segunda-feira, 27 de abril de 2015

Globo. Golpes, Crimes e Mentiras. Ontem e hoje

#GloboGolpista50anos:
O povo não é bobo …

O Levante jogou tinta vermelha na fachada da Rede Globo.

                                   Levante realiza escracho na fachada da Globo em Brasília
No dia em que a Rede Globo comemora os 50 anos de sua fundação, os movimentos sociais foram às ruas para descomemorar a data. Foram registrados atos em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.

Em Brasília, o Levante Popular da Juventude jogou tinta vermelha na fachada da Rede Globo. O escracho aconteceu em memória das vítimas da Ditadura, que a emissora apoiou politicamente, deu sustentação ideológica e ganhou benefícios econômicos.

O ato em Brasília contou com a participação de 500 pessoas, e teve apoio do MST, do movimento democratização da comunicação, diversos sindicatos e entidades estudantis.

No Twitter, os internautas demonstraram o seu descontentamento através de diversas hashtags, como #GloboGolpista50anos, #Globo50anus, #Globo50AnosDeMentiras, #Globo50AnosDeSonegação, #GloboLixo e #GloboMente.

Na última semana, o jornal nacional exibiu uma série especial e decidiu recontar a história do Brasil desde a fundação da Rede Globo. Declarou que a emissora não apoiou a Ditadura e, como disse o Paulo Nogueira, do DCM, a Globo saiu como vítima do regime militar.


                             Fachada da Globo em SP: intervenção do Levante Popular da Juventude





João de Andrade Neto
, editor do Conversa Afiada

Fonte: CONVERSA AFIADA
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Enciclopédia americana afirma que Globo 

é subsidiada pelo Tio Sam

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Mais uma contribuição do Cafezinho para os 50 anos da TV Globo.
Estudando as edições do Globo nos primeiros meses de 1964, quando o jornal aos poucos vai assumindo o protagonismo do golpe civil-militar contra João Goulart, encontro, no dia 19 de março daquele ano, um editorial na primeira página que me pareceu positivamente engraçado.
É um texto irritadíssimo.
O Globo descobrira que uma das mais tradicionais editoras norte-americanas, a Harper, havia impresso uma enciclopédia na qual inserira um verbete para a imprensa brasileira,  e citava O Globo.
E o que dizia o verbete?
O próprio Globo informa: “A Worldmark Encyclopedia of the Nations – editada pela Worldmark Press, Inc – Harper and Row, de Nova York, no verbete referente à imprensa no Brasil, ao lado de outros erros, define este jornal como “conservador, subsidiado pelos Estados Unidos“.
Pausa para rir por 50 anos.
Acho que a definição da Harper (hoje adquirida por Rupert Murdoch) poderia ganhar um prêmio internacional da síntese mais resumida e objetiva sobre uma empresa.
50 anos de Globo, 50 anos de golpe.

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Fonte: O CAFEZINHO
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Uma história pela metade

Por Luciano Martins Costa em 27/04/2015 
Os 50 anos da TV Globo foram lembrados ao longo da semana que passou e celebrados no domingo (26/4), com uma festa para centenas de funcionários no Rio de Janeiro. As inserções de um quadro especial no Jornal Nacional, comandado pelo apresentador e editor William Bonner, serviram para apresentar em doses diárias um resumo da história da emissora, com destaque para alguns episódios controversos em que foi protagonista.
Na terça-feira (21/4), por exemplo, Bonner personificou o mea-culpa da Globo por haver tentado ocultar, em 1984, o comício que marcou, em São Paulo, a campanha pelas eleições diretas para presidente da República. A reportagem sobre a manifestação foi aberta, na ocasião, por Marcos Hummel, então âncora do Jornal Nacional, com o seguinte texto: “Um dia de festa em São Paulo. A cidade comemora seus 430 anos com mais de 500 solenidades. A maior foi um comício na Praça da Sé”. Quem estava lá sabia que aquele era um protesto contra a ditadura, pelas eleições diretas, realizado sob ameaça das forças de segurança – e não uma festa de aniversário.
No dia seguinte, foi a vez de tratar da manipulação que ajudou a eleger Fernando Collor de Mello na disputa contra Lula da Silva, na eleição presidencial de 1989. Na ocasião, a Globo concedeu um minuto e meio a mais para Collor, com um texto tendencioso no qual escondeu os melhores argumentos de Lula no debate da noite anterior e exibiu seu oponente como um estadista. Na revisão histórica da semana passada, tudo não passou de um erro de edição, e um compungido Bonner lamentou a “falta de equilíbrio” daquela cobertura.
Mas, fora do quadro mágico da tela, a verdade é que a história da emissora está recheada de atos de má-fé e manipulações.
Embora se possa dizer que a mais poderosa rede brasileira de televisão se tornou um pouco mais sutil em sua interpretação da realidade nacional, não há como fugir ao fato de que segue produzindo diariamente exemplos de um jornalismo tendencioso que ancora o conteúdo claramente partidário dos outros grandes veículos de comunicação.
O socorro do BNDES
Como o bicheiro que precisa comprar um título de comendador quando chega a maturidade, a Globo tem necessidade de corrigir, eventualmente, sua trajetória, para que a mão da História lhe seja leve. No entanto, essa espécie de autocrítica conduzida em tom de convescote ao longo da semana não tem peso e seriedade suficientes para um registro nos arquivos do jornalismo, digamos, mais sério.
Essa função foi cumprida, na sexta-feira (24/4), em uma longa entrevista concedida ao jornal Valor Econômico (ver aqui) pelos principais acionistas do Grupo Globo, os irmãos Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto Marinho, a uma dupla insuspeita de jornalistas, Matías Molina e Vera Brandimarte.
Além disso, o jornal que pertence ao Grupo Globo em parceria com o Grupo Folha também publica uma reportagem sobre bastidores da poderosa organização, com destaque para o processo de reestruturação financeira que evitou sua falência no começo deste século.
Matías Molina, veterano jornalista que ajudou a formar alguns dos melhores repórteres brasileiros de Economia nas últimas décadas, é autor do livro Os Melhores Jornais do Mundo e lançou recentemente o primeiro volume da trilogia História dos Jornais no Brasil. É com esse currículo que ele conduz a retrospectiva dos 50 anos da Globo no Valor.
Mas a leitura da entrevista decepciona em alguns aspectos: a história controvertida da maior potência da imprensa latino americana fica diluída em meio a uma conversa amena à qual faltou rigor crítico. As perguntas servem como alavancas para os irmãos Marinho amenizarem o papel decisivo da empresa em episódios polêmicos da história nacional.
Um de seus momentos mais importantes – o processo de recuperação financeira ocorrido entre 2002 e 2006 – passa quase em branco. Questionado sobre aquele período, quando a empresa teve que vender parte da rede, livrou-se do controle das operadoras Sky e Net e foi socorrida pelo BNDES, os entrevistadores se satisfazem com a resposta de Roberto Irineu Marinho, de que a situação foi resolvida “sem recursos do BNDES ou de bancos estatais”.
O socorro do BNDES ao Grupo Globo foi amplamente noticiado na época (ver aqui) e motivou até mesmo um pedido de audiência pública no Senado Federal (ver aqui) e até hoje segue sendo uma das chaves para se entender a relação entre a empresa e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em seus dois mandatos.
Quem sabe nos próximos 50 anos essa história seja contada
.
Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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Foi no governo de FHC que Globo foi ao BNDES obter empréstimo.

Foi , então, com o dinheiro do povo que Globo se livrou da falência
.
O mesmo BNDES que globo e toda a velha mídia  fazem campanha para que seja extinto.

Certamente o que globo conseguiu no BNDES jamais voltará para o banco.

Lembro que por ocasião das obras para a Copa do Mundo de 2014, o ex-presidente do Corinthians foi questionado por um jornalista de globo - em tom de crítica e reprovação -  pelo fato de ter obtido empréstimo no BNDES para a construção da arena que serviu de abertura para a copa.

Na ocasião, o ex-dirigente do clube paulista  assim respondeu ao jornalista:

" a empresa em que você trabalha é a que mais pega dinheiro lá "


Atualmente globo está tão desgastada que sempre quando se manifesta, recebe uma chuva de críticas.


A Abril passou o pires pelo BNDES num de seus anos mais lucrativos. Por Paulo Nogueira

Postado em 28 abr 2015
Dinheiro público na Abril? Presente
Dinheiro público na Abril? Presente
O grau de ignorância dos blogueiros da Veja é desumano.
Eles não sabem sequer o que acontece na empresa para a qual trabalham, e se metem a fazer considerações sobre o universo.
Recentemente, eles têm falado no BNDES. O dinheiro do BNDES, segundo o Brad Pitt de Taquaritinga, é dos amigos do governo.
Se a frase é verdadeira, teremos que concluir que a Editora Abril é amiga do governo.
Algum tempo atrás, a Folha publicou uma listagem com os empréstimos feitos pelo BNDES.
Republicou, a rigor. A Folha admitiu que o BNDES já vinha publicando as operações. O que o jornal fez foi “organizá-las” para que o leitor pudesse compreender melhor.
A ordem escolhida foi a alfabética.
Você vai na letra “e” e encontra o quê?
Editora Abril.
Em 2008, ano em que a Abril teve um de seus melhores resultados, o BNDES liberou para a empresa dos Civitas 27,344 milhões de reais.
Dinheiro público na veia.
O objetivo da operação era o seguinte. “Implantar diversas soluções de TI para unificação da base de clientes da empresa”.
Quer dizer: mesmo tendo muito dinheiro em caixa depois de um ano glorioso, a Editora Abril passou o pires no BNDES. E levou.
Não que fosse novidade entre as empresas de jornalismo.
Para fazer seu elefante branco que é uma gráfica gigante, a Globo, ainda sob Roberto Marinho, pediu dinheiro público ao BNDES na era FHC.
Terminada a gráfica, FHC se prestou ao vergonhoso trabalho de se deixar fotografar com um Roberto Marinho triunfal.
Dinheiro público para erguer a gráfica da Globo
Dinheiro público para erguer a gráfica da Globo
Por que a Globo não investiu na gráfica com seu dinheiro próprio? E a Abril, por que não modernizou sua TI com seus recursos?
Resposta: porque falam em capitalismo da boca para a fora. Na intimidade, jamais viveram sem os favores públicos.
Em 2008, o empréstimo de 27,344 milhões de reais não foi o único ingresso de dinheiro do BNDES na Abril.
A Abril recebeu uma copiosa quantidade de propaganda do banco naquele ano.
Muitas vezes as empresas de jornalismo pagavam os empréstimos que recebiam de bancos oficiais com anúncios.
O caso Projac, o estúdio nababesco da Globo, é um clássico. O dinheiro para erguê-lo veio do Banerj, o extinto banco público do Rio. E o pagamento se deu em anúncios.
Nenhuma empresas jornalística brasileira existiria sem privilégios e mamatas com dinheiro público.
Fato.
E ou por ignorância ou por má fé, ou por uma combinação de ambas, colunistas pagos para defender os interesses vis dos patrões posam de virgens.
Mas é aquela espécie de imaculada que você encontra num lugar chamado lupanar.
Fonte:DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO

sábado, 25 de abril de 2015

Globo boiando no Mar Vermelho

Babilônia e jn afundam no Mar Vermelho

Globo perde 20% de Globope na faixa de novela bíblica.



Saiu na Fel-lha:


Globo perde 20% de ibope na faixa de novela bíblica



VITOR MORENO (interino)

Maior acerto da teledramaturgia da Record nos últimos anos, a novela bíblica “Os Dez Mandamentos”, de Vívian de Oliveira, está se tornando uma pedra no sapato da Globo no horário em que vai ao ar (das 20h30 às 21h30, aproximadamente).

(…)

O aumento de audiência na faixa foi de 83% nas principais regiões metropolitanas do Brasil até o dia 21, enquanto a Globo teve queda de 20% no mesmo horário.

Em São Paulo (…) a queda da Globo na faixa da novela foi de 18%, enquanto a Record cresceu 66% com o primeiro mês de exibição da trama sobre o profeta Moisés, que na Bíblia liberta o povo hebreu.



Em tempo: depois de realizar bem sucedida travessia do Mar Vermelho … - PHA


Em tempo2: em maio, o Carlos Augusto Montenegro – aquele que previu os resultados eleitorais na Bahia e no Rio Grande do Sul – deixa o Globope e assume a WPP, uma das maiores agências de publicidade do mundo.

E, em maio, começa a funcionar o índice alemão de audiência, o GfK, que chegará a um número de lares DEZ vezes superior ao do Globope. – PHA


Em tempo3: amiga navegante Marilia envia essa divertida informação do jornal O Dia, do Rio:

  

Fonte: CONVERSA AFIADA
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Apanhando por todos os lados e sem parar, Globo pediu socorro a um ex-funcionário para tentar rebater o tsunami de críticas que vem sofrendo por ocasião de seu cinquentenário.

Boni, o pai de Boninho, entrou em cena para defender a emissora decadente falando um monte de mentiras e bobagens.

Globo  começa a boiar no Mar Vermelho, que passa a ter uma tonalidade marrom.

O Ultimo baile na Ilha Fiscal

Ester Rabello: 

Uma frase com 35 anos de História e ainda atual, “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”

publicado em 24 de abril de 2015 às 20:08
CAMPEONATO PAULISTA 2015: SANTOS FC X SÃO PAULO FC
Na Vila Belmiro, o protesto. Vai ter camisa do Santos com o símbolo da Record?

“O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”

por Ester Rabello, especial para o Viomundo

É difícil encontrar alguém que nunca tenha ouvido o bordão que dá título a esse artigo, gritado em manifestações de rua, comícios e outros tipos de aglomeração, como no discurso de vitória de Dilma Roussef, quando a presidente eleita teve que se calar enquanto ouvia o desabafo.

Em meio a outras palavras de ordem, sempre sai o clássico “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”. Nos dias de hoje, muitas vezes a frase vem junto com outra: “A verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura”.

Neste ano em que a Globo completa meio século, as manifestações contra a emissora, fundada um ano após o golpe militar de 1964, estão acontecendo com maior intensidade. No 3 de março houve protestos em algumas capitais, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo e Vitória. Em nenhum deles havia mais que 500 pessoas, mas o barulho acabou sendo grande nas redes sociais.

— Sempre quis enterrar a Globo, desde criancinha, afirmou uma manifestante fantasiada de viúva, ao lado de uma caixão de papelão com o logo da emissora.

Na concentração diante da sede do império global, no Jardim Botânico, organizada pelo Sindipetro, o Sindicato dos Petroleiros, ficaram claros os motivos do protesto: a cobertura desequilibrada da Operação Lava Jato, a sonegação de impostos da Globo e a conivência com a ditadura militar…

A maioria dos manifestantes era de pessoas com mais de 50 anos de idade. Reclamavam da falta de cobertura da emissora à campanha das Diretas, nos anos 80, algo que os jovens de hoje não vivenciaram.

Este “choque de gerações” pode até levar quem tenha nascido nos anos 90 a acreditar que o bordão “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo” seja coisa recente.

Se perguntarmos a um jovem na faixa entre 20 e 30 anos de onde vem a frase contra a emissora, talvez ele responda como Daniella Teixeira, 22 anos, que participou das manifestações de junho de 2013 na cidade de Guiratinga, em Mato Grosso:

— Olha, não posso afirmar com certeza, mas ela [a frase] estava sempre presente nas caminhadas, talvez como resposta ao enfoque que a Globo dava, como se fossem todos baderneiros. O povo não é bobo, mas a massa é manipulável, muita gente vai só no oba oba e o povo percebeu que havia muita manipulação da informação, mostrando só um lado da notícia. Os jovens percebiam a manipulação da imprensa, que taxava todo mundo de vândalo. Aqui, por exemplo, o movimento foi pacífico.

Na cidade da artesã, que faz decalques de unha para vender pela internet, as manifestações foram contra desde o gasto de 1 milhão de reais para tapar um buraco na rodovia, até o corte de uma árvore antiga. Sobre a frase relativa à Globo, Daniella acha que ela nasceu em 2013.



Mas se você perguntar ao deputado federal Vicentinho (PT-SP), um dos líderes das greves do ABC, ele diz que lembra muito bem da primeira vez que ouviu o grito contra a emissora dos irmãos Marinho. Foi em São Bernardo do Campo, numa das assembleias de metalúrgicos grevistas, no final dos anos 70, no estádio da Vila Euclides.

— Sempre gritavam. Nós tínhamos boas relações com os jornalistas. O foco era a Globo. A gente lotava o estádio e a Globo minimizava, sempre diminuindo a quantidade de pessoas. Tinha gente da direita infiltrada na greve, gente que fazia quebra-quebra. A gente pegava, denunciava e a Globo não dava [noticiava].

Vicentinho lembra de ajudar a proteger repórteres da emissora para que não apanhassem dos grevistas.

— A gente ficava em volta deles e o Lula gritando, “gente, eles são trabalhadores, uma coisa é a empresa, outra são os jornalistas”.

Ricardo Kotscho, ex-secretário de imprensa do governo Lula, era repórter da revista IstoÉ na época. Viu várias vezes metalúrgicos chutando os carros de reportagem da Globo, desde a época em que as assembleias ainda eram feitas nas ruas de São Bernardo.

Cobrindo as assembleias naquela época, Kotscho recorda:

— Eles [equipes da emissora] iam cobrir, mas depois a Globo mostrava só um registro.

Os gritos de “fora Rede Globo, o povo não é bobo” continuaram ao longo dos anos 80. Por exemplo, na campanha das “Diretas Já” e no movimento pelo impeachment do presidente Fernando Collor.

— Menos na [manifestação] de março, agora. Nessa, a Globo não só apoiou, como apoiou de forma ostensiva, aponta Kotscho.

O jornalista Osvaldo Maneschy, um dos assessores de Leonel Brizola, está no PDT desde os anos 80.

Afirma que ouviu pela primeira vez uma multidão gritando “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo” na Cinelândia, em 1986, em um comício de campanha do então vice-governador do Rio, Darcy Ribeiro, que disputava o Palácio Guanabara contra o candidato preferido da Globo, Moreira Franco.

Ele acredita que a fúria contra a Globo começou, entre os militantes do PDT, por causa da artilharia pesada da imprensa na época, com matérias negativas contra o governo de Leonel Brizola, o que gerou mais tarde um direito de resposta do gaúcho no Jornal Nacional.

— A Globo é a pauteira. Depois [o assunto] sai no [jornal] Globo do dia seguinte, no fim de semana na Veja e assim vai…

Foi o caso, segundo Maneschy, das notícias que acusavam Brizola de ter feito acordo com traficantes de drogas.

Para Fernando Brito, assessor de Brizola, a Globo fez uma péssima cobertura já da chegada dos exilados políticos. Mas, segundo ele, foi o “caso Proconsult” que levou ao primeiro enfrentamento do povão com a emissora. Durante a primeira eleição direta para governador do Rio, em 1982, a Globo foi acusada por Brizola de tentar manipular o resultado das apurações, o que a emissora sempre negou

— Até então, quem sabia que a Globo era a favor da ditadura eram os analistas políticos, não era algo de domínio da rua.

Brito lembra também do movimento “Diretas Já”, que durou quase um ano e reuniu, no seu ápice, 1 milhão de pessoas no comício da Candelária, no Rio de Janeiro, e 1,5 milhão no Anhangabaú, em São Paulo.

— A Globo só cobriu três comícios, sentencia.



Fernando Borges, jornalista recém formado na UERJ, cobriu as manifestações de 2013 para a plataforma internacional de notícias “Blasting News”.

Segundo ele, várias equipes de grandes emissoras de televisão (Band, SBT e Record) foram hostilizadas com o uso do bordão criado contra a Globo.

— A imprensa ficou estigmatizada, afirma Borges, que também viu gente gritando “a verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura”, frases que ele considera “bem ultrapassadas”.

Ultrapassadas ou não, os gritos de “O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo” também foram ouvidos nas passeatas de protesto contra a morte do garoto Eduardo, de 10 anos, no Morro do Alemão, há menos de um mês.

E um novo grito parece estar surgindo nos estádios de futebol.

Revoltados com o pequeno número de jogos transmitidos pela Globo — que, segundo eles, privilegia o Corinthians –, torcedores do Santos levaram faixas de protesto à Vila Belmiro na semifinal do Campeonato Paulista, dia 18 último. Depois que o Santos fez 2 a 0 no São Paulo, passaram a gritar em coro o “chupa, Rede Globo, o nosso Santos vai ser campeão de novo”.

Com o Santos classificado para a final, torcedores do clube fazem campanha nas redes sociais para que a equipe entre em campo com o símbolo da TV Record no peito. Detalhe: os dois jogos serão transmitidos pela Globo. Seria a repetição do que aconteceu em 2001, na final contra o São Caetano, no Rio, quando Eurico Miranda, presidente do Vasco, colocou o logotipo do SBT nas camisas do clube para protestar contra a Globo.

Independentemente de o Santos atender ou não a seus torcedores, as finais contra o Palmeiras tem tudo para serem tão interessantes nas arquibancadas quanto no gramado.


Fonte: VIOMUNDO
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O Povo não é Bobo, fora Rede Globo.

A primeira vez que vi essa frase foi lá pelo final da década de 1970, pintada em um muro, numa época em que se discutia a anistia aos presos e exilados políticos.

Talvez no final de 1978 ou início de 1979.

Como de costume, globo não gostou da ideia de anistiar  os presos e exilados políticos, como já não  tinha gostado do processo de abertura  política e democrática iniciado no governo do General Geisel.

Ou voltando ainda mais um pouco no tempo, Globo também não gostou da vitória esmagadora do MDB nas eleições de 1974, o momento em que a parcela da  sociedade  que apoiou o golpe militar de 1964  mudava de lado e , através das eleições para o congresso nacional, emitia um recado claro que rejeitava a ditadura militar e os governos dos militares.

A história da Rede Globo, 50 anos, pode ser resumida como a história de um grupo empresarial que sempre defendeu interesses nocivos ao Brasil , sempre rejeitou a democracia  e sempre esteve do lado contrário aos interesses do povo brasileiro. 

Atualmente o Grupo Globo sofre um acentuado processo de desgaste, e  a mega festa  para comemorar seu cinquentenário, no Ginásio do Maracanãzinho no Rio de janeiro, pode ser comparada ao último baile do Império na Ilha Fiscal. 

TV Globo: grande inimiga da democracia e dos direitos sociais 

 

manchete de hoje, 25.04.2015  do Portal Vermelho

 









sexta-feira, 24 de abril de 2015

Mulas assistindo TV

Nem Deus salva Babilônia e a Rede Globo. 

Por Paulo Nogueira

Postado em 23 abril de 2015
     
Babilônia não tem público, mas em compensação milhares de pessoas se dedicam a animados debates sobre as razões do seu fracasso.

O último especialista a palpitar foi Boni. 


Para ele, o problema não está na polêmica em torno de coisas como o casal de senhoras lésbicas.

A novela, simplesmente, é ruim, diz Boni. 

Não vi e nem verei uma só cena de Babilônia, mas sei o mal de que padece a novela: internet. 

As discussões ignoram isso: televisão e seus produtos como novela viraram obsolescência na Era Digital. Ninguém mais vê televisão. Ou melhor: o público que importa para a sua sobrevivência – os jovens — não vê. 

Tevê deixou de fazer parte da vida dos jovens com o florescimento da internet, e isto é uma sentença de morte.

Uma pesquisa recente do Ibope mostrou o envelhecimento do público da tevê: os consumidores estão, essencialmente, acima dos 50 anos. 

A mesma coisa ocorre com jornais e revistas. 

Talvez alguém da Globo possa se sair com uma frase antológica do diretor de redação da Veja, Eurípides Alcântara. 
Perguntado por seu chefe sobre por que o leitor da Veja é tão idoso – acima dos 60 –, Eurípides invocou Charles Aznavour. Disse que a Veja é “Charles Aznavour” das revistas, como se isso fosse um triunfo. Eurípides se notabilizou na juventude por editar a célebre matéria do boimate – uma pegadinha de 1.o de abril de uma revista científica estrangeira que dizia ter sido feita uma combinação de boi com tomate. Mas, com a menção a Charles Aznavour, ele se superou na meia idade.

Qualquer coisa que passe na televisão, daqui por diante, padecerá do mesmo mal de Babilônia: escassez desesperadora de público. 
Imagine que a Globo traga o criador de Breaking Bad, Vince Gilligan, e encomende a ele uma novela. Será maravilhosa, graças ao talento exuberante de Gilligan. Só que ninguém vai ver. 

O mesmo drama vale, naturalmente, para o telejornalismo da Globo. A audiência do Jornal Nacional, hoje, é irrisória perto do que foi dez ou vinte anos atrás. É como se os telespectadores estivessem escorrendo por uma torneira o tempo todo. 
Você pode mandar embora Ali Kamel, Bonner e toda a equipe que nada vai mudar substancialmente. 

A internet é uma mídia disruptora. 

Não há nada que a Globo possa contra ela. 

Em seus 50 anos de domínio sobre o Brasil, não interrompido sequer com a chegada do PT ao poder, a Globo jamais encontrou um obstáculo como a internet. 
A Globo não tem como intimidar, pressionar, sabotar a internet. 
A internet é infinitamente maior que ela. 
Os brasileiros devem ter gratidão eterna pela internet. 
Sem ela, a Globo continuaria a agrilhoar o Brasil e impedir, indefinidamente, o avanço da sociedade. 
Agora, a Globo tem que lutar pela sobrevivência – e o dia em que os anunciantes acordarem para o fato de que pagam muito por uma audiência cada vez menor os sinos fatalmente dobrarão para a família Marinho.


Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Perfil do telespectador de TV Globo


                                                 

O juiz da região glútea

A legalidade ou um jogo de truco?

O herói substituto de Joaquim Barbosa na narrativa conservadora, tão confiante na cumplicidade da mídia, não hesitava em ver o que as imagens da câmera negavam

por: Saul Leblon 
Augusto Dauster/Ajufe
Conta-se que em uma revista semanal de conhecida isenção jornalística, repórteres não raro recebem um título pronto e a recomendação expressa: providenciar um texto ‘investigativo’ que o justifique.

O juiz Sergio Moro e a equilibrada equipe responsável pela operação Lava Jato poderiam ter feito estágio na referida redação, com a qual, aliás, mantém laços de simpatia recíproca e de valores compartilhados.

Mesmo que não o tenham feito há sinais preocupantes de comungarem um singular método Paraná de investigação nessa  sua cruzada como  paladinos contra a corrupção, assim incensados com direito a pôster épico na primeira página da Folha de São Paulo.

Armados de uma sentença --como os títulos prévios da mencionada revista--, eles se puseram a campo para compor um lego jurídico em que as peças servem na medida em que se encaixam nos espaços reservados.

Tudo recortado pelas lâminas de um primarismo, cujo fio da meada se resume a um juízo de valor:  a corrupção no Brasil nasceu --e morrerá, se depender da monarquia de Curitiba— junto com o PT.

A última e mais desconcertante  evidencia de que a Nação está ao sabor desse jogo de cartas marcadas (leia a cortante análise de Maria Inês Nassif; nesta pág) em que a investigação cumpre papel acessório  à sentença, foi  a prisão do tesoureiro do PT , João Vaccari Neto, de sua esposa, Giselda Rousie de Lima, e da nora, Marice Corrêa de Lima.

Quatro dias após à prisão da nora de Vacari , em 17/04 –antes declarada foragida e assim denegrida pelo jornalismo isento durante as 48 horas em que se encontrava  em um Congresso sindical no Panamá, o juiz Sergio Moro pediu a prorrogação de sua detenção.

Justificando-a, em pomposa declaração à mídia,  praticamente  sentenciou a investigada.

"Embora Marice não tenha sido identificada nominalmente, os vídeos apresentados não deixam qualquer margem para a dúvida de que a pessoa em questão é Marice Correa de Lima", afirmou o juiz Sérgio Moro, no feriado da última terça-feira (Globo.com 21/04/2015 12h22)

O responsável pela Lava Jato respaldou sua esférica assertiva no exame de imagens das câmeras de segurança de um banco, a partir das quais o ‘método Paraná’ de investigações corroborou a manchete preconcebida.

Aquela nacionalmente martelada nas horas seguintes, que  atribuía  à Marice Corrêa de Lima a responsabilidade por depósitos considerados suspeitos na conta da irmã, Giselda (esposa do tesoureiro do PT).

Pronto. Mais uma porta da corrupção petista arrombada pelo ‘método Paraná’.

No pedido de prorrogação, Moro alegou que a medida ‘oportunizará’ novo depoimento de Marice "na qual ela poderá esclarecer ou não sua participação nos depósitos em espécie realizados na conta da esposa de João Vaccari Neto e as circunstâncias que envolveram esses fatos".

O ‘método Paraná’ de investigações sustentava  que entre 2008 e 2014, a mulher de Vaccari, Giselda Rousie de Lima recebeu cerca de R$ 323 mil em depósitos  da ordem de R$ 10 mil mensais.

As quantias em alguns casos teriam sido depositadas em caixas eletrônicos.

O vídeo alardeado por Moro, de março de 2015, fecharia a peça condenatória contra Marice. Seria ela a mulher que  aparece em uma agência bancária, efetuando um depósito.

“Assim, tudo indica que Giselda recebe uma espécie de “mesada” de fonte ilícita paga pela investigada Marice (em depósitos)  feitos até março de 2015”, diziam os procuradores, segundo o portal Globo.com.

Em depoimento à Polícia Federal, Marice , em vão, afirmou não ter feito nenhum depósito para Giselda em março de 2015.

Sim, em vão, porque o ‘método Paraná’ já tinha seu labirinto decifrado.

“Nesse contexto, a prisão preventiva de Marice é imprescindível para a garantia da ordem pública e econômica, pois está provado que há risco concreto de reiteração delitiva”, defendia o MPF, que ainda pedia a apuração da viagem dela ao Panamá, "pois levanta suspeitas da manutenção de depósitos ocultos no exterior, como por diversas vezes se verificou com outros investigados nesta operação".

O juiz Sérgio Moro foi alpem.

O herói substituto de Joaquim Barbosa na narrativa conservadora avaliou como ‘perturbadora a extensão temporal aparente da prática criminosa’ por parte de Marice Corrêa de Lima.

No mesmo despacho em que determinou a prorrogação da prisão temporária, o magistrado menciona que há registros de envolvimento de Marice no escândalo do Mensalão.

Vai por aí o ‘método Paraná’.

Atire primeiro.

Pergunte depois.

O constrangimento do ambiente jurídico é que as fotos e vídeos sobre os quais se baseou o assertivo e pomposo ajuizamento de Moro neste caso  desmentem o  preconcebido de forma clara, serena e ostensiva.

Será apenas um ponto fora da curva na Lava Jato? Ou a síntese de um ambiente condenatório embalado pela cumplicidade irrestrita daqueles que em vez de arguir  incensam o flerte com o arbítrio?

Agora se sabe , da boca do próprio juiz Moro,  que Marice não era a mulher dos  vídeos que, há dois dias, ele dizia ‘não deixarem qualquer margem para a dúvida de que a pessoa em questão é Marice Correa de Lima" (Globo.com 21/04)

A mídia tolamente hipnotizada ou deliberadamente cínica, em boa parte cúmplice do ‘método Paraná’ de sentenciar antes, para investigar depois, olhava para as fotos dos vídeos publicadas em suas próprias página como os bobos da corte da fábula do Rei Nu: elogiava a fina seda do monarca de Curitiba.

E Moro estava despudoramente nu de razão neste caso.

Mas de tal forma confiante no silencio obsequioso da mídia aliada que não hesitava em expor ao ridículo suas palavras, lado a lado das fotos que as contradiziam.

E a mídia nada disse diante do exclamativo estupro das evidências.

Nada disseram os colunistas da indignação seletiva  nas longas, constrangedoras últimas 48 horas em que as fotos circularam como a criança da fábula que gritava ‘ o rei está nu, o rei está nu’.

Foi preciso o próprio rei admiti-lo para  jornalismo genuflexo, de novo, endossa-lo.

As irmãs Giselda (esposa de Vaccari) e Marice (nora) são parecidas.

Mas não são iguais.

Da análise pedestre, a olho nu, sem a ajuda dos recursos digitais hoje disponíveis, avultava a diferença entre a nora condenada pelo ‘método Paraná’ e a imagem capturada pela PF das câmeras do caixa automático.

Quem fazia o depósito a Giselda nos vídeos era a própria Giselda.

Só Moro não via –ou não podia ver sem ter que descartar mais uma peça teimosa do lego com o qual quer levar o  PT ao inferno, a Petrobras ao fundo do pre-sal, as empreiteiras nacionais a falência e o Brasil ao buraco sem fim. Ou pelo menos tenta-lo  até 2018,  quando então, os bobos da corte que hoje elogiam a seda fina de seu traje invisível   vestiriam outro monarca para catapulta-lo ao trono do Brasil.

Erros acontecem.

Evitá-los é o dever de todos.

Sobretudo, porém, é o dever de um juiz não ceder à sulforosa sofreguidão dos que antepõem aos fatos -e às fotos--  a sua opção política,  temerariamente envelopada em força de lei, como se a investigação legal fosse um jogo de truco cuja principal matéria prima é o blefe contra adversários políticos marcados para morrer.

O caso Marice/Giselda pode não ser um ponto fora da curva na circularidade vertiginosa em que evolui a Lava Jato.

Não se faça juízo prévio dos fatos em investigação neste episódio ou em qualquer outro em questão.

Não só da Lava Jato, mas também da extensão imponderável dos ilícitos  no metrô de SP ou no escândalo de Furnas em que, segundo depoimento público do doleiro  Alberto Youssef –esquecido pela monarquia de Curitiba--  Aécio Neves e a irmã desfrutaram de um comissionamento de longos cinco anos a US$ 100 mil por mês.

Dê-se a todos a isonômica e devida presunção da inocência.

Antes que condenações prévias, a exemplo do caso caricatural das irmãs Marice/Giselda, subordinem o ambiente jurídico brasileiro ao arbítrio de um rei nu e ao elogio da seda fina que o veste por parte dos bobos da corte.

Fonte: CARTA MAIOR
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O “mico” do Moro é a moral do lobo. 

Se não foi a Marice, foi a Giselda, prendam assim mesmo!

23 de abril de 2015 | 13:59 Autor: Fernando Brito
gisel

Então o Dr. Moro mandou soltar a cunhada de João Vaccari, Marice Correa, que foi exposta em toda a mídia nacional por sua “imagem” fazendo depósitos num caixa automático para sua irmã, Giselda.

É que Marice não era Marice, mas era Giselda, depositando seu próprio dinheiro na sua própria conta.

Mas, o mesmo Dr. Moro não tinha hesitado em prorrogar a prisão de Marice, porque ela havia “mentido” ao dizer a verdade, que não tinha depositado nada.

Durante dois dias ouviu-se o douto Ministério Público dizer – prepare a risada – que grandes esquemas de lavagem de dinheiro se faziam com depósito “picadinhos” (máximo de R$ 2 mil) em caixas automáticos, aqueles do envelope.

E viu-se Sua Excelência manter a privação de liberdade de uma pessoa porque “conforme fotos que o MPF apresentou em juízo, a semelhança de fato é notável, o que levou este Juízo a afirmar que seria a mesma pessoa”.

Segundo a Folha, foi peremptório: “O juiz chegou a afirmar que os vídeos “não deixavam qualquer margem para dúvida” e acusava Marice de “faltar com a verdade flagrantemente”

Uma simples pergunta desmonta tudo: se os bancos gravam seus caixas automáticos para terem segurança de quem efetua a operação, desde quando fazem isso com as pessoas “de costas” ou lhes aparecendo apenas “o cocoruto”. Todos os caixas tem câmaras frontais, no próprio terminal, Dr. Moro, o senhor nunca usou um?

É só ter indagado dos promotores onde estavam estas imagens frontais.

Simples assim.

Mas o direito das pessoas que caiam sob a vara do Dr. Moro não merecem cuidados, a menos que queiram sair negociando para delatar.

Fora daí, todo mundo em cana.

Como deixam claras as palavras do juiz, é como na história do lobo: se não foi você, foi seu pai, seu tio, seu avô


Fonte: TIJOLAÇO
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O mico acima relatado no texto me lembra de muitos outros , no entanto, um em especial, relatado em um livro que li ( não me recordo se o FEBEAPÁ de Sérgio Porto ou algum livro do Carlos Eduardo Novaes ) diz respeito a uma senhora, com idade já um pouco avançada, um tanto gordinha, que caminhava pelo saguão do aeroporto internacional do Galeão, lá pelos anos da década de 1960, em plena loucura da ditadura militar.

A dita senhora caminhava com alguma dificuldade e revelava um grande volume em um dos lados de seu corpo , por baixo de suas roupas e logo abaixo da região lombar.

Os agentes de segurança do aeroporto, desconfiados, pensando tratar-se de alguma comunista ou terrorista portando um artefato explosivo, abordaram a senhora , até mesmo com alguma truculência, e a levaram pelos braços para uma sala privada do aeroporto.

Assustada, e sem entender nada, a senhora começou a ser interrogada por conta do tal volume desproporcional, que logo foi esclarecido como sendo um defeito físico na região glútea, no lado direito de seu corpo.



O juiz Moro é a região glútea do nosso Judiciário , que se comporta como os agentes de segurança do aeroporto, como se estivéssemos vivendo em um regime de exceção, na fila de um caixa eletrônico, em busca do status de celebridade, para poder comprar um automóvel Porsche e, depois de tudo, ganhar um prêmio do Grupo Globo.



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