terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Manipulação e omissão com sedução e entretenimento



Como a linguagem da mídia controla os pensamentos


Racionamento = 'rodízio de água'; Bumlai = 'amigo do Lula'; tucano condenado = 'ex-governador': com eufemismos e outras técnicas, a mídia constrói opiniões

Léa Maria Aarão Reis*


A arrogância e a impunidade levam a mídia hegemônica, corporativa e comprometida, que com hipocrisia se diz isenta (!), a prosseguir, como um trator, reforçando seu perfil de partido político inconfessado e espúrio em que se transformou: o PIG.

Parece sem limites a audácia com a qual falseia a realidade objetiva, perseguida, com esforço, no jornalismo ético. A velha mídia usa palavras e expressões que fazem o papel de “agente contaminador” como diz Zygmunt Bauman no seu livro, Medo Líquido. Manipula e asperge mais medo e insegurança àqueles latentes em todos nós, neste mundo do século 21. Distorce significados com eufemismos; entorpece, envenena corações e mentes, confunde os desavisados e silencia quando é conveniente aos interesses dos seus proprietários. Ludibria e mente sem pudor.


Com os sinais trocados, a velha mídia se vale da novilíngua de Orwell. Restringe ou anula as possibilidades de raciocínio dos leitores, telespectadores/eleitores e vai além ao determinar aos seus editores, redatores, repórteres e produtores de TV o silêncio, o registro ou a ênfase de fatos, coisas e pessoas segundo parâmetros pré-determinados. Ela busca o controle do pensamento, procura abolir a reflexão crítica e tenta impedir que idéias para ela indesejáveis floresçam e dificultem o retorno de um projeto de poder que se esvaiu, porque ficou velho, há 13 anos.


No entender de Venício Lima, professor aposentado de Ciência Política e Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), a linguagem viciada da velha mídia começa a ser questionada porque sua falta de credibilidade é crescente. “A credibilidade é o seu freio,” ele diz. “A realidade dos fatos e das coisas e o cotidiano das pessoas, cada vez mais, contradizem essa linguagem criada para atender interesses específicos; mas as palavras nela usadas com insistência, conotam, sobretudo, coisas que vêm dessa ‘seletividade jornalística’, uma visão parcial dos acontecimentos - para se dizer o mínimo.”


“As pautas negativas, por exemplo. “A especialidade dos noticiários locais que vão ao ar em três horários diários, país afora, é desgraça. Elas abastecem os telespectadores de dejetos. Quem chega ao Brasil, de repente, e escuta e vê esses jornais de TV não entende nada. Só que este jornalismo ‘vale de lágrimas’ tem um limite. As pessoas se cansam e percebem que nas suas vidas não há só desgraça; acabam não se identificando.”


Na Av. Paulista, dia 13 passado, o apocalipse era agora. O país, destruído, não contava com fio de esperança fora do golpe. “(Foi) uma prova do serviço horroroso que a mídia presta para a sociedade,” escreveu o jornalista Paulo Nogueira. “Jornais e revistas desinformam, manipulam, escamoteiam. Cria-se uma realidade paralela, uma distopia absoluta que mostra um país em processo de desintegração.”


O sorriso complacente do editor de Economia da Globonews, esta semana, garantindo que “ninguém espera que a economia do país vá se recuperar no ano que vem” conclui o serviço do jornalismo seletivo ao qual se refere o professor Lima. O jornalismo do quanto pior, melhor.


‘Cartão amarelo ao governo’; ‘atividades ilegais durante ação militar’; ‘técnicas avançadas de interrogatório’ (tortura) são exemplos de expressões cunhadas pela mídia hegemônica e corporativa daqui e de lá de fora. São eufemismos oficiais.


O jornalista americano Adam Gopnik diz que é preciso coragem para eliminar o clichê e o eufemismo do nosso discurso e chegar mais perto da verdade. Ele recorda George Orwell: “Metáforas surradas não passam de uma sopa de palavras destituídas de qualquer poder evocativo; servem de muleta ao orador sem imaginação ou quem tem algo a esconder.”


O professor de Relações Internacionais da Universidade do ABC, escritor e jornalista Gilberto Maringoni, do PSOL, acha que os eufemismos, “algo encontrado na mídia de direita e de esquerda” não são o principal problema da (des) informação.


Na mídia corporativa, no entanto, se lê habitualmente “Bassar, ditador da Síria”, mas não “Aécio, o candidato derrotado nas urnas.”


“Isto vai além de eufemismo,” Maringoni argumenta. “É manipulação de informação mesmo. É o caso de trocar a palavra "ocupação" por "invasão" no caso da luta pela terra. (NR: ou da ocupação das escolas paulistas pelos estudantes.) “Isto se dá não só na mídia corporativa, mas em vários blogs governistas, que propagam notícias falsas ou apurações malfeitas. Foram dramáticos os casos durante as manifestações de junho de 2013 quando blogueiros governistas tentaram imputar ao PSOL, por exemplo, vínculos com os black blocs. E há os cortes de direitos de aposentadoria, no governo Lula, que viraram reforma da Previdência. Prioridade ao pagamento de juros se torna "responsabilidade fiscal".


Para ele, esta “é a luta pela informação; faz parte do jogo. A direita, por exemplo, custou a admitir que em 1964 tenha havido um golpe. Mas foi uma batalha que os democratas venceram. Ninguém mais fala em ‘revolução de 1964’ salvo alguns siderados.”


Até hoje, porém, a mídia hegemônica, siderada, se refere ao golpe de 64 como militar e não civil-militar. E vai trocando a embalagem dos mantras despejados ao sabor dos ventos que sopram. Muda a forma da cantilena. O conteúdo continua o mesmo. Refere-se ao novo golpe com que se pretende destituir o governo atual, há um ano, como ‘impedimento’.


A incompetência do governo de São Paulo no caso da falta d’água e do racionamento é, delicadamente chamada de ‘crise hídrica’. ‘Manobras regimentais’ de Eduardo Cunha, registradas na mídia, na verdade são ataques flagrantes ao ordenamento jurídico, obstrução à investigação e uso do cargo para processá-la como denuncia o jornalista e professor Djair Galvão. O fiasco das manifestações do dia 13 de dezembro, para a mídia velha são apenas um descompromissado ‘esquenta’. Modesto ensaio.

Já o tucano Eduardo Azeredo, ex-presidente nacional do PSDB, perdeu seu nome – mas por outros motivos, que não os do pecuarista Bumlai. Tratado como "ex-governador de Minas" em reportagem da Veja, deixou perplexo o escritor Fernando de Morais. "Como Minas Gerais teve dezessete governadores nos últimos setenta anos, fiquei sem saber a qual deles a revista se refere", reclamou Morais.


Para um colunista do Globo, num dia em que os tucanos se empoleiraram, nervosos, em cima do seu muro, antes de decidir se jogavam ou não, no lixo, o presidente da Câmara dos Deputados, o registro foi cândido: “Cunha confunde as coisas.”


Expressões como ‘danos colaterais’, ‘guerra ao terrorismo’, ‘libertação do Iraque’, ‘arroubos patrióticos’ – esta, usada pelo diretor de jornalismo da TV Globo, na época, se referindo ao comício das Diretas Já, designado aliás pelos âncoras como ’show de cantores’ - são malabarismos que maltratam o idioma, insultam o cidadão e ocultam a realidade inconveniente. Estes contorcionismos, porém, criam expressões introjetadas em milhares de indivíduos desavisados. E isto é grave.


“O foco da reportagem que o telejornal de maior audiência do país, o Jornal Nacional, da Globo, levou ao ar naquela noite das Diretas Já, aliás, foi a comemoração do aniversário dos 430 anos de São Paulo,” lembrou a jornalista Najila Passos em Carta Maior.


A Linguagem do Terceiro Reich, livro de Victor Klemperer, demonstra a importância dos usos da língua para apreensão de uma cultura histórica assim como a linguagem foi usada pelos nazistas como manipulação ideológica. Sua tese é a de que o nazismo se consolidou ao dominar a linguagem: “Ele se embrenhou na carne e no sangue das massas por meio de palavras, expressões e frases impostas pela repetição, milhares de vezes, e aceitas, inconsciente e mecanicamente”.’


“É grande a quantidade de palavras absorvidas na linguagem corrente do cotidiano, produtos de repetições feitas à exaustão. O poder da linguagem hegemônica é enorme. Para se ter uma ideia, ela foi responsável pela unificação do estado italiano, ressaltou Gramsci. A propósito: aqui, no Brasil, o ano de 2005 ficou conhecido como o ‘ano da crise do mensalão’, comenta o professor Venício Lima.


Um eufemismo clássico se refere à tortura e às ações militares ilegais. Na mídia americana elas se sofisticaram e se transformaram em ‘técnicas de interrogatório avançadas’ e ‘conjunto de procedimentos alternativos.’


Mas há outros recursos tão fortes e tão ou mais sutis que os eufemismos: a harmonia das três manchetes idênticas dos jornalões do eixo Rio/São Paulo no último dia 14 sobre os gatos pingados que miaram pelas ruas a favor do impeachment: ’protestos em todos os estados’, elas anunciaram. E a omissão, na capa do Globo do dia 17, sobre os milhares que marcharam contra o impedimento no centro da capital paulista?


A construção da narrativa do caos, do fracasso econômico e da incompetência do governo foi um dos vértices da cantilena da mídia corporativa, em 2015. O segundo se refere à Lava Jato e à corrupção tentando, de todas as formas, relacioná-las a Dilma e ao Lula, que “começa a aparecer com maior frequência neste tipo de noticiário durante os últimos meses”, informa pesquisa laboriosa da jornalista Tatiana Carlotti. O terceiro, a construção, segundo o evangelho da velha mídia, da construção da legitimidade do impeachment “abarcando uma narrativa “institucional”, diz Carlotti. “TCU, Legislativo, e outra, de massas - o ‘Fora, Dilma’.


Um rápido levantamento deste noticiário viciado mostra que no dia 17 deste mês, a manifestação contra o impeachment não ganhou manchete nem a imagem panorâmica que merecia pela consistência do protesto. No dia 15, o empresário José Carlos Bumlai perdeu seu nome e sobrenome nas manchetes e se tornou ‘o amigo de Lula, denunciado sob suspeita de corrupção’. Com a imagem em meia folha e não mais em folha inteira, na primeira página da FSP, no dia 14, ’40 mil se reúnem no menor protesto anti-Dilma em SP. Um dia antes: ‘Após 13 anos de PT, 68% não vêem melhoria de vida.’


Dia 9 de dezembro, a imagem com a legenda: ‘... governistas obstruíram as urnas’. Silêncio absoluto sobre a eleição da chapa avulsa de Cunha.


‘Para brasileiros, corrupção é o maior problema do país’ é uma das manchetinhas da capa do dia 29 de novembro com destaque para uma chamada menor na mesma primeira página procurando – atenção para a manobra - relacionar os dois assuntos: ‘47% do eleitorado não votaria em Lula em 2018’.


Diante deste panorama infecto, a internet e as plataformas digitais de informação, no médio prazo terão força para reverter o garrote atual do jornalismo no Brasil? “Pelas pesquisas, sabe-se que metade da população possui internet. Mas as principais formas de informação provêm ainda da grande mídia que é predominante. Embora já haja alternativas na internet, qual é o noticiário que cai no celular das pessoas e elas recebem pela internet? Que internet é essa? É a dos sites da grande mídia que têm dinheiro para contratar equipes de repórteres para coberturas 24 horas”, lamenta o professor Venício Lima.


Para o sociólogo João Feres Jr., vice-diretor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ e coordenador do Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (LEMEP), que faz o levantamento do Manchetômetro, “seria muito otimismo concluir que esses sinais de exaustão são o começo do fim do oligopólio da aristocracia midiática brasileira.”


“Enquanto não criarmos canais de financiamento viáveis para a produção de conteúdo na internet,” diz ele, “ e, talvez, por meio de meios impressos, o jornalismo no Brasil vai ficar na mão das mesmas empresas, ainda que economicamente decadentes. É preciso vontade política para democratizar a comunicação em nosso país – coisa tão fundamental para a saúde da democracia. É preciso ação governamental e políticas públicas que incentivem a produção de conteúdo por canais que não passem pelos bolsos da velha aristocracia.”


“Seu jornalismo marrom é cada vez mais escancarado”, dispara Feres, “mais despudoradamente parcial, distorcido e politizado, sem nunca assumi-lo. Isso é tão intenso que o público começa a perceber. A internet ajuda muito, porque as distorções, farsas e mentiras são desmascaradas quase que imediatamente por esse exército de anônimos que cisma em defender a esfera pública brasileira dessa súcia de sicofantas – para usar uma expressão de outra era.”


Para quem gosta de decifrar símbolos e atos falhos: a Veja, esta semana, escolheu Sith como o seu autorretrato. Símbolo das trevas, da ambição e dos projetos sombrios.



*Jornalista


Fonte: CARTA MAIOR

_____________________________________________________

Bruno Galvão: Como fugir do assunto

publicado em 21 de dezembro de 2015 às 22:49
IMG_2983











Fonte: VIOMUNDO
___________________________________________________________
 
1 -" Eu sou muito confuso "
Você se sente confuso em todas as situações que se apresentam na sua vida ou somente em determinadas situações ?

2 - " Ele é um marginal "
Ele sempre se envolve em práticas à margem da sociedade ou foi apenas nessa situação ?

3 - " Eu sei bem o que ele está pensando "
Você faz leitura mental ?

4 - " As pessoas não prestam atenção nas coisa da vida "
Que pessoas, ou grupo de pessoas,  especificamente, que não prestam atenção nas coisas da vida ?
Todas as pessoas que você conhece são desatentas quanto as coisas da vida ?

5 - " Eu sou uma pessoa alegre e feliz "
Você se sente sempre alegre e feliz ou existem momentos em sua vida que você se sente triste ?

6- " Ele não gosta de mim "
Como você sabe que ele não gosta de você ?
" Ele hoje passou por mim e não me cumprimentou "
Sempre que ele passa por uma pessoa que ele conhece e deixa de cumprimentar é sinal de que ele não gosta da pessoa ?

7 - " Eu gosto dele porque ele está sempre bem vestido, é sério , sóbrio  e correto"
Sempre que um pessoa, no caso um homem, vestindo-se de forma sóbria, significa que esse homem sério  e correto ?

8 - " Sempre que ele fala eu fico irritado "
Sempre ? Em todas as vezes ? Se assim acontecesse, o que, especificamente, existe na fala dele que deixa você irritado ?

9 - " Eu sou muito preocupado"
Você se preocupa com tudo, ou com algum assunto específico ?

10 - " Dentro de três meses farei um concurso e tenho certeza que não vou conseguir o emprego"
O que você pode e precisa fazer nesses próximos três meses para ter certeza que conseguirá o emprego ?

11 -  " Você é um merda "
Em todas as situações da minha vida eu sou sempre um merda , ou somente nos momentos em que olho para você e vejo sua imagem refletida em mim ?

A linguagem da mídia não apenas controla os pensamentos como , também, formata , na maioria da população, o quê e como deve ser ser aceito  como verdade.

Para isso , a velha mídia tem como lastro o fato de que a maioria da população se utiliza de expressões generalistas, como no caso dos onze  exemplos apresentados acima.

Certamente o caro e atento leitor se identificou, pelo menos uma vez, com as situações do exemplo acima.

A linguagem define a realidade, seja de uma pessoa pela maneira como ela ordena o pensamento e se expressa, seja pelos meios de comunicação que conduzem a sociedade na  forma de pensar, se expressar e aceitar o que é verdadeiro e real.

Cada vez mais  a velha mídia utiliza na linguagem jornalistica, linguagem verbal e gestual, técnicas que inibem no público a capacidade de reflexão e de questionamento.

Como resultado cria-se na população uma dissonância, distúrbio, afastamento da realidade, prevalecendo apenas como real e verdadeiro aquilo que a velha mídia deseja que seja compreendido.

A linguagem, em todas as suas maneiras e expressões, falada, escrita e gestual, é, certamente, uma forma de sedução.

A sociedade , diariamente, ao longo dessas últimas décadas, tem sido seduzida, de todas a formas pela velha mídia.

Já se chegou ao ponto  de cenas de nudez em telejornais pelo mundo.

Um determinado padrão de beleza invadiu as bancadas dos telejornais, com raras exceções.

Tudo pela pela sedução do espectador, como estratégia de desviar o foco e a atenção.

O conteúdo é um detalhe, já que os telejornais caminham para algo como entretenimento em lugar da informação.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Curta PAPIRO - 21.12.2015


Curtas



1 - Os Perdidos no Golpe
A virada de Dilma desconcerta o golpismo no final de 2015.
Fonte: CARTA MAIOR


2- O Ministro do STF - seus tarados e fugitivos.
bessinha luto convite gilmar 
Fonte: CONVERSA AFIADA


3 - Direita Reacionária e Escalafobética
Tio Sam quer trazer a política dos Estados Unidos para o Brasil
Tio Sam onipresente nos protestos da Avenida Paulista
Tio Sam quer trazer a política dos Estados Unidos para o Brasil
Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO


4 - Terrorismo Made in USA
Mais de metade dos rebeldes “democráticos” anti-Assad simpatiza com o ISIS
nusra
Fonte: TIJOLAÇO


5 - Almas Gêmeas 
Aécio emprestou o helicóptero de Minas para Gilmar Mendes
Eles
Eles
O probo e irreprochável Gilmar Mendes usou o helicóptero do estado de Minas Gerais
Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO 

domingo, 20 de dezembro de 2015

Pela Democratização das Transmissões



Carnaval carioca entra em guerra com a Globo

salgueiro 1024x682 Carnaval carioca entra em guerra com a Globo
Viviane Araújo a frente da bateria da Salgueiro

A Globo e as escolas de samba do Rio estão se estranhando. Por meio de uma mensagem nas redes sociais, a Unidos de Vila Isabel publicou um desabafo explicando os motivos da confusão.
A Globo teria decidido não exibir os dois primeiros desfiles das agremiações no domingo e na segunda-feira de Carnaval. No desfile de 2015, a emissora não exibiu só o primeiro desfile.
Já faz um tempo que a Globo pretende mudar a transmissão do Carnaval, diminuindo as horas de exibição e modernizando o evento na TV, tornando-o menos cansativo. As escolas não querem.
A mudança programadas para 2016 atingiriam em cheio escolas como Salgueiro e Estácio de Sá, que teriam só trechos de seus desfiles exibidos em um compacto. As escolas cariocas se rebelaram. Vários dirigentes e integrantes se pronunciaram nas redes sociais sobre o assunto, criticando a Globo.
"A Globo não vai exibir o desfile do Salgueiro na íntegra? Tá de sacanagem, não?", escreveu um internauta.
"A Globo não vai transmitir Estácio, Salgueiro e Ilha? Não acredito", disparou outro.
A escola Unidos de Vila Isabel foi para o Facebook reclamar.
"Queridos componentes, torcedores, apaixonados por nossa Vila Isabel. Queremos dar a todo o povo do samba uma satisfação sobre o assunto que dominou, nos dois últimos dias, as conversas no mundo do samba: a não transmissão ao vivo, pela TV Globo, da primeira escola de cada dia de desfile, Estácio de Sá e nossa Vila Isabel. Esta é uma decisão que envolve um contrato e penalidades comerciais do qual são signatárias as 12 escolas do Grupo Especial. Não se trata de não querermos, mas simplesmente de não existir no contrato uma forma de modificar este formato de transmissão através de qualquer iniciativa nossa. E este formato de transmissão não foi criado este ano. Os moldes do contrato entre escolas de samba e Rede Globo também não, pois foram estabelecidos há anos", postou a agremiação.
Na noite de ontem (19), integrantes de escolas cariocas foram para as redes sociais dizer que a emissora deve voltar atrás e realizar o desfile nos moldes da edição anterior, não exibindo apenas a primeira escola da noite.
A Globo pretende mexer na transmissão do Carnaval nos próximos anos, o quer dizer que essa briga está só começando.
Fonte: R7
___________________________________________________________

Podemos, a cultura enquanto política

O programa de política cultural do Podemos é um claro avanço no entendimento do cultural como território de participação e realização cívica.


Rui Matoso - Esquerda.net reprodução
No nos cansamos de repetirlo: sin tomarse la cultura en serio, no hay cambio político.

O programa de política cultural (Documento Programático de Cultura y Comunicación) que o Podemos apresenta aos eleitores espanhóis é um claro avanço no entendimento do cultural como território de participação e realização cívica. O seu aspeto mais revolucionário talvez seja o de contrariar eficazmente a obsessão neoliberal no fator produtivo e mercantil da cultura, para abrir novamente o campo cultural à participação direta dos cidadãos. E esta abertura é concretizada desde logo através da criação de uma Assembleia de Profissionais da Cultura e do Observatório Cidadão da Cultura.

A diferença notória face a outras propostas eleitorais divulgadas, é a de que o Podemos, para além da vontade política transformadora, elaborou uma adequada visão estratégica e uma definição muito concreta dos mecanismos institucionais, bem como dos instrumentos de ação que lhe permite um aumento da democracia cultural, a participação dos cidadãos na administração e gestão públicas, a renovação das instituições públicas de cultura, mas tambémneutralizar ao máximo as ingerências políticas e evitar um uso partidário da gestão dos assuntos culturais.

Uma política fundamentada como direito universal, como bem comum e como sector produtivo, que antes de mais parte do reconhecimento da sua dimensão política, isto é, da convicção de que a transformação cultural está intimamente ligada à transformação do político: a arte e a cultura partilham com a política a capacidade de ampliar os horizonte de possibilidade, permitem-nos construir enquanto comunidade um presente concreto para imaginar um futuro que não nos pode ser roubado. Neste sentido, a cultura – enquanto matéria de política pública – é entendida como capacidade ativa de cidadania, ou seja, como conjunto de ferramentas simbólicas e conceptuais que os membros de uma comunidade necessitam para lidar com a realidade difusa do mundo contemporâneo e para elaborar novas estratégias de vida coletiva.

De facto, o programa eleitoral do Podemos pretende recuperar o poder emancipatório do simbólico na vida concreta das pessoas, contrariando os efeitos nefastos dos modelos neoliberais de governação em disseminação desde a década de 1980. Defendendo a cultura como manifestação que nasce da participação, da riqueza da imaginação e dos encontros materializados nos quotidianos concretos. Porque a cultura não é algo de etéreo mais além das nossas vidas, mas está incrustada nas nossas estruturas vitais, sentimentais e simbólicas.

Mas não basta combater a mercantilização absoluta do cultural, urge igualmente anular as políticas culturais burocráticas e consensualistas tuteladas hierarquicamente, para pensar em formas político-culturais mais avançadas e mais democráticas. É neste contexto que o Podemos se assume como radical e identifica a política cultural como ferramenta de transformação do modelo social, assente em três objetivos: o acesso participativo, a sustentabilidade e a diversidade cultural, e o fundamento de gestão assente nos princípios de democracia efetiva, transparência e gestão responsável.

Em grande parte - quer na visão política, quer nas medidas - o programa do Podemos propõe muito daquilo que vimos defendendo nestes últimos anos no âmbito de uma política da cultura em Portugal, a começar pela criação de um Ministério da Cultura e da Comunicação, tal como proposto no Caderno Reivindicativo (p. 13). Em termos estratégicos, o enfoque na junção ministerial entre as duas áreas afins é a resposta necessária à complexa relação entre as esferas da comunicação e da cultura contemporânea, designadamente se atendermos aos processos recombinatórios dos meios e dos conteúdos na era digital.

No capítulo do financiamento privado (particulares e empresas), o partido espanhol propõe um mecanismo semelhante ao que já propusemos em Portugal no âmbito do mecenato, ou seja, um fundo coletivo que permita a realização de projetos apresentados pelos agentes culturais [vide proposta para Plano Estratégico da Artemrede (p. 63)]. Em Espanha, este fundo mecenático será denominado como Fundo Social de la Cultura.

Pelo que se dá a entender no documento, a planificação concreta das iniciativas e a implementação temporal das medidas tem como ponto de partida a elaboração prévia de um Pacto para a Cultura e Leis Específicas para o Setor Cultural, o qual terá como objetivo zelar pela independência do sector cultural e garantir que as boas práticas e a gestão responsável, democrática e transparente se sustenham, independentemente das contingências ou das alternâncias políticas

Fonte: CARTA MAIOR
____________________________________________________________
 
A transmissão de televisão de desfiles de escolas de samba é algo que existe somente aqui no Brasil.

Diferente do futebol, que existe em todo o mundo e se estabeleceu um padrão para as transmissões, principalmente no tocante as tomadas de imagens.

O diferencial nas transmissões de futebol fica por conta da atuação dos profissionais de cada emissora.

No caso dos desfiles das escolas de samba, Globo criou um padrão de transmissão que se repete por décadas e a emissora acredita que é o ideal.

É aí que reside o problema.

A tomada de imagens de Globo ,assim como a participação de repórteres e comentaristas envolvidos na transmissão, produz um conteúdo de gosto duvidoso e de qualidade mediana.

Globo prioriza as imagens e comentários sobre artistas e funcionários da emissora que participam dos desfiles, fazendo da transmissão uma ponte para promoção e propaganda dos programas da grade da emissora.

Outros artistas e pessoas de visibilidade que não pertençam ao grupo globo, muitas vezes são omitidos do espectador.

A tomada de imagens confunde o telespectador sobre o andamento do desfile, principalmente devido ao número excessivo de cortes, o que faz com que a transmissão fique ´próxima de algo como um vídeo clip, o que , por muitas horas , torna-se repetitivo e cansativo.

Além do mais, Globo enquadra o desfile como um programa de sua grade,assim como faz com o futebol,  filtrando e omitindo temas polêmicos que possam estar envolvido nos enredos das escolas.

A emissora abusa das aberturas e fechamento das imagens, além de utilizar câmaras em movimento em meio aos participantes do desfile, com imagens repetitivas de participantes que desejam aparecer diante das câmeras.

Se as transmissões dos desfiles tem se tornado cansativas, pouco disso deve-se atribuir ao trabalho artístico das agremiações, que a cada ano trazem sempre alguma surpresa interessante.

O problema está em Globo, que com sua exclusividade pétrea nas transmissões, não permite a concorrência.


Cabe lembrar que acabar com as expressões culturais genuinamente nacionais faz parte do projeto político de Globo.

O ideal seria que duas emissoras de televisão fossem credenciadas para transmitir os desfiles, com imagens geradas por cada uma das emissoras.

Talvez, quem sabe, a concorrência permitiria a ousadia criativa - que tanto se vê na parte artística dos desfiles das agremiações - das emissoras de televisão na busca de uma nova linguagem de vídeo para as transmissões

Querer reduzir as horas de transmissão dos desfiles, omitindo até mesmo algumas escolas, como deseja Globo, é querer colocar o problema da queda de audiência no espetáculo, o que não é verdade.

Tal decisão de globo reflete a arrogância da emissora e a incapacidade para uma auto análise crítica.

Cabe lembrar que a maioria dos programas da grade globo, vem caindo nos índices de audiência de forma lenta, gradual e constante, ao longo dos últimos anos.


O tão enaltecido , no passado, padrão Globo de Qualidade está em acentuada decadência.

Olê, Olá

Não chore ainda não, que eu tenho um violão
E nós vamos cantar
Felicidade aqui pode passar e ouvir
E se ela for de samba há de querer ficar
Seu padre toca o sino que é pra todo mundo saber
Que a noite é criança, que o samba é menino
Que a dor é tão velha que pode morrer
Olê, olê, olê, olá
Tem samba de sobra, quem sabe sambar
Que entre na roda, que mostre o gingado
Mas muito cuidado, não vale chorar
Não chore ainda não, que eu tenho uma razão
Pra você não chorar
Amiga, me perdoa, se eu insisto à toa
Mas a vida é boa para quem cantar
Meu pinho, toca forte que é pra todo mundo acordar
Não fale da vida, nem fale da morte
Tem dó da menina, não deixa chorar
Olê, olê, olê, olá
Tem samba de sobra, quem sabe sambar
Que entre na roda, que mostre o gingado
Mas muito cuidado, não vale chorar
Não chore ainda não, que eu tenho a impressão
Que o samba vem aí
É um samba tão imenso que eu às vezes penso
Que o próprio tempo vai parar pra ouvir
Luar, espere um pouco, que é pra o meu samba poder chegar
Eu sei que o violão está fraco, está rouco
Mas a minha voz não cansou de chamar
Olê, olê, olê, olá
Tem samba de sobra, ninguém quer sambar
Não há mais quem cante, nem há mais lugar
O sol chegou antes do samba chegar
Quem passa nem liga, já vai trabalhar
E você, minha amiga, já pode chorar

sábado, 19 de dezembro de 2015

Delinquente e Líder de uma Quadrilha de Criminosos

Janot chama Cunha de “delinquente” e líder de “grupo criminoso”. 

STF, só depois do Carnaval

todoscunha
O Estadão publica hoje trechos da representação de Rodrigo Janot contra Eduardo Cunha que fazem a gente ficar pasmo sobre como o Supremo Tribunal Federal resolveu examinar apenas depois da volta das férias de janeiro (e talvez depois do Carnaval) um documento onde o presidente da Câmara dos Deputados é chamado pelo chefe da Procuradoria Geral da República de “delinquente” e chefe de um “grupo criminoso”.

“Os fatos indicam que existe um grupo de parlamentares, liderados por EDUARDO CUNHA, que vem se valendo dos respectivos mandatos e prerrogativas, tais como poder de requisição e convocação, a fim de pressionar e intimidar terceiros, empresários ou qualquer pessoa que possa contrariar os interesses do grupo criminoso do qual EDUARDO CUNHA faz parte.”

Janot relaciona nominalmente alguns, que participaram da extorsão de Cunha ao Grupo Schahin: Solange Almeida, Nelson Bornier, Alexandre Santos, João Magalhães, todos do PMDB, e Carlos William, do PTC.

Ou seja, uma quadrilha.

Que seguirá livre e atuante por mais quase dois meses, pressionando, coagindo, comprando, chantageando e, sobretudo, preparando a tentativa de derrubada para Presidente da República.

Compreende-se que o Ministro Teori Zavaski possa ter cuidados e prudência. Mas é estranho que tenha permitido, por menos que isso, que se enfiasse na cadeia qualquer um citado na Operação Lava Jato e que, quando se trata das imundícies de Cunha se dê ao luxo de protelar pelos rotineiros prazos do recesso uma acusação de tamanha gravidade, onde se relata que a Comissão de – atentem para o nome – Fiscalização e Controle da Câmara se tenha transformado numa gazua dele e de um grupo de deputados.

Em qualquer país do mundo isto estaria sendo um escândalo de proporções descomunais e o parlamento pararia de imediato o andamento de qualquer ato praticado pelo acusado de crimes tão graves. E é exatamente o caso do processo de impeachment, decisão pessoal e de inteira responsabilidade de Eduardo Cunha.

Se os Ministros do STF acham que com a derrota que impuseram a Cunha no rito do impeachment acabaram com sua liberdade de ação, deveriam lembrar daquele filme chamado “O dinheiro nunca dorme”. E eu acrescento, nem brinca, inclusive no Carnaval.


Fonte: TIJOLAÇO

________________________________________________________ 

Jogos Radioativos

Fukushima e a lei de Murphy

As consequências do acidente em Fukushima provam a lei que Murphy que diz que 'qualquer coisa que possa dar errado, vai dar errado.'


Robert Hunziker - Counter Punch
Greg Webb / IAEA
A Lei de Murphy encontrou lar permanente em Fukushima:
 "Qualquer coisa que possa dar errado, vai dar errado."

Por exemplo, apenas recentemente, o césio radioativo de túneis em Fukushima repentinamente foram encontrados em mais de 4000 vezes do que medições similares feitas um ano atrás. Este assustador aumento nos níveis de radiação atingiu 482000 becqueréis por litro. A TEPCO [Tokyo Electric Power Company] pretende investigar a razão por trás desse enorme e anômalo aumento de radiação nos dutos subterrâneos de Fukushima. Ao longo de apenas um ano, 4000 vezes qualquer coisa provavelmente não deve significar boas notícias.
[Radiation Spikes in Fukushima Underground Ducts, NHK World, Dec. 9, 2015. ]

E não foi só isso. A barreira construída em torno da usina nuclear de Fukushima para esperançosamente impedir que água contaminada vazasse junto ao oceano está se inclinando e desenvolveu uma rachadura de cerca de 0,5km de comprimento ao longo de sua base. A parede é de 0,8km de comprimento e 98 pés abaixo do solo.

Uma barreira que serve ao oceano, na verdade: "Níveis mais altos de radiação a partir do acidente nuclear em Fukushima, no Japão, estão aparecendo no oceano, ao largo da costa-oeste da América do Norte”. Felizmente, até agora, os níveis detectados ainda permanecem abaixo dos limites de segurança estabelecidos pelo governo dos EUA.
[Higher Levels of Fukushima Radiation Detected Off West Coast, Statesman Journal, Dec. 3, 2015. ]

Nesse meio tempo, a TEPCO batalha com uma das catástrofes mais desconcertantes de todos os tempos, com um número médio de trabalhadores/dia maior que 7000. A dificuldade de obter trabalhadores para atuar no local está além da imaginação. Moradores de rua são contratados para fazer um trabalho de descontaminação perigoso.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020

É melhor que essa situação melhore. E muito em breve, porque as Olimpíadas estão agendadas para 2020, o que nos faz torcer para que o núcleo derretido e crepitante da Planta 2 não tenha escavado o chão e espalhado isótopos mortais por toda parte.

Enquanto isso, o Greenpeace/Japão acusa a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de subestimar os riscos de saúde do desastre de Fukushima (2011) e pactuar com as tentativas do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, para "normalizar" o desastre. Depressa, depressa, as Olimpíadas estão chegando!
[Greenpeace Japan: IAEA Downplays Dangers of Fukushima Disaster, Sputnik News, Feb. 9, 2015]

Uma abordagem inteligente para lidar com o excesso de radiação é aumentar os "limites admissíveis": "O nível anual permitido de exposição a radiação tem sido perigosamente elevado no Japão após o acidente de 11 de março. A taxa de 1mSv foi elevada para 20 mSv no que se refere aos residentes das zonas afetadas. O governo aumentou o limite anual sobre trabalhadores da área de exposição à radiação de 100mSv para 250mSv em "situações de emergência", afirma Mitsuhei Murata (Diretor Executivo da Japan Society for Global System and Ethics e ex-embaixador japonês para a Suíça).
[Nuclear Disaster and Global Ethics, UN World Conference on Disaster Risk Reduction, March 16, 2015.]

Quando os "níveis permitidos" de radiação foram inicialmente elevados, a Associação Médica do Japão declarou: "A base científica para determinar a quantidade máxima de 20 mSv não é clara".

Além disso, de acordo com os Médicos pela Responsabilidade Social, não há nível seguro de radiação. A propósito da situação Fukushima: "É inconcebível aumentar as doses permitidas para crianças em até 20mSv. Vinte millisieverts expõem um adulto para um risco de 1 em 500 no que tange ao desenvolvimento de câncer; esta dose, para crianças, significa exposição a um risco de 1 em 200. E se elas são expostas a esta dose durante dois anos, o risco é de 1 em 100. Em nenhuma hipótese estes níveis de exposição podem ser considerados "seguros" para as crianças".

Estudos recentes confirmam que "a exposição a baixos níveis de radiação podem causar câncer", mais especificamente, "Não importa se as pessoas são expostas a doses baixas prolongadas ou a doses altas e agudas, a associação observada entre a dose e risco de câncer é semelhante por unidade da dose de radiação".
(Fonte: British Medical Journal, Press Release, Low Doses of Ionizing Radiation Increase Risk of Death from Solid Cancers, International Agency for Research on Cancer, WHO, Oct. 21, 2015).

Em nítido contraste com o Japão, o funcionalismo de Chernobyl tem uma opinião diferente sobre "os níveis de exposição à radiação permitidos anualmente", ou melhor: "O limite de radiação que proibia as pessoas de viver em um raio de 30km da zona de exclusão da planta nuclear de Chernobyl foi fixado em 5mSv/ano, durante cinco anos após o acidente nuclear. Mais de 100.000 pessoas foram retiradas do território da zona e nunca mais puderam voltar", (Greenpeace Japão). Nunca, jamais.

Desastres nucleares não desaparecem facilmente. Por exemplo, Chernobyl já está enfrentando uma nova crise. A durabilidade do decadente sarcófago original expira nos próximos 12 meses. No entanto, o novo sarcófago de substituição, a maior cúpula metálica da história, não será finalizada a tempo, por falta de verba (615 milhões de euros).

Além de conflito interno da Ucrânia com os cidadãos pró-Rússia, o país tem sérias dificuldades financeiras. (Aliás, a China tem 400 reatores em fase de planejamento). Quem sabe se e quando um reator quebrado vai acabar nas mãos de um país falido? Difícil situação.

Já, a Ucrânia tem 15 reatores nucleares intactos, até agora, que subsistem entre o zunido de balas e foguetes poderosos. Infelizmente, a Ucrânia se tornou um barril de pólvora nuclear em meio ao fogo cruzado de canhões, tanques e mísseis aéreos. Por exemplo, um avião da Malásia Airlines foi derrubada por um míssil, supostamente em um acidente, em 17 de Julho de 2014, matando todos os 298 passageiros a bordo.

Enquanto isso, no Japão, a elevação do nível de exposição anual permitido não deixa de chamar atenção internacionalmente. De acordo com o Dr. Ian Fairlie, ex-chefe do Secretariado do Comité CERRIE do governo do Reino Unido sobre Riscos de Radiação: "O governo japonês foi tão longe para aumentar os limites de radiação (de 1mSv para 20 mSv/ano), que seus cientistas estão se esforçando para convencer a Comissão Internacional de Proteção Radiológica (ICRP) a aceitar este enorme aumento".

Mas vejamos bem; o Comitê Olímpico já selecionou Tóquio para 2020. É possível que o COI tenha passado dos limites?

Quanto aos recém-elevados limites aceitáveis: "Não apenas falta base científica, mas também base ética", disse Dr. Fairlie. E, no final das contas, a ausência de qualquer uma dessas bases já seria uma acusação forte.
[Unspoken Death Toll of Fukushima: Nuclear Disaster Killing Japanese Slowly, Sputnik International, Aug. 8, 2015.]

No entanto, o comitê olímpico já aprovou Tóquio para 2020 e pessoas de todo o mundo planejam participar. Afinal, se o Comitê Olímpico aceita as caprichosas condições de radiação do Japão, então o restante do mundo não deveria aceitá-las também?...

Tudo isso nos coloca uma questão: e se Fukushima for o ponto que expõe o lado mais obscuro da energia nuclear? Em outras palavras, suponha que as coisas realmente dêem errado, seguindo a lei de Murphy. Qual seria as consequências potenciais de um bombardeio sobre as plantas nucleares em zonas de guerra? Como a Lei de Murphy se aplica a zonas de guerra? A resposta mais confortável é: nem pense nisso.

Ainda assim, temos cerca de 430 reatores nucleares ao redor do mundo. De acordo com o ex-embaixador Murata, os reatores são o "mais grave problema de segurança do mundo".

Assim, Fukushima pode ser mais do que a garota-propaganda da fragilidade da energia nuclear frente as forças da natureza; Fukushima é também um cartaz sobre os perigos do terrorismo e das zonas de guerra quando a regra é que "qualquer coisa que possa dar errado, vai dar errado", por exemplo, um avião abatido sobre a Ucrânia.

Reatores nucleares são tão perigosos quanto Armas Nucleares (Murata)

Foguetes foram disparados contra as instalações nucleares em Israel. "O Hamas assumiu a responsabilidade pelos foguetes, afirmando que tentava acertar o reator nuclear. Militantes do Hamas disseram que haviam lançado foguetes M-75 de longo alcance em direção a Dimona". (The Jerusalem Post, 9 de julho de 2014).

Como mencionado anteriormente, a Ucrânia é lar de 15 reatores nucleares em meio a uma zona de guerra. E se um míssil, acidentalmente ou propositalmente, atingir um reator nuclear? Será que Fukushima fornece quaisquer pistas quanto às consequências de tal catástrofe?

Partindo do princípio de que Fukushima é um verdadeiro prenúncio sobre a harmonia entre desastres nucleares e a Lei de Murphy, acho que já temos nossa resposta.

"O futuro dos Jogos Olímpicos está em jogo. É como um crente no espírito das Olimpíadas que peço uma retirada honrosa e, com isso, o Japão deve se dedicar ao máximo para controlar a crise de Fukushima” - Mitsuhei Murata
(Executive Director of Japan Society for Global System and Ethics and former Japanese ambassador to Switzerland) Nuclear Disaster and Global Ethics, UN World Conference on Disaster Risk Reduction, March 16, 2015

Fonte: CARTA MAIOR
___________________________________________________________

Nos jogos olímpicos de 2008, em Pequim, existia uma preocupação quanto a qualidade do ar da  capital chinesa, que segundo alguns observadores honestos e alguns oportunistas políticos poderia prejudicar competições de atletismo, principalmente a maratona.

Em 2012, nos jogos de Londres, a poluição não dominou o tema das preocupações, cabendo as possíveis ações terroristas o foco das discussões.

Atualmente, com a proximidade dos jogos no Rio de Janeiro, se discute a qualidade da água da Baía da Guanabara, local onde serão disputadas as competições de vela.

Para os jogos de Tóquio, em 2020, já se discute a questão da poluição radioativa decorrente do acidente com o complexo nuclear de Fukushima.

Questões políticas a parte, se é que é possível, pode-se concluir que diferentes formas de poluição e a segurança afetam o planeta.

Talvez Tóquio seja a questão mais grave, já que a radioatividade permanece por séculos e ainda existe o risco de novos acidentes no complexo de Fukushima.

De uma forma ou de outra, o mundo é um lugar sujo , poluído e perigoso.

Quem paga ?

Os meninos – e alguns marmanjos – batem pé contra o STF. E dão a mão a Cunha

mefisto
Ilimar Franco publica a nota dos meninos mimados do Movimento Brasil Livre dizendo que “o golpe vermelho foi dado” o Supremo Tribunal Federal.
Merval Pereira, que há 24 horas previa que haveria votação unânime em favor das decisões tomadas por Cunha, diz que “a intervenção do Supremo na decisão da Câmara é absurda.”
O inefável Reinaldo Azevedo diz que “a arruaça chegou à PGR; a arruaça chegou ao Supremo”.
Por toda a parte, choro e ranger de dentes.
Nem uma palavra sobre os métodos de corrupção, chantagem e até ameaças usado por Eduardo Cunha, embora tenha sido ele quem iniciou o processo e, como se viu no julgamento do Supremo, inovou ilegalmente na condução da escolha da Comissão que irá examiná-lo.
Será que é assim que estes senhores querem convencer a população de que “o impeachment nada tem a ver com Cunha”?
A verdade, porém, e cada vez mais evidente, é que não há impeachment sem o poder discricionário e o grupo fiel – a palavra é péssima, eu sei – de Eduardo Cunha.
E que todos eles sabem qual é o preço a pagar – por eles, pelo PSDB e por Michel Temer – pelo papel essencial do Presidente da Câmara neste processo.
Será que alguém pode acreditar que ele o desempenha ou desempenhará gratuitamente?
A percepção pública de suas alianças com ele é o menor dos custos.
Como o Dr. Fausto, ao Mefistófeles do Impeachment terão de entregar muito mais.
Fonte: TIJOLAÇO
________________________________________

"Existe um projeto de bolivarização da Corte", diz Gilmar Mendes


Nesta sexta-feira (18), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, comentou a decisão da Corte de derrubar o rito do processo da presidente Dilma Rousseff estabelecido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). 
“Existe um projeto de bolivarização da Corte. Assim como se opera em outros ramos do estado, também se pretende fazer isso no tribunal e, infelizmente, ontem tivemos mostras disso”, afirmou, acrescentando: “Vamos fazer artificialismos jurídicos para tentar salvar, colocar um balão de oxigênio em quem já tem morte cerebral.”

“Existe um projeto de bolivarização da Corte", disse Gilmar Mendes
“Existe um projeto de bolivarização da Corte", disse Gilmar Mendes

Gilmar Mendes defendeu a validade da eleição em voto secreto para formação da comissão especial do impeachment, e a formação da chapa avulsa, indicada pela oposição. Mas, assim como Dias Toffoli e Teori Zavaski, foi voto vencido.
Fonte: JORNAL DO BRASIL
__________________________________________________________


Claudius: A lista

publicado em 19 de dezembro de 2015 às 12:43
Captura de Tela 2015-12-08 às 21.52.10
A maioria da população brasileira se pergunta até quando terá que aturar Eduardo Cunha, com suas manipulações , vigarices e outras práticas deploráveis.

Pelo que se sabe, até o momento, o pedido de afastamento de Cunha só será analisado pelo STF a partir de 1º de fevereiro de 2016.

Até lá, mesmo com o recesso do Legislativo e do Judiciário, o parlamentar terá tempo para articulações que tenham por objetivo mudar as regras do jogo, de todos os jogos, ignorando a vontade da maioria da plateia.

Assim é Cunha, que se assim age livremente e com desenvoltura, é porque tem respaldo para suas ações.

Ao seu lado, estão a mídia privada, as oposições com destaque para o PSDB - o partido que se diz a favor do Brasil -, setores do Judiciário, e movimentos populares reacionários que causariam pânico até mesmo no mais reacionário dos militares do período da ditadura militar no país.

Esse bloco, grupo, aglomerado brancaleônico da razão, não aceita, de forma alguma, o resultado das eleições presidenciais de 2014, quando o partido dos Trabalhadores teve a quarta vitória seguida.

Tanto é verdade, que a expressão bolivarianismo - algo que ganhou pela mídia privada uma conotação equivocada de perigo, atraso, comunismo - sempre aparece quando o aglomerado brancaleônico sofre alguma derrota, como a que ocorreu recentemente no STF com o julgamento da ação movida pelo PCdoB.

Por ocasião da leitura e do voto do relator, o ministro Edson Facchin, fazendo com que os demais membros da Corte apresentassem seus votos no dia seguinte ao voto do relator, políticos de oposição, jornalistas de razão mutilada e a mídia privada não hesitaram em demonstrar um contentamento profundo pela suposta vitória que poderiam obter.

E assim, nos higiênicos telejornais da noite do voto do relator proliferaram opiniões sobre o suposto resultado favorável as oposições.


No jornal da TV Bandeirantes, o deputado do PSDB do Rio de Janeiro, Otávio Leite, quando entrevistado pelo repórter exalava satisfação pelo voto do relator ao afirmar, baseado no resultado preliminar, que o país assistia uma prova de que as instituições funcionavam plenamente em respeito a Democracia.

No jornal O Globo , o jornalista Merval Pereira, o profeta dos erros, o imortal das mancadas, não escondia no dia seguinte ao voto do relator, através de seus gordurosos textos, a satisfação em ser mantido o rito processual defendido por Eduardo Cunha e seu aglomerado.

No entanto, encerrada a votação no STF com a derrota do Aglomerado consolidada, aquilo que antes era louvado como a expressão da Democracia e do bom funcionamento das instituições, passou a ser considerado como o perigo do Bolivarianismo, a interferência do STF em assuntos do Legislativo.

Quando a certeza de uma possível vitória se apresentou de forma inexorável como a certeza de uma derrota, o humor mudou, o discurso mudou, e a razão sofreu mais mutilações .

Diversos representantes de organizações e instituições do Aglomerado, vieram a publico, imediatamente após terem conhecimento do resultado da votação no STF, para repudiar o resultado, assim como vem acontecendo desde o final das eleições de 2014.

Para o Aglomerado, somente resultados que interessam ao grupo são válidos, a ponto do Ministro do STF, Gilmar Mendes, afirmar que existe um projeto de Bolivarização da Suprema Corte, colocando em dúvida a reputação dos membros da Corte que proferiram votos em desacordo ao voto de Mendes.

Não me recordo de ter lido ou ouvido nenhum cometário de ministros do STF de que existiria um projeto de financeirização da Corte, pelo fato de Gilmar Mendes ter emitido, em apenas 48 horas, dois habeas corpus para um banqueiro acusado e detido por crimes financeiros.

Nunca dantes na história deste país o Judiciário agiu com tanta rapidez.

É de conhecimento público que Gilmar Mendes tem amizades estreitas com pessoas do setor financeiro, das oposições e da mídia privada, o que, em tese, em nada depõe contra o ministro, isso se Mendes se comportasse com discrição e equilíbrio, condições indispensáveis para magistrados de tal envergadura.

No entanto. as polêmicas envolvendo o ministro apavorado com o Bolivarianismo são recorrentes, o que permite a qualquer observador atento, inclinar pensamentos quanto a lisura da atuação do citado ministro.

Em respaldo ao Aglomerado, o Jornal Folha de SP, ainda coloca em manchete de primeira página deste sábado as trapaças em curso para golpear a decisão do STF.

Quem paga para que tudo isso esteja acontecendo ?



_____________________________________

Michael Fox: a direita golpista brasileira 

financiada por grupos econômicos dos EUA
Por Conceição Oliveiradezembro 19, 2015 12:03





Quando nas primeiras movimentações dos golpistas nas ruas, em março de 2015, vários blogueiros denunciaram o financiamento da direita fascista brasileira foram tratados como adeptos da teoria da conspiração.

Agora, um jornalista estadunidense, especialista em política latino americana, diz com todas as letras que o Tea Party estadunidense financia agremiações de extrema-direita como os Revoltados Online, Vem Pra Rua e Movimento Brasil Livre.

No vídeo abaixo ( ver o vídeo no site de MARIA FRÔ ), uma tradução do original “Koch Brothers’ Funds Backs Anti-Dilma Protests in Brazil”, produzido pela organização e agência de notícias independente The Real News, o jornalista Michael Fox, um dos autores do livro Transições turbulentas da América Latina- O futuro do Socialismo no século XXI é o entrevistado.

Michael mostra como a mídia foca no PT e tenta de todas as formas incriminar Dilma e Lula, mesmo sem provas e mesmo com todos os esforços do governo Dilma para combater a corrupção na Petrobras.

Dá uma inveja muito grande dos Estados Unidos de terem jornalistas com esta qualidade para análise política, diferente dos astrólogos, travestidos de analistas políticos do tipo Mervais que temos no Brasil.

Durante a entrevista Michael Fox, mostra que esses movimentos golpistas não tem absolutamente nada de espontâneos ou apartidários. Num momento em que gente de classe média/alta tem se organizado em movimentos vendidos pela mídia monopolizada como “apartidários” que se reúnem sempre com o PSDB, o DEM, o PP para exigir o impeachment de uma presidente eleita democraticamente e da qual não há absolutamente nada que possa justificar seu pedido de impedimento, ouvir Michael Fox, um dos autores deste livro, é essencial para entender a América Latina contemporânea e especialmente o financiamento de forças golpistas no Brasil.



No livro escrito por Michael Fox, Roger Burbach e Federico Fuentes, eles acompanham as notáveis mudanças da América Latina nos últimos anos. De acordo com os autores pela primeira vez desde a Revolução Sandinista na Nicarágua na década de 1980, as pessoas na região estão voltados para a governos de esquerda – especificamente na Venezuela, Bolívia e Equador. Os autores questionam por que essa profunda mudança aconteceu e quais características revestem o novo socialismo do século XXI? Os autores provocativamente argumentam que, embora a hegemonia dos EUA na região esteja em declínio, o projeto socialista tradicional também está em declínio e algo de novo está surgindo. Indo além das concepções simples de ‘esquerda’, o livro revela os verdadeiros fundamentos deste processo poderoso, transformador, e ainda também complicado e contraditório.

Hugh O’Shaughnessy, autor do Sacerdote do Paraguai, disse sobre o livro: “Pouco a pouco, palmo a palmo a cortina de veludo grosso, escuro jogado sobre os acontecimentos diários na América Latina por editores e jornalistas desinteressados ​​e histéricos da mídia ocidental está sendo puxada para trás. Roger Burbach, Michael Fox e Federico Fuentes produziram um reluzente e atualizado livro sobre a “guinada à esquerda” da América Latina, um novo pensamento para o leitor comum. As vidas e políticas dos gigantes políticos atuais do Hemisfério Ocidental – Chávez, Lula, Correa, Raúl Castro e muitos mais – são definidas com clareza admirável por três autores que sabem o que estão falando. Nenhum estudante do Novo Mundo deve ficar sem lê-lo.”

Chomsky disse a respeito desse livro: “O Fórum Social Mundial que se reuniu no Brasil com o slogan “Um novo mundo é possível ” seria parte de uma reação global às práticas prevalecentes da globalização neoliberal que prega que “não há alternativa” fora do neoliberalismo. Os desenvolvimentos notáveis ​​na América Latina nos últimos anos demonstram que um mundo novo pode ser construído, não apenas na América Latina, mas talvez fora do continente. Os estudos interessantes e informativos organizados no livro revelam o que vem ocorrendo na América Latina, e as implicações destes desenvolvimentos para a ordem mundial emergente.”

John Pilger, jornalista e cineasta: “Este livro descreve a visão política mudando a vida de milhões de pessoas na América Latina. É um manual de exemplos de transformações emocionante para todos nós.”

Marta Harnecker, jornalista chileno e autor de compreender a Revolução Venezuelana: “Este livro é leitura essencial. Ele olha para os avanços feitos por forças de esquerda na região, as lutas sociais que os precederam, e os grandes desafios que enfrentam os governos que estabeleceram para si próprios a meta de construção de uma alternativa ao capitalismo.”

Michael Ryan Davis, autor de Planet of Slums: “A visão fascinante e apaixonada do experimento social mais importante na terra: pesquisa da América Latina por justiça econômica.”

Immanuel Wallerstein, da Universidade de Yale: “Uma revisão inteligente e informativa da esquerda latino-americana – o seu passado, as suas perspectivas, e os seus debates internos. Uma contribuição de qualidade aos nossos esforços para analisar e transformar o mundo.” E Saul Landau, cineasta e autor, complementa: “Análise original e perspicaz.”

‘Burbach, Fox, e Fuentes escreveram uma excelente reflexão sobre os projetos radicais que surgiram na América Latina, na esteira do colapso do “velho socialismo” e o enfraquecimento simultâneo de hegemonia dos EUA na região. Quem quiser saber mais sobre as forças por trás da América Latina, sua “virada à esquerda”, e os movimentos de base que transformaram o possível, irá se beneficiar da leitura deste livro.” afirma Fred Rosen, Editor, NACLA Relatório sobre as Américas.

‘Um guia essencial para quem quer entender onde na América Latina a esquerda lidera, bem como os desafios políticos e sociais complicados enfrentados por líderes carismáticos e as forças progressistas latino americanas.”, diz Nikolas Kozloff, autor de “Revolução! América do Sul e do Rise of the New Left.

“Em um continente onde mudanças políticas fermentam como a América Latina, onde muitas vezes presenciamos momentos tumultuosos, um livro sério, documentado e crítico como o Turbulentas transições da América Latina é uma contribuição valiosa para aprofundar as nossas discussões e nos orientar na construção de um novo mundo. De Burbach, Fox, e Fuentes escreveram vastos e abrangentes capítulos onde abordam muitos dos temas e conflitos atuais e servem como pequenas bússolas para nos ajudar a entender onde estamos e nos sugerir possíveis caminhos para seguir adiante.” – Raul Zibechi, jornalista uruguaio, autor de Forças Dispersivas: movimentos sociais como Forças anti-Estado.

“Transições Turbulentas trata da virada para a esquerda da América Latina, tanto em termos de suas origens como seus significados para alguns dos principais países envolvidos. Como tal, é um recurso essencial para o leitor em geral e para os alunos da região. O estudo de caso da Venezuela é especialmente útil em nos ajudar a compreender Hugo Chávez, seu legado histórico e o advento do socialismo do século 21″, aponta Gregory Wilpert, autor de Mudança Venezuela por tomar o poder: A História e as políticas do governo Chavez.

“Qualquer um que procura compreender as complexidades e tensões das lutas nas transformações sociais radicais na América Latina capitalista contemporânea para um projeto socialista sustentado, precisa ler este livro e encontrará a rara combinação entre o compromisso de coração aberto e análise racional.” – Steve Ludlam, Universidade de Sheffield

“Um livro profundamente importante. A América Latina é o último lugar no mundo onde uma ampla esquerda iluminada não só sobrevive, mas prospera, definindo uma agenda idealista de solidariedade, igualdade e liberdade – embora muitas vezes retórica sem coincidir com a realidade. A implantação de um quadro comparativo rigoroso leva um olhar para analisar o socialismo na região, tanto como ele é, como ele poderia ser “- Greg Grandin, Professor, Universidade de Nova York, autor de Fordlândia: A ascensão e a queda de Henry Ford na cidade esquecida na selva

A The Real News é uma agência independente de jornalistas investigativos ou, como eles mesmos dizem, “um serviço de documentários e notícias em vídeo, sem fins lucrativos e sem aceitar propaganda paga por terceiros, seja do governo ou empresarial, sendo sustentada por doadores ou pela receita gerada com suas publicações” (leia a missão da organização: http://therealnews.com/t2/about-us/mi…). Eles a mantêm por meio de doações e têm feito diversas denúncias sobre o que anda acontecendo politicamente no mundo, com algumas de suas matérias falando sobre o Brasil. Site oficial: .

O link da matéria com o vídeo original está neste endereço:

O link para o vídeo original está neste endereço

Sobre o livro do entrevistado, Michael Fox, acesse aqui:

Sobre os irmãos Koch, citados no vídeo, acesse aqui:

Vídeo adicional “O Negócio da Revolução

Fonte: MARIA FRÔ