mangabeira e revogada pelo desembargador Joás de Brito Pereira Filho, horas depois, antes mesmo de a prisão ser realizada. Entre uma decisão e outra, foram pouco mais de seis horas. A prisão de Rodolpho foi determinada por volta das 20h de sábado. Já a decisão que suspendeu a prisão foi realizada por volta das 3h da manhã de domingo. Esse foi o tempo necessário para que a defesa do jovem, mesmo sem ter sido notificada, fizesse um habeas corpus e apresentasse ao juiz, que, por sua vez, analisou o HC e redigiu sua decisão anulando a decisão anterior da magistrada.

A juíza plantonista Andréa Arcoverde Cavalcanti Vaz decretou a prisão sob o argumento de que Rodolpho poderia destruir provas, já que fugiu do local. No entanto, o desembargador Joás de Brito revogou a ordem, alegando não haver motivos para manter o jovem sob custódia. O mesmo desembargador negou pedido de habeas corpus a um acusado de cometer crime semelhante, em 2013, ao fugir de uma blitz da Lei Seca.

Em entrevista à rádio Band News, Joá disse que a prisão de Rodolpho Carlos era desnecessária, porque ele é réu primário e tem bons antecedentes criminais. Segundo o magistrado, sua decisão foi eminentemente técnica. “Eu analisei a prisão temporária, não preventiva, onde verifiquei que não haveria necessidade da prisão por ele ser primário e ter bons antecedentes. O advogado dele apresentou uma petição onde disponibilizou o carro, e o suspeito se propôs a comparecer para prestar esclarecimentos”, declarou. “A decisão não foi apenas no sentido de liberá-lo. Eu condicionei a apresentação dele em 72h, apliquei medidas cautelares para evitar prisões desnecessárias. O fato foi grave, mas será apurado e a justiça tomara as medidas”, acrescentou.

Em nota, os agentes de policiamento de trânsito do Detran da Paraíba cobraram justiça e tratamento isonômico ao acusado. “Não se espera, de maneira alguma, o cerceamento do direito de defesa do acusado, mas também, não se espera nenhum grau de parcimônia por parte do poder judiciário com relação à conduta criminosa por ele praticada. Sendo assim, os agentes de policiamento do Detran-PB e todos os envolvidos direta e indiretamente com a Operação Lei Seca na Paraíba, clamam para que o caso seja tratado de maneira isonômica, e que o cidadão Rodolpho Gonçalves Carlos da Silva, independente de classe, cor, raça ou condição financeira, responda por suas condutas como estão sujeitos todos os cidadãos brasileiros”, diz o comunicado (leia a íntegra abaixo).

O promotor Marinho Mendes Machado atacou a decisão o desembargador, a quem acusou de favorecer o acusado por ser de uma família rica e tradicional. “Se fosse o filho de um pobre, de uma pessoa comum, o senhor nunca teria acordado às 3h da madrugada para soltá-lo, não. E isso quem paga é a instituição, que por essas e outras vai ficando sem fé no senhor, pois quem manda é o dinheiro, somente o dinheiro e o poder”, criticou em nota no Facebook.

Entenda o caso

Dirigindo um Porsche de cor branca, o neto do ex-senador não obedeceu à ordem de parada de um agente de trânsito, furou a blitz e atropelou o agente Diogo Nascimento de Souza. O fato ocorreu na madrugada de sábado, no bairro Bessa, local considerado nobre da zona leste da cidade de João Pessoa. O agente foi socorrido em estado grave e encaminhado ao hospital da cidade. Mas não resistiu aos ferimentos.

Rodolpho não parou o veículo nem mesmo para prestar socorro. No entanto, com o impacto do atropelamento, uma das placas do carro caiu e a polícia conseguiu identificar o dono. O Porsche está em nome de Ricardo de Oliveira Carlos da Silva, filho do ex-senador. No entanto, de acordo com informações da polícia local, Rodolpho foi identificado como condutor por meio de denúncia anônima.

A família é dona de empresas de comunicação locais, como a TV Cabo Branco afiliada da rede Globo, e também é proprietária do Grupo São Braz, um dos maiores produtores de café torrado do país. O ex-senador e ex-vice-governador Silva Junior foi presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Café por dois mandatos.

O Congresso em Foco não conseguiu localizar a defesa do acusado.

Abaixo, a íntegra da nota de repúdio dos agentes de policiamento do Detran da Paraíba:

“Com relação ao caso do atropelamento do agente de policiamento do Detran-PB, Diogo Nascimento de Souza e tendo em vista que:

1) O acusado pelo atropelamento, Rodolpho Gonçalves Carlos da Silva, evadiu-se do local do crime sem prestar socorro a vitima, demonstrando intenção de fugir da responsabilidade pelo fato praticado;

2) O veículo envolvido no crime foi guardado e coberto no endereço domiciliar do acusado;

3) Os depoimentos dos envolvidos testemunham a conduta de Rodolpho em atropelar o agente;

4) A vítima encontra-se em estado neurológico gravíssimo, tendo sido aberto o protocolo de Morte Encefálica (ME), e não pode apresentar sua versão dos fatos;

5) O acusado faz parte de tradicional família paraibana com grande influência na região;

6) Conforme descrito no mandado emitido pela Juíza Andréa Arcoverde Cavalcanti Vaz, a prisão temporária “é medida de extrema relevância para elucidação dos fatos criminosos e apuração de sua participação no crime ora em apuração”;

7) O acusado pode, em liberdade, destruir provas, dificultando o esclarecimento do crime;

Os agentes de policiamento do Detran-PB vem a público repudiar de forma veemente a decisão do Des. Joás de Brito Pereira Filho, emitida na madrugada deste domingo (22), concedendo Habeas Corpus à Rodolpho Gonçalves Carlos da Silva, principal suspeito no caso do atropelamento do agente de policiamento Diogo Nascimento de Souza.

O agente encontrava-se em exercício da função, coordenando a equipe da Operação Lei Seca durante blitz realizada para garantir a segurança da população, quando foi brutalmente ferido, ao passar por cima dele o motorista que buscava escapar da abordagem.

Não se espera, de maneira alguma, o cerceamento do direito de defesa do acusado, mas também, não se espera nenhum grau de parcimônia por parte do poder judiciário com relação à conduta criminosa por ele praticada. Sendo assim, os agentes de policiamento do Detran-PB e todos os envolvidos direta e indiretamente com a Operação Lei Seca na Paraíba, clamam para que o caso seja tratado de maneira isonômica, e que o cidadão Rodolpho Gonçalves Carlos da Silva, independente de classe, cor, raça ou condição financeira, responda por suas condutas como estão sujeitos todos os cidadãos brasileiros.”

Fonte: CARTA MAIOR
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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

A era da pós-verdade e as pós-agências

USP: os 10 maiores sites de “falsas notícias” no Brasil

Escrito por Redação, Postado em Redação


“Tratam-se de sites cujas “notícias” não têm autoria, são anônimos e estão bombando nas bolhas sociais criadas pelo Facebook e proliferam boatos, calúnias e difamações”.

No Isso é Noticia

Estudo da USP embasa lista dos 10 maiores sites de “falsas notícias” no Brasil

Um grupo realizou um levantamento com base em um estudo da Universidade de São Paulo (USP) para identificar os maiores sites de notícias do Brasil que disseminam informações falsas, não-checadas ou boatos pela internet.

O estudou, realizado pela Associação dos Especialistas em Políticas Públicas, utilizou os critérios do “Monitor do Debate Político no Meio Digital”, criado por pesquisadores da USP, e que é uma ferramenta que contabiliza compartilhamentos de notícias no Facebook e dá uma dimensão do alcance de notícias publicadas por sites que se prestam ao serviço de construir conteúdo político “pós-verdadeiro” para o público brasileiro.

Não são sites de empresas da grande mídia comercial, tampouco veículos de mídia alternativa com corpo editorial transparente, jornalistas que se responsabilizam pela integridade das reportagens que assinam, ou articulistas que assinam artigos de opinião.

Tratam-se de sites cujas “notícias” não têm autoria, são anônimos e estão bombando nas bolhas sociais criadas pelo Facebook e proliferam boatos, calúnias e difamações.

Características em comum

Todos os principais sites que se encaixam no conceito de “pós-verdade” no Brasil possuem algumas características em comum:

1. Foram registrados com domínio .com ou .org (sem o .br no final), o que dificulta a identificação de seus responsáveis com a mesma transparência que os domínios registados no Brasil.

2. Não possuem qualquer página identificando seus administradores, corpo editorial ou jornalistas. Quando existe, a página ‘Quem Somos’ não diz nada que permita identificar as pessoas responsáveis pelo site e seu conteúdo.

3. As “notícias” não são assinadas.

4. As “notícias” são cheias de opiniões — cujos autores também não são identificados — e discursos de ódio (haters).

5. Intensiva publicação de novas “notícias” a cada poucos minutos ou horas.

6. Possuem nomes parecidos com os de outros sites jornalísticos ou blogs autorais já bastante difundidos.

7. Seus layouts deliberadamente poluídos e confusos fazem-lhes parecer grandes sites de notícias, o que lhes confere credibilidade para usuários mais leigos.

8. São repletas de propagandas (ads do Google), o que significa que a cada nova visualização o dono do site recebe alguns centavos (estamos falando de páginas cujos conteúdos são compartilhados dezenas de milhares de vezes por dia no Facebook!).

Produtores
Os produtores de “pós-verdades” mais compartilhados nas timelines dos brasileiros são os seguintes:

* Ceticismo Político: http://www.ceticismopolitico.com/

* Correio do Poder: http://www.correiodopoder.com/

* Crítica Política: http://www.criticapolitica.org/

* Diário do Brasil: http://www.diariodobrasil.org/

* Folha do Povo: http://www.folhadopovo.com/

* Folha Política: http://www.folhapolitica.org/ — que faz um trocadilho com o nome do caderno Folha Poder do jornal Folha de S.Paulo

* Gazeta Social: http://www.gazetasocial.com/

* Implicante: http://www.implicante.org/

* JornaLivre: https://jornalivre.com/

* Pensa Brasil: https://pensabrasil.com/


Uma pesquisa mais profunda poderá confirmar a hipótese de que algumas destas páginas foram criadas pelas mesmas pessoas, seja por repercutirem “notícias” umas das outras, seja por utilizarem exatamente o mesmo template e formato.

Distribuição

Todos esses sites possuem páginas próprias no Facebook mas, de longe, os sites com mais “notícias” compartilhadas são o JornaLivre e Ceticismo Político, que contam com a página MBL – Movimento Brasil Livre como seu provável principal canal de distribuição, e o site Folha Política, que conta com a página Folha Política para distribuir suas próprias “notícias”. Ambas as páginas possuem mais de um milhão de curtidas e de repercussões (compartilhamentos, curtidas, etc.) por semana realizadas por usuários do Facebook.

O que é “Pós-verdade”?

O jornal eletrônico Nexo fez uma reportagem explicando o conceito de pós-verdade (https://goo.gl/iYgOSp). Seguem alguns destaques:

“Anualmente a Oxford Dictionaries, departamento da University of Oxford responsável pela elaboração de dicionários, elege uma palavra para a língua inglesa. A de 2016 foi “pós-verdade” (“post-truth”).

Para diversos veículos de imprensa, a proliferação de boatos no Facebook e a forma como o feed de notícias funciona foram decisivos para que informações falsas tivessem alcance e legitimidade. Este e outros motivos têm sido apontados para explicar ascensão da pós-verdade.

Plataformas como Facebook, Twitter e Whatsapp favorecem a replicação de boatos e mentiras. Grande parte dos factóides são compartilhados por conhecidos nos quais os usuários têm confiança, o que aumenta a aparência de legitimidade das histórias.

Os algoritmos utilizados pelo Facebook fazem com que usuários tendam a receber informações que corroboram seu ponto de vista, formando bolhas que isolam as narrativas às quais aderem de questionamentos à esquerda ou à direita.

Fonte: O CAFEZINHO
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            Je suis Cedric 

Desconfie da grande mídia.
Os boatos, calúnias e difamações difundidas por esses e outros sites, são, por muitas vezes, reproduzidos como notícias verdadeiras em emissoras de rádio, emissoras de televisão, jornais e revistas, principalmente na grande mídia comercial.
Na era da pós-verdade, as tradicionais agências de notícias perdem espaço para os sites de "notícias", as pós-agências, que proliferam nas redes sociais.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Amanhã estará desempregado ou morto

ONTEM FUI COLLOR, DEPOIS AÉCIO, DEPOIS CUNHA E HOJE SOU UM IDIOTA.

TODOS CONTRA O PT. SAIBA O POR QUÊ?
Fonte: A JUSTICEIRA DE ESQUERDA
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Ecossocialismo em alta

Hamon, a nova estrela da esquerda do Partido Socialista francês define-se como ecossocialista defende renda mínima, nacionalizar bancos e imposto sobre robos


Fonte: CARTA MAIOR
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