quarta-feira, 27 de maio de 2015

Sonegação na área

Esquema de corrupção na FIFA investigado pelo FBI, similar ao desvendado na Suiça, envolvia direitos de transmissão de TV

publicado em 27 de maio de 2015 às 11:36
LadoSujoFutebol
por Luiz Carlos Azenha

No livro que escrevi ao lado dos jornalistas Leandro Cipoloni, Tony Chastinet e Amaury Ribeiro Jr. descrevemos minuciosamente o fato de que O CORAÇÃO da corrupção no futebol está associada à venda de direitos de transmissão de TV.
Os cartolas se encaixam tão bem no papel de corruptos que frequentemente as denúncias se voltam exclusivamente contra eles, são fulanizadas e acabam desconhecendo este fato: é a TV, estúpido!
De acordo com a nota divulgada hoje pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, relativa à prisão do ex-presidente da CBF José Maria Marin e de outros cartolas da FIFA, 70% dos ganhos da entidade entre 2011 e 2014 vieram da venda de direitos de transmissão e de marketing.
É o filé mignon.
Pela denúncia apresentada em um tribunal federal de Nova York, em uma ponta do negócio, como pagadoras de propina, estavam empresas de marketing esportivo — no caso brasileiro, a Traffic de J. Hawilla — e na outra estavam os cartolas.
Hawilla admitiu a culpa em quatro acusações: conspiração para extorsão, fraude e lavagem de dinheiro e obstrução de Justiça. Concordou em devolver U$ 151 milhões, dos quais já pagou U$ 25 milhões. Isso dá a vocês uma ideia dos valores envolvidos.
Segundo os norte-americanos, o esquema de duas décadas envolveu a venda de direitos de transmissão de vários campeonatos, desde a Copa América passando pela Libertadores e chegando à Copa do Brasil.
Também é citada uma empresa de material esportivo que fechou contrato com a CBF, não nomeada pelo Departamento de Justiça. Trata-se, obviamente, da Nike.
Além de Hawilla, a Traffic International, baseada nas ilhas Virgens Britânicas, e a Traffic USA, de Miami, também se declararam culpadas — o que indica que estão entregando o esquema à Justiça.
As ilhas Virgens Britânicas aparentemente são o refúgio fiscal favorito da cartolagem futebolística.
Foi nelas que a Globo “investiu” uma bolada para formar uma empresa de nome Empire, cujo capital depois foi usado para comprar os direitos de transmissão das Copas de 2002 e 2006. Segundo a Receita Federal brasileira, a engenharia financeira visava burlar o Fisco, o que resultou em multa superior a R$ 600 milhões.
As ilhas Virgens Britânicas também foram sede da Fundação Nunca, um dos propinodutos utilizados pela empresa de marketing ISL para subornar cartolas.
A International Sports and Leisure (ISL) foi o instrumento criado pelo fundador da Adidas, Horst Dassler, para “inventar” o marketing esportivo, espalhando no processo milhões em propinas para controlar dirigentes esportivos e — o que realmente interessava a ele — direitos de transmissão.
O esquema revelado hoje é a versão das Américas daquele que descrevemos minuciosamente no livro, que irrigou com algumas dezenas de milhões de dólares e francos suiços o bolso do ex-presidente da FIFA João Havelange e do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira.
Agora que sabemos detalhes do que aconteceu na Suiça e nas Américas, a pergunta para a qual ainda não temos resposta: e os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, hein?
Um promotor suiço e o FBI foram capazes de investigar, apontar culpados e obter reparações. Por que somos incapazes de fazê-lo no Brasil?
Resposta: porque a CBF habita um firmamento à parte das demais instituições brasileiras, mesmo depois dos 7 a 1.

Fonte: VIOMUNDO
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Recordar é viver: Marin e Aécio Neves, uma tabelinha impagável

27 de maio de 2015 | 11:56 Autor: Fernando Brito
4friends
Agora que está na moda o jornalismo que avalia o comportamento moral de políticos de esquerda na base do “esteve no escritório” ou “jantou no restaurante” com alguma figura qualquer acusada de irregularidade ou propinagem, é justo fazer um “recordar é viver” das ligações entre José Maria Marin, o ex-presidente da CBF preso por corrupção nos EUA com o ínclito Aécio Neves, o homem que não quer nem papo com gente “do mal”.
Por isso, é bom refrescar a memória das pessoas com fatos publicados na própria grande imprensa, não em “blogs sujos” feito este aqui, capazes de maledicências com homens veneráveis que encontraram em Aécio Neves o espelho onde projetam suas virtudes como dirigentes do futebol brasileiro.
Primeiro, a reprodução do Globo Esporte, vejam:
marinaecio1
Para não parecer intriga, vamos ao diário esportivo Lance:
marinaecio2
E para conhecer a história melhor, a coluna de Juca Kfouri:

Aécio ama a CBF

Aécio Neves é amigo de José Maria Marin e o homenageou, escondido, no Mineirão.
Deu-se mal porque o que escondeu em sua página na internet, Marin mandou publicar na da CBF.
Aécio também é velho amigo de baladas de Ricardo Teixeira e acaba de dizer que o país não precisa de uma “Futebras”, coisa que ninguém propôs e que passa ao largo, por exemplo, das propostas do Bom Senso FC.
Uma agência reguladora do Esporte seria bem-vinda e é uma das questões que devem surgir neste momento em que se impõe um amplo debate sobre o futuro de nosso humilhado, depauperado e corrompido futebol.
Mas Aécio é amigo de quem o mantém do jeito que está.
Não está nem aí para os que reduziram nosso futebol a pó.

Que maldade, Juca!

Fonte: TIJOLAÇO
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... As ilhas Virgens Britânicas aparentemente são o refúgio fiscal favorito da cartolagem futebolística. Foi nelas que a Globo “investiu” uma bolada para formar uma empresa de nome Empire, cujo capital depois foi usado para comprar os direitos de transmissão das Copas de 2002 e 2006. Segundo a Receita Federal brasileira, a engenharia financeira visava burlar o Fisco, o que resultou em multa superior a R$ 600 milhões...

É bem provável que Globo esteja envolvida nos esquemas de corrupção envolvendo a CBF.

Tanto em competições internacionais quanto em competições nacionais.

Importante que as apurações prossigam para que possamos conhecer todo o esquema e, claro, passar a limpo o futebol brasileiro.

O vexame na copa de 2014 , desta forma, pode ser compreendido como o início de um processo de reformulação do futebol, que segue, agora, com as denúncias de corrupção envolvendo a CBF.

Importante que os clubes se organizem em torno de uma liga nacional para organizar as competições nacionais e regionais, deixando para a CBF a organização das atividades das seleções brasileiras.

Importante, também, a democratização das transmissões por TV aberta  do futebol no país. 

Interessante a ligação dos tucanos com a CBF , como também a recente indicação de João Dória Jr., o 'Cansei', apoiador de Aécio,  como chefe da delegação brasileira na Copa América que se inicia no mês de junho deste ano no Chile.

Será que com a descoberta dos esquemas o famoso DARF  da Globo aparecerá ?

terça-feira, 26 de maio de 2015

Seriam escravas ?

Brasileiros em luta pela cidadania. 

Gente invisível ( 'e duas babás') em busca de um teto.

Fonte: CARTA MAIOR

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Fernando Morais e as babás que não têm nome

26 de maio de 2015 | 12:04 Autor: Fernando Brito
babas
No Facebook, o escritor Fernando Morais chama a atenção para o “infográfico” que  O Globo publica na cobertura – que virou novela – do acidente – felizmente sem graves consequências – do apresentador Luciano Huck e sua família.
Como você vê, todas as pessoas que estavam no avião e que correram riscos iguais não são iguais.
A família Huck e os pilotos têm nome, as babás, não, embora, provavelmente, tenham pais, mães, irmãos e, talvez, filhos.
Não se chamam Helena, Maria, Antônia, nem mesmo Cleide ou  Dilcéia.
Aliás, em poucos lugares, entre eles o boletim médico da Santa Casa, pode se saber que se chamavam Marciléia Garcia e Francisca Mesquita.
Embora suas vida valham tanto quanto a de qualquer outro, que merece ser identificado por seu nome.
O anonimato das babás é um ato falho do pensamento elitista que toma conta, inconscientemente, de nossos profissionais de imprensa.
Como toma conta das mentes de todos os que orbitam a elite dominante, seja econômica, seja (aspas necessárias) “culturalmente”.
Quem puder achar, leia o livro “A história de Garabombo, o Invisível”, do magnífico Manoel Scorza, peruano que se dedicou a contar a vida e a luta dos descendentes dos pré-colombianos do altiplano andino.
E como e por que era invisível aquele índio, que servira, porém,  ao Exército peruano, onde acabara, por motivo fútil, mofando numa prisão?
Uso os excertos do ótimo trabalho de Elda Firmo Barros, da Universidade Federal Fluminense, para explicar.
− Não me viram. − Mas eu vejo você! − É que você tem nosso sangue, mas os brancos não me vêem. Passei sete dias sentado na porta da repartição. As autoridades iam e viam, mas não olhavam para mim. (…) Na prisão, compreendera a verdadeira natureza de sua doença. Não o viam porque não queriam vê-lo. Era invisível como eram invisíveis todas as reclamações, os abusos e as queixas.
Talvez, porém, eles tenham um momento em que são vistos: aquele em que votam.
E, por isso, neste momento, não lhes são indiferentes. Mas são odiados.

Fonte: TIJOLAÇO
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Pensei em escrever um texto sobre  a postagem acima de TIJOLAÇO, porém, o texto abaixo, que o PAPIRO publicou em janeiro deste ano diz muito sobre o tema.
  
sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Favelas

Em Ipanema, água lotada de banhistas Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo 
A foto acima é da cidade do Rio de Janeiro.
 

Deve ter sido tirada da Ponta do Arpoador, revelando as praias de Ipanema e do Leblon.
 

O metro quadrado mais caro da cidade, principalmente para as residências na orla, com vista para o mar.
 

Ao fundo, e bem no centro da foto, o Morro Dois Irmãos, que já foi cantado em canção por Chico Buarque.
 

Dois irmãos, pois são duas montanhas próximas e parecidas.
 

Ao lado esquerdo do Dois Irmãos, um conglomerado de casas, subindo pelo morro, comendo a vegetação.
 

É a favela do Vidigal, considerada uma favela rica.
 

Ao lado direito do Dois Irmãos, a vegetação resiste.
 

Bem mais ao fundo na foto, a esquerda, a Pedra da Gávea, local onde dizem existir inscrições supostamente feitas pelos fenícios, em tempos distantes.
 

A direita, ao lado da vegetação do Dois Irmãos que resiste, uma grande concentração de edifícios, a maioria na orla da praia, onde vivem os mais ricos.
 

Milionários e favelados, vivendo próximos uns dos outros, ambos com uma bela vista para o mar.
 

Privilégio para poucos.
 

Favelados, em sua maioria, que trabalham como prestadores de serviços para os ricos ao lado.
 

Marceneiros, funileiros, instaladores hidráulicos, gasistas, pintores, empregados domésticos, mecânicos de automóveis, pedreiros e ,vez por outra algum entregador de drogas.
 

Os ricos gostam dessas facilidades, mas não gostam dos pobres , pretos e favelados.
 

Os pobres da favela do Vidigal, vivem amontoados, em vielas.
 

Os ricos da orla, também vivem amontoados, em prédios de luxo.
 

Na favela, vez por outra, alguém vai preso por cometer um crime, quase sempre um assassinato.
 

Na orla luxuosa, comentem-se muitos crimes, lavagem de dinheiro,  sonegação de impostos ,por exemplo, mas ninguém vai preso.
 

Na favela vez por outra acontecem brigas que vão as vias de fato, com muitos socos e pontapés.
 

Nos condomínios de luxo também, vez por outra os ricos saem no tapa.
 

Os amontoados da favela, somente recentemente viram chegar os serviços do estado, como coleta de lixo,água e policiamento.
 

Os amontoados de luxo já recebem esses serviços por muitos anos.
 

Em toda orla Ipanema - Leblon, existe uma pequena parte para que os amontados pobres possam frequentar , o restante da praia é frequentada pelos amontoados de luxo.
 

Interessante, que ao fundo o morro Dois Irmãos.
 

Na favela os moradores tem eletrodomésticos e computadores e mesmo carros, usados, claro.
 

Os amontoados de luxo tem todos os eletrodomésticos, carros do ano, computadores e todo tipo  de tecnologia moderna.
 

De uma maneira geral, amontoados de luxo ou favelados, desfrutam da tecnologia.
 

No entanto, quando se cruzam pelas ruas, os ricos não gostam de olhar para os pobres.
 

De longe, pelo registro de uma máquina fotográfica, ou um olhar aéreo de uma aeronave,  pode-se afirmar que tudo é favela, todos vivem amontoados, de uma forma ou de outra  vivenciam as mesmas situações, de formas discretas - os ricos - ou escancaradas - os pobres.
 

Interessante que ao fundo o morro Dois Irmãos.
 

Favela High tech é um excelente livro, creio de um urbanista brasileiro, que assim define  a cidade de Tóquio, capital do Japão. 

Amontoados, ricos ou pobres.

Interessante que ao fundo o Morro Dois Irmãos.

Frente de Esquerda

Espanha respira um renascimento político e libertário: 
2 mulheres de esquerda vão comandar suas 2 principais vitrines, Barcelona e Madri

A Europa se move para a esquerda: 
'Barcelona, o epicentro da mudança'. Esther Vivas, da Praça do Sol ao poder.

A obra do arrocho neoliberal: 
29% dos 46,7 milhões de espanhóis vivem no limiar da pobreza e da exclusão;45% não conseguem mais gozar férias.

Fonte: CARTA MAIOR
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El País': Eleições em Barcelona e Madri marcam virada política na Espanha



As duas prováveis prefeitas eleitas são herdeiras de movimentos sociais


O jornal espanhol El País publicou nesta segunda-feira,(25/05) um artigo em que repercute o resultado das eleições municipais e regionais deste domingo, com grandevitória da esquerda. "Manuela Carmena, uma juíza aposentada com prestígio que usa o metrô e que escapou de uma matança fascista em 1977, e Ada Colau, uma ativista especializada em paralisar despejos hipotecários de pessoas que ficariam sem casa, serão, previsivelmente, as novas prefeitas de Madri e Barcelona. São os principais símbolos da tempestade política que atingiu a Espanha nas eleições".

No caso de Madri, Carmena necessitará do apoio do Partido Socialista (PSOE) para governar. Tudo aponta que será assim. Os resultados oficiais, com 99% dos votos apurados, refletem uma situação de quase empate na capital Madri entre o conservador Partido Popular (PP), o partido do presidente Mariano Rajoy (34,4% e 21 vereadores de 57) e Ahora Madrid, uma coalizão de movimentos cidadãos comandados por Carmena (31,9% e 20 vereadores), assim como uma importante queda do PSOE de Antonio Miguel Carmona (15,34% e 9 vereadores) e um resultado mais pobre do que o esperado para Ciudadanos (11% e 7 vereadores), um novo partido de centro-direita. Carmena fez um discurso no domingo à noite e afirmou “grandes mudanças ocorreriam na capital”.
 

Desta maneira, a capital da Espanha, cidade onde há quatro anos nasceu o movimento dos indignados (15-M) e Barcelona serão os paradigmas do giro à esquerda que vem experimentando o país.
 

Não só isso. Carmena e Colau não pertencem a nenhum partido político. Formam parte de plataformas e grupos heterogêneos, como Podemos, herdeiros desses movimentos sociais que renegaram os partidos políticos tradicionais, principalmente os indignados. As duas, além disso, basearam boa parte da campanha eleitoral nas redes sociais. Serão mudanças histórias: em Madri, o PP de Mariano Rajoy governa há 24 anos.
 

A longo prazo, Ahora Madrid promete auditar a dívida pública, revisar contratos municipais para devolver à Prefeitura vários serviços públicos, como o de limpeza urbana; paralisar as principais intervenções urbanistas da cidade; subir os impostos às grandes empresas; abaixar as tarifas de transporte público, entre outras medidas.
 

No entanto, no mesmo dia que Carmena foi escolhida como candidata, Ahora Madrid apresentou as cinco medidas mais urgentes, votadas em processo aberto a toda a população, que deverão ser implementadas nos primeiros 100 dias de Governo.
 

- Colocar todos os meios e recursos municipais para a paralisação de ações de despejos e para garantir uma alternativa habitacional.
 

- Paralisar a privatização dos serviços públicos, a concessão de serviços municipais a grandes empresas e a venda do patrimônio público.
 

- Garantir os serviços básicos (luz e água) a todos os lares que não podem pagar por eles.
 

- Garantir o acesso a saúde pública e a todas as ações de prevenção e de promoção da saúde a todas as pessoas, independente de sua situação administrativa.
 

- Desenvolver um plano urgente para a inclusão no mercado de trabalho de jovens e desempregados de longa duração.
 

O grupo de Ada Colau, Barcelona en Comú, também apresentou um plano de choque para os primeiros meses de mandato, definido “ambicioso”, porém “factível”. Asseguram que muitas dessas medidas não possuem nenhum custo: “Exigem valentia política, bom senso e podem ser aplicadas de forma imediata”.
 

- Criar 2.500 empregos com um investimento de 50 milhões de euros.
 

- No campo social, pretendem multar os bancos que executem um desalojo hipotecário, taxar as empresas elétricas, revisar o cartão do transporte público e ampliar a gratuidade, e implementar uma renda municipal para famílias pobres.
 

- Reverter as privatizações e concessões de serviços públicos e revisar projetos urbanísticos.
 

- Reduzir salários dos representantes para até um máximo de 2.200 euros mensais, eliminar os carros oficiais e fazer uma auditoria em algumas entidades.

Fonte: JORNAL DO BRASIL
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Primeiro a Grécia e agora a Espanha.

Certamente outros países europeus seguirão o mesmo caminho.

O arrocho tem sido muito longo, não só na Europa como em todo o mundo e, com isso, as pessoas não aceitam mais os governos que por décadas vem se revezando no Poder aplicando os mesmos venenos para sangrar e matar os povos.

O que acontece, agora,  é resultado dos movimentos sociais que no início desta década saíram às ruas  em todo o mundo para protestar contra as medidas anti vida do capitalismo em sua expressão selvagem atual.

Inicialmente como protestos de rua, depois como movimentos sociais e agora como partidos políticos ou frentes de esquerda chegam ao Poder lançando raios luminosos sobre a longa e devastadora noite neoliberal.

Acreditando que um outro mundo é possível , essas vitórias na Grécia e na Espanha reforçam em todos nós as utopias de democracia participativa, estados de bem estar social, ecossocialismo e outras bandeiras libertárias e democráticas dos movimentos progressistas.

A lição que vem da Europa deve ser bem assimilada pelos partidos e movimentos sociais de esquerda do Brasil, de maneira que somente com uma ampla frente de esquerda, com uma agenda do povo e para o povo, será possível  fazer a travessia para um mundo civilizado , justo, sustentável  e de bem estar para todos.

Enquanto isso, aqui no Brasil, os grupos reacionários e atrasados de direita que nas últimas  eleições sequestraram o congresso nacional, não medem esforços para fatiar o país e , ainda, tentam impor uma agenda medievalesca no tocante as questões da sociedade.

Apoiados pela excrescência midiática que influencia  o país , caminham para o passado sombrio,com o apoio explícito de analfabetos alucinados em marcha cômica e de outros não menos midiotas entrincheirados nas redes sociais.

Tais bestas sociais, fruto de má formação genética -política, ganharam espaço e visibilidade nos últimos meses por conta de uma campanha violenta e anti-democrática incentivada pelos meios de comunicação.

Ironicamente, vozes que se sempre se voltaram contra o Estado sofreram neste final de semana acidentes em que a presença  do SAMU e do SUS, através de um pronto atendimento, foram fundamentais no socorro de emergência.

Nas cavernas das bestas sociais, espécies similares aos acidentados recentes, em muitas vozes vociferaram contra o ex-presidente Lula por ocasião em que foi a diagnosticado com câncer, gritando bem alto, com bocarras bem abertas, para que se tratasse no SUS.

O sistema de saúde  no Brasil ainda precisa muito para ser perfeito, no entanto não é o lixo em que é retratado diariamente no espectro eletro magnético fecal midiático.
O mesmo se aplica para a educação pública.

Kim, você é contra o Estado, mas ainda bem que o SAMU te socorreu, não é?
25 de maio de 2015 | 16:03 Autor: Fernando Brito
kim
Sinto muito pelo acidente com aquele rapazinho, Kim Kataguiri, que vive desancando o Estado e louvando o império da iniciativa privada.
Ainda bem, porém que, como mostra a foto, ele foi atendido – tal como aconteceu com a família de Luciano Huck após o pouso forçado de seu avião -por serviços público do SUS, o mesmo SUS que, sempre que puderam fizeram questão de desancar – e há muitos casos, de fato, dramáticos – dizendo ser só um caos  a saúde pública, sem nunca mostrarem os avanços que estamos tendo.
Entre eles, o SAMU, que socorreu Kataguiri.
É uma iniciativa do governo que Kim quer derrubar, de qualquer maneira, que hoje tem perto de 4 mil ambulâncias e custa mais de R$ 1 bilhão por ano.
O Governo Federal paga a metade, estados e municípios pagam, cada um um quarto do custo.
Posto aí embaixo uma reportagem – claro que da NBR, porque as televisões privadas só se preocupam com o “mundo cão” das carências- que é algo que deveriam ver os que  esqueceram de como era comum, há 15 anos, ver pessoas por horas se contorcendo nas calçadas à espera de uma ambulância.
Leia a seguir minha história de hoje mesmo com o SUS.

Eu não espero que acreditem em mim – sei que até muitos dos meus amigos duvidariam – mas hoje voltei ao posto de saúde – simplérrimo, uma “casinha de roça” numa quase vila de pescadores junto à bacana praia de Piratininga, em Niterói, para marcar data para coleta de material para exames. Foram marcados, em menos de 15 minutos,  para daqui a uma semana, tal como uma semana demorou a consulta médica em os solicitou.
Aliás,  médica que me atendeu, depois de uma extensa consulta, troca da medicação para diabetes que tinha recebido em outra unidade (também pública e também boa) de emergência, a Dra. Daiane,  teve um gesto que talvez surpreenda os que estão acostumados com ricos consultórios particulares.
Levantou-se da cadeira, levou-me à porta e despediu-se de mim com a inevitáveis recomendações de restrição e, pasmem, com um aperto de mão.
Para os que quiserem ver, coloco abaixo  uma foto do posto, onde pretendo continuar a me tratar, no acompanhamento, depois da consulta com um endocrinologista que vai demorar um mês, já que agora estou visto por uma clínica geral, medicado e com uma taxa de glicose que marcou hoje 107, depois de ter entrado com 400 no posto, há duas semanas.
tibau

Fonte: TIJOLAÇO

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Mídia Quântica

A mídia de Shrödinger

É como no paradoxo da física quântica. Se tiver ligação com o PT, é automaticamente culpado. Se for de oposição, é tratado com a presunção de inocência.


Tadeu Porto
  physicsworld.com
Confesso que já subestimei a inteligência da imprensa nacional. Bom, depois de ver boa parte dela agir como se não soubesse sequer os nomes dos presidentes de países da América Latina, acabei desdenhando um pouco mesmo. Sei que boa parte dos leitores me entende e peço desculpas aos demais por uma posição tão esnobe. Não se repetirá, prometo!

Até mesmo porque melhorei meu juízo sobre a mídia brasileira nos últimos dias, afinal descobri que ela parece ter aplicado conceitos de física quântica em seu jornalismo, e isso não é para qualquer um!

Em 1935, o físico Erwin Schrödinger criou um exercício mental para demonstrar o paradoxo que era abstrair com elementos cotidianos a teoria referente à mecânica quântica. O experimento consistia em considerar um gato vivo preso dentro de uma caixa fechada e opaca, com um frasco de veneno intacto, um martelo, um recipiente com material radioativo e um detector de radiação.

Com tal configuração, haveria duas possibilidades: (1) o detector identificar o material radioativo que aciona o martelo, quebra o frasco e libera o veneno matando o gato; ou (2) o detector não identificar o material radioativo, e os demais itens ficam no mesmo estado inicial e o gato continua vivo.

O interessante dessa proposta é que, segundo a física quântica, o gato pode estar vivo ou morto no mesmíssimo instante (considerado estado vivo morto) uma vez que a partícula radioativa subatômica pode assumir as duas posições – detectada ou não – ao mesmo tempo.

Sem a pretensão de querer ser um novo Nobel de física, proponho aqui também um experimento para mostrar o quão dúbio é o comportamento dos nossos grandes meios de comunicação que, assim como partículas subatômicas, podem assumir duas posições diferentes no mesmo instante, numa incrível contradição no tempo e espaço!

O exercício mental consiste em imaginar um esquema qualquer de corrupção. Na investigação do crime, existe um delator numa sala, depondo para uma instituição pública qualquer (um conjunto de legisladores ou policiais, por exemplo). No mesmo recinto tem um repórter da grande mídia que irá publicar certa notícia. As duas possibilidades existentes são: (1) o delator insinua a participação de alguém do PT em algum esquema ilícito; ou (2) o delator insinua uma outra participação, semelhante ou até igual, de alguém que não é do Partido dos Trabalhadores.

Dentro desses dois estados, a mídia conseguiu criar um paradoxo chamado sujeito inocente culpado. Se a pessoa tiver alguma ligação com o PT é automaticamente tratada como culpada pela imprensa. Todavia, com os mesmos sujeitos e na mesma situação, se for um indivíduo de oposição ao governo logo é tratado com a presunção de inocência (como se deve ser, diga-se de passagem).

Vamos a dois exemplos práticos.

Primeiro, o delator Alberto Youssef insinua que o governo sabia dos esquemas de corrupção da Lava Jato. Logo, o “fato” vira capa da revista de maior circulação nacional às vésperas da eleição, com direito a grande divulgação por parte de outros veículos e um jargão exaltando a culpabilidade que perdura até os tempos de hoje. Eis o sujeito culpado.

Agora analisemos o mesmo delator, conversando com a mesma polícia acerca do senador Aécio Neves, oposição ao governo e adversário derrotado ao planalto em 2014. Youssef afirmou que o mineiro dividia uma mesada de aproximadamente 100 mil dólares com outro político. Apesar da informação ter muito mais riqueza de detalhes, diferente da primeira, a mídia se comportou de maneira muito mais cautelosa: nos títulos das matérias não tem mais afirmativa mas sim a palavra “suposto”; a revista que tinha dado capa à outra delação sequer escreveu sobre o ocorrido (confesso que não achei na pesquisa do Google) e o assunto morreu atualmente. Esse é o sujeito inocente.

Então, se houver uma delação de alguém, para uma instituição qualquer, sobre fulano de tal, este estará num estado antagônico inocente culpado até que a mídia descubra se o mesmo é petista ou não.

O segundo exemplo é parecido e ainda mais pontual. Em declarações recentes à CPI da Petrobrás, o mesmo Youssef realizou, entre outras, duas afirmações: que o planalto possivelmente sabia do ocorrido (ele afirmou não ter como provar, e frisou que era apenas uma opinião) e que havia mandado remessas de dinheiro em nome do PMDB com envolvimento do Eduardo Cunha.

Sobre o envolvimento do planalto, novamente as principais mídias deram grande destaque à notícia (que além de antiga é uma suposição), como pode ser visto aqui, aqui, aqui, aqui e aqui (5 mesmo, não perca a conta).

Já sobre a participação do atual presidente da Câmara dos Deputados, que afirma fingir ser governo, a mídia tradicional deu pouquíssimo destaque, com ênfase no jornal mineiro que conseguiu dar um viés positivo à declaração envolvendo o deputado carioca (imaginem uma manchete “Youssef diz à CPI que não pode confirmar envolvimento do governo”).

Vale ressaltar que na proposição do gato de Schrödinger, o observador faz a diferença: uma vez que a caixa é aberta, a posição vivomorto do felino se desfaz e ele aparecerá em apenas um estado. Portanto, da mesma maneira, cabe aos leitores, ouvintes ou telespectadores das mídias tradicionais assumirem a posição de observadores críticos e tentarem enxergar o estado verdadeiro das acusações.

Afinal de contas, se os pitbulls do ódio conseguirem vencer os debates sociais com seus discursos irracionais, a tendência é que eles matem qualquer gato, com caixa e tudo. No fim, não sobrará nem a teoria para análise.

Tadeu Porto é mestre em Engenharia Elétrica pelo Cefet-MG. Petroleiro, dirige o departamento de formação do Sindipetro-NF.

Fonte: CARTA MAIOR

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Sonegação dos ricos rouba 200 bi em cinco meses

Valor supera todos os escândalos de corrupção mais conhecidos e ultrapassa até o que seria necessário para o ajuste fiscal em discussão no Congresso.


Antonio Lassance
 
reprodução
Número estará estampado pelos painéis do Sonegômetro espalhados pelo País. Valor supera todos os escândalos de corrupção mais conhecidos e ultrapassa até o que seria necessário para o ajuste fiscal em discussão no Congresso (R$80 bi).

Situação causou revolta em servidores do Ministério da Fazenda. Procuradores acusam:

“Estamos diante de uma batalha bastante desigual, onde um único Procurador da Fazenda Nacional, sem carreira de apoio, atua em processos complexos envolvendo grandes devedores, normalmente defendidos pelas maiores bancas de advogados do país.”

No ano passado, não foi diferente. Os procuradores bradavam:

“Como se não bastasse, vemos uma elite muito bem acomodada e grandes corporações abonando a continuidade desse sistema anacrônico, enquanto surrupiam o erário público por meio da sonegação fiscal. E assim, em apenas 5 meses, o painel digital Sonegômetro já registra um rombo de 200 bilhões.”

Leia o artigo do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional.

O Sonegômetro, a Lavanderia Brasil e a Esquizofrenia Fiscal

Subir juros que já habitavam a estratosfera, aumentar a carga tributária como se estivéssemos mais para Bélgica do que para Índia, encarecer tarifas de energia, combustíveis e mudar regras de benefícios sociais, como se a culpa de toda a desordem administrativa do país fosse dos trabalhadores, aposentados e pensionistas.

Por mais que se tente explicar o ajuste fiscal promovido pelo governo, não dá para entender e muito menos para aceitar. Ou melhor, dá para desconfiar. Pois se a União espera cortar R$ 80bi de seu orçamento e arrecadar mais 0,48% de tributos em relação a 2014, como esse mesmo governo deixa escoar pelo ralo da sonegação mais R$ 500 bi ao ano?

Essa postura não condiz com o discurso de quem pretende “reverter a deteriorização fiscal”, nas palavras do Ministro da Fazenda Joaquim Levy. Não por acaso, essa justificativa do arrocho sobre os pobres e classe média é igualmente defendida por pessoas e instituições que nunca têm nada a perder. Ou melhor, que sempre têm muitos bilhões a lucrar, surfando nas altas ondas do mercado financeiro.

Transitando com desenvoltura nesse mar de insensatez, sonegadores e corruptos seguem curtindo o sol e o céu da impunidade. Sim, pois à exceção de casos midiáticos como as operações Lava Jato e Zelotes, envolvendo acordos de delação premiada, nenhuma medida efetiva tem sido tomada para a estancar a sangria da sonegação.

Para ficar bem claro, é importante ressaltar que dos 500 bilhões sonegados em 2014, mais de R$ 400 bilhões passaram por operações sofisticadas de lavagem de dinheiro. Isso representa 3546 vezes o valor declarado do Mensalão (R$141 milhões); 240 vezes o custo da operação Lava-Jato (R$2,1 bilhões) e 26 vezes o que até agora se descobriu na operação Zelotes (até agora avaliado em R$19 bilhões).

E o rombo poderia ser ainda maior, não fosse o trabalho diuturno dos Procuradores da Fazenda Nacional (PFNs), que somente nos últimos quatro anos evitaram a perda de mais de R$1 trilhão em contestações tributárias e arrecadaram mais de R$60 bilhões em créditos inscritos na dívida Ativa da União. Isto, apesar do quadro de desvalorização da Carreira e de sucateamento estrutural da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).

Vale dizer que estamos diante de uma batalha bastante desigual, onde um único PFN, sem carreira de apoio, atua em processos complexos envolvendo grandes devedores, normalmente defendidos pelas maiores bancas de advogados do país.

O governo sabe que para cada R$1,00 investido na PGFN há um retorno de R$20,96 à sociedade. Mas, estranhamente, prefere deixar de cobrar de quem deve e pode pagar, optando pela comodidade de repassar a conta ao cidadão em forma de impostos.

O Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (SINPROFAZ) entende que a defesa dos interesses da Carreira de PFN se confunde com a defesa da Justiça Fiscal. Por isso segue em frente promovendo campanhas de conscientização tributária, apresentando o painel Sonegômetro e a Lavanderia Brasil, denunciando, criticando e ampliando o debate por um sistema tributário mais justo para todos.

Fonte: Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional

Fonte: CARTA MAIOR
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Paulo Pimenta: Folha de S. Paulo ataca quem investiga a Zelotes, operação da PF que flagrou empresas de mídia e patrocinadores

publicado em 21 de maio de 2015 às 19:40
PIMENTA
Folha de S.Paulo ataca quem investiga a Zelotes

por Paulo Pimenta*, via e-mail
Para minha surpresa, nesta quinta-feira (21), o colunista da Folha de S.Paulo Leonardo Souza iniciou uma “cruzada” contra todos aqueles que lutam para que não haja uma operação abafa sobre a Operação Zelotes. Acuada que está, a mídia faz diversas tentativas para desqualificar tanto a Zelotes quanto o episódio das contas secretas do HSBC na Suíça, conhecido como escândalo Swissleaks, pois ela não sabe QUEM as investigações poderão “pegar”.
O que se sabe é que nesses dois escândalos bilionários de sonegação há empresas de mídia e nomes ligados a grupos de comunicação envolvidos. Como a imprensa não controla esses episódios, ela busca estratégias para retirar a autoridade do trabalho investigativo da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, ou daqueles que buscam dar visibilidade à Operação Zelotes.
A imprensa, basicamente, não se ocupa da Operação Zelotes por três motivos: o escândalo bilionário não envolve a classe política (os envolvidos são empresas privadas, anunciantes da própria mídia); há grupos de mídia investigados; e por que parte da imprensa sustenta que sonegar é um ato aceitável, e que não se trata, portanto, de corrupção.
Chama atenção que o colunista Leonardo Souza jamais se deteve em profundidade ao assunto para informar à sociedade o que é o Carf, o que é a Operação Zelotes, como é que agiam as quadrilhas que se apropriaram de uma estrutura como o Carf para defesa dos seus próprios interesses. Pelo que se sabe, o colunista não moveu até agora uma palha para tentar esmiuçar o assunto. Quando não cala sobre a Zelotes, o colunista Leonardo Souza prefere fazer juízo de valor sobre a minha atuação, tentando colocar sob suspeita as reais intenções do nosso trabalho.
Lamento que, mesmo tendo gasto grande quantidade de papel e tinta acompanhando a Operação Zelotes e a nossa atividade parlamentar, o colunista da Folha de S.Paulo o faça sem reconhecer a realidade dos fatos, sob a frágil alegação de que os esforços engendrados por nosso mandato tenham a única finalidade de desviar a publicidade da operação Lava Jato. Qual o motivo de tratar a Lava Jato e a Zelotes como concorrentes, e não como casos de corrupção de forma semelhante, respeitando o direito que a sociedade tem de ser informada? Se o raciocínio do tal colunista procedesse, seria possível afirmar que a mídia só cobre a Lava Jato com objetivo de ofuscar a Zelotes.
Sim, Leonardo, que as autoridades investiguem a fundo a Lava Jato, a Zelotes, o HSBC, o Mensalão Tucano, o Trensalão Tucano de São Paulo e todos os casos de corrupção do país, bem diferente do que ocorria até o final dos anos 1990, quando muitos casos de corrupção eram engavetados. E que a imprensa, por sua vez, noticie todos os casos de corrupção do país.
E quando for cobrada de que não está cumprindo com o papel de informar e servir ao cidadão, de que está agindo como a quadrilha que atuava no Carf defendendo apenas seus próprios interesses, que a imprensa não busque o caminho dos ataques, da desqualificação e das suposições baseadas em ufanismos editoriais ideológicos. Que não seja autoritária como os censores da ditadura! Que não tente calar e sufocar a voz daqueles que buscam chamar atenção para a roubalheira que foi feita no Carf. Que não censure! Que não faça o que justamente critica. Combata a censura, a si próprio, e não quem defende a liberdade para se falar da Zelotes e de todos escândalos de corrupção.
Por respeitar e confiar na independência do poder judiciário é que buscamos tratamento isonômico a todas as investigações criminais envolvendo o desvio de verbas públicas. Acreditamos que entre os excessos a Operação Lava Jato e a negligência dedicada à Operação Zelotes deve existir um caminho do meio.
As estratégias da mídia são velhas conhecidas. O que há de novo é que, agora, não há mais como impedir que o público tenha acesso às informações de que os grandes grupos de comunicação estão envolvidos tanto no Swissleaks quanto na Zelotes, que apuram sonegação fiscal, corrupção, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
Infelizmente, a imprensa brasileira trabalha os casos de corrupção não a partir do ato em si, mas, sim, a partir de quem praticou a corrupção e quem está envolvido nesses escândalos. Só depois desse filtro, dessa censura prévia, e só depois de verificar se não irá atingir interesses dos grupos econômicos influentes, é que a imprensa decide qual o tamanho da cobertura jornalística que dedicará, ou, então, se irá varrer os acontecimentos para debaixo do tapete, sumindo com esses fatos do noticiário.
A mídia conhece, mais do que ninguém, os limites da sua liberdade de expressão, até onde pode ir e sobre o quê e quem falar. Nesse sentido, e parafraseando o próprio colunista Leonardo Souza, “é uma pena que o ímpeto apurativo da imprensa brasileira não se dê pela vontade genuína de ver um Brasil limpo da corrupção”.
*Paulo Pimenta, jornalista e deputado federal pelo PT-RS.

Fonte: VIOMUNDO
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Essa velha mídia é uma comédia criminosa.
 
Segue a tese de que a realidade é aquilo que ela , a mídia, deseja que seja.

Se o PT é onda e a oposição é partícula, por exemplo, toda e qualquer culpa recai sobre onda, independente se onda é culpado ou não.

Isso também se deve ao fato que o observador não é neutro  e influencia no resultado.

De fato, provas que não existem são criadas e , mesmo que não sejam criadas, pode-se culpar sem provas, como já afirmou um observador do STF.

Em breve teremos  alguma notícia  de que onda, em relação a algum delito,  apareceu em dois lugares ao mesmo tempo, no passado e no futuro.

Por outro lado, se tal notícia acontecer,  onda poderá ser canonizada pelo Vaticano, já que tal façanha garante o selo de milagre.

Esse comportamento da velha mídia é motivo para riso e choro, ao mesmo tempo.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Sai Drubscky e entra Enderson no Club Tricolor

Fluminense contrata o técnico Enderson Moreira

Tricolor demorou menos de 24h para acertar com um novo nome para a vaga de Ricardo Drubscky

O DIA
Rio - O comando técnico do Fluminense já tem um novo nome. A diretoria do clube das Laranjeiras contratou Enderson Moreira para o cargo. O treinador já teve uma passagem pelo clube em 2011. A apresentação oficial será na tarde desta quinta-feira, na sede do Tricolor.

Em 2015, Enderson iniciou um trabalho no Atlético-PR, mas só durou 34 dias no cargo. O treinador já conquistou: dois campeonatos goianos (2012 e 2013) e um Brasileirão da Série B (2012).O treinador também irá comandar um treino, na parte da tarde, e já estará na beira do gramado diante do Corinthians, domingo, às 16h. Enderson era auxiliar de Muricy Ramalho, quando o ex-treinador comandou o Fluminense. Depois da saída de Muricy, Enderson ficou no Flu por mais 13 jogos até a contratação de Abel Braga.

Fonte: O DIA
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Depois do jogo horroroso que o Fluminense fez contra o Atlético MG, uma tempestade de críticas desabou sobre as Laranjeiras.

A diretoria do Tricolor, talvez para minimizar as críticas e mudar o foco, tratou de mudar mais uma vez o treinador.

Ontem durante uma entrevista coletiva, um dirigente do Fluminense disse que a saída  do treinador se deu porque o trabalho não estava  acontecendo conforme  a diretoria tinha imaginado e previsto.

Ocorre que essa não é uma mudança isolada de comando do time, é mais uma , em muitas mudanças em pouco tempo
.
Cabe lembrar que a escolha do treinador é atribuição da diretoria, que ao fazê-lo deve contemplar o maior número de variáveis possíveis  para que o imaginado e o previsto se realizem.

E ao que se revela com o histórico recente de mudanças, é que as escolhas não tem sido bem feitas, caso contrário não estaríamos presenciando tantas trocas.

Chega a ser bizarro que um treinador fique no clube por apenas dois meses comandando a equipe em somente oito jogos e tenha seu trabalho avaliado como insatisfatório.

Impossível para qualquer treinador implementar uma filosofia de trabalho para uma equipe de futebol em tão pouco tempo e ainda sim ser considerado culpado pelos  insucessos da equipe.

Sem entrar no mérito da competência da legião de treinadores que passam a todo instante pelo clube, o que fica claro para todos é que bloqueios existem na gestão do futebol do Fluminense, criando barreiras que prejudicam e inviabilizam o trabalho dos treinadores.

O novo treinador contratado  tem perfil e currículo bem parecidos com os últimos treinadores que estiveram no Fluminense e , assim sendo, especula-se em que mês deste ano de 2105 o comandante tricolor será demitido por não atender o previsto e imaginado pela diretoria do clube.

Sai Drubscky e entra Enderson no Club de Football do Fluminense.

Ainda sobre o futebol do Rio de Janeiro, cabe lembrar que o atacante Dagoberto, do Vasco, tem toda razão, apesar do presidente.  

Quanto ao  Botafogo, atualmente, é o time do Rio mais equilibrado.

Enquanto isso a nossa alegre  e cômica imprensa esportiva anuncia que o não menos cambaleante Flamengo irá contratar Petrus, Montilo, Diego, Pato, Ganso, Robinho...

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Huckinho

Site de Luciano Huck terá que custear campanha contra trabalho infantil

Marca terá que financiar a veiculação da mensagem 'Trabalho infantil não é legal' em avião que circulará na orla da Zona Sul

O Dia

Rio - A empresa Vamoquevamo Pontocom, que comercializa produtos do grupo do apresentador Luciano Huck, terá que custear a veiculação de peças de campanha sobre o combate ao trabalho infantil. A medida é resultado de Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ), em razão do uso de crianças na divulgação de camisetas com conteúdo impróprio.
Segundo o MPT-RJ, as blusas produzidas para o Carnaval deste ano, com estampas como "Vem ni mim que eu tô facin" e "Me beija que eu sou carioca", foram anunciadas na página da marca por modelos infantis, sem autorização judicial e sem observar os parâmetros exigidos para garantir a proteção de artistas mirins.




A imagem da menina de camiseta, que era vendida no site Use Huck, foi retirada do ar depois de enxurrada de reclamações de internautas
Foto:  Arte O Dia

O trabalho para menores de 16 anos é proibido pela Constituição Federal, sendo o trabalho artístico aceito em caráter excepcional, desde que precedido de autorização judicial prevista no artigo 149 do Estatuto da Criança e do Adolescente. “A autorização deve estabelecer todas as condições em que o trabalho poderá ser desenvolvido e as crianças e os adolescentes deverão ser sempre acompanhados nessas atividades por seus responsáveis legais”, explica a procuradora do trabalho que conduziu o inquérito, Dulce Torzecki. A procuradora do trabalho Danielle Cramer também participou da audiência em que foi firmado o acordo.
Pelo TAC, a empresa terá que produzir 750 camisetas com a campanha do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), do qual o MPT faz parte, voltada para o dia 12 de junho. Nessa data é comemorado o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil. Além disso, a marca terá que custear a publicação de anúncio do MPT alusivo à data em jornal de grande circulação e financiar a veiculação da mensagem “Trabalho infantil não é legal” em avião que circulará na orla da Zona Sul do Rio de Janeiro em dois domingos, quando a circulação de banhistas na praia é maior.

Compromissos

Além de custear a campanha, pelo termo, a Vamoquevamo Pontocom, no Termo de Ajustamento de Conduta, se compromete a não mais contratar menores de 16 anos para atuar em anúncios, salvo se comprovar que a participação não pode ser feita por maiores. A contratação de crianças e adolescentes, quando necessária, deverá ser feita mediante autorização judicial e acompanhamento dos pais, explica o MPT-RJ.
Segundo o tribunal, a empresa não poderá permitir que os menores exerçam trabalho artístico que ocasione prejuízos ao seu desenvolvimento, nem atividade perigosa e insalubre. Além disso, deverá exigir frequência e bom desempenho escolar, garantir horário adequado e possibilitar que o trabalho seja acompanhado pelo responsável legal. O contratante terá também que depositar um percentual mínimo estipulado pelo juiz do valor pago pelo serviço da criança em caderneta de poupança, cuja movimentação só será permitida quando o artista mirim atingir a maioridade legal.
O TAC ainda prevê uma multa de R$ 50 mil para a empresa, que deverá ser paga, caso ela descumpra alguma das cláusulas do acordo, ou por criança contratada irregularmente. Os valores serão revertidos aos Fundos Municipal, Estadual ou Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, ou ainda a instituição sem fins lucrativos que atue em prol da proteção da infância.


Fonte: O DIA
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Red Riding Hood #8

Esse apresentador de Globo tem histórico e algumas coisas muito esquisitas.
Suzana Alves caracterizada como Tiazinha (Foto: Reprodução/Facebook)

O silêncio dos barulhentos

Fernando Marroni: 

O estranho silêncio da mídia sobre os R$ 40 bilhões sonegados

publicado em 20 de maio de 2015 às 13:23
Globo sonega
Na Zelotes uma das investigadas é a RBS, parceira da Globo; no HSBC, surgiu uma conta da esposa de Roberto Marinho. 

QUAL O TAMANHO DO ESCÂNDALO?

por Fernando Marroni*
Recentemente, dois escândalos de sonegação vieram à tona no Brasil: o deflagrado pela Operação Zelotes; e o das contas de brasileiros no HSBC da Suíça. Na Zelotes, estão envolvidas grandes empresas brasileiras; inclusive, empresas que controlam a grande imprensa brasileira. A sonegação estimada é de cerca de R$ 19 bilhões.
No escândalo do HSBC, foram identificados 8.667 correntistas brasileiros que possuíam, em 2006 e 2007, cerca de US$ 7 bilhões depositados na filial suíça do HSBC, o que corresponde a R$ 21 bilhões. Vejam bem: R$ 21 bilhões é o orçamento previsto para o Bolsa Família em 2015. Ou seja, os ilustres brasileiros podem ter sonegado um orçamento do Bolsa Família na Suíça — e ainda chamam de Bolsa Esmola?
Recentemente, participei de uma audiência pública, aqui na Câmara dos Deputados, com o jornalista Fernando Rodrigues, único jornalista brasileiro a receber a documentação completa sobre as contas secretas. Saí convencido de que existem três crimes nesse escândalo: evasão fiscal, lavagem de dinheiro e sonegação. Acredito, ainda, que os integrantes da lista, de alguma forma, podem estar envolvidos com outros tipos crime, como tráfico de drogas ou tráfico de pessoas.
A partir dessa audiência e de outras com órgãos do governo, a Câmara pode propor legislação mais rígida, porque o sistema financeiro mundial não aguenta mais essa evasão fiscal e lavagem de dinheiro. Penso que o Brasil deve enfrentar esse tema com maior rigor possível. As investigações e apurações devem apontar os culpados. Esses culpados deverão ser punidos e os recursos repatriados.
Estamos falando de R$ 40 bilhões sonegados. Esse é o tamanho do escândalo. O mais impressionante é que a maior parte da mídia está calada; e a oposição, por sua vez, não move uma palha para obter mais informações. (Nenhum senador do PSDB assinou a CPI do HSBC, no Senado).
Por quê?
*Deputado federal PT/RS

Fonte: VIOMUNDO
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Nenhum senador do PSDB assinou a CPI do HSBC no Senado.
E logo o PSDB, que anda por aí gritando contra a corrupção e a evasão de divisas.

Justo o PSDB, o partido dos paneleiros , analfabetos políticos, que externam suas indignações contra a corrupção e os desvios de dinheiro público.

Se não assinou a CPI, pode-se inclinar o pensamento para argumentos que indiquem que boa parte de políticos do PSDB e de seus aliados no meio empresarial estejam envolvidos em crimes de sonegação, evasão de divisas e lavagem de dinheiro .

Estranho tudo isso, muito estranho.

E o que dizer da mídia do capital, a velha mídia, que omite vergonhosamente, tal qual um  mágico, qualquer tipo de informação relevante sobre os casos HSBC e Zelotes.

No discurso midiático não existe espaço para divulgação de crimes financeiros  em que estejam envolvidos seus aliados políticos, como o PSDB, por exemplo.

Tal discurso, por outro lado, guarda uma linear coerência com as indignações veiculadas através de recipientes metálicos por uma parcela das elites e da classe média deslumbrada desse Brasil grande.  
Sim, tal coerência deve-se ao fato  de que os indignados paneleiros , assim se comportam não pelo combate efetivo aos crimes de sonegação e evasão de divisas, mas sim pelo singelo fato de que não são eles, as oposições, que desfrutam do pleno poder para cometer tais crimes.

Esse comportamento é muito comum no senso comum, onde se pode ouvir indignados dizendo que os corruptos devem ser punidos. 
Dizem, ainda, que caso estivessem no poder seriam mais discretos  quanto as práticas  ilícitas. 
Ou ainda citam a famosa expressão: "rouba mas faz"

Talvez isso explique o desespero das oposições, ou seja, 16 anos longe das facilidades para cometer seus crimes.