quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Essa mulher fugiu do hospício

Janaína vai nos salvar dos russos. O que não se faz para aparecer…




POR FERNANDO BRITO · 26/10/2016



A doutora Janaína Pascoal, aquela senhora do impeachment, agora que perdeu a ribalta do golpismo, anda procurando assunto para que voltem a reparar-lhe em sua insignificância.

Depois das sessões de possessão em praça pública, agora descobriu outro filão.

Os planos russos para invadir o Brasil.

Ela quer que nosso país se intrometa na Venezuela para evitar que se construa lá uma base russa que serviria de trampolim para um ataque ao Brasil.

Poxa, Dona Janaína, a senhora não sabe que o Michel Temer é “amigão” do Putin e vai até emprestar a ele a PEC 241?

A senhora não viu ele falando do encontro – que não aconteceu, mas isso não vem ao caso – amistoso entre os dois?

Quem foi que lhe contou esta história da invasão russa, o Serra? Cuidado, tem muita gente comentando que ele não anda conseguindo juntar Paulo com Preto.

É deprimente que a gente com este grau de transtorno ideológico tenha sido dada a oportunidade de escrever a triste página do golpe no Brasil .

Ela ainda agradece, no Twitter aos “blogs petistas” por darem divulgação às suas sandices.

De nada, dona Janaína, é que a gente confia no bom-senso das pessoas que, informadas do que a senhora diz, acabam sabendo quem a senhora é.

Fonte: TIJOLAÇO
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Haddad Tranquilão @Haddad_Femando
Ei, @JanainaDoBrasil, olha quem foi visto na baía de Guanabara!

Corre Janaína, corre. Eles estão chegando e em breve vão tomar o país. Já tem russo andando pelo Boulevard Olímpico, Parque do Flamengo...

Aberta a porta do hospício

Livro de Edir Macedo, tio e chefe de Crivella, detalha o ‘grande projeto de nação pretendido por Deus’

Postado em 27 Oct 2016

Crivella na Universal
Publicado no Projeto Colabora.

POR FERNANDO MOLICA

Ao falar numa futura eleição de um presidente da República evangélico, o senador Marcelo Crivella (PRB), candidato a prefeito do Rio, tratou de um processo de conquista de poder já detalhado em livro lançado em 2008 pelo fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo.

Escrito com a colaboração do jornalista Carlos Oliveira, “Plano de poder” não tem qualquer pudor em misturar política e religião. O livro defende a união dos evangélicos em torno de um objetivo político e trata da ascensão dos evangélicos como algo determinado pela Bíblia. Os autores chegam a falar em consolidação do “grande projeto de nação pretendido por Deus”.

Segundo Macedo e Oliveira, a Bíblia é um “manual que não se restringe apenas à orientação de fé religiosa, mas também é um livro que sugere resistência, tomada e estabelecimento do poder político ou de governo”. Um dos capítulos tem como título “A visão estadista de Deus”.

Os autores ressaltam, diversas vezes, a força eleitoral dos 40 milhões de brasileiros evangélicos. Tudo seria uma questão “de engajamento, consenso e mobilização” desses fieis. “Insistimos em que a potencialidade numérica dos evangélicos como eleitores pode decidir qualquer pleito eletivo (…)”, destacam.

Segundo eles, “em nenhum tempo da história do evangelho no Brasil, foi tão oportuno como agora chamá-los (os fiéis) de forma incisiva a participar da política nacional”. “O momento é oportuno ao projeto divino de nação!”, comemoram. O livro diz, porém, que muitos evangélicos ainda não haviam identificado e assimilado “o projeto de poder político” de Deus e que eles precisariam “despertar ao toque da alvorada”.

Os autores chegam a comparar o processo de chegada dos evangélicos ao poder com a trajetória de Moisés na libertação dos judeus escravizados no Egito e a condução deste povo à terra prometida. O período de 40 anos de peregrinação no deserto até a chegada ao destino é citado como um tempo necessário para que os judeus se dessem conta da necessidade e dos desafios necessários para a construção de um Estado. Este período de amadurecimento seria semelhante ao atual, em que os cristãos – no livro, apenas os evangélicos recebem esta denominação – se preparariam para a chegada ao poder.

O livro também traz lições para o sucesso da empreitada: “O êxito em política, sobre tudo na atualidade, depende de um conjunto de ações estratégicas, bem elaboradas e objetivas, que vai desde o político como produto às ações dos que desejam elegê-lo”, ensinam os autores. Afinal, de acordo com eles, “Deus segue procedimentos normais e técnicos”.

Macedo e Oliveira destacam que qualidades como a dignidade e a respeitabilidade do “povo de Deus” fariam com que evangélicos governassem com justiça social “pelo temor que lhes é peculiar.” Eles afirmam que a honra não é um monopólio dos evangélicos, “mas é inerente aos cristãos que verdadeiramente temem a Deus.”

No fim do livro, os autores afirmam estar diante de dois interesses: o dos cristãos, de ter “representantes genuínos”, e o de Deus, “de que seu projeto de nação se conclua”. Clamam para que os evangélicos não deixem “que essa potencialidade seja desperdiçada”.

Desde os anos 1990 a Igreja Universal investe na eleição de políticos, trabalho que, no início, foi coordenado pelo então bispo Carlos Rodrigues, eleito deputado federal pela primeira vez em 1998 com o nome de Bispo Rodrigues. Reeleito, em 2005 ele renunciou a um novo mandato depois de ter seu nome envolvido em três escândalos de repercussão nacional, que envolviam bingos, máfia que desviava recursos destinados à compra de ambulâncias e o Mensalão (acabaria condenado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento deste último caso).

Em 2002, Marcelo Crivella, hoje bispo licenciado da Igreja Universal, foi eleito senador. Três anos depois, ele e o então vice-presidente, José Alencar, fundaram o PRB, que se transformaria num braço político da organização religiosa.

O partido conta com 22 deputados federais e 38 estaduais. No primeiro turno da eleição de 2016, elegeu 104 prefeitos e 1.627 vereadores – bem mais do que os 80 e 1.207, respectivamente, que foram vencedores na disputa de 2012. Seis de seus candidatos a prefeito disputarão o segundo turno no próximo domingo. O PRB tem como presidente interino Eduardo Lopes, bispo da Igreja Universal, ex-presidente do jornal ‘Folha Universal e suplente de Crivella no Senado.

O presidente titular do partido, Marcos Pereira, licenciou-se do cargo para assumir o Ministério da Indústria e Comércio de Michel Temer. Ele também é bispo licenciado da Igreja Universal e foi vice-presidente da Rede Record. Em sua página na internet, Pereira, entre outras qualificações, é identificado como advogado, professor de direito “e servo”: “Apenas servo, como ele costuma dizer”.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Se Deus é um estadista e tem um projeto político para o Brasil, como afirma o livro desses lunáticos, Deus deve ser convidado, com urgência, a participar dos debates políticos que fervem no país.

A mistura entre religião e estado não apenas existe com Crivella, como é escancarada.


O que passa na cabeça do carioca em eleger Crivella, deve estar se perguntando o verdadeiro Deus que existe em todos nós. Lembre-se, caro leitor, votar em branco, anular o voto, ou deixar de comparecer para votar, favorece sempre o candidato que está a frente nas pesquisas de voto, no caso, Crivella.

O projeto de Crivella é fundamentalista e, se eleito, irá aprofundar ainda mais as desigualdades na cidade.

Imagine, caro leitor, um possível Secretário de Turismo do governo Crivella. O carnaval será abandonado, por ser indecente e contra os princípios da família, e em seu lugar o Rio será transformado em turismo religioso, com peregrinações aos templos evangélicos da Igreja Universal e eventos gospel nos principais locais para grandes shows musicais. As mulheres que resolveram tomar banho de sol nas praias sem a parte de cima do biquiní, como acontece com frequência nas praias cariocas, serão detidas, se necessário a força, e encarceradas por longo período pelo crime hediondo de atentado ao pudor e aos princípios da família.

A Tv Record, braço midiático de Crivella, adotará uma grade programação voltada para o Rio de Janeiro, somente com programas religiosos e bíblicos, como aliás já acontece.

No governo Crivella, o Diabo, que na realidade são todas as pessoas que pensam diferente de Crivella, será perseguido e destruído tendo seu tridente fundido, e o ferro bruto será jogado em fossas abissais, de sete mil metros de profundidade, no oceano pacífico.

Pessoas que utilizarem roupas com a cor vermelha, poderão sofrer as represálias , ou, na melhor da hipóteses, serem detidos como suspeitos de atos diabólicos.

Como já percebeu o caro leitor, Crivella prefeito é a ascensão do Diabo, um atentado à razão, uma violência contra a evolução.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Golpe terá que se explicar para ONU

ONU admite ação de Lula e pede explicações ao governo brasileiro
POR FERNANDO BRITO · 26/10/2016


Do site lula.com.br:

A ONU aceitou a denúncia protocolada pelos advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 28 de julho. A petição ao Comitê de Direitos Humanos da ONU em Genebra, mostra a violação da Convenção Internacional de Direitos Políticos e Civis e abuso de poder pelo juiz Sérgio Moro e procuradores federais da Operação Lava-Jato contra Lula.

Na ação, os advogados pedem ao Comitê que se pronuncie diante do fato do juiz Sérgio Moro ter violado o direito de Lula à privacidade, de não ser preso arbitrariamente e o direito à presunção da inocência.

As evidências de violação e abusos do juiz e dos procuradores do Paraná apresentadas ao Comitê são:

. a condução coercitiva do dia 4 de março de 2016, completamente fora do previsto na legislação brasileira;

. o vazamento de dados confidenciais para a imprensa;

. a divulgação de gravações, inclusive obtidas de forma illegal;

. o recurso abusivo a prisões temporárias e preventivas para a obtenção de acordos de delação premiado.

A admissão da denúncia não representa um juízo de valor, mas o reconhecimento que o pedido tem fundamentos suficientes para ser apreciado. A decisão contraria o que a mídia vinha afirmando sobre a ONU não considerar “urgente” o caso, como chegou a ser noticiado pelo Estadão, que anunciou que o caso de Lula só seria examinado no ano que vem.

Leia a nota dos advogados do ex-presidente Lula:

Na qualidade de advogados do ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva recebemos hoje (26/10/2016) documento emitido pelo Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, informando que o comunicado individual feito em 28/07/2016 em favor de Lula passou por um primeiro juízo de admissibilidade e foi registrado perante aquele órgão. O mesmo comunicado informa que o governo brasileiro foi intimado também nesta data para apresentar “informações ou observações relevantes à questão da admissibilidade da comunicação” no prazo de dois meses.

Na peça protocolada em julho, foram listadas diversas violações ao Pacto de Direitos Políticos e Civis, adotado pela ONU, praticadas pelo juiz Sergio Moro e pelos procuradores da Operação Lava-Jato contra Lula.

Tal Pacto assegura, dentre outras coisas: (a) proteção contra prisão ou detenção arbitrária (Artigo 9º); (b) direito de ser presumido inocente até que se prove a culpa na forma da lei (Artigo 14); (c) proteção contra interferências arbitrárias ou ilegais na privacidade, família, lar ou correspondência e contra ofensas ilegais à honra e à reputação (Artigo 17); e, ainda, (d) do direito a um tribunal independente e imparcial (Artigo 14).

A ação pede ao Conselho que se pronuncie sobre as arbitrariedades praticadas pelo Juiz Sergio Moro contra Lula, seus familiares, colaboradores e advogados. As evidências apresentadas na ação se reportam, dentre outras coisas: (i) à privação da liberdade por cerca de 6 horas imposta a Lula em 4 de março de 2016, por meio de uma condução coercitiva sem qualquer previsão legal; (ii) ao vazamento de materiais confidenciais para a imprensa e à divulgação de ligações interceptadas; (iii) a diversas medidas cautelares autorizadas injustificadamente; e, ainda, (iv) ao fato de Moro haver assumido em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal, em 29/03/2016, o papel de acusador, imputando crime a Lula por doze vezes, além de antecipar juízo de valor sobre assunto pendente de julgamento.

A ação cita precedentes da Comissão de Direitos Humanos da ONU e de outras Cortes Internacionais, os quais mostram que, de acordo com a lei internacional, o Juiz Moro, por já haver cometido uma série de ações ilegais contra Lula, seus familiares, colaboradores e advogados, perdeu de forma irreparável sua imparcialidade para julgar o ex-Presidente.

Avançamos mais um passo na proteção das garantias fundamentais do ex-Presidente com o registro de nosso comunicado pela ONU. A data é emblemática porque justamente hoje nos encontramos em Boston, para discutir o fenômeno do lawfare com especialistas da Universidade de Havard. É especialmente importante saber que, a partir de agora, a ONU estará acompanhando formalmente as grosseiras violações que estão sendo praticadas diariamente contra Lula no Brasil.


Fonte: TIJOLAÇO
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Qualquer decisão da ONU nesse caso não irá alterar o curso dos acontecimentos. A ONU apenas recomenda.

No entanto, ao aceitar imediatamente a ação de Lula, a ONU reconhece irregularidades no processo contra o ex-presidente, o que demonstra conhecimento por parte da comunidade internacional de graves violações dos direitos humanos e das liberdades democráticas no Brasil.

O governo brasileiro, o governo do golpe, de alguma forma fica sujo ao ter que dar explicações.

Já a velha mídia, sempre imunda, nada de braçadas nas águas do rio Tietê, em apoio amplo, geral e irrestrito ao golpe contra a democracia, contra a soberania nacional e contra a maioria esmagadora da população brasileira.

Emissoras de televisão colocam em risco a integridade física de pessoas

Acidente no ‘Saltibum’ rompe tumor no cérebro de Mariano

A coluna descobriu o verdadeiro motivo de o sertanejo Mariano ter ficado quatro dias internado na UTI do Barra D’Or após o acidente no ‘Saltibum’. A queda fez com que um cisto — tumor benigno com conteúdo líquido — que estava alojado no cérebro do cantor se rompesse com a batida no trampolim.

“Ele já tinha esse cisto benigno e não sabia. O cisto se rompeu, mas não era grande o suficiente para causar um problema maior. De tempos em tempos ele vai ter que fazer novos exames”, afirmou Ronaldo Gorga, médico de confiança de Mariano.

Na última segunda-feira, o sertanejo retornou ao Barra D’Or para realizar exames. Ele foi liberado pela equipe médica para viajar e voltou no mesmo dia para Campo Grande acompanhado da mãe. Mariano, que chegou a tomar morfina no hospital por conta das fortes dores que sentia, segue tomando outros medicamentos em casa, mas está liberado para fazer shows. As informações foram confirmadas pela assessoria da dupla, que afirma ainda que Munhoz e Mariano voltam a se apresentar em breve.

No dia 18, Mariano sofreu um grave acidente quando treinava para o quadro ‘Saltibum’, do ‘Caldeirão do Huck’. O sertanejo bateu com a cabeça durante um salto na plataforma de três metros e precisou de atendimento médico. Levou dez pontos na parte de trás da cabeça e ficou internado no Barra D’Or com as despesas pagas pela Globo.

Fonte: O DIA
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A quantidade de trapalhadas, acidentes e até mesmo crimes envolvendo programas da TV Globo não pode mais ser tratado pelas autoridades ( elas ainda existem no Brasil ? ) como algo pontual, um ponto fora da curva. Trata-se de um problema sistêmico.

O acidente com o cantor sertanejo Mariano em quadro do programa do paulista Luciano Huck, revela que protocolos de segurança tem sido constantemente negligenciados pela emissora. O cantor esteve perto da morte e, pelas novas informações, poderá sofrer sequelas devido ao acidente.

Ainda no mesmo programa, em um outro quadro chamado Lata Velha, o caso foi parar na polícia. O quadro se propõe a reformar um carro velho de uma determinada pessoa escolhida pela produção do programa. O carro reformado, na maioria das vezes, ganha um visual arrojado, até mesmo com alterações no design original. Recentemente, um participante do quadro recebeu seu carro reformado, e junto com ele uma confusão dos diabos. O "novo" carro teve até modificação do chassi, que para surpresa geral era chassi de um carro roubado. O proprietário do " novo veículo" entrou em desespero e já queria seu carro velho de volta, já que estava sendo acusado pela polícia de roubo de veículo. A direção do programa disse que a responsabilidade pela reforma do carro era de uma oficina contratada pelo programa, e que não sabia que a oficina tinha carros roubados. Ahh! Então tá. Globo contrata fornecedores de produtos e serviços sem conhecê-los. O caso foi abafado, e não se sabe se o proprietário do veículo foi preso ou teve de volta seu veículo antigo.

No programa de outro paulista, o Fausto, são em grande número as pessoas acidentadas em um quadro de dança. Alguns participantes , devido aos acidentes, ficam até quatro semanas afastados de suas atividades profissionais. Adicione-se a esses eventos, brigas e acidentes entre os participantes das edições do big brother brasil, sendo que até mesmo um participante foi acometido, durante o programa, de um acidente vascular cerebral, talvez fruto da pressão sofrida pelos participantes. Uma avaliação médica criteriosa, e profunda, deveria existir antes de colocar os participantes em um ambiente de excessiva pressão psicológica e física.

Ainda recentemente a TV Globo se envolveu em uma tremenda confusão ao interditar, sem o consentimento das autoridades da prefeitura, ruas no bairro do Leblon para gravação de cenas externas de uma determinada novela. Além dos problemas causados no trânsito de veículos na região, a interdição causou enormes prejuízos para os comerciantes locais, que ficaram praticamente um dia sem movimento de clientes e fregueses. Além disso, o grande barulho causado pelas gravações incomodou e irritou os moradores de edifícios próximos aos locais da gravação, que passaram a arremessar pelas janelas todo tipo de objetos e líquidos nos atores e demais profissionais envolvidos, fazendo com que todos se refugiassem em marquises ou mesmo fugissem momentaneamente do set de filmagens.

O acidente com o sertanejo Mariano coloca luz em programas de emissoras de TV, ávidas por pontos de audiência. quanto a segurança das pessoas.

Cabe ainda lembrar que em uma edição do programa Pânico ainda na Rede TV, um dos apresentadores do programa, Sabrina Sato, com roupas íntimas e bem reduzidas, teve que montar em um avestruz que saiu em disparada jogando a apresentadora ao chão.

Sabrina necessitou de um atendimento médico especializado e por pouco não sofreu sequelas na coluna vertebral,  ficando por uma semana com a coluna imobilizada.

Nos programas dominicais do SBT, são em grande número quadros em que participantes tem superar obstáculos para ganhar um dinheirinho. Os tombos são em grande número e inevitáveis, porém, percebe-se , claramente, que a emissora procura minimizar os efeitos da queda com proteções em bordas e cantos de piscinas, lagos e outros locais.


Os órgãos de fiscalização do trabalho devem se manifestar informando se as emissoras cumprem rigorosamente as normas de segurança do trabalho e se existem profissionais de segurança, como engenheiros de segurança, por exemplo, no quadro de funcionários das emissoras.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Bandido demais para pouco otário

Renan fala por Temer ao detonar o judiciário e o ministro da Justiça

25 de outubro de 2016

Renan foi na goela do judiciário e chamou Vallisney de Souza Oliveira, que autorizou a operação Métis, realizada pela PF no Senado, de juizeco de primeira instância. E para não perder a viagem disse que o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, se porta como chefete de polícia. Moraes é o homem de Alckmin no governo federal.

Renan e Temer nunca foram da mesma turma do PMDB. Mas neste momento jogam juntos. Engana-se quem acha que as duras palavras do presidente do Senado não foram negociadas antes com o atual presidente.


Temer está por aqui com Moraes. Já percebeu que o seu ministro da Justiça é muito mais Alckmin do que ele. E que não está disposto a se lançar ao mar para salvar a pele de parceiros históricos de Temer que estão envolvidos até as tampas com a Lava Jato.

Boa parte do governo quer a demissão de Moraes. Temer também. Mas quem conhece o atual presidente sabe que seu jogo é dissimulado. É do tipo de vazar suas próprias cartas e seus áudios.

E como sabe o preço que teria de pagar ao demitir o ministro de Alckmin, vazou sua opinião pela voz de Renan.

A coletiva de ontem do presidente do Senado é uma linha no chão para o destino da Lava Jato.

Renan tem razão que a operação da PF desmoraliza o legislativo e coloca em risco o equilíbrio dos poderes. Mas esse risco não foi levado em conta para derrubar Dilma.

O babado é outro.

Renan sabe que o acordo de delação da Odebrechet e a prisão de Cunha somadas devem levar o PMDB à lona em breve. E ele não terá como se salvar.

E que o PSDB, principalmente Alckmin, vão tentar de tudo para chegar à presidência ainda em 2017.

O racha do atual governo já é uma fratura externa.

Agora é acompanhar essa crise com binóculos, porque mesmo para quem estiver por perto, muito do que parece ser uma coisa, pode ser outra.

Renan e Temer estão jogando juntos

Fonte: Blog do Rovai
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O governo do golpe com seus seis meses de vida já entra em uma crise pesada.

É um querendo engolir o outro, e, enquanto isso, o Brasil afunda. Já para a velha mídia, o  que importa é o Lula, que agora é dono do Itaquerão.

O brasileiro que não assiste novelas e telejornais, logo não é maluco nem alienado, não aguenta mais essa confusão toda. 

Confusão, aliás, que foi criada com o golpe e que se o povo não agir e expulsar tudo isso que está aí, a situação só vai piorar.

O problema em Brasília, como diria o filósofo Chico Três Oitão, o Filósofo das Encostas, é que 'na capital federal tem bandido demais para pouco otário'.

Uma santa botinada



O mundo hoje foi surpreendido com a notícia da passagem de Carlos Alberto Torres, o capitão da seleção brasileira no tri campeonato mundial no México, em 1970.

Carlos Alberto, que começou sua carreira de jogador de futebol no Fluminense onde logo que subiu para os profissionais foi campeão carioca em 1964, foi o maior lateral direito que vi jogar.

Naturalmente, muito se fala e escreve no momento sobre o capitão do tri, principalmente sobre o gol que marcou, o quarto, na partida final contra a Itália na copa de 1970, vencida pela seleção brasileira pelo placar de 4 x 1. Também proliferam imagens nos sites de notícias com o capita erguendo a taça Jules Rimet, no gesto imortalizado por Bellini em 1958 e repetido por Mauro em 1962.

Para sair do lugar comum cabe uma lembrança sobre o capita:

A seleção brasileira de futebol disputava seu segundo jogo na copa do mundo do México, um jogo dificílimo contra a poderosa Inglaterra, na época a atual campeã do mundo. O jogo seguia limpo, no entanto um jogador do time inglês, que agora não me recordo o nome, acredito sem certeza que Lee, deu duas entradas violentas e criminosas em jogadores brasileiros. Pelé e outros jogadores conversaram rapidamente durante o jogo que alguém tinha que parar o inglês abusado. O capita logo assumiu a responsabilidade e na primeira oportunidade colocou o inglês na horizontal se contorcendo em dores. O inglês sobreviveu e continuou no jogo, porém, pianinho, sem distribuir pontapés como vinha fazendo.

Lances assim podem ser decisivos em uma partida e naquele jogo não foi diferente. Os ingleses perceberam que para ganhar do time brasileiro teriam que ganhar na bola, o que não aconteceu, já que o time brasileiro venceu por 1 x 0.

Uma santa botinada, disse, na época, Nelson Rodrigues.

Capitalismo, teu nome é barbárie

Capitalismo, teu nome é solidão

POR GEORGE MONBIOT– ON 24/10/2016CATEGORIAS: CAPA, COMPORTAMENTO, SOCIEDADE


Os seres humanos, mamíferos ultrassociais cujos cérebros precisam do estímulo do outro, estão sendo separados por mudanças tecnológicas e pela ideologia do individualismo. Este apartamento é causa de uma epidemia de doenças psíquicas

Por George Monbiot  ;Jornalista, escritor, acadêmico e ambientalista do Reino Unido. Escreve uma coluna semanal no jornal The Guardian.| Tradução: Inês Castilho | Imagem: Andrzej Krauze

O que poderia denunciar mais um sistema do que uma epidemia de doença mental? Pois ansiedade, estresse, depressão, fobia social, desordens alimentares, automutilação e solidão atingem cada vez mais pessoas em todo o mundo. A última ocorrência — divulgação de dadoscatastróficos sobre a saúde mental das crianças inglesas — reflete uma crise global.

Há muitas razões secundárias para esse sofrimento, mas a causa fundamental parece ser a mesma em todos os lugares: os seres humanos, mamíferos ultrassociais cujos cérebros estão conectados para responder uns aos outros, estão sendo separados. Mudanças econômicas e tecnológicas, assim como a ideologia, desempenham o papel principal nessa história. Embora nosso bem-estar esteja indissociavelmente ligado à vida dos outros, onde quer que estejamosdizem-nos que só prosperamos pelo auto-interesse competitivo e extremo individualismo.

No Reino Unido, homens que passaram a vida inteira em espaços públicos – na escola, na universidade, no bar, no parlamento – nos doutrinam para que permaneçamos sozinhos. O sistema educacional torna-se a cada ano mais brutalmente competitivo. O emprego é uma luta quase mortal com uma multidão de outras pessoas desesperadas caçando empregos cada vez mais raros. Os modernos feitores dos pobres atribuem à culpa individual a circunstância econômica. Intermináveis competições na televisão alimentam aspirações impossíveis, no exato momento em que as oportunidades reais estão cada vez mais reduzidas.

O consumismo preenche o vazio social. Mas, longe de curar a doença do isolamento, intensifica a comparação social a ponto de, depois de consumir todo o resto, começarmos a ser predadores de nós mesmos. As mídias sociais nos unem e nos separam, possibilitando que quantifiquemos nossa posição social e vejamos que outras pessoas têm mais amigos e seguidores do que nós.

Como Rhiannon Lucy Cosslett documentou brilhantemente, meninas e jovens mulheres alteram, como rotina, as fotos que postam para parecer mais bonitas e mais magras. Alguns celulares com dispositivos “de beleza” fazem isso sem que você peça; agora você, magra, pode tornar-se sua própria inspiração. Bem-vindo a uma distopia pós-Hobbesiana: uma guerra de todos contra todos

Haverá algum encantamento nesses mundos interiores solitários, nos quais tocar foi substituído por retocar, e mulheres jovens estão se afundando de agonia? Estudo recente realizado na Inglaterra sugere que uma em cada quatro mulheres entre 16 a 24 anos automutilaram-se e uma em cada oito sofrem de distúrbio de estresse pós-traumático. Ansiedade, depressão, fobia ou distúrbio compulsivo-obsessivo afetam 26% das mulheres nesse grupo etário. Parece ser uma crise de saúde pública.

Se a ruptura social não é tratada tão seriamente quanto um membro quebrado, é porque não podemos vê-la. Mas os neurocientistas podem. Uma série de artigos fascinantes sugere que a dor social e a dor física são processadas pelos mesmos circuitos neurais. Isso pode explicar arazão por que, em várias línguas, é difícil descrever o impacto da ruptura de vínculos sociais sem as palavras que usamos para designar injúria e dor física. Tanto em humanos quanto em outros mamíferos sociais, o contato social reduz a dor física. Essa é a razão por que abraçamos nossas crianças quando elas se machucam: o afeto é um analgésico poderoso. Opiáceos aliviam tanto a agonia física quanto a angústia da separação. Talvez isso explique a ligação entre oisolamento social e a drogadição.

Experimentos resumidos no jornal Psicologia & Comportamento do mês passado sugerem que, diante de uma escolha entre dor física ou isolamento, os mamíferos sociais escolherão a primeira. Macacos-prego mantidos sem alimento e contato por 22 horas irão juntar-se a seus companheiros antes de comer. Crianças que experimentam negligência emocional, segundo certas descobertas, sofrem piores consequências de saúde mental do que crianças que sofreram tanto negligência emocional quanto abuso físico: apesar de hedionda, a violência envolve atenção e contato. A automutilação é frequentemente usada como forma de tentar aliviar sofrimento: outra indicação de que a dor física não é tão ruim quanto a dor emocional. Como o sistema prisional sabe muito bem, uma das formais mais efetivas de tortura é o confinamento em solitária.

Não é difícil perceber quais podem ser as razões evolucionárias para a dor social. A sobrevivência entre os mamíferos sociais é significativamente ampliada quando eles estão ligados por fortes laços ao resto do grupo. Os animais isolados e marginalizados são os que mais provavelmente serão apanhados por predadores, ou morrerão de fome. Assim como a dor física nos protege de lesões físicas, a dor emocional nos protege de danos sociais. Ela nos leva a nos reconectar. Mas muita gente acha isso quase impossível.

Não é surpresa que o isolamento social esteja fortemente associado a depressão, suicídio, ansiedade, insônia, medo e percepção de ameaça. Mais surpreendente é descobrir o leque de doenças físicas que ele causa ou exacerba. Demência, pressão sanguínea alta, doenças cardíacas, AVCs, queda de resistência a vírus, até mesmo acidentes são mais comuns entre pessoas cronicamente solitárias. A solidão tem umimpacto na saúde física comparável a fumar 15 cigarros por dia: parece aumentar o risco de morte precoce em 26%. Isso se dá, em parte, porque eleva a produção do hormônio do estresse cortisol, que inibe o sistema imunológico.

Estudos realizados tanto em animais como em humanos sugerem uma razão para o bem-estar alimentar: o isolamento reduz o controle dos impulsos, levando à obesidade. Como aqueles que estão na base da pirâmide socioeconômica são os que têm maior probabilidade de sofrer de solidão, será esta uma das explicações para a forte ligação entre baixo status econômico e obesidade?

Qualquer pessoa pode perceber que algo crucial — muito mais importante do que a gande maioria dos problemas que nos atormentam — deu errado. Por que razão continuamos mergulhados neste frenesi de autodestruição, devastação ambiental e deslocamento social, se tudo o que isso produz é uma dor insuportável? Essa pergunta não deveria queimar os lábios de todos os que estão na vida pública?

Há instituições de caridade maravilhosas fazendo o que podem para lutar contra essa maré. Trabalharei com algumas delas como parte do meu projeto sobre solidão. Mas, para cada pessoa que elas alcançam, muitas outras são deixadas para trás.

Fonte: OUTRAS PALAVRAS
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Que fique bem claro:

Viver só enquanto uma opção responsável, é algo bem interessante e inspirador.

Por outro lado, a solidão enquanto fuga ante o real, já pode ser considerado com patologia.

Pior ainda, quando um sistema econômico-social através de seu conjunto de valores e práticas aprisiona as pessoas em uma solidão coletiva, o resultado é devastador para o conjunto da sociedade. É a realidade do capitalismo.

Pessoas ávidas por referências e minutos de fama fazem da sociedade um espetáculo, onde, ao mesmo tempo, se procura visibilidade e referências para fugir da angústia crônica, fruto de um vazio imenso que o consumo preenche apenas por curto período de tempo. O capitalismo é uma linha de produção em série de doentes e alienados, e, em assim sendo, setores lucram, e muito, com os doentes. O processo de auto destruição que caracteriza o capitalismo, principalmente no que tange ao meio ambiente, se manifesta em todos os níveis, chegando nas práticas, cada vez em maior número, de suicídios e mutilações das pessoas.

Nesse processo, que pode ser entendido como macabro, os grandes meios de comunicação assumem o papel dos músicos em uma orquestra de violinos, executando peças musicais enquanto as pessoas são encaminhadas bovinamente para fornos crematórios, como nos campos de concentração nazistas da segunda guerra mundial.

A dor social imposta às pessoas pelo capitalismo, foi retratada pelo PAPIRO, na poesia, abaixo, de junho de 2012. Vale ler mais uma vez :


segunda-feira, 18 de junho de 2012
Encontros Cariocas - 5 Crianças & Sábados

Hoje não tem escola.


Não tem aula nem bronca, não tem prova nem cola.

Hoje é dia de brincadeiras com os amigos do bairro, do condomínio.

Hoje é dia de diversão, andar de bicicleta, jogar futebol, virtual , de campo ou de salão.

Hoje é o dia que as crianças esperam, por dias, cinco dias, para fazer o que mais gostam, durante todo o dia

Hoje é sábado.

O sábado não é um dia qualquer, é o mais esperado, desejado, festejado.

É um dia de encontros, com outros, com os próprios desejos, com o ideal que se deseja.

As manhãs de sábado , aqui em Ipanema, ou em outros lugares como Saquarema, Itapema, Guararema, Diadema, são sempre manhãs de sábado.

Manhãs estendidas até a metade do dia, afinal sábado não é apenas mais um dia.

Inevitável não sair às ruas, enquanto as crianças brincam.

Momento de rever os "amigos do bairro ou do shopping", que nunca cumprimentamos ou trocamos uma mísera palavra, mas que conhecemos por décadas.

Referências mútuas, insumos para assuntos de vidas enfadonhas

Em sociedades em que o trabalho significa apenas uma forma de ganhar a vida, as manhãs de sábado são válvulas de escape.

A maioria aguarda, por dias, cinco dias, pelo dia sem obrigações, sem bronca do chefe, sem cartão de ponto.

Caminhando por Ipanema, mas poderia ser Diadema, Itapema, Saquarema vou revendo os "amigos".

Alguns posso avistar ainda à distância, anunciando um cruzamento pelo passeio.

Logo que sou identificado , a expressão do "amigo" muda.

Olha em direção ao chão, como se estivesse verificando algo nos pés, quando na realidade busca referências internas sobre mim para que possa rearrumar o rosto, e ter a expressão correta para o cruzamento inevitável.

Ao cruzar comigo, os rostos falam no cumprimento mudo, entre "amigos" de décadas que nunca se cumprimentaram mas que dizem tudo o que pesam um do outro, sem saber que a verdade foi dita pelo susto , expresso e impresso na face ao avistar o "amigo" ao longe.

Avisto um colega com quem trabalhei em uma empresa, há alguns anos.

Estrangeiro, viveu dez anos na cidade, em Ipanema e voltou para seu país.

Certamente estava de férias.

Seu caminhar, pelo calçadão da praia, demonstrava segurança, satisfação, revelando , para ele e outros atentos, conhecimento da cidade, dos hábitos, das esquisitices das pessoas.

Fazemos o mesmo quando visitamos cidades em que já conhecemos.

Sábado é um dia fantástico, para as crianças e adultos.

É no sábado, por exemplo, que se vai comprar aquilo que se viu em um "amigo" ou "amiga" no sábado anterior, e que foi motivo de longas conversas em família durante toda a semana, entre crianças, adultos, pais , filhos e até mesmo com os animais domésticos.

Na sociedade do consumo turbinado e insustentável, sábado é o dia do consumo.

Consumo de bens, a maioria dispensável, consumo de referências, necessidade de pertencimento, do bairro , da cidade, de ser igual entre os "amigos" solitários na solidão ávida por referências, que se conhecem há décadas.

As crianças, entre amigos, brincam com seus brinquedos.

Os adultos , homens na maioria, levam seus brinquedos para lavagem em um posto de combustível.

Sim, o sábado é o dia nacional da lavagem de carros.

Muitos ficam horas nos postos de combustível aguardando pacientemente o momento em que seus carros serão tocados por mãos estranhas, ameaçadoras, descuidadas, perigosas e, que por isso , devem ser observados atentamente até o momento final, quando o veículo, com um brilho diamantino, é devolvido para o êxtase de seus proprietários.

No meu caminhar, na manhã de sábado em Ipanema, que poderia ser em Saquarema, Diadema, Itapema, avisto um grupo , umas quatro pessoas, todos homens, parados na calçada em descontraída conversa.

Reconheço um dos participantes, com quem mantive contatos em situações profissionais.

Ao me reconhecer, sua expressão de sorriso vai diminuindo, já que fora flagrado em descontração, sua boca se contrai, necessário uma nova face para o encontro repentino, mesmo que mudo, apenas um cumprimento com movimentos de rostos.

Sábado é o dia do consumo.

Consumo que na sociedade de consumo se transformou em um valor em si.

Consumo que é estimulado para adultos e crianças.

Crianças que pedem aos pais e ganham seus brinquedos e, a medida que crescem, descartam alguns, e partem para outros, até que um dia levam os brinquedos para lavagem em postos de combustível.

Adultos que tem no consumo uma válvula para amenizar angústias, sofrimentos, vazios existenciais, que logo voltarão para mais consumo, pequenos momentos de felicidade com a novidade.

Na sociedade de consumo de crescimento ilimitado, de bens descartáveis que cada vez duram menos, onde o valor da cultura e do conhecimento não é um valor, o vazio existencial impera.

No momento em que a conferência da ONU discute a sustentabilidade, o modelo de consumo é insustentável para o planeta, e o consumo como valor não sustenta as pessoas, não garante felicidade.

A sustentabilidade, assim compreendida, é muito mais que a preservação dos recursos naturais do planeta.

O sábado, também, é o dia da insustentabilidade.

As crianças brincando, inevitavelmente, nos levam ao pensamento de Nietzsche;

" Maturidade é quando atingimos a seriedade, o comprometimento, a dedicação, a transparência, a sinceridade das crianças quando brincam"

Hoje é sábado , aqui em Ipanema, em outra cidade grande ou pequena, ou em outra localidade agitada ou serena, que pensa em momento de reflexão sobre sustentabilidade que a vida apenas pelo consumo não vale a pena.


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Críticas sobre o capitalismo e ao seu estilo de vida associado, são muitas e vem de longe.

As sequelas que o capitalismo imprime nas pessoas são diretamente
proporcionais aos lucros das indústrias farmacêutica e médica.

Quanto maior o número de pessoas descompensadas e doentes, maiores os lucros da indústria. 

Fabricar doenças também é uma tarefa do capitalismo, assim como difundir nas sociedades o medo sobre doenças. 
As doenças estão presentes , diariamente, nos noticiários das emissoras de rádio e de televisão, não como forma de educar as pessoas , mas como uma maneira de espalhar o pânico e a insegurança, sobre um assunto que versa sobre vida e morte, algo em que a civilização ocidental tem enorme dificuldade de compreender. 
Nascimento e morte são momentos na vida das pessoas quase que idênticos. São momentos de sofrimento, muito frio e desespero. Se você já nasceu, não tem porque temer a morte, principalmente a morte anunciada diariamente em notícias da mídia sobre doenças e também em comerciais de remédios, que se não usados corretamente e mesmo usados corretamente, matam gente de montão todos os dias.

O melhor é viver, isso segundo os mortais e também segundo os rapazes da banda de rock Rolling Stone. E viver não é consumir como um idiota, como deseja o mórbido sistema capitalista impondo o consumo de tudo a todo tempo.

Assim sendo, o capitalismo é incompatível com a vida, com todas as formas de vida, e vê as pessoas, apenas, como peças de uma engrenagem que movimentam as máquinas sempre para crescer, crescer e reproduzir, de forma ilimitada, tal qual uma metástase planetária.

Ainda sobre textos que de alguma forma fazem uma crítica ao estilo de morte do capitalismo, vale a leitura, abaixo, da letra Alucinação, de Belchior, do ano de 1976:



Alucinação - Belchior
Eu não estou interessado

Em nenhuma teoria

Em nenhuma fantasia

Nem no algo mais

Nem em tinta pro meu rosto

Ou oba oba, ou melodia

Para acompanhar bocejos

Sonhos matinais

Eu não estou interessado

Em nenhuma teoria

Nem nessas coisas do oriente

Romances astrais

A minha alucinação

É suportar o dia-a-dia

E meu delírio

É a experiência

Com coisas reais

Um preto, um pobre

Uma estudante

Uma mulher sozinha

Blue jeans e motocicletas

Pessoas cinzas normais

Garotas dentro da noite

Revólver: cheira cachorro

Os humilhados do parque

Com os seus jornais

Carneiros, mesa, trabalho

Meu corpo que cai do oitavo andar

E a solidão das pessoas

Dessas capitais

A violência da noite

O movimento do tráfego

Um rapaz delicado e alegre

Que canta e requebra

É demais!

Cravos, espinhas no rosto

Rock, Hot Dog

"Play it cool, Baby"

Doze Jovens Coloridos

Dois Policiais

Cumprindo o seu duro dever

E defendendo o seu amor

E nossa vida

Cumprindo o seu duro dever

E defendendo o seu amor

E nossa vida

Mas eu não estou interessado

Em nenhuma teoria

Em nenhuma fantasia

Nem no algo mais

Longe o profeta do terror

Que a laranja mecânica anuncia

Amar e mudar as coisas

Me interessa mais

Amar e mudar as coisas

Amar e mudar as coisas