terça-feira, 3 de março de 2015

O fim das religiões

Em culto da Universal, jovens ‘gladiadores’ se

dizem ‘prontos para a batalha’


Reprodução Youtube

Um vídeo publicado pela Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) do Ceará na internet mostra jovens marchando, batendo continência e gritando que estão “prontos para a batalha” durante um culto realizado em Fortaleza.

Os jovens fazem parte de um programa da igreja chamado Gladiadores do Altar, voltado à preparação de rapazes de “diversas idades para servir a Deus no Altar”, segundo informa o site da Iurd. O programa, que é ligado à Força Jovem Universal, foi lançado no ano passado.

“O projeto realiza reuniões semanais com os rapazes que estão dispostos a abrir mão de suas vidas para que outras pessoas sejam ajudadas, cumprindo assim o que Jesus disse: ‘Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura'”, diz o site da Universal.

A igreja publicou o vídeo no Facebook no dia 15 de fevereiro e, até a noite desta segunda-feira, 2, tinha mais de 921 mil visualizações. Na gravação, dezenas de rapazes surgem marchando até o pé do altar, onde fazem uma espécie de juramento, no qual afirmam que “estão prontos para a batalha”.

“Graças ao Senhor hoje estamos aqui prontos para a batalha, e decididos a te servir. Somos gladiadores do seu altar. Isso é uma decisão. Todos os dias enfrentamos o inferno confiantes em sua santa proteção”, gritam os jovens. Ao fim do discurso, perguntados pelo condutor do juramento “o que os gladiadores querem?”, eles respondem em coro: “O altar, o altar, o altar”.

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) postou uma foto dos Gladiadores do Altar em seu perfil do Instagram, com um texto no qual se diz chocado com a “milícia” que, segundo ele, vem sendo formada pelo “fundamentalismo religioso do País”.

“O fundamentalismo cristão no Brasil tem ameaçado as liberdades individuais, a diversidade sexual e as manifestações culturais laicas. Agora ele está formando uma milícia que, por enquanto, atende pelo nome de ‘Gladiadores do Altar'”, escreveu o parlamentar. “Quando começarem a executar os ‘infiéis’ e ateus e empurrarem os homossexuais de torres altas como vem fazendo o fundamentalismo islâmico no Oriente Médio? Não é porque tem a palavra ‘cristão’ na expressão que o fundamentalismo cristão deixa de ser perigoso e não fará o que já faz o fundamentalismo islâmico.”

A reportagem entrou em contato na segunda-feira, 2, com a Igreja Universal do Reino de Deus, mas não foi atendida pela assessoria de imprensa.
Fonte: MANCHETE ON LINE
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NOVOS TEMPOS

O fim da religião

Por Luciano Martins Costa em 03/03/2015 na edição 840
Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 3/3/2015
Tornaram-se muito populares, nos anos recentes, vídeos que mostram sessões de exorcismo e supostas curas de males produzidos pelo demônio. Também tem causado muita repercussão manifestações polêmicas do papa Francisco, que se expressa publicamente sobre temas em voga na mídia, como as relações homoafetivas, educação infantil e uso de drogas. Da mesma forma, ganham espaço na imprensa manobras de parlamentares brasileiros tentando impor uma agenda religiosa sobre questões de Estado. No entanto, não estamos falando de religião.
Temos tratado, neste Observatório, do efeito crescente da mídia sobre a sociedade, especialmente na expansão exponencial da cultura de massa, impulsionada pelas tecnologias digitais de comunicação, e de como esse efeito se dá pela construção de simulacros.
O propósito é refletir sobre as consequências de se vivenciar a cópia em vez da vida real, e de observar como grandes contingentes de cidadãos podem ser levados a tomar atitudes contrárias a seus próprios interesses por causa dessa distorção.
Uma busca na internet em torno do nome do papa vai mostrar uma coleção de frases de grande apelo midiático, algumas beirando ideias progressistas, outras repetindo o espírito conservador da Igreja Católica. De vez em quando, ele experimenta uma polêmica, como quando tratou de planejamento familiar, mas em geral suas afirmações tomam o caminho fácil do lugar comum. E o lugar comum é um terreno pantanoso nesta contemporaneidade movida a mudanças.
Por outro lado, no território da mídia nacional, chama atenção a proliferação de eventos televisivos que têm como atração principal a figura do demônio. Explica-se: nos últimos cinco anos, duas das principais organizações chamadas neopentecostais vêm disputando a hegemonia no setor que os estudiosos chamam de “evangelho da prosperidade”, no qual o fiel busca não apenas a salvação de sua alma, mas principalmente um negócio com a divindade que lhe garanta o bem-estar material imediato.
O que esses episódios têm em comum é que nem os líderes das seitas chamadas de neopentecostais, nem o papa, estão praticando religião quando usam a mídia. Estão apenas construindo a imagem que vai posicioná-los nesse contexto mercadológico.
O negócio do diabo
O terreno do sagrado tem outras dimensões e, para a prática dos crentes, precisa apenas de fé e doutrina. As manifestações periféricas, como a cena de um papa chutando uma bola ou de um pastor, profeta, apóstolo (ou como queira ser chamado o líder da congregação), sacudindo o diabo para fora do corpo de alguém, são ações típicas de relações públicas.
No caso de Satanás, o filósofo Vilém Flusser já tratou de desmoralizá-lo publicamente, em sua biografia (não autorizada) intitulada A história do diabo. O personagem que frequenta templos da Igreja Universal do Reino de Deus, da Igreja Mundial do Poder de Deus e outras denominações semelhantes, é um simulacro do ser mítico que habita ainda hoje os temores mais recônditos do ser humano. Trata-se de um personagem de circo.
Aquilo que a mídia muitas vezes chama de religião nada mais é do que a encenação de um compromisso de negócio cuja principal característica é a monetização da salvação da alma que, para ser concretizada, necessita de um processo de securitização, no qual o risco permanente e cotidiano é a ameaça do demônio.
O pagamento do dízimo é o sinal que o crente dá para a aquisição do produto-salvação, que vem com o benefício da prosperidade. Mas esse patrimônio precisa ser protegido pelo seguro contra todas as tentações que possam afastar o fiel desse comércio.
A mulher que se celebrizou no Youtube (ver aqui) por declarar que seu intestino passou a funcionar por causa do “travesseirinho santo” do líder da Igreja Mundial, estava testemunhando o cumprimento desse contrato: o anjo caído havia dado um nó em suas tripas, e bastou comparecer ao culto, adquirir a pequena almofada azul e amarrá-la na cintura para desobstruir seu fluxo intestinal. Têm o mesmo sentido as sessões em que homossexuais são “curados”, numa repetição constante de um espetáculo no qual o demônio é a atração principal.
Qual é o problema? Nenhum, a não ser o fato de que não se trata de religião. Trata-se de um negócio que ocupa canais públicos de rádio e televisão, enquanto as emissoras educativas vivem às moscas e emissoras comunitárias são caçadas como piratas.
Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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Publico  abaixo um excerto do 4º Manifesto dos Rosacruzes - Positio Fraternitatis - publicado em agosto do ano 2000 e disponível no site www.amorc.org.br.

Cabe lembrar  que o Manifesto abordou diversos temas, que hoje, de uma forma ou de outra,  vem se confirmando em partes do planeta, como a crise da água, as alterações climáticas, o caos econômico e financeiro mundial, e uma mudança no paradigma científico, além, claro, do assunto em referência, ou seja, a questão das religões e dos conflitos religiosos.


... a sobrevivência das grandes religiões depende mais que nunca de sua aptidão para renunciar às crenças e posições mais dogmáticas que elas adotaram com o passar dos séculos, tanto no plano moral como no doutrinário. Para que elas perdurem, devem imperiosamente se adaptar à sociedade. Se não se derem conta, nem da evolução das consciências nem do progresso da ciência, elas se condenarão a desaparecer a um prazo mais ou menos longo, não sem provocar ainda mais conflitos étnico-sócio-religiosos. Mas, na realidade, presumimos que seu desaparecimento é inevitável e que, sob o efeito da globalização das consciências, elas darão nascimento a uma Religião universal que integrará o que elas tinham de melhor a oferecer à Humanidade para a sua Regeneração. Por outro lado, pensamos que o desejo de conhecer as Leis divinas, isto é, as Leis naturais, universais e espirituais, há de cedo ou tarde suplantar a necessidade exclusiva de crer em Deus. Nisso, postulamos que a crença um dia dará lugar ao Conhecimento... 

Desde então, o mundo tem assistido ao crescimento do fundamentalismo religioso, com todo tipo de conflitos étnico-sócios-religiosos.

O 11 de setembro, o BoKo Haram, o Estado Islâmico, o Charlie Hebddo e as guerras e conflitos étnicos -religiosos , principalmente em países da África e Ásia.

Assistiu, também, a chegada ao trono  de Pedro, um dos mais  retrógrados e reacionários Papas, Bento XVI.

Assiste, nos dias atuais, ao crescimento do fundamentalismo em todas as correntes religiosas, com o desdobramento de práticas de intolerância e violência.

No caso brasileiro, o proselitismo religioso tem invadido as emissoras de rádio e de TV, onde o diabo tem sido citado diariamente como a fonte de todos os males, e cenas com convulsões de fiéis e até mesmo com distúrbios neurovegetativos, são frequentes e corriqueiras, em qualquer horário do dia.

As dificuldades econômicas, de relacionamento afetivo e de saúde, respondem , praticamente, pela maioria esmagadora das motivações que levam as pessoas a procurarem auxílio nas religiões, principalmente as neopentecostais, as que mais dominam o espectro midiático de concessões públicas.

Também são frequentes nas emissoras de rádio e de TV, ataques à outras correntes religiosas, como no caso das religiões de matriz africana, apontadas, principalmente pelos neopentecostais, mas não somente por estes últimos, como expressões que realizam pactos com o diabo.

Cabe lembrar, em um parênteses, que o diabo é uma invenção do europeu e não dos africanos, já que a culpa não faz parte do imaginário dos povos africanos.

Com a crise econômica que assola o mundo, as religiões  florescem na esteira do sofrimento das pessoas, da ignorância e imbecilidade crescentes  difundidas pelos meios de comunicação e nos conflitos étnicos.

O fim das religiões, citado no artigo de Luciano Martins, ainda não chegou, porém está a caminho, e os problemas decorrentes dessas novas formas de "expressão religiosa" discordando do autor, existem , são muitos, e atualmente se expressam também em políticos e parlamentares , que  tentam impor ao país uma agenda fundamentalista e retrógrada.

Isso acontece no Brasil e em outro países do planeta, justo em momento em que a ciência avança, a passos largos, para uma compreensão mais precisa da vida e dos processos biológicos e evolutivos, o que irá acarretar um salto significativo e  qualitativo nas consciências.

Assim sendo, assistimos no momento dois movimentos, contrários e antagônicos.

A ascenção dos fundamentalismos vai em direção contrária ao avanço do conhecimento na ciência, e se explica e mesmo se sustenta  com base no modelo econômico de globalização e dos valores decorrentes desse modelo, insustentáveis e sem futuro em todos os aspectos.

Isso significa  que  a manutenção do modelo  econômico da globalização aumentará as tensões étnicos-sócios-religiosas, gerando todo tipo de conflitos e guerras e, no caso das relações interpessoais, se verificará um crescimento da violência e da intolerância.

Gladiadores religiosos, soldados de Cristo são expressões e ações já  presentes no nosso cotidiano.

Daí para as armas, é apenas um passo.



segunda-feira, 2 de março de 2015

Paulista poluído

A inveja da elite paulista é uma m…

A elite degradou o Centro de São Paulo e deixou os fâmulos para trás.
Isso é o que fica por baixo do Minhocão. O pessoal de meias brancas corre por cima
Como se sabe, a Cidade Maravilhosa comemora 450 anos com a alegria de quem renasce.

A aliança dos governos do Estado e da Cidade com o Lula e Dilma permitiu realizar obras que farão do Rio um espetáculo de que todo brasileiro se orgulhará.

O orgulho se manifestará com toda a intensidade daqui a um ano, com a Olimpíada, que, como a Copa que não se realizaria, será a melhor de todos os tempos !

A elite paulista não se orgulhará desse feito.

O papel de São Paulo no conjunto de Economia e da Política desaba com a força do ódio que a elite de São Paulo dedica ao PT.

​O que se confunde com o ódio que dedica ao resto do Brasil.

Como dizia o sábio Fernando Lyra: São Paulo não pensa o Brasil.

Agora, quer que o Brasil se afunde !​

O Estadão, que representava a elite cafeeira, vive hoje dos aparelhos que os bancos lhe enfiaram nas veias, como demonstra um Mesquita de veias azuis.

A Fel-lha (ver no ABC do C Af) é o “new money” da aristocracia paulista.

Dinheiro de granja de frango e estação rodoviária.

Veja o que diz um colonista da Fel-lha sobre os 450 anos do Rio:

(…)

O prefeito Eduardo Paes anunciou a recuperação da zona portuária, mas não conciliou os interesses das construtoras com um plano eficiente de ocupação residencial.

Agora urbanistas temem que a região fique deserta nos fins de semana. As torres comerciais sobem rapidamente, mas o único projeto de habitação está com as obras paradas.

A Olimpíada de 2016 ofereceu outras oportunidades, mas falta competência –ou interesse– para aproveitá-las.

(…)

Os gastos começaram em 1994. Depois de vinte e dois anos, os atletas olímpicos correm o risco de velejar sobre o esgoto, entre sofás e pneus à deriva.

Fonte: CONVERSA AFIADA
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Essa elite paulista não aprende.


Lá se vão anos , décadas, séculos e a inveja continua a mesma.

Sempre estão a criticar o Rio de Janeiro, apontando seus dedos para os problemas da cidade.

Devo dizer que tais críticas não são necessárias , pois nós, cariocas, não escondemos nossos problemas, e nem vivemos apenas de nossas belezas naturais.

Nós, cariocas, vivemos.

Não estamos preocupados com os esgotos a céu aberto que são os principais rios que cortam a cidade de São Paulo. Preocupa-nos, a devastação de rios , mares, lagoas e do meio ambiente em geral, não apenas no Brasil, como em todo o planeta.

Os jogos olímpicos de 2016 na cidade maravilha, não são motivo de preocupação para nós, cariocas. Já estamos pra lá de acostumados com a realização - com sucesso - de grandes eventos em nossa cidade.

Por outro lado, como cariocas e vivendo na cidade maravilha mutante, estamos atentos a todas as intervenções dos órgãos públicos no espaço urbano.

As modificações da área portuária da cidade, representam, sem dúvida, uma grande modificação no centro da cidade e os projetos, apesar dos atrasos naturais e culturais, seguirão o planejamento inicial e os riscos citados, como o da habitação, não acontecerão.

Os únicos locais da cidade que ficam totalmente desertos nos finais de semana , são os escritórios das empresas. O carioca adora ir para as ruas, entende-se o motivo.

Quanto aos riscos das provas de vela na Baía da Guanabara, devo dizer que o colunista paulista está totalmente desinformado sobre os projetos em curso para esse tipo de modalidade olímpica.

Talvez o desconhecimento se dê pela ausência de mar na cidade de São Paulo, porém, não vou entrar nesses detalhes.

O projeto para as competições de vela, que acontecerão na Baía de Guanabara, segue o mesmo projeto que foi realizado em Sidney, por ocasião da realização dos jogos olímpicos naquela cidade australiana em 2000.

Assim como a Baia da Guanabara, a Baía de Sidney era totalmente poluída e imprópria para esportes.

Foi feito um projeto, tipo um arco de coleta de efluentes que desaguavam na Baía próximo dos locais de competições, de maneira que o local onde fossem realizadas as competições de vela, não tivesse nenhum tipo de poluição. E foi o que aconteceu, e garantiu a qualidade da água para as competições.

No entanto, o restante da Baía continuou poluído e , somente no ano passado, em 2014, com a continuidade do programa de despoluição, os australianos conseguiram despoluir em 80% toda a Baía de Sidney, o que é um feito e tanto.

No Rio de Janeiro, o comitê organizador dos jogos está implementando o mesmo projeto realizado em Sidney.

Isso significa que nos locais de competição de vela não teremos poluição, no entanto, o restante da Baía continuará poluído e , esperamos , que assim como aconteceu em Sidney, esse projeto continue mesmo depois dos jogos para a despoluição nos níveis de 80% de toda a Baía.

Aliás, o Rio de Janeiro e Sidney, são cidades com muitas semelhanças.

Características de balneário , cosmopolitas , banhadas por mar e Baía e sede dos jogos olímpicos.

Levantou a cabeça

Dilma, o único antídoto contra o fundamentalismo é o confronto

dilmaplanalto
(Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Entendo que Lula deseje pacificar Dilma com o PMDB para que, afinal, eles não acabem participando da trama do impeachment. Entendo que a própria presidenta queira isso. Mas há PMDBs e PMDBs. Não existe mais a possibilidade de Dilma dialogar com o PMDB que Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, representa. O PMDB dos fundamentalistas religiosos, dos que querem transformar o País numa teocracia. Esta gente odeia Dilma, odeia tudo que ela representa. E quer tomar o seu lugar.
A história do PT o empurra para a obrigação de deter a escalada dos fundamentalistas, cujo alvo principal é a presidência da República. Ou Dilma e Lula têm a ilusão de que em 2018 terá este PMDB a seu lado novamente? Em nome da tal governabilidade, o PT dilapidou seu patrimônio ético e político ao longo dos anos que está no poder. Para agradar setores à direita, eliminou os “radicais” do partido, quando em muitos aspectos eles eram o que de melhor o PT tinha. Que falta eles fazem hoje!
Será que o PT acalenta o sonho de permanecer no poder em 2018? Ou melhor: será que o PT será reeleito em 2018? Tenho minhas dúvidas. Mas tanto para permanecer no poder quanto para se preparar para deixá-lo, o partido deveria começar a fazer o que tem de ser feito. Dar ao Brasil de presente a entrada no primeiro mundo de fato, onde a civilidade supera a barbárie. Neste quarto mandato à frente do País, o PT precisa garantir seu lugar na história, como fez Pepe Mujica no Uruguai e mesmo Barack Obama nos Estados Unidos. E acredito que Dilma sairá fortalecida se o fizer. O PT cresce quando confronta.
O contra-ataque no Congresso deveria se basear em quatro projetos basicamente:
1. Imposto sobre grandes fortunas: é um assunto que conta com o apoio de grande parcela da população. Só é polêmico, na verdade, para quem possui grandes fortunas.
2. Legalização da maconha para uso medicinal: segundo pesquisa Datafolha de novembro do ano passado, 56% dos brasileiros se manifestaram contrários à venda da maconha para uso medicinal. Mas e os outros 44%? Uma boa campanha não seria capaz de modificar o pensamento de quem se opõe? Se o próprio ex-presidente FHC, que é da oposição, participa de campanhas a favor… Este é um tema caro à esquerda brasileira, tão menosprezada pelo PT nos últimos anos. E o ideal é que fosse um projeto que abarcasse também o uso e o plantio para consumo próprio, o que elimina o narcotráfico.
3. Reforma política: um projeto próprio e avançado, com tudo que o PT sempre quis colocar em pauta. Voto em lista, financiamento público de campanha e aumento da participação da mulher. Nada mais perfeito para mostrar quem está mesmo preocupado com a ética na política.
4. Criminalização da homofobia: pesquisa do Ibope de setembro do ano passado mostrou que 53% dos brasileiros são contra o casamento gay, mas 40% são a favor. Trata-se de uma parcela muito significativa da população que se mostra partidária da tolerância com o semelhante e que precisa ser atendida em seu desejo de que o País avance no combate ao preconceito. Sem contar que os cidadãos LGBTs votaram em Dilma, ela lhes deve isso.
Ao apresentar estes projetos no Congresso, Dilma iria recuperar imediatamente a simpatia da parcela mais progressista do eleitorado, que é formadora de opinião e foi importantíssima para sua reeleição. E, assim como Obama fez, dará um xeque-mate no conservadorismo religioso, porque é uma dessas ocasiões em que, mesmo se for derrotada, Dilma ganha. Se perder, o Congresso sairá com uma imagem extremamente retrógrada não só diante do Brasil como do mundo. A presidenta, ao contrário, sairá como a mulher que tentou colocar o País no rumo das nações mais civilizadas do planeta e foi derrotada por políticos atrasados, dignos de república de bananas.
Aposto que seria uma boa briga e que só faria bem à popularidade da presidenta. Um antídoto contra o golpismo dos fundamentalistas, que dificilmente conseguiriam levantar a cabeça de novo. Se, em vez disso, o PT e Dilma resolverem baixar a cabeça, cedendo cargos e espaço no governo para o conservadorismo, nada mais farão que dar um tiro no próprio pé e enterrar o partido de vez. Além de colocar o Brasil no rumo das trevas.
Ninguém aguenta mais a covardia que o PT está demonstrando no governo. Afinal, a presidenta tem coração valente ou era só truque de marketing? Vai para cima deles, Dilma!
(Mais para o final do mandato, a presidenta Dilma deveria apresentar ao País um bom projeto para a legalização do aborto. Está mais do que na hora e ela é a pessoa certa para fazê-lo e passar à história. Tenho certeza disso.)
Fonte: SOCIALISTA MORENA
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Não, Noblat, Lula não é uma ameaça á democracia. É uma ameaça à ditadura da mídia

2 de março de 2015 | 10:13 Autor: Fernando Brito
noblatreinaldo
Começo o dia lendo a coluna de Ricardo Noblat, em O Globo, espantado em como o “estilo Veja” de jornalismo mediúnico – e grosseiro – passou a ser uma regra na imprensa brasileira.
Noblat conta histórias “em detalhes” sobre encontros privados de Dilma e um “presidente de uma entidade financeira estatal”:
“Cale a boca. Cale a boca agora. Você tem 50 milhões de votos?”
Ao ler, ocorreu-me: que tipo de “presidente de uma entidade financeira estatal”  ouviria um “cale a boca” sem, ato contínuo, pedir as contas e ir embora?
E será que alguém que ouvisse isso, murchasse as orelhas e seguisse no cargo ia contar a “proeza” de ter sido assim humilhado?
No máximo de boa-vontade com Noblat, para o caso de ele ter conversado mesmo com um masoquista deste jaez, é de presumir que – tratando-se de pessoa de tão pouco caráter assim – possa simplesmente ser uma mentira.
Depois, descreve algo semelhante envolvendo o próprio Lula, desta vez com interlocutores identificados: José Dirceu, Gilberto Carvalho e Luís Gushiken.
Consegue o distinto leitor e a cara leitora imaginar um dos três procurando Noblat para contar-lhe como foram “escovados” por Lula, já presidente da República?
Depois, diz que “Lula não perdoa Dilma por ela não ter cedido a vez a ele como candidato no ano passado”.
Mesmo, Noblat?
Lula lhe disse isso?
Ou foi a Marta Suplicy?
Ou os “espíritos”?
Se Lula, de fato, quisesse ser candidato, estava aí mesmo o “Volta, Lula” para embalá-lo e ninguém que conheça o PT pode sequer imaginar que Dilma teria forças para resistir a esta pretensão do ex-presidente.
Afora o “modo Chico Xavier” de apurar diálogos, Noblat incorre no caminho da grosseria, algo que os comentaristas políticos, até por necessidade de manter diálogo em todas as áreas, foge.
Falo dos comentaristas políticos, não dos propagandistas da direita feroz, no padrão Arnaldo Jabor e Reinaldo Azevedo.
Mais grave ainda porque Noblat deveria guardar o exemplo de Carlos Castello Branco, que conheceu no  velho Jornal do Brasil, e que, por qualidade de texto e por ter modos, jamais escreveria frases de pretensão divina como as que ele escreve hoje.
“(Lula) procede assim por defeito de caráter”
“(Lula) agora (é) um milionário lobista de empreiteiras”
Em que Noblat se converteu, em Sérgio Moro de um tribunal de caráter?
Mas há algo que é verdadeiro no que ele escreve, o fato de Lula ser uma ameaça e que é
Não à democracia, como afirma, sem maiores explicações.
Mas a algo que a prepotência açula e o farisaísmo dissimula.
À ditadura da mídia, com sua monocórdia voz, a dizer quem e o que serve para o Brasil.
Falta só arranjar um chapéu para o Noblat.
Fonte: TIJOLAÇO
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Desde que tomaram a quarta derrota seguida para o PT - em outubro de 2014 - a velha mídia e as  oposições partiram para um clima de guerra, de confronto declarado com o objetivo de impedir que Dilma governe e até mesmo de criar um clima para instaurar um processo de impeachment à Presidenta. 

Isso tem nome e chama-se golpe.

O governo e as esquerdas, desde então , vem assistindo calados as investidas das oposições e da velha mídia, até que , no final do mês de fevereiro, intelectuais e setores da esquerda resolverem se manifestar contra as investidas de tentativas de golpe e de destruição da Petrobras.

Como resultado da ação das esquerdas, que teve a presença de Lula, um clima de mobilização começa a ser formado para o confronto com os setores golpistas da direita.

Cintes da mobilização das esquerdas, os setores golpistas mudaram o discurso e , através de nota do PSDB,informaram que não são favoráveis ao impeachment da Presidenta, em uma estratégia, clara, de tentar desmobilizar a esquerda.

Em seguida, a velha mídia, como globo a frente, cita declaração do Clube Militar em que afirma que Lula é um agitador.

Hoje , vemos  colunistas da velha mídia dizendo que Lula é uma ameaça a democracia.

Bastou o PT  e as esquerdas entrarem em campo para o confronto, para que a velha mídia, passasse a acusar as esquerdas - mais precisamente Lula - daquilo que eles, a direita, representam para o país, ou seja, uma ameaça a democracia.

No quadro político atual, é importante que os setores de esquerda e os movimentos sociais, se unam , ainda mais, para fazer frente as ações golpistas da oposição e às mentiras diárias da velha mídia.

Como bem citado no texto acima, o único antídoto para o fundamentalismo é o confronto, e a o momento é de avançar.

Na roça, é comum a crença  de que o boi é um animal calmo, de cabeça baixa, o dia inteiro comendo. No entanto, quando o animal levanta a cabeça e parte pra cima , sai da frente, pois é de meter medo.

O PT e as esquerdas levantaram a cabeça, e assim devem continuar até que acabem com o fundamentalismo  e as investidas golpistas da direita.

A ideologia de esquerda é boa para a saúde

Quem fica na esquerda envelhece mais devagar….

Por Renato Rovaimarço 1, 2015 13:28

Será que o PT envelheceu? Será que o PT vai precisar deixar o poder e sofrer uma grande derrota para que se abram as portas para novas lideranças? Será que o PT é refém de Lula? Será que o PT errou ao achar que poderia ser um partido forte apenas ganhando eleições? Será que boa parte dos vereadores e prefeitos do PT tem clareza do projeto político que o partido defendeu na sua história? Será que boa parte deles ficaria no partido se Aécio fosse hoje o presidente da República?
O PT enfrenta um dos anos mais difíceis da sua trajetória e exatamente quando tem quatro anos pela frente na liderança do governo federal.
Mas o que poderia ser uma vantagem, se torna uma enorme desvantagem. Porque o partido fica amarrado às decisões do governo. O que lhe ajuda a envelhecer mais ainda se o governo não ousar. Se o governo for careta.
A despedida de hoje de Pepe Mujica da presidência do Uruguai é uma demonstração clara de que os projetos políticos envelhecem, mas isso não significa que se tornem velhos ou velhacos.
Podem ser modernos e conectados ao seu tempo. Podem enfrentar temas polêmicos e não se associar a práticas conservadoras.
O PT poderia continuar envelhecendo, mas seguindo o exemplo de Mujica.
Ainda há tempo. E para que isso aconteça ele terá de impulsionar o governo a sair da agenda negativa a qual ele se enredou. E abrir caminhos para debates que polarizem a sociedade pela esquerda.
Quem fica na esquerda envelhece mais devagar.
Mujica que o diga.

Fonte: Blog do Rovai 
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Taí uma tese interessante que já venho pensando por algum tempo.

Nas ideologias da esquerda, as pessoas vivem mais, sem ansiedade, focadas na vida real  e com valores altruísticos.

A lista é grande:
Jose Mujica, Fidel Castro, Raul Castro, Oscar Niemeyer, Luis Carlos Prestes, Apolônio de Carvalho, Mario Lago, Jorge Amado, Nelson Mandela e muitos mais.

O pessoal da direita que vive muito, via de regra, são somente os milionários, que com o dinheiro esticam a vida.

A ideologia de esquerda é boa para saúde.