quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Transtorno midático

Record troca a marca e mexe no microfone 03/11/201607h00


Colunas - Flavio Ricco



Fonte: BOL
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Em seu acelerado processo de transtorno de identidade, será que a TV Record também vai querer ser chamada de venus platinada ?

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Dialética e Evolução

Endogamia: a tecnologia de vazamentos em final de disputas eleitorais, como acontece no momento na eleição nos EUA,  foi do Califado de Curitiba para Washington ou veio da CIA para cá?


Fonte: CARTA MAIOR
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Dialética e deposição de Dilma

O método dialético nos incita a revermos o passado, à luz do que está acontecendo no presente




Dialética é palavra criada na Grécia Antiga para nomear o caminho percorrido pelas idéias, ou seja, um processo de discussão sobre as idéias. Na concepção moderna, dialética é o modo de pensarmos as contradições da realidade, ou seja, o modo de ver a realidade como essencialmente contraditória e em permanente transformação. Dialética é diferente do método causal, no qual se estabelece relações de causas e efeitos. A dialética é a história das contradições. Entende-se por contradição, o estado de coisa que se coloca numa situação conflitante aos mecanismos produtivos e as relações de produção.

Contradição é, portanto, o que se opõe ao que foi feito e determinado anteriormente. Um exemplo claro de contradição social histórica foi exposto por Clovis Moura em “Rebeliões da Senzala” (2014), no qual demonstra que a abolição da escravatura em 1888, não se consumou pela vontade da elite dominante, mas pelas lutas travadas pelos escravos. O racismo ou a concepção preconceituosa de que o negro era um ser inferior ao branco é que dava sustentação ao regime de escravidão. Como os herdeiros da elite escravista continuaram no poder até hoje, a marginalização e o preconceito contra os negros e brancos pobres continuou.

Mas antes de chegar ao atual conceito de dialética ele passou por muitas formas diferentes de emprego do termo. Conforme amplo estudo de Leandro Konder (1985). Entre os pensadores antigos, o mais contundente foi Heráclito de Efeso que viveu a cerca de 500 anos antes de Cristo. Para ele, desde o nascimento até a morte, todos os seres vivos passam por realidades que se transformam umas nas outras. Todas as coisas, situações e pessoas estão em permanentes transformações. Diz ele: Um homem não banho duas vezes em um mesmo rio, pois da segunda vez, não será o mesmo homem e nem o mesmo rio. Os pensadores metafísicos como Parmênides reagiram à posição de Heráclito, argumentando que as coisas são imutáveis e que o que muda é só a superfície ou as aparências. É certo que no decorrer da história a posição conservadora de Parmênides prevaleceu. Na idade Média, por exemplo, a sociedade feudal era estática e não permitia mudança social. Qualquer mudança poderia redundar em quebra dos privilégios da nobreza e do clero. Até a idéia de universo era estática. A terra era uma chapa imóvel, que não passava por transformações. No século XVI Copérnico (1473-1543) descobriu que a terra não era o centro do universo e que girava em torno do sol. No campo da evolução social, outros pensadores tiveram uma compreensão mais concreta da dinâmica das transformações.  Kant (1724-1804) observa que a consciência humana não se limita a registrar passivamente impressões provenientes do mundo exterior, sendo a consciência de um ser que interfere ativamente na realidade. Outro pensador que se ocupou da dialética como forma de concepção da realidade foi Hegel (1770-1831), tendo visto o trabalho como mola que impulsiona o desenvolvimento humano. Superar pelo trabalho tem por caminho três palavras chaves: negar ou anular; erguer pra proteger; elevar a qualidade. No trabalho a matéria prima é negada, conservada e elevada. É o que se pode exemplificar na fabricação do pão, na qual o trigo é triturado (negado). Em seguida é melhorado com mistura de outras substâncias (erguido). Finalmente é dado um trato na massa e elevado à condição de alimento e mercadoria, enriquecida com o trabalho humano.

Mas diferente de Hegel, Marx via no trabalho, que em vez de servir para o ser humano realizar-se, servia para aliená-lo. Numa coisa Marx estava de acordo com Hegel: A visão total é necessária para enxergar, e encaminhar uma solução a um problema. Hegel dizia que a verdade é o todo. Que se não enxergamos o todo, podemos atribuir valores exagerados a verdades limitadas, prejudicando a compreensão de uma verdade geral. Essa visão é sempre provisória, nunca alcança uma etapa definitiva e acabada, caso contrário a dialética estaria negando a si própria. (KONDER, 1985). A teoria dialética alerta e identifica as contradições concretas que constituem o tecido de cada totalidade

E agora?

O método dialético nos incita a revermos o passado, à luz do que está acontecendo no presente. Para entendermos o quadro político instaurado após a deposição da presidente Dilma e a instauração do governo Temer precisaram ver o que ocorre no mundo, no momento atual. Adorno e Horkheimer (1947) demonstram a maior e a mais profunda contradição dos tempos modernos, de que o contínuo progresso científico e tecnológico representou o domínio do homem sobre a natureza, mas se desvirtuou por completo ao ser utilizado para ampliar a dominação do homem sobre o próprio homem.

Como em longínquos tempos, o empresariado é movido pela ambição crescente de lucro. O trabalho humano foi sempre considerado o maior peso no custo da produção. Daí a tendência a lesar trabalhadores em seus direitos; usar a força política e o poder de coação para impedir remuneração justa à mão de obra. O chamado neoliberalismo, que surgiu no final do século passado, passou a ser uma escola que ministra estratégias no sentido de substituir e desvalorizar o trabalho humano com: equipes de trabalhadores anônimos; salários flexíveis; trabalhos polivalentes; terceirização; trabalhos “autônomos”; trabalho digital e trabalho on-line. Para não ficar desempregado o trabalhador se rende a essas formas escravistas.

As políticas sociais que vinham sendo praticadas no ocidente após a Segunda Guerra Mundial e, no Brasil, referendadas pela Constituição de 1988 passaram a ser vistas como obstáculos a uma contínua e alta lucratividade em todos os setores da economia. Na América Latina, todos os governantes apoiadores de tais políticas sociais sofreram pressão para deixar o poder, como em Honduras, Paraguai, Brasil e Venezuela. Nesta última, Nicolas, embora maduro, ainda não caiu. Toda vez que as classes assalariadas elegem chefes do poder executivo, a democracia é atacada pela classe proprietária. A grande contradição é que a democracia é conquistada com sacrifico de muitos, mas quem dela passa a se beneficiar são as elites detentoras dos capitais econômicos e intelectuais. A democracia passa a garantir o retrocesso e a negar o progresso humano. 
*Antônio de Paiva Moura é docente aposentado do curso de bacharelado em História do Centro Universitário de Belo Horizonte (Unibh) e mestre em história pela PUC-RS

Fonte: BRASIL DE FATO
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Que a Democracia e o Capitalismo são incompatíveis e prejudicam, esmagam, a classe trabalhadora, tem sido assunto para análises de muitos autores.

No Brasil, historicamente, as elites escravocratas ou quase sempre estão no Poder ou, raramente orbitam o Poder.

Nos três Poderes, na imprensa, na maioria do empresariado e nas Forças Armadas as elites são maioria esmagadora e governam o país. Quando não governam, no caso de governos de trabalhadores, sabotam esses governos, se utilizando justamente das liberdades democráticas que os governos dos trabalhadores fazem questão de incentivar e aprofundar.

Isto posto, a Democracia plena no Brasil em governos da classe trabalhadora sempre será sabotada pelas elites, que agem em nome das liberdades civis, da Justiça, da liberdade de expressão e da Democracia, como acontece no momento atual do país com o golpe de estado perpetrado contra o governo da Presidenta Dilma, um governo da classe trabalhadora.

Por outro lado, quando no Poder, as elites escravocratas administram o processo democrático, oferecendo a população dosagens de Democracia, que variam de democracia perto de zero até doses mais generosas, no entanto, a Democracia Plena com garantia de todos os direitos jamais foi vivenciada pelo povo brasileiro.

Em um passado recente, e ainda no presente, países com governos da classe trabalhadora também administram o processo democrático, oferecendo às populações elementos de Democracia que o Poder central julga adequado ao povo. No entanto, as elites que tem potencial para subverter ou sabotar a Democracia, são reprimidas, enquadradas e até mesmo proibidas de se expressar. Tudo isso é aplicado como forma de garantir os direitos das populações e o processo democrático.

Desta forma, não deixa de ser inspiradora a informação, abaixo, produzida por uma ONG de DNA capitalista:

WWF: Cuba é o único país do mundo que cumpre de fato as exigências para manter um processo de desenvolvimento sustentável  - Fonte: CARTA MAIOR


O conceito de sustentabilidade é bem maior do que a simples preservação e utilização dos recursos naturais do planeta de forma a garantir a vida para gerações futuras. Implica , também, em formas e estilos de vida sustentáveis, no que tange ao consumo, ao trabalho e as relações interpessoais. Tudo deve se passar em perfeita harmonia e equilíbrio, o que é perfeitamente compatível com um processo democrático.


Abaixo, mais um exemplo, agora aqui no Brasil, de como a Justiça e a Democracia tem várias interpretações:

Para poupar Temer, acordo no TSE deve separar chapa vitoriosa em 2014 - Fonte: JORNAL DO BRASIL

Fogão Solar

Preço do gás de cozinha sobe. Cadê a mídia?

Por Altamiro Borges

Na semana retrasada, o exterminador da Petrobras, Pedro Parente, anunciou a redução do preço da gasolina e a mídia venal fez o maior escarcéu. A queda prevista - de apenas um centavo - virou capa dos jornalões e motivo de comentários eufóricos nas emissoras de rádio e tevê. Os ex-urubólogos da imprensa - que no governo Dilma só difundiam notícias pessimistas sobre o país - viraram otimistas de plantão e juraram que a medida do covil golpista reduziria a inflação e impulsionaria a retomada da economia. Na sequência, ao invés de baixar, o preço da gasolina subiu nos postos e a mídia chapa-branca caiu no ridículo. Já nesta terça-feira (1), o governo anunciou o aumento do preço do gás de cozinha. A cruel decisão, que afeta as milhões de famílias, não virou manchete ou destaque na TV.

A Folha golpista deu apenas uma notinha, informando que "a Petrobras comunicou às distribuidoras de gás liquefeito de petróleo (GLP, o gás de cozinha) uma nova política de preços do combustível. A medida representará repasse de até 4% para as distribuidoras. O aumento depende da região e do tipo de contrato com a distribuidora... O maior impacto ocorrerá na região Nordeste, onde a maior parte dos contratos terá reajuste de 4%. Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o botijão de 13 quilos custa, em média, R$ 53,76 na região Nordeste. Um aumento de 4% representa para o consumidor nordestino custo adicional de R$ 2,15 por botijão".

Após protagonizar o "golpe dos corruptos", que levou a corja de Michel Temer ao poder em Brasília, a mídia venal foi presenteada com o aumento das verbas da publicidade oficial. Não é de se estranhar, portanto, que ela agora só destaque as notícias otimistas sobre a economia. O que é bom a gente fala; o que é ruim a gente esconde - já ensinou um cínico ministro do ex-presidente FHC. A mídia privada não tem nada de neutra ou imparcial. No fundo, ela adora um "jabaculê" - a famosa propina paga aos mercenários empresários do setor. O usurpador Michel Temer garante mais grana dos cofres públicos, a mídia segue iludindo os "midiotas".

Fonte: Blog do Miro
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O governo do golpe anunciou o aumento do gás de cozinha, o gás de botijão.


Com isso, a comida vai ficar mais cara, o que é péssimo em tempos de recessão, arrocho, desemprego e pouco dinheiro.

Como sempre acontece, quem mais vai sofrer com o aumento do gás de cozinha é a população pobre, ou seja, a maioria do povo brasileiro.

A classe média e as elites, que recentemente bateram panelas nas varandas e janelas pedindo o golpe, não irão fazer o mesmo agora porque o gás aumentou de preço. Aliás, tem muita elite que bateu panela que sequer sabe o que é gás.

No entanto, o Brasil inteiro pode programar um panelaço, agora com razões de sobra, para protestar contra esse aumento que, de fato, poderá deixar as panelas mais vazias.

Além disso, outras opções simples e baratas estão disponíveis para qualquer pessoa que queira economizar no consumo de gás de cozinha, sem reduzir a quantidade de alimentos, claro.

A melhor opção é o fogão solar, que com qualquer merreca qualquer um pode fazer em casa, e com abundância de sol que temos no país, é possível que quase diariamente as refeições sejam feitas no fogão solar.

Para obter informações sobre o fogão solar, o caro leitor pode entrar no google e pesquisar por ' fogão solar'. Há muita informação. Abaixo , um endereço de site sobre fogão solar:

www.solarcooking.org/portugues/default.htm

Cabe ressaltar, que o fogão solar , obviamente, precisa da incidência direta da luz solar. Assim sendo, o caro leitor pode ter o fogão em varandas, terraços, laje, jardim, quintal, ou até mesmo na calçada na porta de casa. Espaço pequeno e luz solar, são os requisitos básicos para instalar o fogão, que pode ser carregado de um lugar para outro, pois é leve e de fácil manuseio.

O leitor também pode optar por um fogão fixo, normalmente em um buraco no chão, no caso de quintal, jardim, ou qualquer outra área de terreno.

Por diversas vezes já cozinhei em fogões solares, e posso afirmar que o tempo de cozimento é mais ou menos o mesmo de fogão convencional. A comida fica uma delícia, melhor do que em fogão a gás, uma vez que no fogão solar não existe fogo, e com isso a comida não absorve o cheiro do gás queimado, como acontece no fogão comum. Até mesmo uma suculenta feijoada pode ser feita no fogão solar,  assim como todas as modalidades de assados, pratos com arroz, tais como arroz puro, risotos, e outros.

E o melhor, é de graça, é limpo, é ecológico.

Divulgue essas informações em comunidades, na periferia, no campo, nas favelas, nas cidades. Aliás, se a grande mídia estivesse ao lado do povo, estaria divulgando essas informações diariamente.
No entanto, como é do conhecimento do leitor, a grande mídia está ao lado daqueles que só pensam em lucros, e no caso, divulgar o fogão solar não é do interesse das distribuidoras de Gás e dos fabricantes de fogão convencional.

Abaixo umas fotos de diferentes tipos de fogão solar:










terça-feira, 1 de novembro de 2016

No Brasil do Golpe, até adolescentes são torturados pelo Estado

Juiz autoriza expressamente a PM a usar técnicas de tortura contra estudantes para desocupar escola do DF
01 de novembro de 2016 às 15h27


Estudantes passaram a ocupar escolas como forma de protesto contra a PEC 241 e a MP da reforma do ensino médio. Foto: Marcelo Camargo/ABr

Justiça do DF determina uso de técnicas de tortura contra estudantes em ocupações

Entre as ações, estão cortes do fornecimento de água, luz e gás das escolas, uso de ruídos para impedir o período de sono e restrição ao acesso de familiares, amigos e alimentos

por Rodrigo Gomes, da RBA publicado 01/11/2016

São Paulo – O juiz Alex Costa de Oliveira, da Vara da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), determinou o uso de técnicas de tortura para “restrição à habitabilidade” das escolas, com objetivo de convencer os estudantes a desocupar os locais. Entre as técnicas estão cortes do fornecimento de água, luz e gás das unidades de ensino; restrição ao acesso de familiares e amigos, inclusive que estejam levando alimentos aos estudantes; e até uso de “instrumentos sonoros contínuos, direcionados ao local da ocupação, para impedir o período de sono” dos adolescentes. A decisão é do último domingo (30).

O juiz ainda ressalta que tais medidas ficam mantidas, “independentemente da presença de menores no local”. “Autorizo expressamente que a Polícia Militar (PM) utilize meio de restrição à habitabilidade do imóvel, tal como, suspenda o corte do fornecimento de água; energia e gás (…) restrinja o acesso de terceiro, em especial parentes e conhecidos dos ocupantes (sic)”, determinou Oliveira.

O magistrado pede ainda a identificação de todos os ocupantes e que a PM observe uma eventual prática de corrupção de menores no local. A determinação para reintegração de posse das escolas é imediata, demandando apenas que a polícia efetive o reconhecimento dos locais, conheça o número de ocupantes e disponibilize efetivo para a ação.

Para o advogado Renan Quinalha, que auxiliou os trabalhos da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo, a decisão é absurda e legitima técnicas de tortura contra estudantes nas escolas ocupadas. “É uma reedição de técnicas de tortura. São considerados meios mais amenos, por assim dizer, por que não tem violência direta, mas isso agride física e mentalmente os estudantes. Visa criar o caos entre os jovens. Não é para convencer. É autoritário e violento”, afirmou.

Na madrugada de hoje (1º), um grupo invadiu ilegalmente o Centro de Ensino Médio Ave Branca (Cemab), em Taguatinga, cidade-satélite de Brasília e lançou bombas caseiras e coquetéis molotov para expulsar os alunos que ocupavam o local. Pela manhã oficiais de justiça, acompanhados por soldados da Polícia Militar do Distrito Federal, cumpriram mandado de desocupação da escola. Os alunos saíram pacificamente do local.

O Distrito Federal tem outras sete escolas ocupadas nas cidades-satélites de Samambaia, Planaltina, Recanto das Emas, Taguatinga e em Brasília, no Plano Piloto. Também estão ocupados cinco institutos técnicos federais, localizados nas cidades-satélites de São Sebastião, Planaltina, Riacho Fundo, Estrutural e Samambaia. Na noite de ontem, estudantes da Universidade de Brasília (UnB) decidiram ocupar a reitoria.

Em todo o país, mais de mil escolas foram ocupadas em protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 (que se tornou PEC 55 na tramitação atual, no Senado), que vai causar cortes de verbas nas áreas sociais, da saúde e da educação, e contra a Medida Provisória 746, que propõe a reforma do ensino médio sem discussão com especialistas, profissionais e estudantes.

Abaixo duas das três páginas da decisão do juiz Alex Costa de Oliveira:



Fonte: VIOMUNDO

País Faz de Conta

Serra faz de conta que não recebeu um caminhão de dinheiro da Odebrecht (R$ 34 milhões) em sua conta na Suíça. E a mídia segura a peteca.

Fonte: CARTA MAIOR
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Aos masoquistas, peia diária

1 DE NOVEMBRO DE 2016 POR LUCIANA OLIVEIRA


Que tal um resumo das manchetes de hoje?

Dólar sobe mais de 1,5%, perto de R$ 3,24; Bolsa opera em queda de 2,7%;

Preço do gás de cozinha sobe com mudança em política da Petrobras;

Multas ficam mais caras já nesta terça (1º); a de celular vai a R$ 293;

Chove menos, e conta de luz volta a ter cobrança de taxa extra em novembro;

Tempo de julgamento de ações penais aumenta 23 vezes em relação a 2002. Tempo para julgar as ações penais contra políticos com foro privilegiado.

Mesmo em quem pediu o golpe e agora se faz invisível, em silêncio, está doendo.

Todos se lascaram, mas que os golpistas se lasquem bem longe de mim.

Estou à base de balão de oxigênio, Valeriana e vinho há dois anos.

Fonte: Blog da Luciana Oliveira

Crivella e Política de faz de conta

Em primeiro discurso como prefeito eleito, Crivella diz que não quer vingança

Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil
30/10/2016 - 22h59

O prefeito eleito Marcelo Crivella (PRB) disse que não quer vingança contra os adversários que o atacaram durante a campanha e disse que seu projeto é cuidar das pessoas.

Rio de Janeiro - O senador Marcelo Crivella comemora, em Bangu, a eleição para a prefeitura da capital fluminense, no segundo turnoFernando Frazão/Agência Brasil

"Nós não podemos, jamais, cair na armadilha da praga maldita da vingança. O processo eleitoral termina aqui. Acabou. Nós não temos memórias para injúrias, para calúnias, para infâmias. Vocação da política é olhar para a frente. Nós vamos centrar todas as nossas energias para realizar o projeto que propusemos ao povo, que é cuidar das pessoas", disse Crivella.

A campanha foi marcada por polêmicas como a revelação de um livro com críticas de Crivella à Igreja Católica e aos homossexuais e também reportagem sobre prisão dele, até então desconhecida, por tentar desalojar uma família de um terreno da Igreja Universal.

Crivella discursou na noite deste domingo (30), em ato na sede do Bangu Atlético Clube. Inicialmente, a assessoria do prefeito eleito informou que seria uma entrevista coletiva à imprensa, o que não ocorreu. Crivella apenas discursou para militantes e políticos que o apoiaram, como os candidatos a prefeito derrotados no primeiro turno Índio da Costa (PSD) e Carlos Osório (PSDB), além da deputada federal Clarissa Garotinho (PR), o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSC) e o ex-secretário municipal Rodrigo Bethlem, acusado de desvio de dinheiro público.

Não à legalização do aborto e das drogas
Em um segundo discurso, na quadra esportiva do clube, para os militantes que não puderam acompanhar a primeira fala, Crivella disse que sua vitória representa o não à legalização do aborto e das drogas, bandeiras defendidas pelo candidato derrotado Marcelo Freixo (PSOL). "O povo disse bem alto nas urnas: não à legalização do aborto, não à liberação das drogas. Não, não, não e não. O povo também disse não à ideologia de gêneros nas crianças, de cinco ou seis anos de idade. Não, não e não. Não", discursou em voz alta, arrancando aplausos da militância.

Crivella venceu a eleição com 59,36% dos votos válidos, totalizando 1.700.030, contra Marcelo Freixo (PSOL), que obteve 40,64%, ou 1.163.662. A abstenção foi de 1.314.950 (26,85%), os votos nulos somaram 569.536 (15,90%) e os votos em branco foram 149.866 (4,18%).

Perfil

Bispo licenciado da Igreja Universal, foi a terceira vez que Crivella concorreu à prefeitura carioca. Engenheiro civil, com pós-graduação na Universidade de Pretoria, em Joanesburgo, África do Sul, também concorreu ao governo estadual em 2006 e 2014. Começou a trabalhar aos 14 anos como auxiliar de escritório e foi taxista. Ficou oito anos no Exército, foi professor universitário e servidor público.

Com 59 anos, Crivella nasceu na capital fluminense e é filho único de pais católicos. Em 2002, foi eleito para o Senado com mais de 3 milhões de votos. Foi reeleito para o período 2011 a 2019. No governo de Dilma Rousseff, foi ministro da Pesca e Aquicultura. O político publicou contos de cunho religioso e um livro sobre projeto que torna produtivas terras abandonadas pelo governo federal, na cidade de Irecê (BA).

Casado com Sylvia Jane há 36 anos, é pai de três filhos e tem dois netos. Crivella chegou a ser considerado um dos principais intérpretes do gênero gospel no Brasil, com cerca de 16 álbuns musicais gravados.

Fonte: BOL
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O primeiro discurso de Crivella logo após ser eleito foi catastrófico.

Crivella associou sua vitória a vontade da maioria da população do Rio de Janeiro a não legalização do aborto e das drogas, que , segundo o novo prefeito, seriam bandeiras defendidas por Marcelo Freixo e o Psol.

É provável que o Psol defenda a legalização do aborto e a descriminalização das drogas, no entanto, tais decisões não estão na esfera de atuação de um prefeito. Nenhuma prefeitura no país tem autonomia para legislar sobre liberação de drogas e legalização do aborto. Essas questões são de âmbito nacional, da esfera do congresso nacional. Ao se posicionar dessa maneira, Crivella desinforma, omite, limita a compreensão das pessoas, o que , de certa forma, não deixa de ter paralelos com a função das grandes religiões, incluindo , claro, a religião do Bispo Prefeito. Sim, até o momento, Crivella, assim se posicionando, expressou aspectos de seu sistema de crenças e valores, algo incompatível para um Prefeito, ainda majoritariamente Bispo.

As questões das drogas e do aborto merecem uma discussão ampla transparente, que envolva toda a sociedade.

Recentemente, caminhando pelo centro da cidade no Largo da Carioca , cruzei com Chico Três Oitão, o Filósofo das Encostas. Perguntei ao grande Filósofo o que achava da presença do Estado, através das UPP's, nas comunidades da cidade com o intuito de combater a criminalidade e o comércio de drogas ilícitas. Disse ele:

- legal ou ilegal, tudo é droga. As UPP's até que deram uma segurada na parada, mas o Estado não pode inviabilizar o empreendedorismo privado. Se isso acontece, o bagulho pega geral.

Na dialética do Filósofo a questão é bem mais ampla e transcende a repressão aos usuários. Três Oitão entende que o tráfico e o comércio de drogas estão inseridos em um contexto globalizado que movimenta bilhões de dólares ao ano, com forte influência nas decisões de governos de muitos países, e fonte alimentadora de lucros elevados de grandes instituições financeiras, daí a sugestão do Filósofo para o Estado do Rio de Janeiro ter mais cuidados na repressão.

Na visão do Filósofo, o tráfico e o comércio das drogas são bem mais fortes que governos, estão inseridos no modelo político e econômico mundial, e que as ações de repressão pelo mundo, até mesmo planos bilionários, são , apenas, maquiagens para dar satisfação as sociedades de que os governos estão combatendo as drogas. Ainda segundo o Filósofo das Encostas, o maior risco para o grande negócio das drogas seria a legalização e descriminalização das drogas, não em todo mundo, mas na maioria dos países ocidentais, o que levaria ao controle com pagamento de impostos e a inserção de novos players no negócio, diluindo os lucros. Reconhece, também, que o lado violento do negócio das drogas sofreria grande redução, afetando outros segmentos econômicos, como o comércio de armas. Com esse cenário, o grande Filósofo acredita que nada muda no segmento das drogas no mundo, e que possíveis mudanças somente mudando o Sistema. Para finalizar, disse que o modelo atual de repressão e criminalização dos usuários de drogas, revela tudo o que disse anteriormente, ou seja, o Estado, de alguma ou muitas formas,está comprometido com o negócio das drogas, e age em um faz de conta para dar satisfação a sociedade.

Voltando ao Bispo Prefeito, Crivella é contra a legalização e descriminalização das drogas. Deve ter seus motivos.

A culpa é do Psol que leu apenas as orelhas dos livros

Em Santa Maria o PT perdeu por 226 votos .O Psol, que teve 1224 votos no primeiro turno, pregou o voto nulo e não na esquerda. Ganhou a direita

Será de esquerda um partido que não apóia a esquerda (em nenhum cenário) e, na derrota, culpa a esquerda?



O Freixo professor e politico incapaz de contextualizar o momento da esquerda no BR e no mundo. De pirracinha pós derrota. Mire em Haddad.

Fonte: CARTA MAIOR
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O candidato derrotado no Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, coloca a culpa no PT por sua derrota nas eleições.

Não, Freixo, a culpa não é do PT, a culpa é sua. O seu discurso de candidato foi bem elaborado, bem articulado, assim como o programa de governo do Psol para a cidade do Rio de Janeiro. Com isso, seduziu uma parcela da população culta, instruída e jovem, no entanto não atingiu o povo, não criou empatia com o povo. 

Nas regiões do povão, zonas norte e oeste, Freixo foi derrotado em praticamente todas as zonas eleitorais. Nessas mesmas regiões, venceram Getúlio, Jango, Brizola, Lula e Dilma.

O povão, ao que parece, não é de esquerda e nem de direita já que prefere o populismo. 

Crivella, com a bíblia nas mãos e andando pela cidade, não deixa de ser uma forma de populismo. 

O Psol perdeu porque apesar de ter um programa voltado para o povão, não sabe se comunicar com esse povo. De nada adianta sair em passeata e protesto pelas ruas da cidade em defesa do povo, se nas passeatas não tem pobre, preto, desgraçado, descamisado. 

Aliás, esse é um erro recorrente das esquerdas no Brasil, não saber se comunicar com as massas. 

Como professor, Freixo deveria saber que se seus alunos não entendem o que o professor explica, a culpa não é dos alunos, mas sim do professor, que não soube usar uma comunicação apropriada àquele grupo de alunos. Esse é um aspecto da derrota. O outro, como já descrito, a necessidade do carisma de um candidato associado a um projeto popular.
Lula, se candidato a presidência em 2018, vai receber todos os votos do povão dados a Crivella , nas zonas norte e oeste da cidade do Rio de Janeiro. 

Os votos que Freixo recebeu na zona sul, com vitórias em bairros com histórico aristocrático, como Laranjeiras e Cosme Velho, em 2018, com Lula,  esses votos do Psol talvez não sejam dados ao candidato do PT, candidato do povo.

O PT contribuiu , de fato, para um certo desencanto do eleitor com o sistema político, porém, não é o culpado pela derrota de Freixo e do Psol.

Se Nelson Rodrigues estivesse vivo, provavelmente assim se manifestaria sobre o Psol:

" no comício do Psol, na Lapa, o candidato a prefeito, Marcelo Freixo, pediu silêncio para falar. Todos rapidamente ficaram em silêncio, com exceção de uma jovem que tinha lido, apenas, as orelhas dos livros de Chomsky e Zizek "