sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Tradição de 800 anos

JOYEUX NOËL ET BONNE FIN DU MONDE
Par François-Xavier Gomez— 23 décembre 2016 à 09:29

Depuis huit-cents ans, chaque soir du 24 décembre sur l'île de Majorque et en Sardaigne, un enfant interprète le «Chant de la Sibylle», une monodie grégorienne qui annonce l'Apocalypse.


FELIZ NATAL E BOM FIM DO MUNDO

Por François-Xavier Gomez- 23 de dezembro de 2016 em 09:29

Por oitocentos anos, todas as noites de 24 de Dezembro, na ilha de Maiorca e da Sardenha, uma criança interpreta a "Canção da Sibila", um monody gregoriano que anuncia o apocalipse.


Fonte: LIBÉRATION

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Vampiro quer o sangue do povo

Ipsos: rejeição a Temer salta 18 pontos em 2 meses e bate em 77% em dezembro.
Colosso fará pronunciamento de fim de ano para injetar 'otimismo'


Fonte:Carta Maior @cartamaior
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Vejam que gracinha a cara do vampiro golpista, na foto de primeira
página do jornal O DIA de hoje, 23.12.16
O vampiro disse que por ser um presidente impopular tomará uma série de medidas impopulares.
O que a gente está esperando para tirar esse entulho da presidência? 



Relações Estranhas

"Relações estranhas" da Lava Jato com os EUA...Pimenta vê crime da Lava Jato contra segurança nacional.


















Fonte: Turquim ‏@turquim5 18 hHá 18 horas
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Operação Vira Lata: Acordo garante fiscal dos EUA durante 3 anos na Odebrecht e Braskem
23 de dezembro de 2016

O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Operação Lava Jato, comemorou o acordo de leniência firmado pela Odebrecht e pela Braskem com o Ministério Público Federal, que incluiu uma multa de R$ 8,5 bilhões, dizendo que é possível melhorar o país a despeito do “complexo de vira-lata” de alguns de nós que achamos que “o Brasil não tem jeito”.

Ontem o ex-ministro da Justiça da presidente Dilma Rousseff, Eugênio Aragão, contestou no que chamou de uma “cartinha aberta” ao procurador, dizendo:

“E o que vocês conseguiram de útil neste País para acharem que podem inaugurar um ‘outro Brasil’, que seja, quiçá, melhor do que o vivíamos? Vocês conseguiram agradar ao irmão do norte que faturará bilhões de nossa combalida economia e conseguiram tirar do mercado global altamente competitivo da construção civil de grandes obras de infraestrutura as empresas nacionais”.

A prova inconteste de que Aragão tinha razão surge hoje em reportagem do sempre suspeito O Globo.

Para celebrar acordo de leniência a Odebrecht e a Braskem tiveram que aceitar exigências das autoridades dos Estados Unidos, entre elas a de vigilância externa por três anos para poderem operar.

As empresas terão um fiscal escolhido pelas autoridades desses países que terá acesso a todos os dados, documentos, e atividades de funcionários e até diretores das empresas.

O monitoramento foi uma das exigências feitas às empresas pelo do Departamento de Justiça americano (DoJ).

Em caso de qualquer irregularidade identificadas pelo fiscal, as empresas estão sujeitas ao rompimento do acordo e a serem processadas na Justiça americana.

Nessa hipótese, segundo o sempre suspeito O Globo, as companhias ficariam sujeitas ao pagamento de multas pelo menos 10 vezes maiores do que já foram acertadas.

Evidente que o tal fiscal só estará ali para verificar se as empresas são corruptas. Ele não fornecerá outras informações de projetos estratégicos aos americanos e a quem mais o Departamento de Justiça de lá achar conveniente.

E é óbvio que ao quebrar o mundo, em 2008, no maior esquema de corrupção da história, que ficou conhecido como “crise do subprime”, os EUA permitiram ao Brasil e a outros países que passassem a fiscalizar o seu sistema financeiro. Claro, claro, claríssimo….

Fonte: Blog do Rovai
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SENSORIAMENTO REMOTO: VEM AÍ UM "SATELITEGATE" DO GOVERNO?


Oficiais da Força Aérea estão descontentes - e intrigados - com a iniciativa da Presidência da República de meter-se diretamente com a contratação de serviços de sensoriamento remoto por satélite, no exterior, ignorando regras que exigem a obrigatória presença de empresas nacionais no processo.

A Casa Civil determinou à Comissão Aeronáutica Brasileira na Europa - CABE, que contrate com urgência - a orientação é de usar o prazo mínimo exigido pela Lei de Licitações para o recebimento das propostas, 5 dias úteis - serviços de sensoriamento remoto por satélite, em um montante de até 300 milhões de reais.

Segundo o jornal Valor Econômico, o pedido teria causado "estranheza" à CABE, já que a prestação desse tipo de serviços às Forças Armadas só pode ser feita - salvo raras exceções - por empresas brasileiras com sede e administração no país.

Pelas mesmas razões a "divisão de licitações e contratos da Aeronáutica", segundo o jornal, classificou de "desarrazoada", "desproporcional" e "ilegal" do ponto de vista administrativo, a "abertura de concorrência no exterior, regida por leis internacionais, já que os participantes têm que ser empresas brasileiras, inscritas no Ministério da Defesa."

Caso se configure essa iniciativa - o relatório da CABE cita dezenas de empresas nacionais aptas a realizar o trabalho - ela pode trazer graves prejuízos ao país não apenas do ponto de vista econômico mas, principalmente, no contexto estratégico e de Segurança Nacional.

Entregar voluntariamente a vigilância satelital de nosso território a empresas estrangeiras, com uma presença mínima de brasileiros no processo é, no tocante à área bélica, a mesma coisa que oficializar a doutrina abjeta e entreguista de chamar a raposa para tomar conta do galinheiro, abrindo para os gringos, nesse processo, detalhes sobre a abordagem estratégica que usualmente aplicamos em nossas fronteiras e em outras áreas em que existem tropas brasileiras, que seriam igualmente monitoradas, como o Haiti e o Líbano.

O que está por trás disso?

Qual o interesse de buscar "parcerias" lá fora, alijando desse processo empresas nacionais, que, caso fosse absolutamente imprescindível trabalhar com empresas estrangeiras, deveriam a elas se associar, majoritariamente?

Por que fazer essa licitação, se o Brasil já conta com o CBERS - Satélite China-Brasil de Recursos Terrestres (ilustração) e já temos tecnologia própria para a construção, como ocorreu no próprio CBERS, de câmeras orbitais MUX e WFI com resolução de 60 x 60 metros por institutos controlados pelo governo e empresas de capital brasileiro?

Se já dispomos gratuitamente, de imagens fornecidas por outros parceiros dos BRICS, como a Índia?

Se já contamos com a Visiona, que pertence à EMBRAER e à Telebras, constituída no governo Lula, para construir e operar o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) do governo brasileiro que se encontra em desenvolvimento - o satélite que tínhamos anteriormente para comunicação das forças armadas foi entregue pelo governo FHC a uma empresa estrangeira - que já representa, justamente, desde 2015, serviços de sensoriamento remoto de fornecedores como a Airbus, a DigitalGlobe, a Restec e a SI Imaging Services?

Em tempos em que o Judiciário e o Ministério Público promovem, incansávelmente, a paralisação de nossos principais projetos de defesa, investigando e perseguindo o Almirante responsável pelo desenvolvimento do programa brasileiro de enriquecimento de urânio; aplicando uma multa estratosférica na empresa responsável pelo desenvolvimento do submarino nuclear brasileiro e pelo míssil A-Darter da Aeronáutica - entregando parte do dinheiro aos gringos - colocando um ex-presidente da República e o programa de construção de 36 caças estratégicos com a Suécia sob suspeita, é preciso saber o que está por trás desse conjunto de "coincidências" e da ojeriza, ignorância e desprezo pela importância estratégica do desenvolvimento de material de defesa no Brasil e a quem interessa, dentro e fora do país, que esse desmonte e essa perseguição aconteçam.

Com a palavra, a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional - CREDN, para pautar imediatamente a discussão do tema, de forma que se possa responder a essas perguntas, com a convocação dos órgãos e instituições envolvidos, incluído o Ministério Público, para explicar o que está ocorrendo, e dizer que tipo de salvaguardas se está adotando para que se evite, ao menos, a interrupção desses programas; ou a urgente convocação, pelos patriotas - poucos - que ainda restam no Congresso Nacional, de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para analisar o assunto.

Em benefício de sua sobrevivência, já ameaçada por uma frágil situação política e uma pífia popularidade, o atual governo - até mesmo porque não foi "eleito" especificamente para isso nem colocou sua agenda em discussão pela sociedade brasileira - precisa ir com menos sede ao pote em sua sanha, mais transformista e destrutiva do que desenvolvimentista e transformadora, de abandono e desmanche da doutrina estratégica de cunho levemente nacionalista vigente neste país nos últimos anos.

Como se já não bastasse a tragédia do desastre estratégico promovido com a irresponsável aprovação da PEC da entrega, que nos deixará sem recursos para defesa e tecnologia por 20 anos.

Em um mundo em que - ao contrário do que diz a parcela mais imbecilizante da mídia - a maioria dos países mais poderosos do mundo - EUA, Europa, Japão - têm dívidas públicas maiores que a do Brasil, e não veem o menor problema em continuar se endividando.

E em continuar se armando, melhor dizendo - para proteger seus interesses e o seu poder decisório - em um planeta cada vez mais complexo e competitivo, do qual acabamos de abdicar, quadrúpedemente, de participar como protagonistas, apesar de sermos a quinta maior nação do mundo em população e território.

Fonte: MAURO SANTAYANA
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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Uma breve história de um tempo



1 - Ladrão

Por anos, mais de uma década, que vem auferindo lucros de forma ilegal. Comercializando e vendendo conteúdos que não são de sua propriedade,sem a autorização do proprietário, e tudo isso com o apoio de algumas empresas privadas, patrocinadores, que financiam os "programas".

2 - Propaganda

Em determinados períodos, com a necessidade de dar mais visibilidade à determinado segmento econômico que não esteja aparecendo durante os "programas" - como alimentos, bebidas e medicamentos, por exemplo - a direção criminosa cria histórias, supostas realidades, de um passado ou do presente, para que as práticas diárias percebidas pelo público sejam minimizadas quanto a qualidade e eficácia, principalmente no tocante a nutrição e a saúde, fazendo com isso que a atenção e necessidade se voltem para os produtos mencionados, independente da realidade em si.

Um grande número de doenças, por exemplo, tem sido repetidas a exaustão, por mais de uma década, como forma de conduzir o público à necessidades por vezes irreais, como adquirir planos de saúde, exames, etc..

3- Acusações sem nenhuma prova


Basicamente, e principalmente, por conta da orientação política da pessoa principal, e única realmente rentável, a direção criminosa se coloca na posição de árbitro, dizendo , para o público, o que é certo ou errado nas opiniões veiculadas, tendo em vista os lados políticos antagônicos do criminoso e da pessoa que vem sendo subtraída.

Por conta de um constante conteúdo político e social que é apresentado, a direção criminosa passa, então, a fazer todo tipo de acusações contra o subtraído, seja de ordem moral, religiosa e mesmo criminosa, sem , no entanto, sustentar nenhuma acusação, já que tudo se baseia e disse-me-disse e mesmo em invenções, que quando questionadas são justificadas como regras do jogo político.


4 - Reescrever a história do subtraído


Na tentativa insana de minimizar as ações bem sucedidas do subtraído por ocasião do início das práticas criminosas, a direção criminosa coletou uma grande quantidade de dados sobre o subtraído, valorizando tão somente aspectos que possam denegrir a imagem. Para isso se apropriou de pessoas que , de alguma forma, revelavam uma satisfação pela situação do subtraído. Algo como rancor, inveja, raiva, vingança e, consequentemente externaram, como ainda o fazem, tais sentimentos em opiniões e lembranças, por vezes distorcidas, mas que a direção criminosa deixava claro que se regozijava com tais conteúdos, repetindo-os constantemente.

Assim sendo, tenta-se produzir uma biografia e mesmo um perfil, totalmente desfocados da vida do subtraído, que aliás, em nenhum momento pôde se manifestar sobre tais conteúdos.


5 -Fracasso e violência

Apesar de toda a estrutura montada com o apoio de financiamento de patrocinadores, a direção criminosa não conseguiu consolidar seus objetivos, em história, biografia e perfil, já que todos se faziam necessários para que em um determinado momento o subtraído fosse apresentado em um ambiente festivo, como alguém que estaria sendo agraciado com um generoso prêmio financeiro por parte da direção criminosa, que aos olhos do público seria percebida como benfeitora, empenhada em fazem o bem, e,como veículo de mídia - concessionária de um canal de TV - comprometida com o interesse público. Não tendo conseguido alcançar seus objetivos ao longo dos anos, por conta de um paradigmático conhecimento do subtraído, a direção criminosa optou por práticas de violência física, intimidação e ameaças de morte. Além disso, apropriou-se do blog do subtraído, tendo em vista o grande sucesso do blog o que naturalmente reverteria em compensação financeira para o subtraído, algo que a direção criminosa interditou, acreditando do alto de sua soberba e de sua arrogância, ser uma autoridade constituída para agir da maneira como tem agido diariamente. Em diversas ocasiões disse, para toda a platéia, que está acima da lei e que nada irá lhe acontecer.



O leitor que chegou até aqui, sabe quais são os personagens dessa história, quem é criminoso e quem é do bem. Sabe, também, já que é leitor deste blog, que tais práticas do lado criminoso são implementadas como exemplos para um novo tipo de contrato social que a cada dia ganha mais musculatura, e que de forma direta está associado as práticas violentas, autoritárias, anti-democráticas, do novo governo que tenta se impor através de um golpe de estado.

Quanto a esse aspecto, por diversas vezes a direção criminosa se manifestou, aos olhos e ouvidos de todos, dizendo que "as coisas mudaram" e, em assim sendo, o arbítrio e a violência se justificam, em mais uma ameaça quanto a integridade física.

Como a Justiça se omite diante de uma realidade criminosa, o subtraído fará justiça com as próprias mãos.

Que assim seja!

 Quanto ao restante que apoia o crime, fica a dica:
- baixem a bola.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Eleiçoes, já

Vox: Temer tem 8% de aprovação; 87% rejeitam reforma da Previdência

Por Fernando Brito · 21/12/2016


Primeira pesquisa realizada após o anúncio da proposta do Governo Temer para a reforma da Previdência (Datafolha e CNI Ibope tiverem coleta de dados anterior a ele) o levantamento da Vox Populi, feito para CUT, mostra que a situação do ocupante da presidência passou de péssima para desastrosa.

O gráfico aí de cima mostra o afundamento do já pouco prestígio do “homem que ia unir o país”.Só oito em cada cem brasileiros consideram seu governo ótimo ou bom, contra 55 que o acham ruim ou péssimo. Se fossemos traduzir num placar, daria o fatídico 7 a 1.

Quem examinar o gráfico, não estranhe os dados pré-impeachment: é que a Vox perguntava antes se o entrevistado sabia alguma coisa sobre ele ou não e, se sabia, se a opinião sobre ele era ótima, boa, regular, ruim ou péssima.



O impacto da reforma da previdência, antes só suspeitada, piorou com a divulgação das medidas concretas.

Nada menos que 87% dos entrevistados discorda da ideia de que as pessoas possam se aposentar apenas aos 65 anos e com pelo menos 25 anos de contribuição. Só 8% concordam.

Um placar acachapante para uma proposta que precisa de 60 % dos votos do Congresso para ser aprovada

A pesquisa, talvez para não passar de 100%, não pergunta sobre os 49 anos de contribuição para não ter desconto nos proventos…


Outro ponto interessante para os que foram às ruas derrubar Dilma Rousseff em nome do combate à corrupção é que, hoje, a metade dos brasileiros (49%) acredita que a punição aos desvios de dinheiro na administração pública brasileira. Há um mês atrás, eram 30%.

Na abertura dos dados por renda, escolaridade e região, a queda de Temer é generalizada em todos os segmentos, sendo um pouco menos estrepitosa entre os que ganham mais de 5 salários-mínimos, seu melhor resultado. Ainda assim, como você vê nos gráficos que publico ao final do post, números muito ruins: 9% de ótimo e bom contra 45% de ruim e péssimo.

A pesquisa foi realizada entre 10 e 15 deste mês e ouviu 2.500 pessoas em 145 municípios, com margem de erro de +/- 2 pontos.



 

Fonte: TIJOLAÇO
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Não dá pra governar com apenas 8% de aprovação.

Eleições diretas ,já.
 
          


Mentiras explícitas

A arte de mentir: alguns já nascem com esse dom e outros vivem aprimorando


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Um tsunami em breve pode varrer o mundo

Democracia: o paradoxo McDonald’s

POR GEORGE MONBIOT– ON 19/12/2016
Jornalista, escritor, acadêmico e ambientalista do Reino Unido. Escreve uma coluna semanal no jornal The Guardian.


Como as corporações globais esvaziam o poder das sociedades por meio de agendas parlamentares secretas, chantagens, deslocalização de fábricas e corrosão das ideias de nação e comunidade

Por George Monbiot | Tradução: Inês Castilho

Uma onda de repulsa percorre o mundo. As taxas de aprovação dos governantes de plantão estão despencando em todo lugar. Símbolos, slogans e sensações alardeiam fatos e argumentos matizados. Um em cada seis norte-americanos acredita hoje que um governo militar seria uma boa ideia. De tudo isso, tiro uma conclusão peculiar: nenhum país com um McDonald’s pode manter-se uma democracia.

Há vinte anos, Thomas Friedman, colunista do New York Times, propôs sua “teoria dos arcos de ouro para a prevenção de conflitos”. Ela sustenta que “nunca dois países que têm McDonald’s guerrearam entre si desde que cada um deles instalou seu McDonald’s”.

Friedman construiu uma das muitas narrativas do fim da história, sugerindo que o capitalismo global levaria à paz permanente. Ele afirma que o sistema pode criar “um ponto de virada em que o país, ao integrar-se à economia global, abrir-se ao investimento estrangeiro e capacitar seus consumidores, restringe permanentemente sua capacidade de provocar conflitos e promove a gradual democratização e ampliação da paz.” Ele não quis dizer que o McDonald’s põe fim à guerra, mas que sua chegada simboliza a transição.

Ao usar o McDonald’s como símbolo das forças que destroem a democracia eu estou, como ele, escrevendo de modo figurativo. Não quero dizer que a presença da cadeia de hambúrguer, por si mesma, é a causa do declínio de sociedades abertas, democráticas (embora ele tenha desempenhado seu papel na Grã Bretanha, ao usar as leis de difamação contra seus críticos). Nem quero dizer que países que têm McDonald’s irão necessariamente transformar-se em ditaduras.

O que quero dizer é que, sob a investida do capital volátil e transnacional exemplificado pelo McDonald’s, a democracia como sistema vivo mucha e morre. As velhas formas e fóruns ainda existem – parlamentos e congressos continuam de pé – mas o poder que eles tiveram naufraga, reemergindo onde já não podemos alcançá-lo.

O poder político que deveria nos pertencer foi transferido para reuniões confidenciais com lobistas e doadores, que estabelecem os limites do debate e da ação. Ele esvaiu-se entre os diktats do FMI e dos bancos centrais, que não respondem ao povo mas ao setor financeiro. Foi transportado, sob escolta armada, para a velocidade gelada do Fórum Econômico Mundial de Davos, onde Thomas Friedman tem uma recepção muito calorosa, mesmo quando faz falas sem sentido.

Acima de tudo, o poder que deveria pertencer ao povo está sendo atropelado por tratados internacionais. Contratos como o Nafta, Ceta, o proposto Acordo Comercial Transpacífico e Tratado de Comércio de Serviços (TiSA, em inglês), o fracassado Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP, na sigla em inglês) são negociados a portas fechadas, em discussões dominadas por lobistas das corporações. E esses lobistas são capazes de navegar por cláusulas não informadas que o eleitorado jamais aprovaria, tais como a criação de tribunais offshore não transparentes, por meio dos quais as corporações podem dispensar os tribunais nacionais, desafiar as leis locais e exigir compensação pelas consequências de decisões democráticas.

Esses tratados limitam o escopo da política, impedem que os Estados transformem sua realidade social e rebaixam os direitos trabalhistas, a proteção do consumidor, a regulação financeira e o direito às cidades. Eles debocham da soberania. Qualquer pessoa que esqueça que derrubá-los foi uma das principais promessas de Donald Trump não conseguirá entender por que as pessoas estavam preparadas para arriscar tanto para elegê-lo.

Também em plano nacional, o modelo McDonald’s destrói as democracias efetivas. A democracia depende de confiança, e sensação de pertencimento recíprocos: a convicção de que você pertence à nação e a nação pertence a você. O modelo McDonald’s, ao extirpar a conexão, não poderia ter sido melhor desenhado para apagar essa percepção.

Como observa Tom Wolfe em seu romance Um Homem por Inteiro , “a única maneira de você dizer que estava deixando uma comunidade e entrando em outra era quando as lojas de marcas começaram a a repetir e você localizava um outro 7-Eleven, outro Wendy’s, outro Costco, outro Home Depot”. A alienação e a anomia que essa destruição de localidade promove são ampliadas pela informalização do trabalho e por um regime de monitoramento, quantificação e avaliação arrasadores (no qual o McDonald’s se supera). Os desastres na saúde pública contribuem para o senso de ruptura. Por exemplo, depois de décadas de queda, as taxas de mortalidade entre norte-americanos brancos de meia idade agora estão subindo. Entre as causas prováveis estão a obesidade e o diabetes, dependência de drogas e insuficiência hepática, doenças cujos vetores são as corporações.

As corporações, “livres” das restrições democráticas, nos conduzem a um desastre climático, uma urgente ameaça à paz global. O papel do McDonald’s é especial: a produção de carne está entre as causas mais fortes das mudanças climáticas. Em seu livro The Globalisation Paradox, Dani Rodrik, um economista da Universidade de Harvard, descreve um trilema político. Democracia, soberania nacional e hiperglobalização, argumenta ele, são incompatíveis. Você não pode ter os três ao mesmo tempo. A McDonaldização entope a política doméstica. Incoerente e perigosa, como frequentemente é, a reação global contra políticos do establishment é no fundo uma tentativa de reafirmar a soberania nacional contra as forças de uma globalização não democrática.

No Atlantic, um artigo de Matt Stoller sobre a história do Partido Democrata, recorda que uma escolha semelhante foi articulada pelo grande jurista norte-americano Louis Brandeis. “Podemos ter democracia, ou podemos ter riqueza concentrada nas mãos de poucos, mas não podemos ter os dois”, disse ele. Em 1935, o deputado Wright Patman deu um jeito de passar uma lei contra a concentração do poder corporativo. Entre seus alvos estava a A&P, a cadeia de lojas de seu tempo, que estava esvaziando cidades, destruindo o comércio local e transformando “comerciantes independentes em caixas”.

Em 1938 o presidente Roosevelt avisou que “a liberdade que uma democracia expressa não está segura se as pessoas toleram o crescimento do poder privado até um ponto em que ele se torna mais forte do que seu próprio Estado democrático. Isso, na essência, é fascismo”. Os democratas viam poder corporativo concentrado como uma forma de ditadura. Eles quebraram bancos e empresas gigantes e controlaram as cadeias de lojas. O que Roosevelt, Louis Brandeis e Wright Patman sabiam foi esquecido pelos que estão no poder, inclusive jornalistas poderosos. Mas não pelas vítimas do sistema.

Uma das respostas a Trump, Putin, Orbán, Erdogan, Salvini, Duterte, Le Pen, Farage e a política que eles representam é resgatar a democracia, aprisionada pelas corporações transnacionais. É defender a crucial unidade política que está sendo assaltada pelos bancos, monopólios e cadeias de marcas: a comunidade. É preciso reconhecer que não há maior perigo para a paz entre as nações do que um modelo corporativo que esmaga a escolha democrática.

Fonte: OUTRAS PALAVRAS
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Uma onda de repulsa cresce pelo mundo.

Inicialmente, e ainda atualmente, essa onda, que cresce, tem como foco os políticos e a política. Assim surgiram Brexit, Trump e outros eventos em diferentes países onde a política e os políticos tem sido rejeitados pelos povos. No Brasil não é diferente, basta olhar para as últimas eleições e para a visibilidade de pessoas não diretamente ligadas a política, e ainda para políticos oriundos de cepas fascistas que ganham apoio de uma parcela da população.

Os políticos e governantes são apenas a ponta do iceberg responsável por toda essa insatisfação.

No entanto, governos e políticos foram sequestrados pela grandes corporações . Dito isto, caro leitor, o voto, sim, o seu voto nos partidos e em políticos, de pouco vale nas decisões e caminhos que são tomados, já que as corporações governam de fato.

A onda, que cresce pelo mundo, ainda não identificou claramente os responsáveis pela insatisfação, pelo incômodo, pela raiva, que todos sentem. Em breve um maior número de pessoas terá a mesma percepção, o mesmo sentimento e, assim acontecendo, as manifestações e protestos serão globais, unificadas. Para que isso aconteça a onda precisa de você, leitor.

Tudo que acontece no mundo, todas as decisões de governos, revela um mundo ao contrário, na contramão dos interesses e das necessidades da imensa maioria das pessoas. Movidas pelo ganho e pela acumulação incessante, as corporações caminham céleres na destruição da vida, ignorando todas as formas de vida. Fechando janelas que deveriam permanecer abertas ( efeito estufa), abrindo janelas que deveriam permanecer fechadas ( camada de ozônio ) sequestrando e invadindo propriedades ( nações e o voto universal ), demolindo edificações milenares ( acabando com as florestas ) , jogando lixo nos logradouros públicos ( rios e mares ) e escravizando e condenando a morte os prisioneiros deste sistema ( as pessoas ).


Parque Nacional de Willamette, nos EUA, 99% desmatado


Desmatamento e incêndios criminosos na Amazônia, Brasil


As ilhas Maldivas, na Ásia, estão afundando devido ao aquecimento global

Surfista enfrentando uma onda cheia de lixo em Java, a ilha mais povoada do mundo, na Indonésia

Área rica de Tar, em Alberta, Canadá, coberta por mineração e resíduos tóxicos


Lixo tecnológico em um aterro, em Gana


Incêndio em uma plataforma de petróleo, no Golfo do México, em 2010


20 milhões de habitantes na Cidade do México


Incêndio no Colorado, um dos efeitos das mudanças climáticas


Devastação da floresta nativa em Vancouver, no Canadá



Descarte de pneus em Nevada, nos EUA


Arrastões para captura de peixes no oceano, na costa da Mauritânia


Lagoa de rejeitos de areia betuminosa em Athabasca, no rio Athabasca, no Canadá

Fonte: BOL