quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Assim nos EUA como no Brasil

12 coisas banais que podem fazer você levar um tiro se for negro nos EUA
negra

1. Carregar um caminhão de brinquedo

Charles Kinsey, um terapeuta que estava tentando ajudar seu paciente autista, foi baleado pela polícia na quarta-feira 20. O paciente dele estava segurando um caminhão de brinquedo que a polícia confundiu com uma arma. Kinsey felizmente sobreviveu e denunciou o caso no hospital.

2. Brincar com uma arma de brinquedo

A polícia foi chamada em um parque por pessoas que não tinham certeza se a arma com a qual Tamir Rice, de 12 anos, estava brincando, era real ou não. Os policiais pediram para ele colocar as mãos para cima e quando elas passavam na altura da cintura, atiraram duas vezes. O menino não ameaçou o policial nem apontou a “arma” para ele.

3. Segurar cigarros na rua

Eric Garner foi imobilizado no chão por dois policiais que se aproximaram dele com a suspeita de que estivesse vendendo cigarros ilegalmente. Garner negou, mas a polícia tentou prendê-lo de qualquer jeito. Garner morreu após receber uma gravata -o que é proibido pela polícia de Nova York. Suas últimas palavras, “Não posso respirar”, junto com #BlackLivesMatter (Vidas Negras Importam), viraram símbolo dos protestos anti-armas em todo o país.

4. Andar por uma área residencial

Em 2012, Trayvon Martin foi baleado e morto pelo segurança voluntário George Zimmerman. Martin estava caminhando ao telefone numa rua residencial junto com sua namorada quando Zimmerman se aproximou dele, perguntando por que estava lá. Após uma discussão, Zimmerman atirou e o matou. Ele foi absolvido por assassinato em segundo grau. Em maio, a arma que matou o adolescente de 17 anos de idade foi leiloada por mais de 100 mil dólares.

5. Segurar um celular

Em 2015, Keith Childress, de 23 anos, foi baleado e morto pela polícia após elesconfundirem o telefone celular em sua mão com uma arma.

6. Abrir uma porta

Em Chicago, Bettie Jones, de 55 anos, estava desarmada quando abriu a porta da frente após denúncias de violência doméstica. A polícia atirou e matou-a “acidentalmente”.

7. Ter problemas mentais

Em 2014, o policial Christopher Manney atirou em Dontre Hamilton 14 vezes após uma chamada sobre seu comportamento. Apesar de ele não estar fazendo nada ilegal nem sendo violento, resistiu no momento de ser revistado e isso o levou a ser morto. Sua família disse que ele sofria de esquizofrenia, mas não era violento.

8. Usar a escada

Akay Gurley, de 28 anos, estava descendo a escada com a namorada no edifício onde morava quando foi baleado e morto pelo policial de Nova York Peter Liang.

9. Tomar analgésico

Rumain Brisbom foi baleado e morto após um policial se aproximar de seu carro suspeitando que estivesse envolvido em tráfico de drogas. O policial disse a ele para sair e apontou a arma em sua direção. Quando aproximou a mão da cintura, e após uma breve luta, Brisbon foi fatalmente baleado. Depois se descobriu que ele estava procurando por um frasco de oxycodone -um analgésico.

10. Correr

Freddie Gray, de 25 anos, foi parado porque correu após ver a polícia nas proximidades. Eles o pegaram e o prenderam por alegadamente possuir um canivete ilegal. Ele morreu morreu uma semana depois, sob custódia da polícia, de uma lesão na medula.

11. Andar de bicicleta

Em agosto de 2015, Dante Parker andava de bicicleta em seu bairro. A polícia, respondendo a uma denúncia de roubo, usou uma taser (arma de choque) 25 vezes nele e é acusada de negar ajuda médica. Aparentemente a aparência dele era similar à descrição do acusado de roubo.

12. Pedir socorro

Em 2013, Johathan Ferrell bateu seu carro e tentou conseguir socorro. Uma mulher chamou a polícia e quando o policial chegou não se identificou nem deu nenhum comando, apenas atirou nele 12 vezes.
Este artigo foi inspirado no vídeo abaixo: 23 formas de ser morto se você for negro nos EUA


Fonte: SOCIALISTA MORENA
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Semi nuas

Ativistas semi-nuas fazem protesto no Centro do Rio

Ação causou 'furor' e teve quem não atentasse muito para o motivo da manifestação dentro de banheira de espuma
04/08/2016 14:57:03

Rio - Ativistas norte-americanas do grupo Peta (People for the Ethical Treatment of Animals) fizeram um protesto um tanto diferente nesta quinta-feira no Relógio do Largo da Carioca, no Centro do Rio. Ashley e Emily ficaram semi-nuas em uma banheira de espuma para chamar atenção da população para a necessidade do consumo consciente de água. A manifestação pediu também pelo fim da alimentação com proteína animal.

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Ativistas em banheira de espuma no Largo da CariocaFoto: EFE

A ação causou "furor" na população e teve quem não atentasse muito ao motivo do protesto. "1 bife é igual a 50 banhos", dizia o cartaz empunhado por uma das mulheres. "Economize água! Vire vegano!", diziam outros.

Segundo a organização, as indústrias que mais desperdiçam água no mundo são as de carne e leite. Seriam necessários 683 litros d'água para produzir 1 litro de leite, de acordo com o Peta. Para 907 Kg de carne, são 15 milhões de litros d'água.

Fonte: O DIA
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Esporte ou mercado ?

Marcha dos Atletas denuncia violação do direito ao esporte no Rio de Janeiro

Ato destacou que valores que envolvem a prática esportiva foram violados na preparação para as olimpíadas

Gilka Resende e Thiago Mendes, do Coletivo de Comunicação da Jornada de Lutas Rio 2016 - Os Jogos da Exclusão
Rio de Janeiro (RJ), 03 de Agosto de 2016 às 18:04

Eneida Freire e dois jovens atletas que não têm onde treinar na “cidade olímpica”. / Rosilene Miliotti / FASE

Entre os que se abrigavam da chuva em uma marquise no Centro do Rio de Janeiro, estava Eneida Freire, mulher que dedica sua vida, desde os 14 anos, ao atletismo. Ela, assim como as cerca de 50 pessoas que participaram da Marcha dos Atletas pelo Direito ao Esporte e à Cidade, na noite dessa terça-feira (2), estavam encharcados. Nem por isso deixaram de caminhar do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS), no Largo de São Francisco, costurando ruas até chegarem às escadarias da Câmara dos Vereadores, na Cinelândia, no Centro do Rio. Questionada sobre o que a cidade tem de olímpica, Edeida é direta: “Nada! Atletas levaram 10 anos para conseguir índices olímpicos. Mas não foram premiados, foram punidos. Conheço pelo menos cinco que tinham condição de estar nos jogos porque foram obrigados a deixaram de onde treinar”, conta Eneida sem conter o choro.

Com apitos e faixas, os manifestantes da atividade, que integra a Jornada de Lutas Rio 2016 — Os Jogos da Exclusão, chamaram atenção para violações de direitos com gritos como “não vai ter tocha” e “olimpíada”, denunciando a “privatização da cidade” e o o fato de “equipamentos públicos esportivos estarem fechados ou sucateados”. O estádio a que Eneida se refere, por exemplo, não funciona desde a Copa das Confederações, em 2013. Por lá, passavam cerca de 800 pessoas todos os dias, entre crianças de programas sociais, atletas olímpicos, paralímpicos e amadores, que dividiam em oito raias. Somente Edneida treinava cerca de 80 crianças. “Ele era o único equipamento social e público e, nesse momento, poderia ajudar nas olimpíadas. Mas estamos na rua. Sem o Estádio, as equipes internacionais estão treinando em outros estados, como São Paulo e Minas Gerais”, relata ela, que diz se sentir uma “atleta sem-teto”.

“Esses meninos amam o atletismo. Sabe qual é o sonho deles? É o mesmo da maioria dos atletas no Brasil. Serem atletas olímpicos! Mas essa situação de abandno do esporte prejudica. O estádio era a primeira ou mesmo a última porta de entrada para muitas crianças. Agora, elas têm apenas praças e parques para treinarem, onde faltam até banheiros. É mais complicado treinar na rua. Você lança um dardo e ele fica preso na árvore. Certa vez um peso foi arremessado e entrou num buraco com lama, nunca mais saiu de lá”, detalha a educadora, que já foi campeã brasileira de pentatlo, modalidade desportiva composta por cinco provas, no próprio Célio de Barros.

Atualmente, o local serve de depósito de material e estacionamento. O Estádio Olímpico poderia ser uma opção para o atletismo, mas também teve que ser fechado sob o risco de desabar. Nenhuma empresa foi responsabilizada pelo erro na estrutura. Questionada sobre o que o Rio teria de olímpico, Edeida é direta: “Nada! Atletas que passaram pela minha mão levaram 10 anos para conseguir índices olímpicos. Mas não foram premiados por isso, foram punidos. Conheço pelo menos cinco que tinham condição de estar nos jogos, mas não conseguiram índices olímpicos porque deixaram de onde treinar”, reclama.

Esporte ou mercado?

Atletas de outras modalidades também participaram da marcha. Acompanhados de militantes de organizações e movimentos sociais, destacaram que na “cidade olímpica” nem mesmo o esporte teve vez. Assim o Célio de Barros, o Parque Aquático Júlio Delamare ficou fora dos jogos. Protestos impediram sua demolição, porém o equipamento permanece fechado e vai se deteriorando aos poucos. Ambos fazem parte do Complexo Esportivo do Maracanã. Palco da abertura e do encerramento, o “templo mundial do futebol” foi entregue em às empresas Odebrecht, IMX e AEG. A reforma do estádio custou R$1,34 bilhões aos cofres públicos e o equipamento foi entregue à iniciativa privada por R$ 181 milhões, a serem pagos em 30 anos.

Durante a preparação para as olimpíadas, o Comitê Popular da Copa e Olimpíadas no Rio de Janeiro recebeu diversas denúncias sobre a perda de espaços de treinamento e competição, algo que foi registrado no Dossiê “Megaeventos e Violações dos Direitos Humanos no Rio de Janeiro. “Essa é uma grande contradição. Atletas olímpicos tiveram que deixa o país, como, por exemplo, o Cesar Castro, que treinava no Julio Delamare. Mas para as olimpíadas anteriores, ele treinou justo nesse parque aquático. O que está realmente em jogo não é o esporte, não é a ideia de melhorar a vida das pessoas por meio da prática esportiva. É o lucro!”, critica Renato Consentino, que integra o Comitê.



Marcelo Deodoro, treinador de boxe olímpico, também acredita que no pódio das olimpíadas, o primeiro lugar vai para o “dinheiro”. “É uma vergonha! Fico contente pelo Rio ter sido escolhido. Nós, atletas, vamos torcer por quem vai competir. Mas não fico feliz com as famílias removidas de suas casas, com a situação dos atletas que ficaram sem financiamento e com as obras superfaturadas. O estado está em crise. Não tem verba para o esporte, para os professores e para a saúde”, afirma o integrante da Federação de Boxe do Estado do Rio de Janeiro. Aos 46 anos, 32 anos dedicados ao esporte, Marcelo se diz indignado com constrangimentos vividos por atletas da “cidade olímpica”. “Recentemente, tivemos que ficar pedindo esmola para levar um ônibus para uma competição. Levamos um dia e meio de viagem. Perdemos chances de voltar com troféus por conta de situações como essa”, avalia.

Renato caracteriza a situação do Rio, às vésperas dos Jogos, como caótica. A cidade fecha neste ano um ciclo de quase 10 anos recebendo megaeventos esportivos. Começou com os Jogos Panamericanos, em 2007, passando pela Copa das Confederações, em 2013, a Copa do Mundo, em 2014, e, agora, as Olimpíadas. No caso do Parque Olímpico, construído para as olimpíadas, há estruturas que serão desmontadas depois do megaevento. Outras poderão passar para o controle de iniciativas privadas, deixando de serem espaços para a prática de esportes. “Acabarão servindo para divulgar marcas de grandes empresas”, analisa Renato.

Águas olímpicas?

A volta do Estádio de Remo da Lagoa como local de prática esportiva também esteve entre as reivindicações na marcha. Atletas veteranos, que lutam pela recuperação do espaço desde os anos 1990, tiveram esperança de que isso ocorresse com o anúncio dos Jogos, em 2009. “A gente esperava todo um trabalho de base, de reestruturação do esporte. O Brasil não tem nenhum centro olímpico de treinamento de remo. O Estádio da Lagoa era o local ideal para isso, mas a seleção brasileira de remo não tem seu centro de treinamento. É uma grande hipocrisia falar em ‘cidade olímpica’, protesta Alessandro Zelesco, de 59 anos, que já chegou a competir pelo Flamengo e pelo Vasco.

Ele destaca, ainda, que se trata de mais uma área pública que não é voltada para o esporte. “Não tem muito espaço para o remo no estádio de remo. Lá 80% da área não está sendo usada para o esporte. Então, não se pode mais atender a garotada da Rocinha, do Vidigal, de outras comunidades. É um empreendimento privado ligado à família Marinho [Roberto, das organizações Globo]. Tem espaço para shopping, restaurante, mas não é um local que prioriza o esporte”, reclama Alessandro.



Já na Baía de Guanabara, a Marina da Glória também foi privatizada em um processo em que se esqueceu de sua finalidade esportiva. Nem mesmo a rampa pública de acesso à água foi aberta ao público pela dona do espaço, a BR Marinas. Além disso, uma das promessas em meio aos Jogos era a de atingir 80% da despoluição da Baía, algo esperado por décadas. No entanto, suas águas seguem recebendo esgoto e lixo, sendo impactadas por empreendimento do ramo do petróleo, dentre outros.

Aercio de Oliveira, coordenador do programa da FASE no Rio de Janeiro, destaca que essa realidade tem a ver com a falta de investimento em saneamento ambiental. Os casos da Lagoa e da Baía da Guanabara dão dimensão do problema, porém existem espaços, como favelas e periferias, que ficam excluídos nesse contexto. “Boa parte da bacia hidrográfica da Baixada Fluminense, por exemplo, desagua na Baía de Guanabara. Para enfrentar seriamente o problema da despoluição de suas águas, não basta simplesmente recolher resíduos sólidos [das superfícies]. Tem que ter tratamento de fato. Porém, o que temos na Baixada são municípios com indicadores de no máximo 5% de esgoto tratado. Essa é uma questão muito séria! Muitos acreditavam que a despoluição das águas iria se efetivar com as olimpíadas. Mas foi conversa fiada”, aponta.

A Marcha dos Atletas foi também um convite para que a população vá protestar na próxima sexta-feira (5), a partir das 14h, na praça Sans Peña, Tijuca, zona norte da cidade. “Vamos estar nas ruas no dia da abertura das Olimpíadas para contrapor o discurso de que os jogos trazem ‘desenvolvimento’ e ‘redução da desigualdade social’. Trouxe violações, mercantilizou a cidade. Não é à toa que estamos chamando esse megaevento de Jogos da Exclusão”, concluiu Renato.

Fonte: BRASIL DE FATO
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Olimpíada prepara 'abafa-vaia' para Temer

Da revista Fórum:

A Organização dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro planeja fazer uma operação “abafa vaia” durante a abertura dos Jogos Olímpicos que vai acontecer na próxima sexta-feira (5) no estádio do Maracanã.

Logo após Temer falar, a organização vai aumentar o som de uma música ou efeito sonoro de fundo em alto volume no estádio para que as emissoras de televisão não captem um momento constrangedor com vaias e xingamentos ao presidente interino. A informação foi apurada pelo jornal Folha de S.Paulo.

A aparição de Temer será breve, não deve durar mais do que dez segundos e deve se restringir à frase: “Declaro abertos os Jogos do Rio, celebrando a 31ª Olimpíada da era moderna”. O pronunciamento de chefes de Estado é uma tradição das Olimpíadas

Fonte: Blog do Miro
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Ar poluído e tempo fechado

Os argentinos e o banho de desinfetante no Brasil

Quem desmoraliza o Brasil somos nós mesmos. O presidente do Comitê Olímpico Argentino (COA), Gerardo Werthein, que é tratado com o maior respeito e dignidade, faltando três dias para o início da Olimpíada, diz que atletas argentinos se banham com desinfetante depois de treinarem nas águas do Rio de Janeiro. Agressão como esta só desrespeita a dignidade do nosso povo.

Um presidente de um comitê de um país que vive à beira da ruína deveria ser tratado hoje no Brasil da mesma maneira como ele nos agrediu. Mas, ao contrário, se dá manchete e tranquilidade para o agressor.

Como falta autoridade ao governo brasileiro, não se responde nem se repreende da forma que o agressor merece. Se os atletas argentinos precisam de desinfetante, não se sabe se, na verdade, é para eliminar a infecção que trouxeram para o país e, com isto, não contaminarem nosso povo.

Fonte: JORNAL DO BRASIL
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Esgoto, lama e até móveis degradam águas vizinhas a coração da Rio-2016

Promessa de despoluir a Lagoa de Jacarepaguá a tempo da Olimpíada ficou pelo caminho. Responsável por resgatar áreas na região, biólogo Mario Moscatelli diz que luta foi perdida

Móvel descartado flutua na Lagoa Jacarepaguá. Ao fundo, a Arena do Futuro e as Arenas Cariocas 1, 2 e 3, no Parque Olímpico
(Foto: Mario Moscatelli)

Lagoa de Jacarepaguá borbulha com metano e gás sulfídrico, a três dias da abertura da Olimpíada​
(Foto: Mario Moscatelli)​

Lagoa de Jacarepaguá é exemplo do legado ambiental não alcançado com os Jogos​
(Foto: Paulo Sergio/LANCE!Press)​

Lagoa de Jacarepaguá é exemplo do legado ambiental não alcançado com os Jogos​
(Foto: Paulo Sergio/LANCE!Press)​

Lagoa de Jacarepaguá é exemplo do legado ambiental não alcançado com os Jogos​
(Foto: Paulo Sergio/LANCE!Press)​

Lagoa de Jacarepaguá é exemplo do legado ambiental não alcançado com os Jogos​
(Foto: Paulo Sergio/LANCE!Press)​

Lagoa de Jacarepaguá é exemplo do legado ambiental não alcançado com os Jogos​
(Foto: Paulo Sergio/LANCE!Press)​

Lagoa de Jacarepaguá é exemplo do legado ambiental não alcançado com os Jogos​
(Foto: Paulo Sergio/LANCE!Press)​


– É como se tivessem nos prometido um Porsche última geração e nos entregassem um Fusquinha 1964.

A analogia é do biólogo Mario Moscatelli, responsável pela recuperação dos manguezais do entorno do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, ao comparar a Lagoa de Jacarepaguá a apenas dois dias dos Jogos Rio-2016 com a promessa de despoluição que constava no Dossiê de Candidatura do Rio de Janeiro para receber o evento, em 2009.

Com 7,5 milhões de metros cúbicos de lama e lixo acumulados, a lagoa cerca a maior zona de competições olímpicas e paralímpicas. Os trabalhos de limpeza se encontram estagnados após uma série de atrasos, devido a intervenções do Ministério Público Federal e Estadual, e em meio à crise econômica que o estado enfrenta. Nesta semana, um móvel abandonado flutuava na água.

Em abril deste ano, atletas e profissionais sofreram com o mau cheiro no evento-teste de handebol, na Arena do Futuro. Uma ressaca e ventos fortes deslocaram sedimentos, o que resultou na liberação de gases tóxicos. O temor dos organizadores é que o mesmo aconteça na Rio-2016. A cerimônia de abertura acontece na sexta-feira.

– O que eu poderia ter feito como cidadão e biólogo, fiz. Denunciei os problemas ao Ministério Público Federal e à imprensa durante 20 anos. Sou péssimo perdedor, mas admito: eu perdi – afirmou Moscatelli, ao LANCE!.

A despoluição de todo o complexo lagunar da Baixada de Jacarepaguá foi orçada no Plano de Políticas Públicas, que engloba obras de legado dos Jogos, em R$ 673 milhões. Isto incluiria as obras de dragagem (retirada de sedimentos) das águas vizinhas ao Parque Olímpico. A responsabilidade era do governo estadual, que não informou quanto já foi gasto.

Em 2014, uma denúncia de formação de cartel travou a licitação para as obras. Meses depois, discordâncias técnicas entre o Ministério Público Federal e o Estadual emperraram o andamento. No período, o Rio decretou estado de calamidade pública e reconfigurou seus gastos. As metas ambientais saíram de cena. Não há mais peixes na Lagoa de Jacarepaguá.

“As legítimas intervenções do Ministério Público acabaram por atrasar, em um ano e meio, o início das obras e, assim, com o passar do tempo, o orçamento previsto para o projeto foi impactado. No período, adveio a crise econômica, agravando a situação”, informou a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA).

A prefeitura ficou encarregada de recuperar, dentre outros, os rios Arroio Pavuna e Pavuninha, que cercam a região, mas também abandonou os trabalhos. O município diz que só terá resultados efetivos quando o estado fizer sua parte na Lagoa.

– Minhas expectativas são as piores. As autoridades brasileiras nos fizeram de trouxas no quesito meio ambiente. Se nada foi feito com 5 bilhões de pessoas olhando, agora está na mão da natureza – diz Moscatelli.

O tratamento de 80% do esgoto despejado na Baía de Guanabara, palco das provas de vela na Olimpíada, foi outro legado não cumprido. O estado diz ter alcançado 50%.

Governo diz que aguarda mais verbas

A Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) diz que aguarda a viabilização de recursos para dar continuidade às intervenções na região da Barra.

O órgão informou ter concluído os serviços de limpeza pesada (resíduos sólidos de grande porte), manguezais, batimetria (medição da profundidade) e sondagem (medição da capacidade de resistência do solo) das lagoas.

Mencionou ainda o plantio de 30 mil mudas de mangue e a instalação de sete quilômetros de cercas de proteção na faixa das lagoas Camorim e Tijuca.

Fonte: LANCE
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Movimentos sociais organizam atos para o dia da abertura das Olimpíadas

Manifestações vão ocorrer em Copacabana e próximo ao Maracanã

O dia da abertura das Olimpíadas promete ser marcado por atos pela cidade. As organizações Frente Povo Sem Medo, Frente Brasil Popular, Frente de Esquerda Socialista, Plenária dos Trabalhadores em Luta e a CSP-Conlutas planejam um ato para a próxima sexta-feira (5), às 11h, em frente ao Copacabana Palace, na zona sul.

O objetivo é protestar contra o presidente interino Michel Temer, a retirada de direitos e as mudanças 
nas regras da aposentadoria e na legislação trabalhista.Protesto está sendo divulgado pelas redes sociais

"O Rio de Janeiro, que está sob holofotes do mundo todo, vive uma verdadeira Calamidade Olímpica. Obras absurdas feitas por empreiteiras como as da Vila Olímpica. Caos na educação e na saúde pública, com diversas mobilizações dos estudantes e professores, intencionalmente ignoradas pela imprensa. Mais violência contra a população, com Exército e Força Nacional nas ruas. E a especulação imobiliária, que produz aumento dos aluguéis e remoções contra os mais pobres, como no caso da Vila Autódromo. Esse é o Rio de Janeiro dos Jogos Olímpicos!", escreveram os movimentos sociais em convocatória.

Ato no Maracanã

Ainda na sexta-feira (5), às 14h, diversos movimentos sociais, sindicais e estudantis vão compor o ato 'Rio 2016, os Jogos da Exclusão'. A concentração vai ocorrer na Praça Saens Peña, bem perto do Maracanã, onde, mais tarde, vai ocorrer a abertura oficial das Olimpíadas.

De acordo com a convocação, o objetivo do protesto é denunciar as "violações de direitos, as ilegalidades cometidas em nome de interesses privados e contra a população".

Fonte: JORNAL DO BRASIL
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Filhos e netos de vítimas da ditadura denunciam terrorismo de Estado

02 de agosto de 2016 às 23h14

“SOMOS OS FILHOS E AS FILHAS DA RESISTÊNCIA”

do Grupo Filhos e Netos por Memória, Verdade e Justiça, enviado por Aton Fon Filho

Um grupo de filhos e netos de pessoas atingidas pela ditadura brasileira (1964-1985) esteve na manhã desta terça-feira, 2 de agosto, no aeroporto Galeão para dar as boas vindas às delegações e turistas que chegam ao Rio de Janeiro para as Olimpíadas.

Infelizmente, neste país, os crimes de lesa-humanidade cometidos durante a ditadura civil-militar não apenas foram perdoados pelo próprio Estado que os cometeu, como os executores e mandantes destes crimes gozam de total liberdade ainda hoje.

Esta vergonhosa realidade corrobora e autoriza a perpetuação da prática de tais crimes pelo Estado brasileiro. Sabemos que as pessoas que vivem em áreas de baixa renda sofrem com perseguições, torturas e desaparecimento quando se posicionam contra as injustiças sociais das quais são reféns.

Com o objetivo de denunciar um Estado que violou direitos humanos no passado e continua a violá-los no presente, munidos de faixas e cartazes, o grupo Filhos e Netos por Memória, Verdade e Justiça, recepcionou os visitantes para mostrar aquilo que os Jogos Olímpicos pretendem ocultar. O terrorismo no Brasil sempre existiu e continua existindo, praticado pelo próprio Estado.

Entendemos e assumimos a história da ditadura militar como herança do povo, constituída na memória coletiva da sociedade e não apenas uma herança familiar isolada.

Isto se reflete na imagem e na voz de todos os filhos da história que se assumem no exercício de sua militância política e reconhecem, nos dias de hoje, os efeitos da ditadura em diferentes níveis.

Nós, herdeiros da resistência, desejamos construir um movimento social comprometido com a transformação social.

Nossa herança se materializa através de um presente de luta coletiva, orientada por uma perspectiva afetiva, tendo como princípios norteadores a

Memória, a Verdade e a Justiça.

Fonte: VIOMUNDO
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Polícia dispara contra a população na passagem da tocha olímpica no Rio


Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Nossos hermanos não perdem uma oportunidade para provocar.

Faz parte, a gente faz o mesmo com eles.

Como carioca que vive por décadas e décadas na cidade maravilha olímpica, jamais usei desinfetante para um banho.

Por outro lado não me banho nas águas da baia da guanabara e muito menos nas águas da lagoa Rodrigo de Freitas.

Caso em um dia, somente um dia, mergulhasse nas águas da baia, não me preocuparia com possíveis doenças. Se me banhasse por lá todos os dias, ou com frequência, certamente algum tipo de doença poderia surgir, como micoses, por exemplo.

Já na lagoa Rodrigo de Freitas, local das competições do remo, caso caísse naquelas águas, daria uma de hermanos e tomava logo um banho com desinfetante.

Inadmissível que os governos do PMDB local de Cabral, Pezão e Paes, o mesmo PMDB do presidente golpista em exercício,Temer, não acabassem com a poluição na Lagoa Rodrigo de Freitas, principalmente. A recuperação da Baia da Guanabara, caso fosse levado a sério um projeto de recuperação levaria ainda mais tempo, porém, certamente, hoje, nas franjas das olimpíadas, o nível de poluição seria bem menor.

A despoluição da baia - em níveis de 90% - significaria, praticamente, uma revolução no saneamento básico de todos os municípios banhados pela baia. Um salto de qualidade de vida para algo em torno de 10 milhões de fluminenses. Isso, sim, seria um grande legado dos jogos. No entanto, nada disso aconteceu e, nem mesmo o sistema lagunar de Jacarepaguá e da Barra da Tijuca, vizinhos da vila olímpica e de locais onde serão realizados alumas competições, foi recuperado. No quesito meio ambiente, o legado dos jogos é praticamente zero. Quanto ao desinfetante, isso é provocação de argentino. Aliás, brasileiros e argentinos, atualmente, necessitam de desinfetantes não para limpar os corpos, mas sim para limpar os ares de seus países que estão impregnados de projetos políticos anacrônicos e retrógrados.


Anacrônico: o projeto que une a escória, a mídia e o dinheiro grosso, ademais da ganância de classe, irradia ignorância sobre os ares do mundo.
Fonte: CARTA MAIOR
Panelaços em Buenos Aires e protestos pelas cidades brasileiras, revelam o descontentamento com os governos jurássicos de Macri e Temer, sendo que no caso brasileiro um golpe de estado está em curso, violentando a Democracia e os direitos humanos.

O brasileiro, hoje, está sendo vítima de um terrorismo de estado com perseguições à imprensa alternativa e à blogues e sites não alinhados com o projeto do governo golpista de Michael Temer.

Aliado do projeto golpista, a grande mídia brasileira distrai a população com os jogos olímpicos, apresentando um Brasil e um Rio de Janeiro de Alice, no pais das maravilhas.

Movimentos sociais estão programando protestos nas ruas do Rio de Janeiro durante os jogos, como forma de chamar a atenção do mundo para o gravíssimo momento do país, onde a Democracia está sendo jogada no lixo, ou, como queiram alguns, nas águas tristes e poluídas das lagoas da cidade.


"atordoado eu permaneço atento
na arquibancada a qualquer momento
ver emergir o monstro da lagoa"
Fonte: Chico Buarque e Gilberto Gil

Muitas emoções


Caminhada de lutas unifica o “Fora Temer” na abertura dos Jogos Olímpicos

Na sexta-feira (5), frentes realizam ato unificado em Copacabana, durante a abertura do megaevento
Redação
São Paulo , 04 de Agosto de 2016 às 10:44

“Caminhada de Lutas” foi convocada pela Frente Brasil Popular, a Frente Povo Sem Medo e a Frente de Esquerda / Divulgação

Durante a abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, organizações populares convocam um ato unificado contra o governo Temer, a retirada de direitos dos trabalhadores e os despejos e aumento da violência estatal durante os custosos preparativos do megaevento.

A “Caminhada de Lutas” foi convocada pela Frente Brasil Popular, a Frente Povo Sem Medo e a Frente de Esquerda e acontece na próxima sexta-feira (5), às 11h, mesmo horário da abertura oficial dos jogos, em frente ao Copacabana Palace, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro.

“A caminhada é parte de um processo de mobilização que acontece em todo o país”, explicou Joaquin Piñero, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Segundo o dirigente, esta é a primeira vez que as três frentes de luta se juntam num ato unificado. “Todos os movimentos populares e a esquerda, juntos, num ato de grande unidade, aproveitando o início dos jogos, para denunciar o golpe frente ao mundo. Isso é importante, porque sabemos que durante o mês de agosto o Senado vai votar se a Dilma continua afastada de seu cargo ou se retorna. Então, para nós, é importante uma mobilização forte, agora que o Senado tem que tomar essa decisão”, disse.

“Estaremos nas ruas para dizer que o golpe não passará”, afirma Barbara Fontes, militante do Levante Popular da Juventude. Para ela, “o governo Temer é o governo da burguesia, nacional e internacional, que quer retirar os diretos que o povo conquistou com muita luta. Não vamos permitir que esses direitos sejam tirados”, destaca Barbara.

“O principal objetivo é dizer a todo o mundo que os brasileiros não queremos o governo Temer. Estaremos nas ruas todos os dias até que o governo Temer acabar. Não vamos permitir um golpe, como os outros que já passaram no Brasil e no resto da America Latina”, completou a militante do Levante Popular.

Sob as bandeiras e hashtag #‎ForaTemer, ‪#‎NemUmDireitoaMenos, #‎ContraaCalamidadeOlímpica, a ação unificada busca somar forças e amplificar a repercussão do processo de resistência e luta no Brasil.

Fonte: BRASIL DE FATO
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'The Guardian': Rio recebe tocha com tiroteio entre traficantes e protestos contra Jogos

Polícia utilizou balas de borracha para conter protestos e feriu menina de 10 anos


O jornal britânico The Guardian publicou nesta quinta-feira (4) uma matéria sobre a chegada da tocha olímpica a cidade sede das Olimpíadas que aconteceu ás 9:15 hs da manhã ao mesmo tempo em que 450 policiais enfrentavam um grande tiroteio na comunidade do alemão, região bem próxima ao aeroporto internacional onde estava acontecendo uma operação para prender traficantes de droga.

A reportagem fala que o prefeito Eduardo Paes foi forçado a desviar de uma grande manifestação contra as Olimpíadas, onde a polícia usou spray de pimenta e balas de borracha para limpar o caminho. Três pessoas foram feridas por balas de borracha, incluindo uma menina de 10 anos de idade. A polícia também utilizou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para tirar os manifestantes do caminho da tocha olímpica em um subúrbio do Rio do Janeiro na quarta-feira (3). Soldados armados patrulharam estradas e algumas regiões da cidade.
 The Guardian Rio 2016: Olympic torch skirts riots and drug gang clashes in host city
O prefeito Eduardo Paes foi forçado a desviar de uma grande manifestação contra as Olimpíadas, onde a polícia usou spray de pimenta e balas de borracha para limpar o caminho
O Prefeito Eduardo Paes foi forçado a desviar de uma grande manifestação contra as Olimpíadas, onde a polícia usou spray de pimenta e balas de borracha para limpar o caminho
O Guardian acrescenta que o confronto, que veio um dia depois de protestos anti-governo e olimpíadas em cidades próximas e vários dias de violência na região Norte do Brasil, aumentam a tensão social no país. O maior evento esportivo do mundo vem ao Brasil em meio a pior recessão do país e o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que se encontra afastada.

O Guardian diz que os moradores do Rio de janeiro estão passando horas no trânsito, enfrentando engarrafamentos absurdos por conta das ruas fechadas para passagem da tocha, comitivas, chefes de Estado e etc...

A comissão organizadora da Rio 2016 disse que ainda estão disponíveis 1,3 milhões de ingressos para assistir os jogos, finaliza o The Guardian.

Fonte:  JORNAL DO BRASIL
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Afastamento de Dilma é hipocrisia como jamais houve no Brasil; do primeiro ato à conclusão de Anastasia, encenação visível
04 de agosto de 2016 às 11h14

Afastamento de Dilma é hipocrisia como jamais houve no Brasil


Quem não aceita ver golpe partidário na construção do impeachment de Dilma Rousseff pode ainda admitir, para não se oferecer a qualificações intelectual ou politicamente pejorativas, que o afastamento da presidente se faz em um estado de hipocrisia como jamais houve por aqui.

O golpe de 64 dizia-se “em defesa da democracia”, é verdade. Mas o cinismo da alegação não resistia à evidência dos tanques na rua, às perseguições e prisões nem aos crimes constitucionais (todos os militares do golpe haviam jurado fidelidade à Constituição que acabavam de trair: sem exceção, perjuros impunes).

Todos os golpes tentados ou consumados antes, incluída a Proclamação da República, tiveram na formação aquele mesmo roteiro, com diferença de graus. A força das armas desmoralizava a hipocrisia das palavras.

Os militares, hoje, não são mais que uma lembrança do que foi a maior força política do país ao longo de todo o século 20.
Ao passo em que a política afunda na degeneração progressiva, nos últimos 20 anos os militares evoluíram para a funcionalidade o mais civilizada possível no militarismo ocidental. A aliança de civis e militares no golpismo foi desfeita. A hipocrisia do lado civil não tem mais quem a encubra, ficou visível e indisfarçável.
Há apenas cinco dias, Michel Temer fez uma conceituação do impeachment de Dilma Rousseff.
A iludida elegância das suas mesóclises e outras rosquinhas faltou desta vez (ah, que delícia seria ouvir Temer e Gilmar Mendes no mesoclítico jantar que tiveram), mas valeu a espontaneidade traidora. Disse ele que o impeachment de Dilma Rousseff é uma questão “política, não de avaliação jurídica deles”, senadores.
Assim tem sido, de fato. Desde antes de instaurados na Câmara os procedimentos a respeito: a própria decisão de iniciá-los, devida à figura única de Eduardo Cunha, foi política, ainda que por impulso pessoal.
Todo o processo do impeachment é, portanto, farsante. Como está subentendido no que diz o principal conspirador e maior beneficiado com o afastamento de Dilma.
Porque só seria processo autêntico e legítimo o que se ocupasse de avaliação jurídica, a partir da Constituição, de fatos comprovados. Por isso mesmo refere-se a irregularidades, crimes, responsabilidade. E é conduzido pelo presidente, não de um partido ou de uma Casa do Congresso, mas do Supremo Tribunal Federal.
As 441 folhas do relatório do senador Antonio Anastasia não precisariam de mais de uma, com uma só palavra, para expor a sua conclusão política: culpada. O caráter político é que explica a inutilidade, para o senador aecista e seu calhamaço, das perícias técnicas e pareceres jurídicos (inclusive do Ministério Público) que desmentem as acusações usadas para o impeachment.
Do primeiro ato à conclusão de Anastasia, e até o final, o processo político de impeachment é uma grande encenação. Uma hipocrisia política de dimensões gigantescas, que mantém o Brasil em regressão descomunal, com perdas só recompostas, se o forem, em muito tempo –as econômicas, porque as humanas, jamais.


E ninguém pagará por isso. Muito ao contrário.



Fonte: VIOMUNDO
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Fora Temer” cria o primeiro caso de copinho censurado…

POR FERNANDO BRITO · 04/08/2016


Do site Noticias ao Minuto, agora há pouco:

Após grande repercussão nas redes sociais com divulgação de vídeos e fotos, agora funcionários da Starbucks no Rio e em SP têm dito a clientes que não podem mais pedir que eles escrevam “Fora Temer” nos copos de bebidas. Na cafeteria da marca, os atendentes anotam o nome escolhido pelo comprador nos recipientes de café e chá para facilitar a retirada do produto.

De acordo com informações da colunista Mônica Bergamo, do jornal ‘Folha de S. Paulo’, diversos clientes vinham dizendo a frase no lugar de seus nomes, o que levava os balconistas a gritarem “Fora Temer” no meio do estabelecimento para chamá-los.

Muitos dos clientes que criavam a situação com os funcionários, depois publicavam as imagens nas redes sociais.

A Starbucks diz que é uma marca apartidária e que “orienta os colaboradores a manter o mesmo posicionamento”.
Fonte: TIJOLAÇO
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No caminho da tocha na cidade maravilha olímpica tem acontecido de tudo. Assaltos, tiros, sequestro de ônibus, furtos, protestos contra o golpe, crianças baleadas pela polícia, cenas de nudez e, a tocha.

Enquanto isso , na vila olímpica os furtos proliferam, com várias delegações que já tiveram seus pertences roubados.

Em um clima de indiferença, ansiedade, tensão, alegria e preocupação, o carioca assiste o fogo olímpico percorrendo as ruas da cidade e, ao mesmo tempo, torce para que não se transforme em fogo fátuo.

Nesse clima misturado, apesar da ostensiva campanha da grande mídia em apresentar um Rio de Janeiro encantado, pode acontecer de tudo, ou nada.

Nos telejornais higiênicos da grande mídia os protestos são omitidos e a censura já rola solta no país do golpe.

Amanhã, dia da cerimônia de abertura estão agendados grandes protestos contra o governo golpista de Michael Temer, no Rio de Janeiro como em outras cidades pelo país.

Os protestos devem acontecer, principalmente na cidade maravilha olímpica, durante todo o período de realização dos jogos.

Em um momento em que a Democracia brasileira sangra, ferida de morte por causa do violento golpe de estado em curso, acontecem os jogos olímpicos justo na cidade anárquica do Rio de Janeiro.


São muitas emoções, não é Roberto ?

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Freud explica

Agressão à Letícia Sabatella atinge a democracia pelas costas


Letícia Sabatella, seu nome é democracia. Caberá a todos que amam a democracia e que respeitam o Estado democrático de direito defendê-la.


Leonardo Isaac Yarochewsky

“Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria”

Na noite deste domingo, 31 de julho, a atriz curitibana Letícia Sabatella foi ofendida e agredida em Curitiba. Não, não é um capítulo de novela, também não é um filme ou uma peça de teatro. É a realidade nua e crua. É o autoritarismo e o fascismo assaltando a democracia. O ataque à Letícia é uma afronta a todos nós, nós que defendemos a democracia, a legalidade, os direitos fundamentais, as garantias constitucionais e o Estado democrático de direito. 


Com bem observou Nasser Allan, advogado da atriz, Letícia foi vítima da intolerância e do ódio. A atriz Letícia Sabatella, que se manifestou publicamente contra o impeachment da Presidenta da República Dilma Rousseff, foi ofendida com palavras de baixo calão, além de ser constrangida quando passava próximo aos manifestantes em favor do impedimento de Dilma e em apoio a Operação Lava Jato, conduzida pelo juiz Federal de Curitiba Sérgio Moro.

Lamentavelmente, não tem sido raro pessoas serem agredidas e ofendidas em nome do ódio e da intolerância que alimentam o fascismo. Políticos, artistas e todos que estão comprometidos com a defesa da legalidade democrática e contrários ao golpe parlamentar, independente de partidos políticos, estão sujeitos aos ataques daqueles que não sabem conviver com as diferenças e a democracia.

Como bem disse Rubens Casara - na apresentação do livro da filósofa Márcia Tiburi - “o fascismo possui inegavelmente uma ideologia de negação. Nega-se tudo (as diferenças, as qualidades dos opositores, as conquistas históricas, a luta de classe etc.), principalmente, o conhecimento e, em consequência, o diálogo capaz de superar a ausência do saber. O fascismo é cinza e monótono, enquanto a democracia é multicolorida e em constante movimento. A ideologia fascista, porém, deve ser levada a sério, pois, além de nublar a percepção da realidade, produz efeitos concretos contrários ao projeto constitucional de vida digna para todos”.

A sociedade precisa entender que o ataque do último domingo à cidadã Letícia Sabatella atinge a neófita democracia brasileira. Democracia que tem como objetivo a libertação dos indivíduos das coações do autoritarismo. Democracia material que busca excluir, eliminando definitivamente, as desigualdades econômicas e sociais. A democracia social – material e não apenas formal - que visa estabelecer entre os indivíduos uma igualdade de fato que sua liberdade teórica é importante para assegurar. “Democracia pluralista, porque respeita a pluralidade de ideias, culturas e etnias e pressupõe assim o diálogo entre opiniões e pensamentos divergentes e possibilidade de convivência de formas de organização e interesses diferentes da sociedade”.

Não é de hoje que a sociedade brasileira está polarizada e dividida. Como bem observa Wilson Ramos Filho, “houve uma bruta, enorme, estupenda politização da sociedade brasileira que passou a discutir política o tempo todo, nos salões de beleza e nas barbearias, nos bares de esquina e nos restaurantes mais sofisticados, nas salas de aula nas escolas públicas e privadas, nas faculdades e em milhares de grupos de Telegram, de WhatsApp, no Facebook, nas listas de e-mail”.

Contudo, o problema não é discutir, quando a discussão é respeitosa, desprovida de ofensas e agressões não há problema. Quando o respeito ao direito do outro e as diferenças não são ameaças, o diálogo é saudável. O problema está no autoritarismo, no ódio, no radicalismo. Como oberva Márcia Tiburi, “o autoritarismo da vida cotidiana é o conjunto de gestos tão fáceis de realizar quanto difíceis de entender. E ainda mais difíceis de conter. Em nossa época, crescem manifestações de preconceito racial, étnico, religioso e sexual, que pensávamos superadas. À direita e à esquerda, a partir de todos os credos, de todas as defesas que deveriam ser as mais justas e generosas”.

Letícia Sabatella, seu nome é democracia. Caberá a todos que amam a democracia e que respeitam o Estado democrático de direito defendê-la, defendê-la como o poeta Vinícius de Moraes manda defender o grande amor – plagiando o poetinha - defendê-la se sagrando cavalheiro e sendo de sua dama (democracia) por inteiro — seja lá como for. Fazendo do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postando-se de fora com uma espada — para viver um grande amor e, para sempre, defender a democracia.

Leonardo Isaac Yarochewsky
Advogado Criminalista e Professor de Direito Penal da PUC-Minas


Fonte: CARTA MAIOR
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São chocantes as imagens em que manifestantes pró-golpe hostilizam a atriz.

Chamam a atenção o ódio, a negação, claramente presentes nas expressões dos manifestantes.

Um emaranhado de sentimentos - menores, a bem da verdade - reprimidos por décadas, que , agora, com a proximidade do golpe, explodem em uma irracionalidade animal que por poucas vezes se viu na história da república.

Qual o motivo, ou motivos, que detonam essa catarse irracional, muitos se perguntam e outros tantos tentam entender.

Imagine, caro leitor, se a maioria da população brasileira resolvesse atacar - ao final da ditadura -, de diferentes e agressivas maneiras, os apoiadores da ditadura militar que causaram tanto sofrimento à população brasileira por 21 anos. Certamente, caso acontecesse, não sobraria um só fio de cabelo dos ditadores para ser enterrado. Os ditadores teriam o destino semelhante ao de Jean Baptiste Grenouille, personagem principal de Patrick Suskind no romance O Perfume. Seriam trucidados vivos pelo ódio das pessoas, enquanto que Jean Baptiste teve o mesmo fim, mas pelo perfume de amor que exalava. Ódio e amor estão em um mesmo eixo, em extremidades opostas, e provocam reações por vezes semelhantes nas pessoas.

No entanto nada disso aconteceu. A ditadura militar de 21 anos, que teve amplo apoio das elites e de grande parcela da classe média brasileira, caiu, a maioria do povo festejou a queda e nenhum ditador ou apoiador do regime foi detido, julgado e muito menos preso. De alguma forma, a população pensou;

Amigos presos, amigos sumindo assim, pra nunca mais
Nas recordações retratos de um mal em sí
Melhor é deixar pra trás
Não, não chores mais... não, não chores mais (Bis)


Se agiu de forma certa ou errada ao não punir os criminosos, não é objetivo deste texto.

De certo, e real, é que o povo não teve um comportamento com as elites que apoiaram a ditadura, semelhante ao comportamento que essas mesmas elites tem hoje com um governo do povo e com pessoas que apoiam um projeto popular, nacionalista e democrático.

Chama ainda mais a atenção o fato de que nos governos populares e democráticos do PT todos os segmentos da sociedade brasileira foram beneficiados, assistidos e cresceram, uns mais , outros menos, mas todos cresceram. Foram governos para todos.

Como explicar, então, as manifestações de ódio, em forma de festejos carregados de ressentimentos, pela possível saída do PT do governo depois de pouco mais de 13 anos no governo?

Talvez, e certamente, não exista uma razão única que explique , no entanto alguns aspectos estarão sempre presentes em futuras análises profundas sobre o assunto, quando o tempo propiciar o distanciamento que elimina paixões e supérfluos.

Dentre esses aspectos pétreos estará a valorização da cultura e do conhecimento, marcas indeléveis dos governos populares e democráticos do PT, e que tanto incomodam as elites e parcela de uma classe média inculta, desinformada e, que mesmo com os generosos recursos que dispõem, não desfrutam a felicidade.

As expressões dos manifestantes atacando Letícia, escancaram o ódio pela cultura, pelo conhecimento, pelos saberes populares.

Para essas pessoas o que os governos do PT proporcionaram nos aspectos da cultura e do conhecimento os fere na alma, expõe suas fragilidades,e , assim sendo, a possível queda pelo golpe do governo Dilma detona uma avalanche de ódio, que nada mais é do que uma profunda frustração dessa gente em não ser aquilo que gostariam de ser.

O legado é sangue

“Legado das Olimpíadas para o povo pobre é sangue”, diz mãe que perdeu filho




Johnatha de Oliveira Lima, de 19 anos, foi assassinado por PMs da UPP com um tiro nas costas em 2014
Redação Revista Fórum, 
Desde 2009, ano em que a cidade do Rio de Janeiro foi escolhida como sede dos Jogos Olímpicos, aproximadamente 2.600 pessoas foram assassinadas por agentes do estado.  - Créditos: Reprodução/Facebook
Desde 2009, ano em que a cidade do Rio de Janeiro foi escolhida como sede dos Jogos Olímpicos, aproximadamente 2.600 pessoas foram assassinadas por agentes do estado. / Reprodução/Facebook

Se na Grécia Antiga as Olimpíadas eram uma ocasião em que todas as guerras eram suspensas e os inimigos toleravam uns aos outros em nome de uma chamada “trégua olímpica”, no Brasil a desejada paz e tranquilidade do Rio de Janeiro, cidade escolhida para ser o palco das competições, foi feita com assassinatos em massa e violações de direitos contra a população pobre da periferia.
Desde 2009, ano em que a cidade do Rio de Janeiro foi escolhida como sede dos Jogos Olímpicos, aproximadamente 2.600 pessoas foram assassinadas por agentes do estado. A estimativa foi feita pela Anistia Internacional com base em números do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP).
“Apesar da promessa de legado de uma cidade segura para sediar os Jogos Olímpicos, as mortes decorrentes de operações policiais tem crescido progressivamente nos últimos anos no Rio. E também assistimos, durante a repressão aos protestos, pessoas gravemente feridas por balas de borracha, bombas de efeito moral e até mesmo armas de fogo usadas pelas forças policiais”, afirmou Atila Roque, Diretor Executivo da Anistia Internacional Brasil, em abril deste ano.
Um desses casos é o jovem Johnatha de Oliveira Lima, de 19 anos, que foi assassinado por PMs da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) com um tiro nas costas em maio de 2014.  Sua mãe, a pedagoga Ana Paula Oliveira, alerta para a ocupação da UPP na favela de Manguinhos, na zona oeste da cidade, onde seu filho foi assassinado.
“A UPP chegou aqui em outubro de 2012 e logo em março de 2013 fez a primeira vitima, um menino de 16 anos. Em outubro do mesmo ano ela fez sua segunda vítima, um jovem de 18 anos que foi espancado até a morte por policiais. O Johnatha foi a terceira vítima da UPP”, conta Ana Paula.
O filho dela estava indo levar um pavê na casa de sua avó quando no caminho de volta passou por uma rua onde ocorria um protesto de moradores contra a truculência dos policiais militares da UPP local. Os PMs reagiram a pedras jogadas pelos manifestantes com disparos de armas de fogo e um deles acabou atingindo o jovem que não estava envolvido na manifestação, de acordo com testemunhas que presenciaram o momento.
“Os policiais começaram a fazer disparos para o alto para dispersar a confusão, só que um policial disparou em direção as pessoas que estavam correndo para se proteger e acabou atingindo o Jhonatha. Depois eu vim a saber que esse policial já respondia por triplo homicídio e por duas tentativas de homicídio na baixada fluminense”, conta Ana Paula.
Sobre o fato de Jhonatha ser apenas um em 2.600 pessoas que foram mortas por policiais, Ana Paula lamenta a falta de comoção da sociedade para assassinato de jovens da periferia. “Quando morre esse número alarmante de jovens, de pessoas sendo assassinadas pelo estado, não só nas favelas, mas nas periferias, a gente não vê comoção, a gente não vê as autoridades utilizando os meios de comunicação para mostrar sua indignação. Pelo contrário, a gente só vê dizer que vai ter mais policiamento e que eles vão colocar mais carros blindados dentro das favelas”, lamenta.
Sobre o legado que os Jogos vão trazer para a cidade, Ana Paula disse que o governo tenta vender o Rio de Janeiro como uma cidade linda, mas para que isso aconteça, segundo ela, é preciso que o Estado “extermine e encarcere” os pobres.
“O legado que vai ficar para nós que somos pobres é um legado de dor, de lágrimas e de sangue. Infelizmente porque o aumento de efetivo policial dentro das favelas para mim significa mais encarceramento, mais violação de direitos e mais mortes”, disse.
Ana Paula se juntou a mais duas outras mães da favela de Manguinhos e fundou o movimento “Mães de Manguinhos”,  que luta contra a violência policial não só na comunidade, mas em toda baixada fluminense. O grupo organiza protestos e dá apoio a mães que tiveram seus filhos assassinados pela polícia. Ana Paula conta que semana passada estava com uma mãe cujo filho morreu com um tiro na testa disparado por um policial no Morro do Borel, no Rio de Janeiro.
Fonte: BRASIL DE FATO
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Nas Olimpíadas, cuidado, Temer… Ela é bela, não é recatada, usa um sabre e tem horror a golpistas
POR FERNANDO BRITO · 01/08/2016

Muito curiosa a nota do Valor, agora há pouco, que não resisto a partilhar.

A esgrimista Alejandra Benitez Romero vai desfilar na abertura de sua quarta Olimpíada e manda avisar que não vai dar “tchauzinho” para o presidente interino Michel Temer na tribuna de honra.

“Lamento porque pensava que ia passar pelo estádio e iria saudar a Dilma, como presidente da República. Mas agora há um golpista. Eu não vou saudá-lo, por exemplo, porque é um golpista. Não sei se todos os venezuelanos vão, mas eu não vou. Passarei diretamente porque ele é um golpista, e os golpistas são antidemocráticos. Eu sou pela democracia e e pela justiça. Queria ver a Dilma, e não vou saudá-lo”, afirmou.

Benitez é ex-ministra do Esporte de Nicolás Maduro e foi deputada chavista na Assembléia venezuelana. Medalhista de prata panamericana na modalidade sabre, ela não tem medo de polêmica com as fotos sensuais para as quais posou para a revista dominical do diário Últimas Notícias, em 2008.

Ela diz ao jornal que acompanha o retrocesso brasileiro:

“É terrível o que vemos. Um golpe de estado que estão legalizando. Eu, como mulher, acredito que também foi um ato machista, algo patriarcal, contra a mulher. Na política, o homem acredita que deve se impor ante a mulher, e que ela não tem méritos por estar lá”, disse, quando questionada sobre o processo de impeachment instaurando contra Dilma Rousseff. “Me incomoda. Dói, afeta, sim. Porque sou política, sou mulher e sou de esquerda. Aconteceu comigo também. No mundo dos dirigentes esportivos eles creem que os homens devem ter domínio absoluto e as mulheres só servem para acompanhá-los. Eu sigo na política, trabalhando no meu trabalho social, no partido socialista”,completou.

Além das estocadas, ela diz ao Valor que vem às Olimpíadas também para “defender suas posições como “política, mulher e de esquerda”

Melhor o “tio” Temer não fazer graça com a moça.

PS. Serra, você também se comporte. Aí o caso não não é de vinho, não.

Fonte: TIJOLAÇO
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