terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Está chegando a hora

Por que a Globo vai acabar

“De receptores passivos, os cidadãos estão passando a ser, mediante o uso massivo das redes sociais, “produtores-difusores”, ou produtores-consumidores (prosumers)” 



Conversa Afiada reproduz artigo de Ignácio Ramonet(*), extraído da Carta Maior:



O FIM DA TELEVISÃO COMO A CONHECEMOS


A TV virará apenas uma tela de conforto, simples extensão das grandes empresas americanas da web, que detêm cada vez mais informações sobre seus usuários.


A televisão continua mudando rapidamente. Essencialmente, pelas novas práticas de acesso aos conteúdos audiovisuais que observamos sobretudo entre as gerações jovens. Todos os estudos realizados sobre as novas práticas de uso da televisão nos EUA e na Europa indicam uma mudança acelerada. Os jovens telespectadores passam do consumo “linear” da TV para um consumo de programas gravados e “à la carte” em uma “segunda tela” (computador, tablet, smartphone). De receptores passivos, os cidadãos estão passando a ser, mediante o uso massivo das redes sociais, “produtores-difusores”, ou produtores-consumidores (prosumers).

Nos primeiros anos da televisão, o comportamento tradicional do telespectador era olhar os programas diretamente na tela de seu televisor da sala, mantendo-se frequentemente fiel a um mesmo (e quase único) canal. Com o tempo, tudo isso mudou. E chegou a era digital. Na televisão analógica, já não cabiam mais canais e não existia a possibilidade física para acrescentar novos, pois um bloco de frequência de seis mega-hertz equivale a um só sinal, um só canal. Mas, com a digitalização, o espectro radioelétrico se fraciona e se otimiza. A cada frequência de 6 MHz, em vez de um só canal, podem-se transmitir até seis ou oito canais, e dessa forma se multiplica a quantidade de canais. Onde antes havia sete, oito ou dez canais agora existem cinquenta, sessenta, setenta ou centenas de canais digitais…

Essa explosão do número de canais disponíveis, particularmente por cabo e satélite, tornou obsoleta a fidelidade do telespectador a um canal de preferência e suprimiu a linearidade. Como consequência, abandonou-se a fórmula do menu único para consumir pratos à la carte, simplesmente zapeando com o controle remoto entre a multiplicidade de canais.

A invenção da web – há 25 anos – favoreceu o desenvolvimento da internet e o surgimento do que chamamos de “sociedade conectada” mediante todo tipo de links, desde o correio eletrônico até as diferentes redes sociais (Facebook, Twitter, etc.) e mensagens de texto e imagem (WhatsApp, Instagram etc.). A multiplicação das novas telas, agora nômades (computadores portáteis, tablets, smartphones) mudou totalmente as regras do jogo.

A televisão está deixando de ser progressivamente uma ferramenta de massas para se transformar em um meio de comunicação consumido individualmente através de diversas plataformas, de forma posterior e personalizada.

Essa forma de ver programas gravados se alimenta em particular dos sites de replay dos próprios canais de televisão, que permitem, via internet, um acesso não linear aos programas. Estamos presenciando o surgimento de um público que conhece os programas e as emissões, mas não conhece obrigatoriamente a grade de programação e nem sequer o canal de difusão ao qual esses programas originalmente pertencem.

A essa oferta, já muito abundante, se somam agora os canais online da Galáxia da Internet. Por exemplo, as dezenas de canais difundidos pelo YouTube, ou os sites de vídeos alugados sob demanda. Até o ponto de já não sabermos sequer  o que significa a palavra “televisão”. Reed Hastings, diretor da Netflix, o gigante norte-americano de vídeos online (com mais de 50 milhões de assinantes), declarou recentemente que “a televisão linear terá desaparecido em vinte anos porque todos os programas estarão disponíveis na internet”. É possível, mas não é certo.

Os próprios televisores também estão desaparecendo. Nos aviões da companhia aérea American Airlines, por exemplo, os passageiros da classe executiva já não dispõem de telas de televisão, nem individuais nem coletivas. Agora, cada passageiro recebe um tablet para que ele mesmo faça seu próprio programa e se instale com o dispositivo da forma como achar melhor (encostado, por exemplo). Na Norvegian Air Shuttle, se vai ainda mais longe. Não existem telas de televisão no avião, nem tampouco entregam tablets, mas o avião tem internet wifi e a empresa parte do princípio que cada passageiro leva uma tela (um computador portátil, ou tablet, ou smartphone) e que basta com que se conecte ao site da Norvegian para ver filmes, séries, programas de TV ou ler jornais (que já não são mais partilhados…).

Jeffrey Cole, professor norte-americano da UCLA, especialista em internet e redes sociais, confirma que a televisão será vista cada vez mais pela Rede. “Na sociedade conectada, a televisão sobreviverá, mas diminuirá seu protagonismo social, ao passo que as indústrias cinematográfica e musical poderiam se desvanecer”, diz.

No entanto, Jeffrey Cole é muito mais otimista do que o diretor da Netflix pois afirma que, nos próximos anos, a média de tempo dedicada à televisão passará de entre 16 a 18 horas semanais atualmente para até 60 horas, dado que a televisão, segundo Cole, “vai saindo das casas” e poderá ser vista “a todo momento” graças a qualquer dispositivo com tela, apenas se conectando à internet ou mediante a nova telefonia 5G.

Também é preciso contar com a competência das redes sociais. Segundo o último relatório do Facebook, quase 30% dos adultos norte-americanos se informam por meio do Facebook e 20% do tráfego das notícias provêm dessa rede social. Mark Zuckerberg afirmou há alguns dias que o futuro do Facebook será em vídeo: “Há cinco anos, a maior parte do conteúdo do Facebook era texto. Agora, evolui para o vídeo porque é cada vez mais fácil gravar e compartilhar”.

Por sua vez, o Twitter também está mudando de estratégia: está passando do texto ao vídeo. Em um recente encontro com os analistas de Wall Street, Dick Costolo, conselheiro do Twitter, revelou os planos do futuro próximo dessa rede social: “2015 será o ano do vídeo no Twitter”. Para os usuários mais antigos, isso tem o sabor de traição. Mas, segundo Costolo, o texto, sua essência, os célebres 140 caracteres iniciais, está perdendo importância. E o Twitter quer ser o ganhador na guerra do vídeo dos telefones portáteis.

Segundo os planos da direção do Twitter, podem-se subir vídeos do smartphone para a rede social a partir de agora, início de 2015. Passará dos escassos seis segundos atuais (possibilitados pelo aplicativo Vine) até acrescentar um vídeo tão logo quanto possível diretamente na mensagem.

O Google também quer agora difundir conteúdos visuais destinados a sua gigantesca clientela de mais de 1,3 bilhões de usuários que consomem cerca de seis bilhões de horas de vídeo por mês… Por isso, comprou o YouTube. Com mais de 130 milhões de visitantes únicos por mês nos Estados Unidos, o YouTube tem uma audiência superior à do Yahoo!. Nos EUA, os 25 principais canais online do YouTube têm mais de um milhão de visitantes únicos por semana. O YouTube capta mais jovens entre 18 e 34 anos do que qualquer outro canal norte-americano de televisão a cabo.

A aposta do Google é que o vídeo na internet vai pouco a pouco acabar com a televisão. John Farrell, diretor do YouTube na América do Sul, prevê que 75% dos conteúdos audiovisuais serão consumidos via internet em 2020.

No Canadá, por exemplo, o vídeo na internet já está a ponto de substituir a televisão como meio de consumo massivo. Segundo um estudo do instituto de pesquisa Ipsos Reid and M Consulting, “80% dos canadenses reconhecem que, cada vez mais, veem mais vídeos online na rede”, o que significa que, com tal massa crítica (80%!), aproxima-se o momento em que os canadenses verão mais vídeos e programas online do que na televisão.

Todas essas mudanças são percebidas claramente não apenas nos países ricos e desenvolvidos. Também são vistas na América Latina. Por exemplo, os resultados de um estudo realizado pela pesquisadora mexicana Ana Cristina Covarrubias (diretora da empresa Pulso Mercadológico) confirmam que a rede e o ciberespaço estão mudando aceleradamente os modelos de uso dos meios de comunicação no México – em particular, da televisão. A pesquisa trata exclusivamente dos habitantes do Distrito Federal do México e abrange grupos precisos da população: 1) jovens de 15 a 19 anos; 2) a geração anterior, pais de família entre 35 e 55 anos de idade com filhos de 15 a 19 anos. Os resultados revelam as seguintes tendências: 1) tanto no grupo dos jovens como na geração anterior, as novas tecnologias penetraram em grandes proporções: 77% possuem telefone móvel, 74% possuem computador e 21%, tablet, e 80% têm acesso à internet. 2) O uso da televisão aberta e gratuita está caindo e se situa apenas em 69%, ao passo que o da televisão paga está subindo e já alcança os 50%. 3) Por outro lado, aproximadamente a metade dos jovens que assistem televisão (29%) usam o televisor como tela para ver filmes que não estão na programação de TV: assistem DVD/Blu-ray ou Internet/Netflix. 4) O tempo de uso diário do telefone móvel é o mais alto de todos os aparelhos digitais de comunicação. O celular registra 3 horas e 45 minutos. O computador tem um tempo de uso diário de 2 horas e 16 minutos, e o tablet de 1 hora e 25 minutos; e a televisão de apenas 2 horas e 17 minutos. 5) O tempo de visita a redes sociais é de 138 minutos diários para Facebook e 137 para WhatsApp; para a televisão, é de apenas 133 minutos. Se somarmos todos os tempos de visitas a redes sociais, o tempo de exposição diária à internet é de 480 minutos, o equivalente a 8 horas diárias, ao passo que o da televisão é de apenas 133 minutos, equivalentes a 2 horas e 13 minutos. A tendência indica claramente que o tempo dedicado à televisão foi rebaixado amplamente pelo tempo dedicado às redes sociais.

A era digital e a sociedade conectada já são, portanto, realidades para vários grupos sociais na Cidade do México. E uma de suas principais consequências é o declínio da atração pela televisão, especialmente a de sinal aberto, como resultados do acesso aos novos formatos de comunicação e aos conteúdos oferecidos pelos meios digitais. O grande monopólio do entretenimento que era a televisão aberta está deixando de sê-lo para ceder espaço aos meios digitais. Quando antes um cantor popular poderia ser visto por vários milhões de telespectadores (cerca de 20 milhões na Espanha) em um programa de sábado à noite, por exemplo, agora esse mesmo cantor precisa passar por 20 canais diferentes para ser visto por cerca de 1 milhão de telespectadores.

De agora em diante, o televisor estará cada vez mais conectado à internet (é o caso da França, para 47% dos jovens entre 15 e 24 anos). O televisor se reduz a uma mera tela grande de conforto, simples extensão da web que procura os programas no ciberespaço e na Cloud (“Nuvem”). Os únicos momentos massivos de audiência ao vivo, de “sincronização social” que continuam reunindo milhões de telespectadores, serão então os noticiários em caso de atualidade nacional ou internacional de caráter espetacular (eleições, catástrofes, atentados etc.), os grandes eventos esportivos ou as finais de jogos do tipo reality show.

Tudo isso não é apenas uma mudança tecnológica. Não é só uma técnica, a digital, que substitui a outra, a analógica, ou a internet que substitui a televisão. Isso tem implicações de muitas ordens. Algumas positivas: as redes sociais, por exemplo, favorecem o intercâmbio rápido de informação, ajudam a organização dos movimentos sociais, permitem a verificação da informação, como é o caso do WikiLeaks… não restam dúvidas de que os aspectos positivos são numerosos e importantes.

Mas também é preciso considerar que o fato de a internet estar tomando o poder nas comunicações de massas significa que as grandes empresas da Galáxia da Internet – ou seja, Google, Facebook, Facebook, YouTube, Twitter, Yahoo!, Apple, Amazon etc.–, todas elas norte-americanas (o que já constitui um problema em si mesmo…), estão dominando a informação planetária. Marshall McLuhan dizia que “o meio é a mensagem”, e a questão que se coloca agora é: qual é o meio? Quando vejo um programa de TV na web, qual é o meio? A televisão ou a internet? E, em função disso, qual é a mensagem?

Sobretudo, conforme revelou Edward Snowden e como afirma Julian Assange em seu novo livro “Quando Google encontrou o WikiLeaks”, todas essas megaempresas acumulam informações sobre cada um de nós a cada vez que utilizamos a rede. Informações que são comercializadas, vendidas a outras empresas. Ou também cedidas às agências de inteligência dos EUA, em particular a Agência Nacional de Segurança, a temida NSA. Não nos esqueçamos de que uma sociedade conectada é uma sociedade vigiada, e uma sociedade vigiada é uma sociedade controlada.



*jornalista espanhol. Presidente do Conselho de Administração e diretor de redação do “Le Monde Diplomatique” em espanhol. Editorial Nº: 231. Janeiro de 2015.

Fonte: CONVERSA AFIADA
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A imprensa, a televisão, a mídia de uma maneira geral vivenciam um momento de profundas transformações.
Os grandes jornais impressos , generalistas, encolhem a cada dia e a tendência aponta que em duas décadas não mais existam.
A realidade digital, informativa ou opinativa, retrata o aqui, o agora, enquanto os jornalões impressos  se apresentam , nas bancas, com o passado, a batalha do dia anterior.
Em tempos midiáticos, até mesmo um ataque terrorista é transmitido ao vivo, para todo o mundo, como foi o  segundo ataque às torres gêmeas.
Os impressos, revistas e jornais, em um futuro próximo sobreviverão apenas em nichos específicos. 
Jornais impressos  como globo, folha e estado estão com os dias contados e a sobrevivência da marca não significa a inclusão no meio digital. 
O percentual de rejeição de um simples transplante é alto.
Um novo modelo deve surgir naturalmente, uma vez que através das novas tecnologias de informação e comunicação o consumidor de informação não mais tem o contato físico com o conteúdo, o toque no papel, o intervalo para reflexão com o jornal sobre o corpo.
Para os mais antigos isso pode representar um baque terrível, uma perda de indentidade, uma fluidez, uma ausência de realidade em função da inexistência de algo físico. 
De início tem-se a sensação de que a informação não tem conteúdo, é virtual, flutua ou outra sensação parecida. 
Consome-se informação durante atividades físicas, no trabalho , caminhado  e sabe-se lá onde mais.
A nova informação, que se impõe, deve ser objetiva, profunda e de rápida assimilação. 
Uma tarefa dificílima para os  jornalistas atuais, quase todos enquadrados pelos patrões.
O consumidor passivo é uma espécie em extinção, apenas os jurássicos, saudosistas e nostálgicos ainda resistem.
De fato, é uma mudança de grandes proporções, e como mudanças sempre são complexas, mais difícil ainda vivenciá-las e entendê-las  durante o processo em que ocorrem.
Isto dito, não deve-se estranhar que um copo vazio pode para alguns estar cheio de ar e  para outros simplesmente vazio.
Minha iniciação no jornalismo digital  foi uma tentativa de ler meu jornal preferido na época, o Jornal do Brasil, na internet. Isso aconteceu na metade da década de 1990. 
Em lugar de ler o jornal na tela do computador, resolvi imprimir todo o jornal para em seguida ler os conteúdos.
Foi horrível. 

Não me identifiquei com o papel, com o tamanho e a textura  das folhas, com o simples virar de página. 

Tive a sensação de estar lendo algo diferente daquilo que lia todos os dias. 

Naquele momento descobri que uma profunda mudança estaria em curso e o velho JB, que senti em minhas mãos diariamente por décadas, a partir daquele dia deixou de existir.
Depois da experiência horrível, passei a ler o JB diretamente na tela do computador e logo percebi que meu paradigma de consumidor de informação tinha mudado.
Mudaram a maneira de consumir a informação, a sequência na busca dos assuntos , e principalmente,  a possibilidade de criar o meu "Jornal do Brasil", lendo textos e artigos de outras fontes, de outros sites, ou simplesmente opiniões interessantes produzidas por pessoas interessantes. 
Com o convívio na rede, também passei a produzir conteúdos, que são lidos por outras pessoas, fazem parte de seus jornais.
Naqueles anos a internete engatinhava no Brasil. 

Hoje, passados em torno de vinte anos, uma nova legião de pessoas busca informação e produz informação através da web, sendo que muitos nasceram e cresceram já no ambiente digital. 
Impossível imaginá-los a frente de um aparelho de TV ou lendo o globo, por exemplo.
Os impressos do passado são peças de ficção, românticos. 

No entanto ,os jornalistas, ainda comportam-se como abutres, como no filme The Front Page, A Primeira Página, em português.
A internet colocou a imprensa nua. 

As mentiras e manipulações do editor do filme acima citado, tão comuns ainda nos dias atuais, não resistem por mais de algumas horas, talvez minutos. 
O tempo dos impressos generalistas passou.
No entanto os jornalistas continuam, vivos, não muito diferentes dos abutres da Primeira Página, e com rigorosos limites ideológicos impostos pelos seus patrões.
Dos impressos , passamos para a televisão.
Outra mídia que debate-se contra a realidade é a televisão, principalmente a TV aberta.
Já se foi o tempo de fidelidade a uma emissora de TV, uma grade específica. 
Como bem citado no artigo de Ramonet, a mudança começou com a invenção do controle remoto, algo em torno de 30 anos aqui no Brasil. 

Imagine , caro e jovem leitor, a televisão sem o controle remoto. 

As famílias confortavelmente largadas no sofá, distantes relativamente do aparelho de TV, assistindo de tudo , por horas , em uma mesma emissora . 
De jornalismo, passando por dramalhões de novelas, seguindo pelo humor  e terminando com mortes e coisas explodindo. 
Como não se trocava de emissora, por comodidade e passividade extrema, as famílias vivenciavam o ursinho que nasceu no zoológico - jornalismo - as lágrimas forçadas dos artistas de TV -  dramalhões de novelas - os mesmo personagens dos humoristas - programas de humor - e mortes, muitas mortes com filmes de muita ação onde cidades inteiras voam pelos ares.
A partir da década de 1990, com a chegada da internete,  a televisão foi perdendo força, espaço e principalmente audiência, o que significa menos dinheiro.
O poder da televisão em formatar consciências é imenso, no entanto não tem sido mais capaz de conduzir a opinião pública, uma vez que os conteúdos de TV são assuntos discutidos  diariamente nos sites e redes sociais. 
A alucinada e obsessiva campanha conduzida pelas emissoras de TV privadas , aqui no Brasil, para impedir mais uma vitória  do PT nas eleições passadas , não foi suficiente para  alterar a opinião do eleitor, assim como as denúncias atacando o governo Dilma via Petrobras, não foram suficientes para diminuir a aprovação do governo Dilma, ao contrário, a popularidade da presidenta subiu.
Estaria a TV aberta, principalmente, perdendo sua capacidade de influenciar diretamente a população de acordo com  seus interesses econômicos e políticos, como fazia com facilidade no passado ?
Certamente que sim, e isso se deve as novas tecnologias de informação e comunicação, uma vez que os consumidores de informação atualmente também são produtores de conteúdos, e as trocas são infinitas nas redes sociais. 

Cabe lembar, ainda, que os usuários das redes sociais , em sua maioria, não tem nenhuma afinidade com os conteúdos das grades das emissoras de TV abertas, ao contrário, são críticos de tais conteúdos e as informações e opiniões circulam entre todos , de forma rápida e objetiva , nas prórpias redes.
Da mudança do paradigma dos jornais impressos, a TV aberta também vivencia uma mudança de paradigma, e os números produzidos pelos institutos de pesquisa de opinião atestam que a queda de audiência da TV vem por mais de uma década.
O papel de mediador de informação, exercido pela imprensa  e TV, vem se diluindo com o surgimento das redes sociais , sites e portais de informação.
O poder de produzir informações e opiniões estaria ganhado outras e outras tantas mãos ?
Certamente que sim e esse tem sido o grande pesadelo para os detentores da informação.
E nesse ambiente de transformações, se inicia , ou se pretende iniciar, discussões e debates sobre o novo marco regulatório para os meios de comunicação, de maneira  a democratizar a informação e concessão de emissoras de rádio e de TV .
Lendo artigo do OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA, de hoje, de autoria do jornalista Alberto Dines, é colocada a questão de como promover um debate sobre a regulamentação dos meios de comunicação, se os próprios meios não permitem que o debate se desenvolva.
A colocação do jornalista procede, porém percebe-se que o nobre decano ainda lê jornalão  impresso, uma vez que debates , discussões acontecem a revelia da velha mídia, caso contrário a presidenta Dilma não teria vencido as eleições.
Na mesma edição do OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA, outro artigo , de autoria de Luciano Martins, coloca que se toda a velha mídia não deseja o debate sobre a regulamentação isso já é um sinal importante para que a regulamentação aconteça, pois a regulamentação visa ampliar a diversidade, que como o caro leitor percebe, não existe na velha mídia.
No mesmo site, observando a imprensa, um vê o copo vazio e outro vê o copo cheio de ar.
Isso é diversidade, é o que se deseja no espectro midiático brasileiro.

Ignorar a realidade das tecnologias de informação e comunicação é coisa de gente ultrapassada, velha de idéias.


segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Uma grande inteligência

Ratos e urubus, larguem nossas fantasias

5 de janeiro de 2015 | 12:08 Autor: Fernando Brito
reveillon
Não há nada mais importante para destruir um povo do que lhe  tirar aquilo que o define: sua identidade , a capacidade de sonhar coletivamente e fazer juntos.
E esta identidade, desde os primórdios da civilização, encontra – próprias ou “importadas e adaptadas” –  as festas como expressão deste sentir coletivo.
Tão intenso que Leonardo Boff, ao defini-las, disse que são “o tempo forte da vida, onde os homens dizem sim a todas as coisas”.
Os mecanismos de dominação, com todo o seu poder, se apropriam das representações simbólicas desta identidade, esvaziam seu significado, empresariam-nas, comercializam-nas e as tentam moldar aquilo que é da própria natureza da dominação: a exploração econômica.
E, no entanto, aquele sentido permanece.
Talvez seja a coisa mais importante a se aprender em política, em economia, na vida.
Que os ratos e urubus, como delirou genialmente o Joãosinho Trinta, querem sempre rasgar as nossas fantasias coletivas.
Os nossos sonhos e desejos.
Vivemos – ou viveram vocês, porque minha vocação de eremita vem de longe – nestes últimos dias, um destes momentos, o Ano Novo.
Aliás, até o “Réveillon” é outra destas magníficas provas de que o povão recebe, digere e sintetiza, porque não é palavra de uso corrente nem no francês, onde designava uma ceia tardia, própria do Natal. No meu tempo de guri, só os metidos a besta usavam a palavra e eu, na tolice própria dos pretensiosos, custei a ver este macunaímico processo de fagia de sentido.
Sobre isso, recebo e partilho duas reflexões.
A de meu velho mestre Nílson Lage e a do meu ex-calouro (que hoje tem mais cabelos brancos e mais talento do que eu) Fernando Mollica, colunista de O Dia.
É minha maneira, furtada, de desejar a todos que possamos, apesar dos que nos acenam com o inferno e a danação do desastre nacional, um feliz 2015.
 Nílson Lage
O importante, no carnaval e no reveillon de Copacabana, é que são invenções e realizações magníficas do nosso povo que, a princípio, tentaram excluir e sabotar e, agora, fingem promover.
Lembro-me bem das medidas “profiláticas” tomadas para impedir que as praias fossem “emporcalhadas” pelos despachos a Iemanjá e os moradores das vizinhanças “perturbados” pela gritaria dos festeiros; das ameaças de repressão policial e das pressões da Arquidiocese sobre a redação do Jornal do Brasil.
Ainda no final da década de 1970, a Rede Globo, empenhada em eliminar da programação resíduos do que os militares consideravam inoportuno ou grotesco, reduziu ao máximo a cobertura dos desfiles de escolas de samba, com o slogan “A programação normal e o melhor do carnaval”.
Foi quando Fernando Pamplona, superintendente da Fundação TV Educativa do Rio de Janeiro, com meu modesto apoio (era gerente de jornalismo), mobilizou os recursos modestíssimos da emissora e pôs no ar a transmissão completa dos desfiles.
Eu estava no controle mestre e recebia, sem parar, telefonemas de todos os estados e do exterior pedindo que abrisse o sinal para inclusão na rede.
Foi aí que a Globo decidiu negociar com os bicheiros das escolas de samba, pagou uma nota, segurou a exclusividade e até hoje reduz a cobertura o quanto pode, com chamadinhas ridículas das músicas, a indefectível novela cobrindo o início do desfile, a narração desinformada e palpiteira, tudo enfeitado com as curvas da Globeleza, invenção romântica do Hans Donner.
Mas a festa resiste. Aos palanques, aos bicheiros, aos carolas, aos Marinho, às vedetes. Foi nela que primeiro se ouviu falar de Chica da Silva, que Delmiro Gouveia foi, enfim, lembrado, que o Cristo Trabalhador coberto em um manto negro mostrou que a fé do povo vai muito além dos ditames seculares da hierarquia da Igreja.
É o DNA, a origem, o que diferencia o carnaval e o reveillon do Rio de quantos o copiaram.
A nossa bela insanidade
Fernando Mollica
O Réveillon de Copacabana é, de longe, campeão em matéria de insanidade carioca que dá certo. A festa tinha tudo para dar errado numa cidade imensa, marcada pela beleza mas também pela violência e exclusão. É inacreditável que o evento se repita há décadas sem que jamais tenha sido registrado um tumulto de grandes proporções — até os de pequena monta são raros. Nem na época em que o Rio era associado a frequentes tiroteios, a passagem de ano na Avenida Atlântica deixou de ser pacífica.
E olha que somos bons em desafiar a lógica. A apresentação das escolas de samba é outro exemplo da nossa capacidade de driblar o impossível. Comecei a frequentar a Sapucaí dois anos antes da construção do Sambódromo, e até hoje não entendo como pode funcionar um espetáculo com 50 mil artistas, quase todos amadores e que se apresentam sem ter participado de um ensaio geral digno desse nome. Conduzir os imensos carros alegóricos pelas ruas e obrigá-los a fazer uma curva de noventa graus para entrar na pista de desfile são atividades que desafiam as leis da física.
Mas nada se compara ao nosso Réveillon, festa que acabou copiada por muitas cidades brasileiras. Aposto que nem no pra lá de organizado e seguro Japão as autoridades teriam coragem de estimular uma confraternização que reunisse tanta gente, a maioria com elevadas doses de álcool no organismo. Estima-se em dois milhões o número de pessoas presentes na praia — um terço da população carioca. A maior parte do público mora longe de Copacabana, passa sufoco para entrar e, principalmente, sair do bairro, enfrenta filas para ir ao banheiro, gasta uma grana para comer e beber por lá. Tudo isso para acompanhar um espetáculo que dura 16 minutos — as atrações musicais são apenas coadjuvantes e não justificariam o deslocamento de tanta gente.
Nem mesmo a beleza dos fogos explica tamanho sucesso de público, o mesmo espetáculo seria incapaz de reunir tantas pessoas se realizado em outra época do ano. A esperança é que justifica a aglomeração e seu caráter pacífico, ninguém ali parece preocupado em atrapalhar os sonhos e os desejos dos outros. Na passagem do dia 31 para o dia 1º saudamos a vida, comemoramos tudo que correu bem e nos damos outra chance de resolver o que ainda está complicado. Tudo isso merece os fogos e a barulheira. O Réveillon de Copa e o desfile das escolas renovam também a nossa fé no país. Não pode dar errado uma sociedade que reúne pessoas capazes de promover as melhores e loucas festas do mundo.

Fonte: TIJOLAÇO
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Existem pessoas com quem por vezes cruzamos caminhos que podem causar alguma estranheza para nós.

Conheci uma assim, que de imediato pensei que fosse de uma burrice sem par, no entanto, com o passar dos dias de convívio , fui percebendo que não  era bem assim.


Aliás, era o oposto.


Sua inteligência era brilhante, porém sua lógica era única, desafiava todos os conceitos sobre o tema.


Certa ocasião,  enquanto comprava pães na padaria de um supermercado, o atendente, um senhor de idade já avançada, depois de lhe entregar o pedido, perguntou-lhe o que mais a moça  iria levar.


Ela, rapidamente, olhou para seu carro de compras e começou a falar sobre todos os produtos que já tinha colocado no carrinho.


O atendente, um tanto surpreso, interrompeu  a moça e disse que se referia sobre a padaria.


É uma questão de lógica.


Assim somos nós, cariocas, brasileiros em geral, em relação a nossa capacidade de organização de grandes eventos.


Nossa lógica é única.


Nos dias que antecederam a copa do mundo, o que mais se ouvia na velha mídia era que passaríamos o maior vexame por conta da bagunça que  era nossa organização para o evento.


Não faltaram famosos que disseram que sairiam do Brasil durante a copa para não ver o vexame da organização.


Os analistas da velha mídia, sempre falantes e cheios de certezas absolutas, afirmavam diariamente que seria um fracasso e que a repercussão iria inviabilizar a realização das olimpíadas em 2016.


Nunca se falou tanta besteira por tanto tempo sobre um determinado assunto.


A copa, como todos sabem foi um sucesso.


A FIFA deu nota 9,25 para a organização do evento, a maior nota  em toda a história das copas.


Na velha mídia, a reação foi de espanto, como sempre, já que esse setor sempre se surpreende com os fatos e acontecimentos, o que revela uma certa falta de compreensão com a  realidade.


Os analistas brasileiros atribuíam o suposto fracasso na organização da copa porque usavam como referência a lógica organizacional dominante na maioria dos países que já tinham organizado eventos similares.


O fato de usar uma referência não tem nada de errado, o errado é não saber usar as referências apropriadas, e mais, desconhecer as especificidades culturais do país, ou , como afirmou Brito no seu artigo acima, negar a nossa  cultura em uma tentativa de diminuí-la, esvaziá-la e submetê-la a outras formas culturais.


A festa de passagem do ano, o desfile das escolas de samba, dois mega eventos que acontecem todos os anos no Rio de Janeiro e sempre com sucesso de público e organização, deveriam servir de subsídios para não se duvidar da nossa capacidade de organização e de participação de grandes eventos.


Mesmo assim , os falantes e cheios de certeza analistas da grande mídia insistiam no fracasso, afinal, em Londres, quando das olimpíadas de 2012, a organização foi impecável e seguiu um rígido cronograma.


Acontece que aqui não é a terra da rainha.


Por aqui, durante os dias de carnaval muitos sonham em ser reis, rainhas , príncipes e princesas , mas tudo acaba na quarta-feira, como diz a letra do antológico samba de Martinho da Vila.


Nossa realeza se manifesta na nossa capacidade, na nossa cultura, na nossa lógica única.


A nossa capacidade  de organização e realização de grandes eventos, desafia os conceitos de administração e de engenharia de produção, deixando boquiabertos engenheiros de produção e os seguidores de Frederick Taylor.


O desfile das escolas de samba, demonstra uma organização em que conceitos de tempos e métodos, atribuições de responsabilidades e logística, apenas para citar alguns,  são aplicados com uma eficácia espantosa, e isso por pessoas que adquiriram intuitivamente tais conceitos e práticas.


De outra forma os cronogramas para realização de grandes eventos, recebem uma flexibilização quanto aos rigores dos conceitos  que normalmente são aplicados, sem que isso prejudique o prazo final.


Tudo isso revela uma compreensão única e própria sobre a maneira de conduzir tais processos, o que revela uma grande inteligência, já que os resultados finais sempre são satisfatórios.


Procurar entender essa inteligência tem sido um desafio para mim.


Minha tese é que o brasileiro, no tocante aos aspectos mencionados, tem uma compreensão global, total, do empreendimento, fazendo com que a distribuição dos prazos e tempos não siga um linearidade e os rigores do conhecimento tradicional.


Nada disso, no entanto, é considerado pelos falantes analistas da velha mídia, que sempre procuram diminuir essa capacidade , essa grande inteligência.


Infelizmente, o desfile das escolas de samba foi sequestrado pelo grupo globo, o que empobrece a transmissão desse grandioso espetáculo.


Por ser uma expressão de nossa cultura, única, a linguagem de câmeras e de transmissão do desfile teve que ser desenvolvida por aqui.


Diferentemente de uma transmissão de uma partida de futebol, onde a linguagem das câmeras é basicamente a mesma em qualquer lugar do mundo.


E ai que questiono se a transmissão de globo é a mais adequada para retratar as especificidades do desfile, sem se perder em detalhes inúteis e ao mesmo tempo sem abandonar a visão do todo.


Outras tentativas deveriam existir e , para isso, a transmissão dos desfiles deveria ser democratizada, acabando com a exclusividade.


Outro aspecto, é que todos sabem que globo detesta a cultura nacional e sempre tenta diminuir ou esvaziar nossas manifestações culturais.


Acrescente a tudo isso, as sofríveis intervenções dos repórteres da emissora durante os desfiles, com perguntas idiotas e por vezes debochando de sambistas.


Já se tornou insuportável ver repórteres de globo entrevistando sambistas na passarela, na entrada da escola, pedindo para que os sambistas demonstrem se sabem mesmo sambar.


Ora, o samba está no DNA do sambista, e a pergunta é de uma arrogância sem par.


Torço pelo dia em que um sambista lhes diga isso, e pergunte se o repórter tem conhecimento da profundidade cultural daquilo que ele - repórter - está cobrindo.


Outra violência é a invasão de cinegrafistas da emissora em meio aos componentes  da escola durante o desfile.


Imagine invadir um campo de futebol  com uma câmera durante uma partida para achar o melhor ângulo.


E ainda, os comentários dos especialistas sobre o desfile tem por objetivo ancorar os telespectadores com a presença de "comentaristas" famosos - atores de novela, cantores etc.- , do que propriamente prover um conteúdo  significativo sobre o desfile.


Diante da realidade, realidade que sempre surpreende a velha mídia, o que não dá certo no Brasil , o que está pelas  tabelas, o que é um fracasso, o que demonstra uma inteligência lmitada,  é o estágio atual da velha mídia.

A cagada do dia

Ônibus movido a fezes e esgoto é atração no Reino Unido

Apelidado de "número dois", veículo com gás biometano emite 30% menos dióxido de carbono do que o modelo tradicional

O DIA
Rio - Combustível de novos ônibus sustentáveis, o gás biometano pode ter origem curiosa. No Reino Unido, por exemplo, o coletivo ganhou apelido de "número 2" por rodar com a substância, que é obtida de restos de comida, tratamento de esgoto e até fezes. É o chamado Bio Bus, que possui 40 lugares e pode percorrer até 300 quilômetros com um tanque cheio. Embora tenha fonte de energia "exótica", o fabricante garante ausência de mau cheiro.


Bio Bus estreia no Reino Unido com apelido inusitado por causa do biometano, produzido a partir de fezes
Foto:  Divulgação

Dados da empresa indicam que o Bio Bus emite 30% menos dióxido de carbono do que um veículo movido a gasóleo. O ônibus, que circula desde o início de dezembro, vai operar entre o aeoroporto de Bristol e cidade de Barth, com distância de 30 quilômetros.

Fonte: O DIA
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Não há nada de inusitado, anormal ou exótico  no combustível que move o ônibus inglês.

O veículo não é movido a fezes, esgoto ou restos de comidas, e sim pelo gás metano que é obtido pelo processo com bio digestores, equipamento para onde vão os resíduos orgâncios e se produz o gás.
Daí o nome biogás.

Esse processo também não é novidade.

Em muitas fazendas no Brasil, desde tempos imemoriais e até hoje, é comum a produção de gás metano através de fezes , esterco e  restos de comidas.

Popularmente o equipamento é conhecido no meio rural como bostódromo.

Quanto ao cheiro, o gás metano é gás metano , independente se a origem é natural, ou por processos com bio digestores.

As propriedades organolépticas do gás não se alteram devido a fonte e forma como é obtido, assim como o ácido ascórbico - vitamina C - é sempre ácido ascórbico, independente se é ingerido através de uma fruta rica na substância ou se através de pastilhas em forma de suplemento vitamínico.

A velha mídia tem enorme dificuldade em abordar temas científicos.

Lembro que certa vez, logo depois da primeira crise do petróleo na década de 1970 onde a busca por combustíveis alternativos virou prioridade, um jornal do Rio de Janeiro  estampou uma manchete sobre um fusca que conseguia andar movido apenas a água.

O jornal deitou falação, e que falação, sobre o "fenômeno" que poderia salvar o país da crise do petróleo.

O propietário do fusca teve direito a entrevistas ,apareceu na mídia, e a água seria o combustível inovador e fantástico.

O blá ,blá,blá  teve fim, quando um engenheiro , talvez já incomodado com o monte de bobagens sobre a água, foi a publico e esclareceu que o fusca rodava  porque a água quando pressionada no motor do carro produzia o gás hidrogênio, esse sim um combustível para o motor.

Também advertiu para que a população que já iniciava a usar água nos tanques de combustíveis dos valentes fuscas, não o fizessem pois poderia  acarretar uma série de problemas para os componentes do motor.

É interessante lembrar desse caso, pois com a notícia acima do jornal  carioca O DIA, algumas pessoas podem querer colocar  as próprias fezes, ou mesmo de parentes próximos  ou quem sabe de todos os moradores  do condomínio, nos tanques de combustíveis dos  seus automóveis.

Também é interessante olhar para a própria realidade cultural do país antes de apresentar algo como inovação apenas pelo fato de ter origem em países do primeiro mundo.

A produção de biogás no Brasil existe há mais de séculos no meio rural, assim como os jangadeiros  do nordeste  brasileiro já praticavam  o "fenômeno"" esportivo do stand up paddle, trazido  para o Brasil pelo fenômeno do Ronaldo com o apoio de outro "fenômeno" da mídia, o patético Luciano Huck.

O biogás pode e deve ser produzido através do lixo e de resíduos orgânicos, entrando na cadeia produtiva de coleta, seleção, processamento e aproveitamento do lixo gerado nas cidades.

Como gás , pode ser utilizado como combustível de automóveis, em aquecedores domésticos, fogões , iluminação, sistema de aquecimento de residências e outros.

Questiona-se o seu uso em fogões devido ao seu baixo poder calorífico, no entanto adaptações dos equipamentos comprovam que o biogás pode ser útil para as aplicações citadas, contribuindo para uma melhor coleta e aproveitamento do lixo.

Uma boa cagada à todos.

Usina de Mentiras

Para que esclarecer?

Por Luciano Martins Costa em 05/01/2015 na edição 831
Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 5/1/2015
A imprensa ainda explora o desencontro entre o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e a presidente da República, ocorrido no sábado (3/1), quando o ministro foi obrigado a desmentir declaração que havia feito na véspera sobre possíveis mudanças nas regras de reajuste do salário mínimo. A sequência do noticiário, na segunda-feira (5), coloca em contexto mais claro o suposto desentendimento, mas alguns colunistas aproveitam para levantar dúvidas sobre a autonomia dos ministros da área econômica.
Notas e frases esparsas garimpadas nos principais jornais de circulação nacional ajudam a esclarecer o episódio, que é interpretado por analistas como uma demonstração de autoritarismo da presidente e um teste para a autoridade dos novos ministros. Passado o fim de semana, o leitor que acompanhou o assunto ficou sabendo que o ministro Barbosa, assediado por jornalistas ávidos por notícias no deserto em que se transforma Brasília nos feriados, comentou na sexta-feira (2/1) que seria preciso uma nova fórmula para o reajuste do salário mínimo.
A declaração, reproduzida em meio a interpretações variadas da imprensa, tinha potencial para gerar uma crise com dirigentes sindicais, e a presidente recomendou ao ministro que esclarecesse a questão. Barbosa, então, se viu obrigado a declarar formalmente que os reajustes do salário mínimo continuarão sendo baseados na correção pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior e o crescimento do Produto Interno Bruto nos dois anos anteriores.
Esclarecimentos adicionais colhidos em outras notícias sobre a situação do país permitem observar que a preocupação manifestada pelo ministro do Planejamento tem origem em um aspecto específico da economia nacional: há uma necessidade crescente de seguir reforçando o poder de compra do salário e ao mesmo tempo melhorar as condições operacionais das pequenas empresas, responsáveis pela expansão da oferta de empregos.
Assim, pode-se depreender que a resposta apressada do ministro do Planejamento a uma pergunta afoita dos repórteres foi retirada do contexto e amplificada pelos jornais, como uma declaração fora de sintonia. E a necessidade de esclarecer a questão é interpretada como uma ação autoritária da presidente, seguida de uma atitude submissa do ministro.
Entrevistas apressadas
Para o governo, a lição a ser tirada do episódio é que ministro nenhum deve dar entrevistas de improviso, apenas para atender a carência de pautas da imprensa. Para que a relação entre autoridades e jornalistas seja preservada naquilo que interessa à sociedade, questões com potencial para gerar ambiguidade devem ser tratadas formalmente, em encontros organizados nas condições adequadas, para que sejam reduzidos os potenciais de mal-entendidos.
Embora estes dias de festas tenham amenizado as relações entre a mídia tradicional e o governo federal, não se pode ignorar o fato de que há um permanente clima de mal-estar entre a imprensa e o grupo político que foi reconduzido ao poder central. Portanto, tudo que qualquer representante do governo disser, com potencial para produzir comentários negativos, será explorado negativamente.
Além disso, a imagem pública da presidente da República, em seu primeiro mandato, ficou marcada pela pecha de autoritarismo, o que determina como centro dos debates o grau de autonomia que ela estará disposta a conceder ao triunvirato que irá conduzir a política econômica. O ponto crucial dessa questão é a margem de operações dos ministros em um cenário no qual o poder de compra dos salários precisa ser preservado, como um dos principais recursos para o propósito de reduzir desigualdades e manter a economia aquecida.
O noticiário especializado não costuma explicar como convivem nas mesmas tabelas os gráficos que mostram a deterioração das condições macroeconômicas e, ao mesmo tempo, a elevada oferta de empregos e a valorização crescente da renda do trabalho.
Uma reportagem da Folha de S. Paulo (ver aqui), publicada na edição de segunda-feira (5), ajuda a entender a economia subterrânea das pequenas empresas e seu alto crescimento. Entre essa reportagem isolada e as manchetes de todos os dias forma-se a zona cinzenta que é explorada diariamente pelos jornais, sempre em detrimento dos interesses do trabalho, em oposição aos interesses do capital.
Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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O ano novo promete.

A velha mídia demonstra, claramente, que mente constantemente.

Não há mais aquela dissimulação que escondia a enganação diária nos meios de comunicação.

A mentira é direta, o confronto com o governo é direto.

Para a velha mídia a autoridade de um presidente da república em um regime presidencialista é sinônimo de autoritarismo.

Para a turma de globo, que vem saindo do surto pós eleição, o trio de ministros que conduz a economia deve ter um status de primeiro ministro, sem qualquer interferência da presidenta.

O confronto aberto, como o que se consolida, terá , obviamente, outros desdobramentos com uma participação expressiva dos movimentos sociais, que certamente sairão às ruas em defesa da democracia , da governabilidade  e do cumprimento da agenda vitoriosa nas urnas.

De início, neste início de ano, deve-se retomar a campanha para cassação do deputado Jair Bolsonaro.

Em conjunto, uma forte campanha para impedir a eleição do deputado Eduardo Cunha na presidência da Câmara dos deputados.

Apoiar todas as iniciativas do Ministro Ricardo Berzoini para implementar o processo que levará a regulação dos meios de comunicação.

Fazer sangrar diariamente, e com mais intensidade, os meios  de comunicação.
Expondo as estratégias, táticas e mentiras utilizadas por jornais, revistas, emissoras de rádio e de TV que tenham o intuito de tumultuar e de desestabilizar as ações do governo federal, ou mesmo em relação a outros temas de interesse da sociedade.

A título de exemplo, a revista veja desta semana classificou a Matemática como algo perigoso , em uma referência a novas teorias no campo da ciência.

Qualquer semelhança com o Santo Ofício de Roma na idade média é mera coincidência.

Na rádio Manchete FM, do Rio de Janeiro, um programa com o nome de Sucesso, que caminha pelas trilhas oportunistas do movimento New Age, constantemente apresenta entrevistas  com "especialistas de orelhas de livros"  que asseguram que as alterações climáticas e o aquecimento global não existem. 
Tudo isso abertamente , negando o conhecimento científico.

Além disso existem os delírios  diários de Merval , Leitão e outras figuras da fauna midiática, que omitem informações relevantes à população e atacam de forma mentirosa o governo federal.

A mentira e a manipulação reinam abertamente na velha mídia, e com propósitos bem definidos.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Um aloprado retrógrado presidindo a Câmara dos Deputados

Cunha tenta blindar mídia, mas apenas revela insegurança e desespero

3 de janeiro de 2015 | 12:53 Autor: Miguel do Rosário
cunha_capa
Obrigado, excelentíssimo deputado federal Eduardo Cunha.
Vossa excelência prestou uma grande contribuição à causa da liberdade democrática.
Só que às avessas.
A causa da liberdade democrática caminha junto com o debate sobre a regulação democrática da mídia.
A sua manifestação hoje no Twitter, que já está sendo recebida com fogos de artifício pela mídia corporativa, foi um tiro no pé.
No seu pé e no pé da mídia.
No mesmo dia em que o novo ministro da Comunicação, Ricardo Berzoini, diz que o governo irá promover o debate sobre a regulação da mídia, uma promessa de campanha da então candidata e da agora novamente empossada presidente Dilma Rousseff, o deputado Cunha se posiciona duramente contra.
Até aí tudo bem. Se vimos até gente pedindo intervenção militar, não nos espantamos que haja quem seja contra que o Brasil possua um sistema de informação mais democrático e mais plural.
Só que Cunha foi mais longe. Ele disse que eles, do PMDB, não aceitam “nem discutir o assunto”.
A reação de Cunha, e da mídia, é de insegurança.
A insegurança dos autoritários.
A essência da democracia, e em especial do parlamento, é a liberdade para discutir qualquer assunto.
O Partido dos Trabalhadores é a legenda com o maior número de representantes na Câmara. E a democratização da mídia hoje faz parte de suas diretrizes políticas mais importantes.
O próprio PMDB tem vários parlamentares favoráveis ao debate sobre a democratização da mídia. A começar pelo senador Roberto Requião, candidato do PMDB ao governo do Paraná. Ainda no PMDB, temos o deputado federal Jorão Arruda, também do Paraná.
Diversos outros partidos tem quadros comprometidos com a causa da regulação democrática da mídia, como o PSB, que conta com Luiza Erundina.
Como assim alguém que pretende ser presidente da Câmara não aceita sequer discutir o assunto?
Cunha vai impor censura? Ele pensa que é candidato a ditador do Brasil?
Ao agir assim, Cunha fez o contrário do que pretendia.
Ele iniciou o debate em alto estilo, por isso o agradecimento a sua pessoa no início do post.
Cunha é contra qualquer tipo de pauta progressista.
Sua última campanha no Rio de Janeiro foi feita com espaços publicitários nas páginas mais importantes do Jornal O Globo.
Por isso mesmo, para a mídia, é um tiro no pé ter um lobista da qualidade ética e com o perfil político de Cunha tentando censurar e bloquear o mero debate sobre uma regulação necessária e democrática da mídia brasileira.
Tentar impedir o mero debate é uma medida extrema, truculenta, medrosa, desesperada.
Com apoio de seus lacaios, a mídia tenta pintar o debate sobre regulação econômica da mídia como tentativa do governo de “censurar” a imprensa.
Pintar um “debate” como tentativa de censura é um contrassenso ridículo.
Uma mentira que apenas reforça a necessidade de regular democraticamente a instância mais importante na formação da consciência política de um país.
Ninguém quer censurar nada!
Quem sempre foi a favor da censura são os barões da mídia, que formam um cartel ideológico formado e consolidado na ditadura militar, e que até hoje tentam impor uma agenda política ao país.
Os bilhões nas contas bancárias dos barões da mídia é que foram constituídos com censura.
Até hoje censuram!
Vide o caso da sonegação da Globo, sinistramente censurado em todos os meios de comunicação. Autocensurado. E agora tentam repetir a fórmula com o debate sobre a regulação econômica da mídia.
A mídia herdou o que havia pior na ditadura: censura, truculência e autoritarismo.
As armas desses senhores feudais da mídia perderam poder de fogo, mas ainda possuem poder excessivo, sobre o debate político, econômico e cultural, sobretudo quando olhamos para as concessões públicas na TV aberta.
Suas campanhas de mentiras e agora a contratação de um lobista da qualidade de Eduardo Cunha, apenas ilustram a decadência moral e política de uma imprensa profundamente anti-democrática.
Fonte: TIJOLAÇO
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Eduardo Cunha é proprietário de uma emissora de rádio FM aqui no Rio de Janeiro.

Sua ideologia é a da vantagem pessoal máxima, logo prefere continuar explorando uma concessão pública para obter vantagens pessoais.

Em um novo marco para as comunicações no Brasil, é sabido que a sociedade não tolerará que políticos sejam proprietários de veículos de mídia, como emissoras de rádio, TV, jornais e outros.

A regulação dos meios de comunicação não é uma pauta do PT, e sim da sociedade brasileira que deve seguir o chamado do governo federal e produzir um debate nacional sobre uma regulação.

Por outro lado, tal debate deve passar pelas mídias atuais, o que certamente terá contaminações, desvios e manipulações, como já vem ocorrendo.

Ontem na rádio CBN, aqui do Rio de Janeiro, a âncora disse que o "polêmico" projeto de regulação da mídia pode levar a censura a imprensa.

Um absurdo que os veículos de mídia adoram repetir , justamente para confundir a opinião pública.

Sugiro que o ministro das comunicações crie mecanismos para envolver a sociedade brasileira no debate de maneira que, caso seja necessário, o povo pressione o congresso. 

A pauta congressual da governabilidade , citada por Cunha, deve ser a mesma pauta consensual dos partidos que compõem  a base aliada para governabilidade, e sendo assim, a regulação dos meios de comunicação é um dos projetos da base aliada , citado por diversas vezes durante a campanha eleitoral pela então, à época, candidata Dilma.

Cunha não é a pauta consensual da base aliada, e sua ideologia retrógrada e seus interesses pessoais não podem prevalecer sobre a agenda vitoriosa nas urnas.

O assunto será amplamente discutido , na sociedade e no congresso,  mesmo que  para isso o povo troque o presidente da Câmara dos Deputados, se assim se fizer necessário.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Favelas

 Resultado de imagem para fotos do morro dois irmãos tirada do arpoador

A foto acima é da cidade do Rio de Janeiro.
 

Deve ter sido tirada da Ponta do Arpoador, revelando as praias de Ipanema e do Leblon.
 

O metro quadrado mais caro da cidade, principalmente para as residências na orla, com vista para o mar.
 

Ao fundo, e bem no centro da foto, o Morro Dois Irmãos, que já foi cantado em canção por Chico Buarque.
 

Dois irmãos, pois são duas montanhas próximas e parecidas.
 

Ao lado esquerdo do Dois Irmãos, um conglomerado de casas, subindo pelo morro, comendo a vegetação.
 

É a favela do Vidigal, considerada uma favela rica.
 

Ao lado direito do Dois Irmãos, a vegetação resiste.
 

Bem mais ao fundo na foto, a esquerda, a Pedra da Gávea, local onde dizem existir inscrições supostamente feitas pelos fenícios, em tempos distantes.
 

A direita, ao lado da vegetação do Dois Irmãos que resiste, uma grande concentração de edifícios, a maioria na orla da praia, onde vivem os mais ricos.
 

Milionários e favelados, vivendo próximos uns dos outros, ambos com uma bela vista para o mar.
 

Privilégio para poucos.
 

Favelados, em sua maioria, que trabalham como prestadores de serviços para os ricos ao lado.
 

Marceneiros, funileiros, instaladores hidráulicos, gasistas, pintores, empregados domésticos, mecânicos de automóveis, pedreiros e ,vez por outra algum entregador de drogas.
 

Os ricos gostam dessas facilidades, mas não gostam dos pobres , pretos e favelados.
 

Os pobres da favela do Vidigal, vivem amontoados, em vielas.
 

Os ricos da orla, também vivem amontoados, em prédios de luxo.
 

Na favela, vez por outra, alguém vai preso por cometer um crime, quase sempre um assassinato.
 

Na orla luxuosa, comentem-se muitos crimes, lavagem de dinheiro,  sonegação de impostos ,por exemplo, mas ninguém vai preso.
 

Na favela vez por outra acontecem brigas que vão as vias de fato, com muitos socos e pontapés.
 

Nos condomínios de luxo também, vez por outra os ricos saem no tapa.
 

Os amontoados da favela, somente recentemente viram chegar os serviços do estado, como coleta de lixo,água e policiamento.
 

Os amontoados de luxo já recebem esses serviços por muitos anos.
 

Em toda orla Ipanema - Leblon, existe uma pequena parte para que os amontados pobres possam frequentar , o restante da praia é frequentada pelos amontoados de luxo.
 

Interessante, que ao fundo o morro Dois Irmãos.
 

Na favela os moradores tem eletrodomésticos e computadores e mesmo carros, usados, claro.
 

Os amontoados de luxo tem todos os eletrodomésticos, carros do ano, computadores e todo tipo  de tecnologia moderna.
 

De uma maneira geral, amontoados de luxo ou favelados, desfrutam da tecnologia.
 

No entanto, quando se cruzam pelas ruas, os ricos não gostam de olhar para os pobres.
 

De longe, pelo registro de uma máquina fotográfica, ou um olhar aéreo de uma aeronave,  pode-se afirmar que tudo é favela, todos vivem amontoados, de uma forma ou de outra  vivenciam as mesmas situações, de formas discretas - os ricos - ou escancaradas - os pobres.
 

Interessante que ao fundo o morro Dois Irmãos.
 

Favela High tech é um excelente livro, creio de um urbanista brasileiro, que assim define  a cidade de Tóquio, capital do Japão. 

Amontoados, ricos ou pobres.

Interessante que ao fundo o Morro Dois Irmãos.

Globo e os universos paralelos

Paulo Nogueira: A posse segundo Míriam Leitão, Cora Ronay, Fernando Rodrigues, Josias de Souza e Cristiana Lobo

publicado em 2 de janeiro de 2015 às 11:16
Dilma e Lula po
Dilma e Lula - pose abraço
A posse segundo Míriam Leitão, Cora Ronay, Fernando Rodrigues, Josias de Souza e Cristiana Lobo
por Paulo Nogueira, no Diário do Centro do Mundo, sugerido Júlio César Macedo Amorim

O médium Merval Pereira intuiu, há poucos dias, que Dilma chorou. Freud baixou em Merval e comunicou que se tratava de depressão.
Dilma, de fato, tinha todos os motivos para chorar. O maior deles é que ela acabou de se reeleger presidente da República, com 54 milhões de votos.
À depressão de Dilma opõe-se o entusiasmo frenético que tomou conta de Aécio Neves depois de perder o Brasil e Minas.
Não bastassem tais derrotas, a alegria de Aécio ganhou um novo patamar depois que a revista Veja o sagrou o pior senador da República, com nota zero. “Você só não pode mascarar, Aécio”, aconselhou-o o tutor FHC.
Nosso médium MP haverá de trazer novidades sobre as lágrimas de Dilma depois que duas consagradas estilistas internacionais, Míriam Leitão e Cora Ronay, criticaram a roupa e o andar de Dilma [estão ao final deste artigo].
Uma palavra de Míriam ou de Cora, como sabe o universo da moda, eleva ou arrasa qualquer mulher.
E ambas reprovaram a elegância, ou falta de elegância, de Dilma.
Correm rumores de que Dilma soube da reprovação em plena cerimônia de posse. Fontes próximas do DCM afirmam que no abraço que Dilma deu em Lula ela chegou a pedir que ele a substituísse até 2018.
Era o tempo, ponderou ela, mínimo para ela se recuperar mentalmente dos comentários das grandes damas da moda.
Lula, segundo essa mesma fonte, pediu alguns dias para refletir. Quer antes ouvir a opinião jurídica do mestre Gilmar Mendes.
Foi nesse quadro de tensão extrema que a especialista em fitness da Globonews, Cristiana Lobo, detectou um claro cansaço em Dilma, mesmo depois de férias dignas de Aécio numa praia baiana.
Não surpreende, diante de tal quadro, que dois críticos de cinema do UOL, Fernando Rodrigues e Josias de Souza, tenham achado “sem graça” o espetáculo da posse.
Caso fosse trocado o ator principal, como eles bem notaram, o filme seria outro e bem melhor. Aécio, como protagonista, salvaria o filme, a pátria, a Folha, o UOL – e o emprego de ambos.
É sabido o rigor dos dois críticos. Eles simplesmente destruíram, no passado, a peça Rancor, de Otávio Frias II, imperador da Barão de Limeira.
Fontes íntimas do Planalto dizem que a amargura de Dilma com as observações das deusas da moda se multiplicou quando ela soube que ambas louvaram o ar hipster de Aécio 2015, agora com barba por fazer.
A nação entre no Ano Novo incerta sobre quem a presidirá, uma vez que Lula pediu dias para refletir sobre o pedido de substituição feito por Dilma, mas com a certeza do imenso privilégio que é ter árbitros de moda como Míriam Leitão e Cora Ronay, para não falar em críticos de arte como Fernando Rodrigues e Josias de Souza, sem esquecer a especialista em fitness Cristiana Lobo e nem, claro, o médium Merval Pereira.

Fonte: VIOMUNDO
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E ainda tem a capa de o globo de hoje, sexta-feira.

Em primeira página , Dilma aparece próximo do Planalto e a multidão que acompanhou a posse ao fundo.
 
O globo, na legenda da foto, cita a existência de uma bandeira azul do PT, bem ao fundo, sem boa definição na foto.

E aí eu me pergunto da importância da citação, já que inúmeros outros aspectos de relevância poderiam ser colhidos e citados.

É do conhecimento de todos que no Rio Grande do Sul, principalmente na capital, os torcedores do Grêmio que são eleitores do PT usam a bandeira do PT na cor azul, pois para os gremistas portar uma bandeira vermelho é algo impensável.

O globo ignorou a realidade, as disputas regionais e levantou uma dúvida que não existe, talvez incomodado com o vermelho predominante na população, com a festa do povo e principalmente com o discurso de Dilma.

Aliás , quanto ao discurso, no mesmo globo de hoje, o médium Merval e a dragão  estilista Leitão dizem que Dilma produziu fantasias e que parecia estar em campanha.

A dor de cotovelo falou mais alto e , talvez, não esperassem um discurso contundente em muitos aspectos.

Começa o ano e a realidade  que aparece na velha mídia deve ser relativa a algum outro universo