quarta-feira, 4 de maio de 2016

Golpe. O Caminho das Trevas



Democracia - Créditos: Charge de Vitor Teixeira




Fonte: BRASIL DE FATO
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A confessada divisão de tarefas entre os “poderes”: Cunha cuida de Dilma, STF de Lula.

O Globo publica hoje, candidamente, que o Supremo vai esperar a queda de Dilma para não ter de julgar o ato de nomeação de Lula, há quase dois meses, para a chefia da Casa Civil....

Fonte: TIJOLAÇO
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Estamos mergulhados no cinismo

Por Amanda Cotrim, na revista CartaCapital:

Vivemos um momento peculiarmente delicado, em que, apesar de não haver uma censura declarada como na ditadura civil militar brasileira, há um silêncio institucional para que algumas ideias não circulem.

Vemos isso quando a Justiça proíbe que universitários debatam o momento político, protestos são violentamente reprimidos pela polícia, ou quando a imprensa tenta nomear manifestações como sendo “a favor de Dilma”, silenciando o sentido delas serem pela democracia. Além do silêncio institucional, o momento também revela certo modo cínico da sociedade contemporânea.

Nesta semana um conhecido disse, de forma convicta: “eu sei que Eduardo Cunha é bandido mas, mesmo assim, primeiro temos que derrubar a presidente”, justificando o porquê dele não estar interessado em participar de manifestações pela cassação de Cunha.

A fala dele não está sozinha, pelo contrário, ela “conversa” com outras falas que produzem exatamente o mesmo efeito, um discurso que, mesmo sabendo de uma coisa, defende outra.

O mesmo ocorre quando as pessoas dizem: “Bolsonaro não presta, mas Jean Wyllys e esses esquerdopatas também não” ou “não duvido que houve tortura na ditadura, mas há muita mentira por parte dos revolucionários”.

Discursos que começam criticando a corrupção e a violência mas terminam defendendo torturadores e corruptos...

Fonte: Blog do Miro
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Blogueiros viram alvo principal de violência contra comunicadores no Brasil, diz ONG
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WhatTwiFac
Charge: Mohamed Sabra
"Criança fica com o pé preso em escada rolante de shopping no Maranhão". Quem acessa o blog de Ítalo Diniz encontra uma página congelada em 13 de novembro de 2015. Na noite daquela sexta-feira, o blogueiro morreu após levar quatro tiros em uma das principais ruas de Governador Nunes Freire (460 km de São Luís) ...

Fonte: O CAFEZINHO
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Censura ressurge em "época de trevas"

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

É cada vez mais frequente, no âmbito das instituições brasileiras, intervenções que apontam para o ressurgimento da censura. Na sexta-feira (29), uma liminar da 9ª Vara Cível de Belo Horizonte proibiu que ocorresse uma assembleia estudantil que iria debater o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Um dia antes, o Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel foi alvo de protestos no Senado, onde denunciou o golpe de Estado. Por exigência da oposição, a palavra “golpe” foi retirada dos registros de sua fala. Na segunda-feira (2), o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) dirigiu-se ao advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, dizendo que ele estava “impedido" de usar a mesma palavra...

Fonte: Blog do Miro
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Figuras nefastas como Trump e Bolsonaro encarnam a crise do capitalismo
04 de maio de 2016 às 11h05
Captura de Tela 2016-05-04 às 11.04.33O que está por trás da evidência de figuras como Bolsonaros e Trumps
por Vinicios Betiol*
Vivemos um momento tenebroso da história.
Figuras nefastas, que antes se limitavam aos porões da humanidade, saíram de seus esconderijos, por se sentirem confortáveis.
Não só se sentem confortáveis, como ganharam milhares de seguidores.
Boa parte deles formam um exército de zumbis, sem cérebro e sedentos por sangue.
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Fonte: VIOMUNDO
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Impeachment mostra que democracia é ponto fora da curva no capitalismo brasileiro03/05/2016

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Foto: Mídia NINJA
Impeachment do processo civilizatório
Por Eduardo Fagnani*, na Frente Brasil Popular
O objetivo de construir uma sociedade civilizada, democrática e socialmente justa deveria ser um dos núcleos de um projeto nacional. A Constituição de 1988 representa um marco do processo civilizatório do país. Pela primeira vez em mais de cinco séculos, ela assegurou formalmente a cidadania plena (direitos civis, políticos e sociais) para todos os brasileiros. O novo ciclo democrático inaugurado por ela, associado aos avanços sociais obtidos na década passada, contribuiu para a melhoria do padrão de vida da população, especialmente dos mais pobres...

Fonte: O CAFEZINHO
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O mar está para monstros
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Nem sempre as crises econômicas deflagram processos revolucionários. Ocorre às vezes o contrário, argumentam Yanis Varoufakis e um estudo recente de dois pesquisadores de Harvard
Por Laura Carvalho
Quando indagado sobre o espaço aberto por crises econômicas para o fortalecimento do campo progressista, Yanis Varoufakis, em palestra proferida em 25/4, na New School, em Nova York, foi categórico: “Tempos de grave recessão não são tempos revolucionários, são tempos que criam monstros”...
Fonte: OUTRAS PALAVRAS
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Grandes investidores ignoram a mudança climática
246 investidores, que gerenciam 14 trilhões de dólares, não estão fazendo nada, diz o relatório. Foto: marcovdz/Flickr/(cc)
246 investidores, que gerenciam 14 trilhões de dólares, não estão fazendo nada, diz relatório
foto:marcovdz/Flickr/(cc)



















Quase metade dos 500 maiores investidores do mundo não está fazendo nada para lidar com a mudança climática por meio de seus investimentos, revela um estudo divulgado nesta segunda-feira, 2 de maio.
Por Redação do EcoD*
Um relatório do Projeto de Revelação dos Detentores de Ativos (AODP, na sigla em inglês), uma organização sem fins lucrativos cuja meta é aprimorar a administração da mudança climática, mostrou que pouco menos de um quinto dos principais investidores –ou 97, que gerenciam um total de 9,4 trilhões de dólares em ativos– estão adotando medidas tangíveis para mitigar o aquecimento global...
Fonte: ENVOLVERDE
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...É a TINA - there is no alternative -, segundo a 
a lógica dos ditadores, que não admitem alternativas
ao modelo econômico mundial, que por sinal,
agoniza e em breve estará em recessão mundial, 
segundo admitem especialistas.
Os movimentos sociais serão criminalizados, 
provavelmente com o rótulo de terroristas.
A novilíngua assim permite, esclarece e condena.
Para a maioria da população brasileira a ficha ainda 
não caiu, isso no tocante ao que acontece no país...

O texto acima é um excerto de artigo publicado no PAPIRO, ontem, com o título de Ditadura Pós- moderna. A TINA.

Curiosamente, hoje no jornal O Globo, a colunista Míriam Leitão, em artigo, afirma que os defensores do governo Dilma - na realidade defensores da Democracia. Olha a novilíngua operando aí - ainda não adquiriram a compreensão sobre o momento do país.

Leitão leu o artigo do PAPIRO de ontem e corre atrás na tentativa de desqualificar este blogue.

Por outro lado, é bom saber que o gigantesco grupo Globo, além de organizar golpes de estado, corre atrás da mídia alternativa. Não apenas O PAPIRO como muitos outros sites e blogues alternativos tem sido alvo para a velha mídia. Seja para tentar desqualifica-los, seja com referência de conteúdos, e também para tentar censura-los, ameaçando jornalistas e comunicadores.

A mídia alternativa não é pautada, pauta-se.

Uma nova forma de censura, dissimulada, mas tão violenta quanto a censura escancarada em que a própria velha mídia foi vítima no passado, mas que hoje , em função da capilaridade das informações que a internete propicia, resolve desqualificar, censurar, perseguir, processar e atacar sites e blogues que não tenham ao pensamento alinhado com a TINA.

A perseguição à blogueiros e comunicadores da mídia alternativa é , apenas , uma peça do mosaico golpista que toma forma nítida no país. Mais do que isso, é peça do cenário atual do mundo, de uma expressão capitalista frágil e agonizante, que, para se manter dominante, adota exceções como formas de impedir que quaisquer novas modalidades de organizações sociais e econômicas - mesmo que inseridas na lógica capitalista - possam ser bem sucedidas , e , com isso, servirem de exemplo para outras nações fazendo com que a crise ao capitalismo se consolide, colapsando o sistema atual e hegemônico.

Poder Judiciário sucumbindo ao dinheiro, emergência de figuras políticas antagônicas ao processo evolutivo e civilizatório, retrocessos democráticos e avanço dramático da crise climática e ambiental, não são fenômenos isolados, ao contrário, estão inseridos na dinâmica mundial atual e são partes da grave crise civilizacional do momento.

Entender cada um desses fenômenos em separado, isoladamente, mas também entende-los como um conjunto, um todo, contribui para o entendimento do processo de golpe de estado em curso no Brasil.

Dito isto, O PAPIRO reafirma que para a maioria da população brasileira a ficha ainda não caiu, isso no tocante as crises política e econômica do presente, que se misturam em um oportunismo violento, reacionário e anti-democrático que desembocam em um processo de impeachment da presidenta Dilma sem quaisquer fundamentos jurídico e político. A audácia dos golpistas impressiona, fazendo de um instrumento da constituição - o impeachment de um governante - a pavimentação pseudo jurídica/política de um caminho deserto que tem por objetivo usurpar a vontade popular expressa nas urnas em um caminho pavimentado por 54 milhões de votos.


Caso o Grupo Globo queira copiar ou usar com referência, solicito que cite a fonte.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Ladrões impedem o caminho de Dilma

Saul Leblon: Dilma já governa na rua, pela rua, com a rua; se a rua se organizar, ela resistirá

03 de maio de 2016 às 12h54

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Dilma já governa com a rua e resistirá se a rua se organizar
Hoje a palavra organizar virou sinônimo de resistir; assim como rua se tornou equivalente ao verbo lutar
A história apertou o passo no país e quem não entender isso será atropelado pela velocidade dos acontecimentos.
Esse é um tempo em que jornais de hoje amanhecem falando de um remoto mundo de ontem; tempo em que a tergiversação colide com a transparência; tempo em que nenhum discurso faz mais sentido dissociado da tríade: ‘rua’, ‘resistência’ e ‘organização’.
As sirenes da história anunciam confrontos intensos no front.
De um lado, os interesses da maioria da população; de outro, a coalizão da escória parlamentar com o rentismo e a classe média fascista.
No arremate desse enredo a mídia insufla a venezuelanização do Brasil.
Não é sugestivo do lugar da Folha na história que a edição desta 2ª feira, por exemplo, mostre Paulinho Boca festejado pelo ‘povo’ e Dilma cercada por uma mosca?
Dilma fez no 1º de Maio do Anhangabaú o melhor discurso de sua vida.
Veja a íntegra de sua fala aqui:  https://www.facebook.com/jornalistaslivres/posts/363835267073690
Sim, Dilma incendiou um ato que começou morno e sem a presença de Lula. Como explicar essa mutação que passou batida aos petizes da mídia pautados no Anhangabaú para alimentar o golpe –de moscas, se possível—e não para fazer jornalismo?
A explicação está no acirramento de um conflito que Lula, Dilma, o PT e todas as forças progressistas e democráticas resolveram encarar de frente, pelo simples fato de que não fazê-lo seria trair o país, o povo e, sobretudo, a esperança na construção de uma democracia social na oitava maior economia do mundo e principal referência da luta pelo desenvolvimento no ocidente.
Todo o discurso da Presidenta Dilma irradiou esse discernimento de que o seu governo e mais que ele, o projeto que ele expressa só tem futuro se tiver o desassombro de ser defendido na rua.
Foi isso que Dilma fez ao levar seu governo à rua do 1º de Maio e lá anunciar um aumento médio de 9% para o Bolsa Família, ademais de reafirmar a prorrogação do Mais Médicos por três anos, corrigir a tabela do IR e adicionar mais 25 mil contratações à linha do Minha Casa vinculada à autoconstrução.
Dilma afrontou assim o martelete midiático do ‘país aos cacos’ , que lubrifica a sociedade para a resignação diante do arrocho embutido na tese do golpe ‘saneador’.
Dilma fez mais que isso ao acusar a sabotagem paralisante contra o seu governo, por parte dos interesses que, derrotados quatro vezes no jogo democrático, resolveram destruir a urna e pisotear seus escombros para chegar ao poder.
A propaganda do jornalismo embarcado sonega esse traço central da encruzilhada brasileira: a ofensiva golpista não é uma consequência da crise; ela é a crise em ponto de fusão.
Em outras palavras, ao contrário do que solfejam os violinistas do golpe, não existe uma ‘macroeconomia responsável’ (a do arrocho) que vai tirar o Brasil da espiral descendente.
O que existe é um acirramento da luta de classes, a exigir uma repactuação política do país e do seu desenvolvimento. Algo que a plutocracia, a mídia, a escória e o fascismo decidiram elidir por meio do golpe e através dele impor a sua agenda à nação.
‘Eu vou resistir’, disse Dilma ovacionada pela multidão no Anhangabaú que teve o privilégio de participar desse pontapé da resistência de uma Presidenta que passou a governar na rua, pela rua, com a rua.
Esse é  o requisito para mudar a correlação de forças e destravar as verdadeiras reformas de que a sociedade e o desenvolvimento necessitam.
A saber:  reforma política, para capacitar a democracia a se impor ao mercado; reforma tributária, para buscar a fatia da riqueza sonegada à expansão da infraestrutura e dos serviços; reforma do sistema de comunicação, para permitir o debate plural dos desafios brasileiros –que são poucos, nem se resolvem sem ampla renegociação do desenvolvimento.
Quem rumina desalento diante do gigantismo dessa tarefa menospreza o salto histórico percorrido nos últimos meses.
Há exatamente um ano, um outro comício do dia do trabalhador organizado no mesmo Vale do Anhangabaú foi igualmente desdenhado pelo noticiário –e mesmo por uma parte da esquerda.
Foi tratado como mero evento retórico.
Um ano depois, as ruas do Brasil já não dormem mais.
Um ciclo de grandes mobilizações de massa está em curso no país.
Respira-se a expectativa dos campos de batalha no amanhecer do confronto.
A engrenagem capitalista puro-sangue escoiceia o chão do estábulo. Aguarda os cavalariços do golpe que vem lhe trazer a liberdade para matar.
A chance de que o embate resulte em uma sociedade melhor depende da determinação progressista –acenada no discurso de Dilma– de assumir a rédea das forças xucras do mercado, para finalmente domá-las a favor do povo e da nação brasileira.
O golpe tornou quase inevitável isso que o ciclo do PT sempre adiou em favor de soluções acomodatícias e avanços incrementais.
A natureza ferozmente excludente de sua lógica revela os limites estreitos e  irredutíveis de uma parte da elite brasileira, da qual a mídia se fez porta-voz.
No 1º de Maio do ano passado, Lula –ausente nesse por recomendação médica– lembrou que a primeira universidade brasileira só foi construída em 1920.
Quatro séculos depois do descobrimento.
Em 1507, em contrapartida, 15 anos depois de Colombo chegar à República Dominicana,  Santo Domingo já construía sua primeira universidade.
Tome-se o ritmo de implantação do metrô em São Paulo, em duas décadas de poder tucano.
Compare-se a extensão duas vezes maior da rede mexicana, ou a dianteira expressiva da rede argentina e  da chilena.
O padrão não mudou.
Lula criou 18 universidades em oito anos. A elite levou 420 anos para erguer a primeira e Fernando Henrique Cardoso não fez nenhuma.
Há lógica na assimetria.
Para que serve uma universidade se não faz sentido ter projeto de nação; se a industrialização será aquela que a ALCA rediviva permitir e se o pré-sal deve ser entregue à Chevron?
O que Lula estava querendo dizer ao povo do Anhangabaú, então, tinha muito a ver com algo que agora assume nitidez desconcertante nos ‘planos’ do golpismo.
O desenvolvimento brasileiro não pode depender de uma elite que dispensa ao destino da nação e à sorte do seu desenvolvimento o mesmo descompromisso do colonizador em relação aos povos oprimidos.
Uma elite para a qual a soberania é um atentado ao mercado não reserva qualquer espaço à principal tarefa do desenvolvimento, que é civilizar o mercado para emancipar a sociedade e, portanto, universalizar direitos.
Reinventar a soberania no Brasil do século XXI, portanto, implica vencer o golpe e seu projeto de terceirização do Estado e do patrimônio nacional aos mercados.
A devastação do mundo do trabalho e a supressão da cidadania social é a lógica que move o golpismo e os homens-abutres que frequentam seu bazar de ministérios.
O que a elite preconiza nos salões onde se negocia o botim é de uma violência inexcedível em regime democrático e muito provavelmente incompatível com ele.
É como se uma gigantesca  engrenagem cuidasse de tomar de volta tudo aquilo que transgrediu os limites de uma democracia tolerada por ser apenas formal, mas que o ciclo iniciado em 2003, com todas as suas limitações, desvirtuou em direção a um resgate social transgressivo para o gosto da elite brasileira.
No lugar disso, o que se pretende instituir agora é um paradigma de eficiência feito de desigualdade ascendente. A Constituição Cidadã de 1988 será retalhada. Programas e políticas sociais destinados a combater a pobreza e a desigualdade de oportunidades serão eviscerados. O que restou da esfera pública, privatizado. A riqueza estratégica do pré-sal e o impulso industrializante contido na exigência de conteúdo nacional serão ofertados no altar dos ditos livres mercados (ou Chevron).
A ambição implica regredir aquém do ciclo de redemocratização que subverteu  o capitalismo selvagemente antissocial da ditadura. Como disse Dilma no 1º de Maio: lutamos hoje para preservar  tudo o que conquistamos com a redemocratização; mas também tudo o fizemos antes para ter a democracia de volta’.
A petulância chega a tal ponto que na véspera deste 1º de Maio, Michel Temer afagou a bancada ruralista com uma promessa obscena:  o golpe revisará todos os decretos de desapropriação de glebas para reforma agrária e demarcações de áreas indígenas assinados por Dilma nos últimos meses.
O confronto é aberto.
Não será vencido só com palavras.
No 1ºde Maio de 2015, o presidente da CUT, Vagner Freitas chamou para a frente do palco dirigentes da Intersindical e da CBT; chamou Gilmar, do MST; chamou Boulos, do MTST, e outros tantos; e através deles convocou quase duas dezenas de organizações presentes.
Vagner apresentou ao Anhangabaú, então, a unidade simbólica da esquerda brasileira, fixada em torno de uma linha vermelha a ser defendida com unhas e dentes: a fronteira dos direitos, contra a direita.
Premonitória, sua iniciativa, já não basta mais para deter uma violência que agora marcha ostensivamente para sua consumação.
A  defesa da agenda progressista hoje implica, ademais da unidade das direções, promover a capilaridade da resistência popular.
Comitês de resistência da vizinhança; comitês de resistência nos locais de trabalho; comitês profissionais e sindicais; comitês de amigos; comitês de mães de alunos; comitês por escola…
Sobretudo, urge dotar essa capilaridade de uma prontidão articulada, exercida  por uma efetiva coordenação da frente progressista nascida no 1º de Maio de 2015.
Hoje para afrontar o golpe; amanhã para vencer uma nova disputa presidencial, essa rede da legalidade é a tarefa inadiável dos dias que correm.
Por uma razão muito forte: sem ela o próximo 1º de Maio talvez encontre o Vale do Anhangabaú cercado por tropas de um golpe vencedor.
O Brasil será aquilo que a rua conseguir que ele seja.
Quando o extraordinário acontece na vida de uma nação é inútil reagir com as ferramentas da rotina.
Hoje a palavra organizar é sinônimo de resistir, assim como o substantivo ‘rua’ tornou-se equivalente ao verbo lutar.
As lideranças populares não podem desperdiçar o significado histórico dessa mutação
As ruas do Brasil já não dormem mais, cabe às lideranças dota-las de sonhos reais.
Fonte: VIOMUNDO
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Jornal francês: Congresso é casa de “300 ladrões com título de doutor”

Le Monde Diplomatique traça perfil pouco edificante da maior casa do Poder Legislativo
publicado 03/05/2016
liberdade do cunha
Da página do Soldadinho de Chumbo no Facebook
Saiu no site RFI:

Para jornal francês, Congresso brasileiro é casa de “300 ladrões com título de doutor”

Em longo artigo sobre a composição e a atuação do Congresso Nacional, o jornal francês Le Monde Diplomatique traça um perfil pouco edificante da maior casa do poder legislativo brasileiro. A análise indica também que a falta de habilidade da presidente Dilma Rousseff para lidar com os parlamentares explica, em boa parte, a grave crise política que o país atravessa.

A situação delicada da presidente Dilma, que tem menos de 10% de aprovação popular e corre o risco de ter as contas de seu governo rejeitadas pelo Congresso, é o ponto de partida para Le Monde Diplomatique analisar o papel da Câmara dos Deputados na atual crise política brasileira.

A destituição da chefe de Estado por "crime de responsabilidade", como defende a oposição, não pode avançar sem o "aval de um parlamento cada vez mais rebelde" em relação à autoridade da presidente, afirma o jornal, que escolheu como título da reportagem "Trezentos ladrões com título de doutores".

A frase faz referência ao trecho da música do grupo Paralamas do Sucesso, que parodiou uma declaração do ex-presidente Lula, em 1993, de que a Câmara era controlada por uma maioria de "300 picaretas". Depois de eleito presidente em 2002, Lula aprendeu a elogiar quem tanto ele havia recriminado, observa a autora do texto, Lamia Oualalou.

Controle do poder

Le Monde Diplomatique lembra que o Congresso brasileiro, criado em 1824, após a independência do país, conta atualmente com 513 deputados e 81 senadores e se "caracteriza por uma fraca representatividade popular. Sua principal virtude? Permitir às elites perpetuarem sua influência sobre o poder", escreve.

Recorrendo ao trabalho executado pelo site Congresso em Foco, Le Monde Diplomatique lembra que desde a declaração de Lula, o perfil típico dos deputados não mudou: é "um homem branco, de cerca de 50 anos de idade, titular de um diploma universitário e com patrimônio superior a R$ 1 milhão". Outro dado relevante desse perfil não esquecido pela publicação francesa: em 2008, um estudo indicou que 271 deputados estão ligados direta ou indiretamente a alguma empresa de comunicação.

"O sistema político perpetua um fosso entre a população e seus eleitos", diz o texto. Em tom pedagógico, Le Monde Diplomatique compara o Congresso brasileiro ao americano, observando que a votação proporcional ao número de habitantes, mas com a obrigação de um número mínimo de representantes por estado, cria distorções que só favorecem os "caciques locais" da política, que "se impõem aos partidos e impedem a renovação da classe política".

Além de contornos ideológicos pouco claros, os políticos mudam de etiqueta partidária em função de interesses próprios, mesmo após a reforma adotada em 2007 para limitar essa prática, ressalta o texto.

Tiririca “puxador de votos”

Outro aspecto singular do processo eleitoral para o Congresso é o sistema de "quociente eleitoral". Com esse método, em que o voto a um candidato pode beneficiar outro da mesma sigla, o eleitor pode dar mandato a um político que defende os direitos humanos e acabar, sem querer, garantindo também uma cadeira a um homofóbico e militante pela expulsão de trabalhadores sem terra.

"Tal sistema incita os partidos a atrair personalidades e líderes carismáticos, os chamados puxadores de votos", explica. O melhor exemplo escolhido pelo Le Monde Diplomatique foi o conhecido "palhaço" Tiririca, eleito deputado federal em 2010, mesmo sem ter nenhuma experiência política. Ao receber 1,3 milhão de votos, ele permitiu que seu partido elegesse outros 24 deputados, que não conseguiriam sozinhos votos suficientes para entrar no Congresso.

Esse sistema também adora personalidades esportivas, pastores evangélicos e herdeiros políticos, afirma. Citando a radiografia do Congresso feita pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), o jornal informa que nada menos que 211 parlamentares devem suas eleições às ligações com algum parente.

“Marqueteiros” políticos entre os mais caros do mundo

A reportagem destaca ainda os preços exorbitantes das campanhas eleitorais em um país com dimensões continentais. A eleição de cada deputado custa R$ 6,4 milhões ao partido, um aumento de 283% em 12 anos. Os custos incluem despesas com deslocamentos até spots publicitários, passando pelo pagamento dos marqueteiros eleitorais, cujos preços estão entre os mais altos do mundo.

Mas os valores são bem maiores porque os partidos usam "caixa 2", para os financiamentos ocultos. A prática favorece a corrupção, como ficou evidente no caso da Petrobras, exemplifica a jornalista Oualalou. O financiamento de campanhas pelas empresas foi suspenso pela primeira vez pelo Supremo Tribunal Federal, mas "nada garante que não será rapidamente retomado", diz.

"Presidencialismo de coalizão"

Le Monde Diplomatique também explica como a multiplicação de partidos no Congresso, 28 no total, dificulta a vida de um governo. Mesmo quando o partido tem o maior número de deputados, não consegue maioria na casa e é obrigado a fazer alianças para governar.

A prática leva a uma situação em que as negociações com aliados são permanentes para manter apoio até o final do mandato. O escândalo do Mensalão, descoberto em 2005, durante o governo do ex-presidente Lula, é a melhor ilustração da dificuldade em manter uma base de apoio majoritária. É o que o jornal chama de "presidencialismo de coalizão".

Le Monde Diplomatique explica também a conturbada relação entre os poderes executivo e legislativo, envolvendo desde a distribuição de cargos no governo até a aprovação de ações como a construção de casas e pontes.

Em entrevista ao semanário francês, o cientista político Paulo Peres, da UFRGS, explica como é tentador para os partidos políticos se aproximarem do governo, mas, por outro lado, essa relação vira uma armadilha quando se trata de negociar com um governo fraco e com falta de carisma. Neste caso, lembra o especialista, os "aliados" passam a exigir mais cargos e verbas. É o que acontece com a presidente Dilma Rousseff, afirma o jornal.

PMDB, partido sem linha política

Ao insistir nas posições ideológicas "opacas" de muitos políticos, Le Monde Diplomatique argumenta que elas são tão fortes que provocam distensões no interior de um mesmo partido. É o caso do PMDB, uma legenda "sem linha política". A presidente deu vários cargos à legenda na esperança de frear o processo de impeachment no Congresso, mas ela só contentou a uma ala do partido. Outros líderes continuam a exigir sua saída do cargo e querem deixar a base de apoio do governo para não serem prejudicados nas próximas eleições.

Em entrevista ao jornal, o cientista político Stéphane Monclaire, da Universidade Sorbonne, explica que os grupos parlamentares "não são homegêneos" e os deputados, que deveriam seguir a orientação de seus líderes, podem obedecer a outros políticos de fora do Congresso, como prefeitos e governadores.

Ao "ignorar a engrenagem do sistema", Dilma Rousseff permitiu a Eduardo Cunha "deitar e rolar" no primeiro ano de seu mandato, afirma o jornal, dizendo ter sido um "erro" da presidente tentar impedir sua eleição para a presidência do Congresso.

Bancada do “Cunha”

Le Monde Diplomatique explica como Cunha, que tem o poder de decidir sobre a agenda do Congresso, ampliou seus poderes sobre os deputados e conseguiu aprovar projetos de lei extremamente conservadores, como a redução dos direitos dos trabalhadores e a mudança da maioridade penal para 16 anos.

O jornal explica também como deputados se unem e formam as bancadas, que atuam de acordo com temas de interesse comum. Entre os exemplos citados estão as bancadas do agronegócio, das empresas e até dos evangélicos. Mas esses grupos perderam um pouco de seus poderes depois da ratificação da "fidelidade partidária", explica. Só em casos excepcionais os deputados podem votar contra a orientação de suas lideranças, afirma.

No caso de Cunha, afirma Le Monde Diplomatique, ele atua em diferentes frentes, e tem até uma bancada em seu nome. Apesar de estar no centro de um escândalo relacionado a contas na Suíça, ele mantém um grande poder e pode até influenciar na eventual escolha de seu sucessor, diz o texto.

Ao analisar o cenário político, o professor Monclaire afirma que as tensões existentes entre o Congresso e o Planalto acontecem principalmente pelas disputas internas do PMDB com vistas à próxima campanha eleitoral. Sem contar com o apoio dos movimentos sociais, a presidente Dilma se encontra em uma situação delicada e seu partido, o PT, parece estar "imobilizado" por pertencer a esse governo, que corre o risco de ser o mais reacionário da história, afirma o cientista político da Sorbonne.

Le Monde Diplomatique encerra o artigo comentando que nem no auge de sua popularidade, quando tinha 85% de aprovação, o ex-presidente Lula não teve disposição de enfrentar o Congresso e propor uma reforma política
Fonte: CONVERSA AFIADA

Ditadura Pós-Moderna. A TINA

Fórum Contra o Golpe, porque a ditadura pós-moderna dá seus primeiros passos

2 de May de 2016

Neste momento já não são mais nem poucos e nem tão discretos os sinais de que avança com força a constituição de um regime de força jurídico-midiático-policial no Brasil que deve ter o futuro governo Temer como parceiro, mas também como refém.

Três casos muito recentes merecem destaque e reflexão:



a) A invasão do Centro de Paula Souza pela PM de São Paulo, comandada pelo secretário de Segurança Pública Alexandre de Moraes, sem mandado judicial.

b) O bloqueio do whatsapp pelo juiz de Sergipe, Marcel Montalvão, o mesmo que mandou prender o vice-presidente do Facebook na América Latina, sem buscar outras formas de ação que pudessem trazer mais impactos à empresa e menos aos usuários e à liberdade de informação.

c) A decisão da juíza de Minas, Moema Miranda Gonçalves, de proibir uma atividade que iria discutir o impeachment de Dilma no centro acadêmico da Faculdade de Direito da UFMG.

Esses três casos servem como amostra grátis de que polícia e judiciário podem tudo. E de que para certos juízes e setores da polícia tudo se tornou possível de fazer. Afinal, eles se sentem imbatíveis por conseguirem derrubar uma presidenta sem que se tenha comprovado um crime sequer contra ela.

Os sinais de fumaça emitidos estão cada vez muito claros. E por isso não há acordo possível no horizonte.

O possível é resistir.

E por isso está mais do que na hora de um grande Fórum Contra o Golpe, que organize todos os setores que não recuarão, que não aceitarão os limites que se buscará impor e que não estão apenas preocupados com o seu umbigo.

Os adversários não serão mais os comunistas.

Daqui pra diante, seremos terroristas ou quadrilheiros.

E por isso não é adequado esperar para ver no que vai dar.


Fonte: Blog do Rovai
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Bandidos na Polícia Federal ameaçam 
incriminar quem negar aumento

POR FERNANDO BRITO · 02/05/2016



Da Folha, agora há pouco:

Em campanha salarial, a Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) afirmou
em nota oficial que a eventual resistência do governo em atender os pleitos da entidade
pode gerar impactos nas investigações de corrupção relacionadas a lideranças do PT,
partido da presidente Dilma Rousseff.

O comunicado, emitido nesta segunda-feira (2), diz que, se a decisão do Executivo
federal descontentar os policiais federais, “analistas da PF” preveem “uma onda de
revolta da categoria em relação ao PT, o que poderá repercutir até nas investigações
de corrupção envolvendo lideranças do partido”.

O texto não especifica quem são os especialistas responsáveis pela previsão.
A Federação também relaciona o comportamento do governo diante das reivindicações
com as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em agosto.

“Um resultado desfavorável [à Fenapef] poderá levar os policiais federais a manifestações
 nacionais, com pedido de apoio à população,bem como estabelecerá um ambiente de
descontentamento tão grande que poderá comprometer a segurança dos Jogos Olímpicos”,
adianta o texto.

Como é que é? “Me dá o meu, senão eu te fodo”, mas “se me der eu alivio”?

“Casa uma grana aí senão eu escracho as Olimpíadas!?

O nome disso, no Código Penal é extorsão mediante ameaça é para ser tratado com
prisão em flagrante.

Por tudo que já vi, o Ministro Eugênio Aragão não vai se intimidar e vai ter gente
tendo de se explicar.

A Polícia Federal, de instrumento republicano, parece ter se tornado instrumento
subversivo, depois de anos de “bunda-lelê” com José Eduardo Cardozo;


Fonte: TIJOLAÇO
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O PIRULITO DO GOLPE


Ainda não coube à minha geração interromper o padrão que, desde Deodoro da
Fonseca e seu espirro ditatorial, impediu que sequer uma geração republicana
se livrasse das intervenções autoritárias, civil ou militar. De Deodoro segue-se
a geração nascida com a República, chegando, aos 31 anos, a Artur Bernardes,
que governou o país sob um estado de sítio e repressão aos movimentos
 reivindicatórios operários, de 1922 a 1926. A turma de brasileiros que escapou
ao sítio de Bernardes, por acaso de nascimento, passará, porém, boa parte de sua
vida adulta em regime getulista que, se ditadura explícita só de 1937 a 1945,
nunca esteve constitucionalmente constrangido desde a revolução de outubro de 30.
A geração de 45 não herdou melhor sorte, forçada a suportar o miasma ditatorial
consagrado como revolução redentora pelo jornalismo de DNA pervertido,
legisladores prostitutos, tribunais de rabo entre as pernas e intelectuais a frete,
de 1964 a 1985.
Eis que de supetão, para enjoo da boa fé democrática da população, confirma-se
a praga: aí estão juízes e outros guardiões da lei, obcecados pela caça ao
ex-presidente Lula, a buscar petistas embaixo da cama, como se fazia em busca
de anarquistas na Primeira República e, depois de 45, de comunistas.
Com o aplauso espumante dos derrotados nas eleições, propaganda garantida
 pelo real monopólio de comunicação do sistema Globo, o apoio da coalizão
entre políticos ressentidos ou comprados ou reacionários, e, claro, a solicitude
dos intelectuais explicadores, venais alguns e autoritários finalmente fora do armário, violentam-se mais uma vez as práticas democráticas e consuma-se o golpe.
Uma boa teoria conspiratória dispensa conspirações, confiante na coordenação
espontânea dos conspiradores. Basta um afoito Procurador anunciar a descoberta
de indícios de remota conexão entre este ou aquele político progressista para que
manchetes e panelas compareçam ao linchamento público. O juiz Sergio Moro
menciona uma presunçosa “cognição sumária”, contrabando linguístico de reles
“impressão”, para antecipar sentenças discriminatórias e obesas de ilações sem
fundamento “fático”, transcritas, não obstante, como sermões bíblicos pelos
previsíveis folhetins. Em apoio ao disfarce de democracia que reivindicam,
convocam-se os ritos da lei e o vocabulário pernóstico do juízo trivial que deseja
 passar por ciência. Em vão. Chama-se ditadura da maioria a esse massacre de
direitos por via parlamentar e juizados de arrabalde.
É golpe: o golpe da minoridade eleitoral.
Se o que se esboça nas ruas, estradas, universidades e prédios públicos, se
transformar de fato em sublevação civil pela legalidade democrática, desta
vez o usufruto da usurpação de poder não terá gosto tão doce quanto o de
um pirulito infantil dos golpes anteriores.

Fonte: SEGUNDA OPINIÃO
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É a nova modalidade de ditadura que chega ao
Brasil.
Dinheiro grosso, Judiciário, Mídia e Polícia,
em conjunto, sequestraram o país.

Nesse momento, uma escória parlamentar e de
políticos ainda pensa que faz parte do novo grupo
de Poder.

Em breve, serão apenas serviçais, reféns da
Ditadura. O legislativo também será enquadrado.

A ditadura também irá eliminar os partidos de
esquerda e suas principais lideranças, que certamente
serão presas em presídios de segurança máxima.

É a TINA - there is no alternative -, segundo a
a lógica dos ditadores, que não admite alternativas
ao modelo econômico mundial, que por sinal,
agoniza e em breve estará em recessão mundial,
segundo admitem especialistas.

Os movimentos sociais serão criminalizados,
provavelmente com o rótulo de terroristas.

A novilíngua assim permite, esclarece e condena.

Para a maioria da população brasileira a ficha ainda
não caiu, isso no tocante ao que acontece no país.

As mídias que não se alinharem ao TINA serão
perseguidas.

Por esses dias, e nos dias que virão, a sociedade
será entorpecida ao máximo, quando se colocará
em prática pela mídia da TINA conceitos de
normalidade democrática, recuperação da confiança,
e a chegada de dias gloriosos com a queda do
governo dos "corruptos" e a chegada do governo
da modernidade e da civilidade.

O Poder Judiciário sucumbiu ao dinheiro grosso, e
julga para manter as aparências da Democracia.

Pessoas críticas a TINA serão julgadas e condenadas
como criminosas, por crimes que não cometeram.

Muitos irão vivenciar a história de Bartolomeu Sacco
e Nicolau Vanzetti.

Consolidado o golpe de estado da TINA, a democracia
deixará de existir.

No entanto, a resistência contra a TINA tenderá a
aumentar, nas redes sociais ,na mídia alternativa, nas
ruas. Não deixa de ser significativo que três grandes
artistas, nesta semana, estivessem ao lado do povo,
dos estudantes, nas comunidades.

Um Fórum contra o golpe deve acontecer o mais rápido
possível.


Enquanto não acontece, a proposta para o  povo ocupar o 
Senado  nesses dias é algo bem interessante, estimulante, 
inspirador.


segunda-feira, 2 de maio de 2016

Cresce rejeição ao golpe

Vox Populi: cresce rejeição da população a Temer e ao golpe

Três em cada quatro brasileiros viram a sessão que aprovou processo de impeachment reprovaram conduta dos deputados

Rede Brasil Atual
Para 61% dos entrevistados, o melhor para o Brasil é fazer eleições diretas ainda este ano - Créditos: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Para 61% dos entrevistados, o melhor para o Brasil é fazer eleições diretas ainda este ano / Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Nova pesquisa CUT/Vox Populi avaliou o sentimento dos brasileiros depois que a Câmara dos Deputados aprovou, no dia 17 de abril, a abertura do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. O processo foi encaminhado para análise do Senado. Para 32% o Brasil vai piorar se o vice-presidente Michel Temer assumir no lugar de Dilma; 29% acreditam que o desemprego vai aumentar; 34% preveem piora em relação aos programas sociais; e 32% acreditam que perderão direitos trabalhistas.
A avaliação negativa de Temer ficou em 62% (era 61% na pesquisa anterior). O percentual dos que não consideram que o golpe é a melhor solução para o país aumentou para 66%, contra 58% do levantamento realizado entre 9 e 12 de abril.
A maioria não acredita que a vida vai melhorar no caso do Senador aprovar o processo e Temer assumir: 33% acham que nada vai mudar no Brasil, 36% consideram que nada vai mudar em relação ao desemprego e o mesmo percentual em relação a programas sociais e 35% em relação a direitos trabalhistas.

Como o Brasil avalia a performance dos deputados

O Brasil parou para assistir à votação da abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados no último 17 de abril: 76% acompanharam integralmente ou em parte, 23% não viram o espetáculo (2% não responderam).
Mais da metade das pessoas não gostou do que viu. A performance dos deputados, mal preparados e com falas medíocres e ofensivas, como a do Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que elogiou um torturador, foi julgada de forma negativa por 56% dos que assistiram a transmissão – 37% consideram o comportamento dos deputados péssimo e 19% ruim.

Avaliação dos senadores

Os brasileiros estão divididos quanto à capacidade dos senadores de avaliar o processo de impeachment. Para 33%, os senadores são mais bem preparados dos que os deputados; 25% acham que os senadores são tão preparados quanto os deputados; 22% consideram que nem senadores nem deputados são preparados; e 7% acham que os senadores são menos preparados. Não souberam ou não quiseram responder 14% dos entrevistados.
Apenas 20% dos entrevistados acreditam que o Senado o Senado não vai aprovar o impeachment, enquanto 70% pensam que sim.

Eleições diretas

Para 61% dos entrevistados, o melhor para o Brasil é fazer eleições diretas ainda este ano. Para 21%, o melhor é a presidenta Dilma permanecer no cargo; 11% acham que é melhor Temer assumir; e 7% não sabem ou não souberam responder.
A pesquisa CUT/Vox Populi foi realizada entre os 27 e 28 de abril. Foram entrevistadas 1.523 pessoas em 97 municípios
Fonte: BRASIL DE FATO
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Mídia internacional se levanta contra o golpe no Brasil


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Foto: Mídia NINJA
Enquanto a grande imprensa brasileira se coloca na linha de frente do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, diversos veículos da mídia internacional se levantam contra a farsa do impeachment e denunciam esse processo. Assista, abaixo, a vídeo produzido pela página Audiovisual pela Democracia_SP:
 Fonte: O CAFEZINHO
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Ritmos, ciclos, campos e golpes

excerto do artigo O IMPACTO DA CIÊNCIA SOBRE A VISÃO DO MUNDO da autoria de Verônica Rapp de Eston -Professora associada aposentada da Faculdade de Medicina e co-fundadora do Centro de Medicina Nuclear da Universidade de São Paulo, publicado pela autora originalmente em 1989 e no PAPIRO, inicialmente, em novembro de 2013:

Ritmos biológicos e campos bioelétricos

A biologia moderna pesquisou sobretudo os aspectos químicos dos seres vivos. Em décadas recentes, porém, outros fatores foram verificados, como o efeito das radiações eletromagnéticas e das flutuações geomagnéticas sobre os parâmetros da funcionalidade humana ( tempo de reação, humor, e a velocidade dos processos biológicos ). Relacionou-se, por exemplo, a maior procura hospitais psiquiátricos com a ocorrência de flutuações geomagnéticas. Só recentemente a "poluição eletromagnética" vem sendo investigada ( Healer, 1970).

Muitos dos fenômenos ambientais são de natureza rítmica, podendo-se dizer o mesmo em relação ao homem. Ressurgiu, então, o interesse pelos ritmos biológicos, a sua significação para o ser humano, da forma de pesquisas que lembram as dos antigos astrólogos pela ênfase dada à relação entre ambiente cósmico e acontecimentos humanos.

Em escala mais ampla, os padrões rítmicos de muitos fenômenos sociais, tais como guerras e conflitos, evocam a imagem aristotélica do universo como um organismo - o conceito cosmobiológico da natureza. Consideradas globalmente,as pesquisas científicas vêm corroborar a concepção oriental de indivíduo, concebido como parte essencial de um processo evolucionário cósmico.

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postagem O Senhor do Destino, publicado no PAPIRO em segunda-feira, 6 de outubro de 2014:

O Senhor do Destino



Nesta segunda-feira, pós eleição, vou descansar um pouco para a loucura que virá pela frente nas próximas três semanas.

Assim sendo, mesmo com a postagem abixo do ESCREVINHADOR vou escrever sobre assuntos que estão longes, muito longes de entrar na pauta de todas as mídias, sejam elas de direita ou de esquerda.

Como sou eleitor e militante do PT, também não tenho informação e sou burro, conforme afirmou o ex-presidente Fernando Henrique em um de seus ataques crônicos, que se repetem com frequência e que podem indicar alguma patologia na vida do sociólogo imortal.

Fernando Henrique atacou os eleitores brasileiros.

Em outras palavras afirmou que somente os eleitores que votam no PSDB sabem votar.

Ignorou a diversidade do país e das regiões, o que para um sociólogo é uma tragédia.

No entanto, como disse no início, não vou escrever sobre política e eleições.

Vou escrever sobre astrologia.

Afinal astrologia não é um assunto de pessoas com um grande estofo intelectual e se situa , de acordo com a Academia, no campo das artes divinatórias.

Ótimo assunto para relaxar nesta segunda-feira.

Na astrologia o planeta Saturno, que tem um ciclo de 29 anos 5 meses e 16 dias, tem um significado profundo, que não vou entrar em detalhes, mas que indica o aprendizado que se adquire ao longo do ciclo e, que na astrologia mundial pode significar a repetição da História.

Assim é conhecido como o Senhor do Carma, ou Senhor do Destino.

Vamos a alguns exemplos do ciclo de Saturno:

1 - Em 1945 os EUA apareciam como o principal vencedor da segunda guerra mundial.

Em 1975, os EUA foram derrotados e humilhados na guerra contra o Vietnã.


2 -  No ano de 1954 o presidente Getúlio Vargas se suicidou.

Era um presidente querido pelo povo.

Mais ou menos no mesmo ciclo de Saturno - 30 anos, o presidente eleito Tancredo Neves, também querido pelo povo, veio a morrer.

3 - A última eleição para presidente da república antes do golpe militar de 1964, aconteceu em 1960.

O candidato que venceu as eleições fez uma campanha cujo símbolo era uma vassoura, o que significava acabar com a sujeira da corrupção e outras regalias.

Saiu do governo 8 meses depois de eleito.

A primeira eleição para presidente depois da ditadura militar aconteceu em 1989, e o candidato que venceu a eleição tinha como campanha acabar com os marajás do serviço público e acabar com a corrupção.

Foi deposto no meio do mandato.

4 - Em 1964 o golpe militar retirou um presidente do poder.

Em 1992, um presidente foi retirado pelo povo do poder.


5 - Em 1968 milhares de jovens foram as ruas em todo o mundo contra o sistema da época.

Em 1999 os jovens voltaram as ruas para protestar contra o sistema dominante .


6 - Em 1979 o mundo entrava na era do neoliberalismo.

Em 2008, o neoliberalismo entrou em crise profunda que se alastra até os dias atuais.

7 - Em 1979 aconteceu a revolução no Irã em prol do Islã e comanda pelo Aiatolá Khomeini.

Em 2009, aconteceram grandes manifestações no Irã, as maiores desde 1979 a favor e contra o regime iniciado em 1979.

8 - Em 1984, milhões de pessoas saíram às ruas no Brasil para pedir a volta da democracia.

Em 2013, milhões de pessoas saíram as ruas do Brasil para pedir mais democracia.

9 - Em 1985 uma epidemia começava a assustar o mundo, a AIDS.

Em 2014, o ebola repete o passado.

10  - Em 1985, os partidos comunistas foram legalizados no Brasil.

Este ano, em 2014, o Brasil teve eleito seu primeiro governador de um partido comunista.

11 - Em 1985, Tancredo Neves morria antes de tomar posse.

Na campanha presidencial deste ano ,o candidato Eduardo Campos morreu ao longo da campanha.

Tanto em 1985 como em 2014, o candidato Aécio Neves se fez presente, o que pode indicar que o neto de Tancredo seja o que o avô não pôde ser.


12 - Em 1986, em nome de reduzir a inflação , o povo brasileiro viveu mais inflação e um arrocho sem fim.

Em 2015, se eleito, Aécio Neves já disse que vai reduzir a inflação para 3%, o que significa arrocho e desespero para o povo brasileiro.

13- Em 1989 desabava o comunismo no leste europeu.

No Brasil, a campanha para presidente tinha Lula do PT como candidato e com propostas socialistas.

Entre 2018 e 2020 o socialismo voltará a berlinda, de alguma forma, seja para enterrá-lo de vez, para discuti-lo, ou mesmo para ressurgir de outra forma.

Lula, já afirmou que vai se candidatar a presidência em 2018.

14- Em 1988 o Brasil aprovava a nova constituição em uma Assembléia Constituinte.

Entre 2016 e 2018 o Brasil deve ter alguma assembléia constituinte, talvez para a reforma política.


O caro e atento leitor certamente não liga para essas coisas de astrologia, mas deve conhecer seu signo, as características de seu signo e , é bem provável que de vez em quando passe os olhos no horóscopo.

Afinal, o caro leitor é brasileiro, no entanto não precisa levar a ´serio o que escrevi até aqui, claro, se assim o desejar.

Assim como no curso da humanidade , na astrologia , também, se estuda e se prevê o retorno da História, em ciclos e com os mesmos personagens, sejam pessoas , países ou instituições.

De fato, a História se repete e coloca em cena os mesmos personagens, seja de forma construtiva ou devastadora.

Os ciclos de Saturno, de mais ou menos 30 anos, significam formas de aprendizado, quando a História sempre de alguma forma se repete.

Como não acredito nas bruxas, tenho 14 motivos para votar mesmo em Dilma.

Como disse ao caro e atento leitor, hoje não é dia para falar de política e eleições.

Até a próxima.
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Voltando ao assunto dos ciclos e dos ritmos, o golpe de estado em curso no Brasil, de alguma forma pode ser compreendido através dos ciclos e ritmos.

No governo Sarney, o país vivia e sofria com uma inflação alucinada.

Com o objetivo de acabar com a inflação, o governo lançou o plano cruzado, com inclusive mudança de moeda. Saia de cena o cruzeiro e entrava o cruzado.

No início de lançamento do plano cruzado, em 28 de fevereiro de 1986, a maioria da população brasileira apoiou o plano, que dentre outras medidas congelava o preço dos alimentos.

Ficou famosa a cena de um cidadão , na cidade de Curitiba, , fazendo um discurso inflamado na porta de um supermercado dizendo-se fiscal de Sarney, ou seja, o povo, através daquele cidadão, não iria permitir o aumentos dos preços dos alimentos.

A velha mídia repercutia e apoiava o plano Cruzado.

No entanto, logo após o lançamento do Plano Cruzado, e mesmo com o apoio de 99% da população brasileira , uma voz se levantou, veio a público, e criticou duramente os fundamentos do Plano, dizendo, inclusive, que o plano fracassaria em poucos meses, e disse mais, o plano era um golpe para eleger nas eleições de 1986 os candidatos do PMDB, partido de Sarney, para os governos estaduais. A voz, firme e corajosa , era Leonel Brizola, então governador do Rio de Janeiro que desejava fazer Darcy Ribeiro seu sucessor nas eleições de outubro de 1986.

Brizola foi massacrado pela mídia, principalmente por Globo, por suas declarações sobre o plano Cruzado.

O tempo foi passando, e nada como o tempo para revelar as verdades, e já pelos meses de maio e junho de 1986 aumentava, na população, a percepção de que o plano cruzado não seria bem sucedido. Com o congelamento dos preços, muitos alimentos começavam a sumir das prateleiras do supermercados, como forma de boicote dos produtores contra o aumento dos preços de seus produtos. Em julho de 1986 o plano cruzado já era um fracasso, no entanto, o governo Sarney, com o auxílio da velha mídia, escondeu a realidade até as eleições em 1986, fazendo com que os governadores do PMDB se elegessem na maioria dos estados brasileiros. Logo após as eleições e com a vitória esmagadora do PMDB, o plano cruzado afundou e a inflação voltou a disparar e ficar nos mesmos patamares de antes de lançamento do plano.

Mais ou menos trinta anos depois do Cruzado, a História se repete, colocando em cena muitos personagens daquela época, como o PMDB, por exemplo, em golpe para derrubar uma presidenta e com o apoio da velha mídia. Cabe lembrar que em 1986 no Rio de Janeiro venceu o PMDB para governador, com Wellington Moreira Franco. O mesmo Moreira Franco que hoje desfila ao lado de Temer, nas articulações para o golpe.

A mesma velha mídia que ajudou , em 1986, Sarney a enganar o povo, hoje cumpre o mesmo papel. Aliás, ontem, domingo, no jornal O Globo, foi curioso ler uma chamada de matéria em primeira página que dizia mais ou menos assim:


- como a política dá voltas...

- a velha turma do PMDB está de volta....


A História se repete e coloca em cena os mesmos personagens. O povo também foi personagem marcante em 1986, e poderá fazer o mesmo agora, para apoiar, ou rejeitar o golpe em curso.

Cabe ainda lembrar que 1986 vivenciou o pior acidente nuclear da História, em Chernobyl. A História pode se repetir. De alguma forma e em algum lugar do mundo, a questão nuclear e a radioatividade se farão presentes.