terça-feira, 23 de dezembro de 2014

A Meca do atraso



Entre as 100 melhores escolas do Enem, não há públicas de SP






Foto: Ilustração/Divulgação
Nenhuma escola pública do Estado conseguiu ficar entre as cem melhores instituições do País. A pública mais bem colocada de São Paulo aparece na 116.ª posição do ranking geral: é o Colégio Técnico de Campinas, ligado à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que teve nota 654,90 na parte objetiva da prova.
Como ele, o top 100 das públicas de São Paulo é composto apenas de escolas técnicas, ligadas ao Centro Paula Souza, a uma universidade estadual ou a um instituto federal.
A segunda colocada é a Escola Técnica Estadual de São Paulo (Etesp), com nota 654,64, seguida do câmpus Cubatão do Instituto Federal de São Paulo, que teve nota 648,06.
A primeira da rede estadual a aparecer entre as públicas de São Paulo é a Escola Estadual Dr. Francisco Tozzi, de Águas de Lindoia, no interior. Ela ocupa a 120.ª posição entre as públicas do Estado e tem nota 545,54.
Diretor da escola pública mais bem colocada da capital – a Etesp -, Nivaldo Jesus dos Santos Freire explica que a infraestrutura dos cursos técnicos ajuda na qualidade das aulas do ensino médio regular. “Com os laboratórios e equipamentos dos cursos técnicos, conseguimos dar aulas mais específicas. E o aluno aprende o conteúdo na prática”, afirma.
Ele explica ainda que os vestibulinhos das escolas técnicas ajudam a filtrar os bons alunos. “A gente consegue fazer uma pré-seleção.” Ele afirma, no entanto, que o diferencial é a preparação do corpo docente. “A qualidade do professor é que faz a diferença. Hoje o professor da Etesp passa por um processo seletivo e tem capacitação depois”, diz. “A gente consegue ver se o professor tem bom desempenho.”
Fonte: MANCHETE ONLINE
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Nenhuma escola pública de São Paulo entre as 100 melhores.
São Paulo também não tem água e a população  viverá um ano de 2015 provavelmente caótico no tocante a distribuição de água .
O metrô da cidade de São Paulo tem um crescimento insignificante, frente ao porte da cidade e a necessidade da população.
Assim como as antigas cidades medievais da Europa, São Paulo sofre com frequência com incêndios devastadores, fruto de uma ocupação do solo totalmente caótica  e sem planejamento. Não se pode descartar a possibilidade de grande parte da cidade desaparecer em um incêndio de grandes proporções.
São Paulo tem Lobão a frente de manifestações querendo a volta da ditadura militar.
São Paulo  com duas décadas de governos do PSDB, atualmente, é a Meca do conservadorismo e do atraso, logo a menina  dos olhos da velha mídia.
São Paulo ficou para trás.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

O papel das redes sociais

O destino dos grupos da “nova direita”

Por Marcelo Hailer, na revista Fórum:

Assim que a eleição presidencial terminou, um debate ganhou as redes e as rodas de conversa: a suposta “venezualização” da disputa política brasileira. A tese ganhou força por conta dos argumentos polarizados entre “comunistas” e “liberais”. Ainda que se questione a validade histórica dos dois adjetivos dos grupos antagônicos, o fato é que o Brasil, de fato, vê surgir coletivos de oposição aos partidos de esquerda. Não que eles fossem inexistentes, porém, hoje contam com força mobilizadora para colocar cerca de 15 mil pessoas nas ruas, algo inédito desde a redemocratização do Brasil.

Circulou pelas redes reportagem produzida pelo El Pais Brasil onde se retratou os “hipsters de direita”. Com tom irônico, a matéria realizada pela jornalista Maria Martin, alertava: “Não é uma banda de rock, é a vanguarda anti-Dilma”. Na referida reportagem, o líder é identificado na pessoa de Kim Kataguiri, 18, que, segudno a matéria é defensor do sistema liberal (capitalismo). “Nós nunca vamos deixar que nosso país fique sob uma ditadura totalitária, o que é o objetivo do PT!”.

O que chama atenção na reportagem é a questão estética. O grupo representado por Kim é da classe média, gosta de arte e se veste como um personagem da rua Augusta. E nada é por acaso, como deixa claro o líder do grupo: “A esquerda se apropriou da cultura, da arte, da música, daquilo que é considerado cool ou moderno. Hipster. Nossos amigos artistas não podem revelar sua ideologia porque sofrem uma repressão cultural se não forem de esquerda”.

Ainda que a roupagem seja moderna, estes grupos (Vem pra Rua, Revoltados Online, Movimento Brasil Livre) ainda estão calcados em velhos valores da direita: Estado mínimo, família reprodutiva (leia-se heterossexual), Estado proibicionista (anti-legalização das drogas, por exemplo), políticas punitivas e de cárcere, individualismo etc. O que muda de fato são os personagens e a forma de organização.

Nova dinâmica

A questão é que podemos estar de frente para um novo momento da política brasileira. Coletivos que se organizam e vão às ruas independente da vontade e da agenda dos partidos. Pode ser que a coisa de fato se inverta: os partidos tenham que se adequar a agenda dos movimentos. Os motivos? Vários, porém, ainda é cedo para afirmar, mas uma coisa é certa: se até o fim dos anos 1990 e começo dos anos 2000, os partidos hegemonizavam as ferramentas para mobilizar pessoas e grupos, hoje os novos coletivos, à direita e à esquerda, possuem ferramentas – a internet, por exemplo – capaz de mobilizar e colocar milhares de pessoas nas ruas.

Questiona-se a coesão destes novos grupos, porém, isso deve ocorrer com as experiências, com os êxitos e fracassos, e isso tanto à direita quanto à esquerda. O que não dá é resumir estes novos grupos em duas categorias: de um lado os “malucos intervencionistas” e do outro, “esquerdopatas que desejam a revolução comunista”. Pois, é tudo muito embrionário, mas o que não se pode negar, é que a geografia do mapa político do Brasil passa por uma transformação, pelo menos, externa aos partidos políticos e do Congresso Nacional.

Fonte: Blog do Miro
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Tudo começou com a queda dos regimes comunistas, no início da década de 1990, e não tem data para terminar.

Seguindo a máxima de Margareth  Tatcher , naqueles anos se referindo ao triunfo do capitalismo neoliberal  - Não há outra alternativa - os meios de comunicação privados, em todo o mundo ocidental e além dele, entraram em campo e fizeram o seu papel.

Assim teve início o radicalismo que se observa hoje nas redes sociais, seja na política, na religião, e até mesmo nos esportes.

Toda e qualquer opinião, tese, debate, proposta de opinião ou qualquer atitude mesmo que embrionária que desafiasse o modelo neoliberal, era imediatamente descartada, desqualificada pelos grandes veículos de jornalismo ocidental.

A internete  engatinhava no mundo e a produção de conteúdos informativos e opinativos  era de exclusividade dos cães de guarda do neoliberalismo, a imprensa mundial.

Idéias de esquerda eram tratadas como delirantes, isso quando conseguiam um mínimo de visibilidade através de movimentos sociais, como foi com o MST que recebeu algumas capas de Veja desqualificando o movimento, e também com Leonel Brizola, que foi chamado de senil pelo jornal nacional da TV globo.

A velha mídia não se permitia e não permitia qualquer tipo de conceito , idéia , proposta, que fugisse dos limites estreitos do neoliberalismo e do conjunto  de valores que se construiu através desse modelo econômico, da globalização neoliberal.

Tal estreiteza, descambou para preservação proposital de todos os valores mais conservadores do lado ocidental, o que contribuiu para aumentar as tensões nos sempre existentes conflitos religiosos.

Inicialmente se rejeitava qualquer idéia diferente do neoliberalismo, em seguida ampliou-se para aceitação única do cristianismo.

O totalitarismo neoliberal estava sendo construído, enquanto o tchan de Carla Perez abundava nas telas de TV do Brasil e do mundo, como modelo de entretenimento.

Metáfora perfeita para aquela década.

Os EUA eram a referência, como ainda o são, para toda a imprensa brasileira, fosse na cultura, na política nas artes e até nas marcas de charutos.

O final do século XX se transformava em marasmo , um deserto cultural, um abismo de idéias, que vez por outra eram sacudidas com apagões de energia elétrica e escândalos de corrupção que logo eram varridos  para baixo de tapetes palacianos.

Os movimentos sociais eram sufocados, massacrados e a população não tinha como reverberar sua voz.

Com a virada do século, a internete já ganhava mais e mais adeptos, em todo o mundo e novas formas de organização social foram  surgindo, assim como protestos que assombraram  executivos obesos reunidos em locais distantes e sempre bem protegidos, onde discutiam novas maldades que seriam implementadas pelo mundo.
A partir de então, já com boa parte do mundo ocidental limitada e acorrentada pela globalização neoliberal - porém feliz pelo tênis nike, a coca-cola , o big Mac, a world music  e pelo tchan ( por que não ?) - a velha mídia e seu jornalismo começaram a vivenciar o efeito das redes sociais, onde novas mídias com jornalismo independente passavam  a produzir um jornalismo crítico descolado do totalitarismo da globalização neoliberal.

Começaram a surgir novos atores no campo político, novas vozes, que logo seriam perseguidas pelo sistema midiático dominante, já que traziam matéria -prima de primeira qualidade para a reflexão, conhecimento e esclarecimentos sobre a situação geopolítica daqueles anos, pós  11 de setembro.

O marco terrorista,no entanto, aprofundou ainda mais os limites estreitos da globalização neoliberal e, de alguma forma, revelou a verdadeira face totalitária e anti-democrática do regime mundial.

Na metade da primeira década do século, os blogues se consolidavam no Brasil, no momento em que se discutia as implicações do chamado mensalão, que acabara de estourar, fazendo com que alguns blogueiros tivessem papel importante nos temas que se discutiam naquele momento, a ponto de o prefeito da cidade  do Rio de Janeiro naquele ano, ter sido repreendido pela população , já que deixou de trabalhar para ficar discutindo as implicações do escândalo através de um blogue  que fora recém criado para tal finalidade.

Os blogues foram as estrelas do escândalo do mensalão, em 2005.

Já se sabia que a internete, naquela ocasião com blogues, teria mais e mais protagonismo nas discussões de diferentes temas de interesse da sociedade.

E de fato assim aconteceu, com o surgimento das redes sociais e de mais e mais portais , sites e blogues de jornalismo.

O bloqueio que a velha mídia exercia na população , começou a perder sua eficácia, e o protagonismo das redes sociais e  de blogues, passou a ser citado nos meios políticos e de jornalismo, a ponto de serem chamados de sujos, os blogues que mantinham uma postura à esquerda do discurso alienante e estreito da globalização neoliberal.

Já estamos  próximos da década atual, e o debate nas redes sociais está cada vez mais acirrado,no entanto, a velha mídia ocidental continua seu papel de cão de guarda do neoliberalismo, ignorando até mesmo a realidade dos fatos, como aconteceu com a comentarista da TV globo, Míriam Leitão, que atribuiu de forma simplória   a um CEO tresloucado, a grave crise econômica que se iniciava em 2008.

Mesmo em crise declarada  e agonizante, deve-se  manter a máxima de Tatcher, ou seja, Não há outra alternativa, o neoliberlismo não pode ser questionado, já que será eterno.

O pouco de espaço disponibilizado pela velha mídia para idéias alternativas ao neoliberalismo, se deu justo nos dias seguintes a explosão da crise, quando algumas emissoras de TV privadas fizeram um tímida cobertura do Fórum Social Mundial - que aconteceu na cidade de Belém, no Pará -  que por anos vinha alertando para a crise que poderia estourar.

Nada disso, no entanto, mudou o comportamento da velha mídia, ou seja, o jornalismo não evoluiu para a honestidade no relato dos fatos e nem abriu espaço para idéias alternativas.

Naturalmente, nas redes sociais, já nesta década, os grupos de opinião começavam a se formar, sendo que no espectro à esquerda do campo da política proliferam os   sites de informação, jornais e blogues e à direita grupos de indivíduos, já que o conteúdo da direita tem origem na velha mídia, cada vez mais radical e intolerante, afinal, não há outra alternativa..

Países trilham outros caminhos, blocos se formam em um pós neoliberalismo, os eixos econômico e político no mundo se deslocam, no entanto a velha mídia brasileira insiste que não há outra alternativa.
Lembra os músicos do  filme Titanic que continuavam a tocar as músicas mesmo com a água pelas canelas e o navio afundando.

Nos dias atuais, a radicalização que existe nas redes sociais não é fruto do acaso, e tem como principais responsáveis os veículos de jornalismo,e entretenimento da velha mídia, que como foi dito no início deste artigo, não se permitem e ainda  acreditam que não permitem opiniões que contrariem o ideário neoliberal.

Dito isto, as lamentações de Willian  Bonner, no programa do Faustão, de que nas redes sociais proliferam a intolerância e a violência, soam como uma conversa com o espelho, já que a intolerância e uma marca forte dos valores decorrentes da globalização neoliberal ferozmente defendidos pelas empresas do grupo globo, não apenas no Brasil, como em todo o mundo.

Todo e qualquer debate de idéias  civilizado é extremamente saudável, pois permite-se avançar no conhecimento e nas formas de organização da sociedade, no entanto, , os intolerantes acreditam que não há outra alternativa.

No caso específico das redes sociais, a radicalização tende a crescer, assim com casos de violência e mesmo crimes . 
Nestes casos se faz imprescindível uma participação mais afetiva dos órgãos de segurança e de policia, para punir os  responsáveis por crimes nas redes. 

O debate não pode parar, e não vai parar, no entanto é preciso civilizá-lo.

Neste cenário, em que os veículos da velha mídia ainda estão distantes de um amadurecimento que desemboque em um jornalismo honesto - apesar de Willian Bonner dizer que amadureceu - os grupos das redes sociais serão em breve, como bem alertou o autor do artigo acima, os novos protagonistas da política, fazendo com que os políticos se aproximem de tais grupos.

Estamos assistindo novas formas de organização social, e isso é fantástico, apesar de o programa de TV homônimo detestar e ignorar a realidade que emerge.

Como bem escreveu meu xará em um artigo que coloquei em uma postagem anterior a esta, é importante que todos se manifestem e que ninguém tem o monopólio da verdade e, ainda mais, as opiniões podem contribuir para consolidar robustas teorias.

A propósito, meu blogue não permite opiniões pois sofre violência da TV globo, que pensa que pode me censurar.

São Paulo. A Vanguarda do atraso.

Bonner se emociona em premiação e fala sobre 

intolerância política na web
21/12/2014


  • Bonner se emociona em premiação e fala sobre intolerância política na web
    Bonner se emociona em premiação e fala sobre intolerância política na web
  • O âncora do "Jornal Nacional" William Bonner se emocionou ao receber homenagem de amigos e da mulher Fátima Bernardes durante a entrega de um prêmio no "Domingão do Faustão", neste domingo (21). O jornalista fez também um desabafo sobre a intolerância política em redes sociais.
Reprodução/TV Globo
Imagem de William Bonner antes de entrar para a TV
Ao receber o troféu Mário Lago, Bonner assistiu a um VT --no qual mostra o início de sua carreira, pela Rádio USP, e o tempo em que trabalhou pela TV Bandeirantes--, foi aplaudido por jornalistas da Globo e ouviu uma homenagem feita por amigos que conhecem o outro lado do âncora.
"William é super brincalhão em alguns momentos; sério em outros. Mas é uma pessoa que está sempre disponível para os filhos, que gosta de conversar, trabalha muito, tem pouco tempo, mas o pouco tempo que tem, ele reserva para as crianças e para mim", disse Fátima sobre o marido.
Os dois completarão 25 anos de casamento no ano que vem. "Em nenhum momento, a gente pensou 'será que esse casamento vai durar muito tempo, pouco tempo'. Acho que a gente nunca teve dúvidas que seria assim", contou a apresentadora.
Bonner também falou sobre o chefe Ali Kamel, diretor de Jornalismo e Esportes da Globo, e disse que os dois mantêm uma "relação esquizofrênica". "A minha relação profissional com Ali Kamel é uma relação absolutamente esquizofrênica. Imagina: ele é o diretor, o diretor está convencido de alguma coisa e eu chegou lá e digo 'não, não é assim, não'. Ele brinca e me chama de 'grilo falante'. Eu sei ser chato, eu sei que sou chato. Às vezes, eu estou numa chateação tão grande e vou ao banheiro, olho para o espelho e falo para eu mesmo 'cara, como você consegue ser tão chato assim'?", entregou.
Ao lado de Fernanda Montenegro, o âncora do "Jornal Nacional" fez ainda um desabafo sobre a cobertura das Eleições e reclamou da intolerância política e ideológica em redes sociais. "O jornalismo da Globo amadureceu muito com a própria democracia brasileira. Desde a campanha eleitoral de 2002, que nós realizamos essas entrevistas. É curioso, porque desde 2002 todos os candidatos foram tratados, assim, de uma forma rigorosa. O que eu posso observar aqui é que, com as redes sociais, também embutem outro problema em si: os partidos políticos instrumentalizaram com robôs que estão ali para insultar outros partidos e insultar a imprensa, que faz apenas o seu trabalho. A intolerância política e ideológica que nós experimentamos neste ano foi muito ruim e ela esteve muito presente em redes sociais", afirmou Bonner.
Fonte: BOL
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A orgulhosa vanguarda do atraso

Perfil reacionário

Por Luciano Martins Costa em 22/12/2014 no programa nº 2507 
A orgulhosa vanguarda do atraso
Os dois jornais paulistas que dominam a cena da imprensa escrita no Brasil voltam a atenção para o território onde têm suas bases.
Estado de S. Paulo publica, nesta segunda-feira (22), um novo painel sobre o aumento da criminalidade na capital e no interior.
Folha de S. Paulo, por sua vez, traz resultado de pesquisa Datafolha segundo a qual os paulistanos são vistos por um número crescente de brasileiros como invejosos, egoístas e orgulhosos.
As duas reportagens se cruzam em alguns pontos, mas os textos e gráficos publicados reduzem a perspectiva do leitor a aspectos formais dos temas abordados, evitando um olhar para questões mais profundas, tanto do aumento da violência como da deterioração da imagem dos paulistas.
Embora a Folha cite, de passagem, que a polarização das últimas eleições possa ter afetado a visão que o resto do País tem dos habitantes de São Paulo, faltou penetrar um pouco mais fundo nas causas dessa polarização.
No que se refere ao problema da criminalidade e da violência, mais uma vez a imprensa é conduzida por estatísticas oficiais, sem investir em dados paralelos que permitiriam mensurar o fenômeno num campo mais amplo do que aquele determinado pela ação de delinquentes ou pelos confrontos entre os criminosos e agentes públicos.
Ficam parcialmente fora das análises os atos violentos praticados por  cidadãos sem histórico de delitos, o que seria importante para o estudo da violência na rotina da sociedade.
Visto das estatísticas que apenas levam em conta boletins de ocorrência de assaltos, furtos, homicídios e latrocínios, o quadro se limita a contabilizar a atividade do crime contumaz ou organizado, que tem sempre um importante fator de sazonalidade.
Por exemplo, em determinadas épocas aumenta o roubo de carga, em  outros períodos cresce o furto de telefones celulares, e o assalto a bancos pode aumentar quando se intensifica a repressão ao tráfico de drogas.
Sem essa abordagem complexa, o noticiário apenas reproduz os gráficos da polícia que, como admitem as próprias autoridades, são distorcidos por fatores banais, como a isenção de taxa para a emissão de documentos em caso de roubo ou furto: supõe-se que muita gente registra boletins falsos para não ter que pagar pela emissão de uma nova carteira de identidade.
Perfil reacionário
No caso da pesquisa Datafolha, segundo a qual a imagem dos paulistas piorou, nos últimos onze anos, do ponto de vista dos outros brasileiros, a análise se concentra no fato de que o estado de São Paulo tem perdido importância relativa com o processo de redução das desigualdades regionais.
A capital paulista cresce num ritmo menor do que o Nordeste, por exemplo, e isso a torna menos atraente, enquanto a melhoria das condições de vida em outras regiões reduz a necessidade de migrar em busca de bem-estar.
Folha de S. Paulo se refere ao perfil político que foi diferenciando os paulistas dos outros brasileiros nos últimos anos, mas não faz uma relação entre a questão das escolhas eleitorais e a realidade criada pelas políticas nacionais de redução da pobreza.
"Pelo menos desde 2006, o comportamento eleitoral dos paulistas - e mais fortemente, dos paulistanos - destoa do comportamento dos eleitores do Nordeste. Enquanto São Paulo consolidou-se como maior reduto do PSDB, os Estados nordestinos firmaram-se como celeiro de votos do PT", diz o jornal.
O que não está dito é que uma parcela importante do eleitorado paulista, e, como reflexo disso, da própria sociedade paulista, vem se tornando mais conservadora, e essa característica define um comportamento que é visto, de outras regiões, como sinal de egoísmo e arrogância.
À medida que se comprovam os resultados econômicos de políticas sociais  que reduzem as diferenças regionais pela diminuição da pobreza, quebra-se a histórica hegemonia de São Paulo sobre o resto do País e surgem os dois sentimentos presentes na percepção dos brasileiros: os paulistas se tornam ressentidos e reagem com manifestações de desprezo e preconceito.
O estudo do Datafolha mostra com clareza que os demais brasileiros notam o recrudescimento de um sentimento de superioridade dos paulistas, que foi bastante manifestado após a eleição presidencial.
Mas a pesquisa passa ao largo de um ponto importante: ao omitir, durante anos, os benefícios da política econômica de interesse social, e ao se comportar como um partido político conservador, a mídia tradicional tem  contribuído para forjar esse perfil justamente na região onde tem mais influência.
Não estranha que milhões de reacionários com elevado grau de educação formal e alta renda se mostrem tão orgulhosos de compor a vanguarda do atraso.
Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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domingo, 21 de dezembro de 2014 
mídia livre contra a velha mídia
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

"O Brasil vive não somente uma crise moral, mas também a da razão. Talvez prepare o caminho para outra, maior e fatal. Algo é certo: o Brasil não está maduro para o jornalismo honesto".

(Assim termina a coluna de Mino Carta, na Carta Capital desta semana, publicada sob o título "Gigolette em Estocolomo", que vale a pena ler)


Algo de revolucionário anda acontecendo na relação entre produtores e consumidores de informações em nosso país. Esta semana, por exemplo, destaquei uma contradição entre o bombardeio sem tréguas desfechado pela velha mídia familiar contra Dilma Rousseff e o PT, ao mesmo tempo em que a aprovação e a popularidade da presidente subiam no Ibope.

Chamo de velha mídia familiar os grandes grupos de comunicação comandados pelos herdeiros de meia dúzia de barões, em contraposição à nova mídia livre que se tornou possível, e não para de crescer, desde o advento da internet, que permitiu a todo mundo se tornar, ao mesmo tempo, emissor e receptor de informações e opiniões.

Trata-se, enfim, da democratização da mídia, com a multiplicação de plataformas e agentes, acabando com o poder dos donos da verdade e seus porta-vozes, os antigos "formadores de opinião", hoje hospedados no Instituto Millenium.

A primeira vez em que notei esta clara oposição entre a nova e a velha mídia foi na campanha presidencial de 2010, quando o então candidato tucano José Serra batizou todos os que se opunham a ele de "blogs sujos", certamente para diferenciá-los dos "blogs limpinhos" e seus donos, que o apoiavam.

Desta forma, os jornalistas não alinhados ao tucanato estariam condenados ao opróbio, blogueiros sem ccredibilidade, mas, com bom humor, muitos deles até adotaram a classificação nos encontros que passaram a promover para unir forças.

A divisão das mídias voltou a ser feita esta semana pelo jornal Folha de S. Paulo, ao divulgar os gastos com publicidade feitos pelo governo federal e as empresas estatais, no período entre 2000 e 2013.

Na divisão do bolo, segundo o próprio jornal, os grandes grupos da velha mídia ficaram com R$ 8,66 bilhões, restando cerca de 0,5% deste valor para o que a Folha definiu como "mídia alinhada ao governo", ou seja, chapa-branca.

Diante desta disparidade colossal, Mino Carta, com a agudez de costume, comentou em sua coluna:

"Dirá o desavisado: alinhados e mal pagos (...). Ao listar os pretensos alinhados e não qualificar os demais, a Folha nos atribui o papel de jornalistas de partido e com isso fornece outra prova: como sempre, obedece aos seus naturais pendores e, no caso, manipula a informação e omite a qualidade dos demais, alinhados de um lado só, guiados pelo pensamento único enquanto, hipócritas inveterados, declaram sua isenção, equidistância, pluralidade. Ou seja, inventam e mentem".

Por mais que estejam perdendo audiência e circulação, estes veículos da velha mídia mantêm poder e faturamento, graças a uma sólida aliança construída nos últimos tempos com alguns representantes das mais altas instâncias do Judiciário a serviço do tucanato, como vimos no episódio do mensalão e se repete agora com o que chamam de petrolão.

Na verdade, esta tabelinha entre os nobres da mídia e da Justiça ocupa o espaço deixado pela oposição partidária, agora mais destrambelhada e perdida do que nunca no combate ao governo petista, como já admitiu a própria Associação Nacional dos Jornais (ANJ).

Já não dá para saber se é a mídia que pauta o Judiciário, ou vice-versa, na mesma data. Nem é preciso citar nomes, para não fulanizar a questão, tão descarada é a atuação de alguns dos líderes desta aliança, que se autonomeou defensora da ética, do bem e dos "brasileiros decentes" (em alguns casos, parece até brincadeira...).

Ou alguém pode acreditar que eles estão mesmo preocupados em combater os fichas sujas da política (até o nosso eterno Paulo Maluf voltou a ficar com a ficha limpa, graças à Justiça) e os desmandos na Petrobras, já que o único objetivo é privatizar nossa maior empresa, de preferência nas mãos de empresas estrangeiras?

Como escrevi aqui na sexta-feira, não faço nenhuma questão de ter razão. Basta-me escrever o que penso sem pedir licença a ninguém.

Agora, abro este espaço para que os caros leitores do Balaio ocupem meu lugar e também digam o que pensam sobre o assunto. Não precisam concordar comigo. Mídia livre é isso: cada um pensa e diz o que quer. Manifestem-se!

Fonte: Blog do Miro
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O editor do jornal nacional da TV globo reclama da intolerância política, na web, claro, já que a televisão privada brasileira " é bem democrática e abre  espaço igualmente para todas as correntes políticas do país"

Em seguida, no texto de Luciano Martins, do Observatório da Imprensa, há o relato de uma pesquisa do Datafolha, em que os paulistas cada vez mais são vistos pelos brasileiros, como deslocados do pais e também se sentindo superiores aos demais.
O jornal Pasquim, na década de 1970, e mais recentemente o humorista falecido, Bussunda, se referiam aos paulistas como algo estranho e até mesmo cômico.
Em um pinga fogo ao final de uma entrevista e quando questionado sobre o lugar mais estranho em que teria feito amor, Bussunda respondeu São Paulo.

Por fim um texto do Balaio sobre o protagonismo da nova mídia e a insistência  da velha mídia em ainda respirar.

O que os três artigos tem em comum ?
Tudo.

São Paulo, desde a primeira eleição de Lula , em 2002, não se conforma em ser governado  pelo povo e, como o passar dos anos, a maioria da população entrou em surto contínuo com o sucesso dos governos do PT, que priorizou a descentralização do investimentos para o crescimento do país, com destaque para os investimentos nas regiões nordeste, centro oeste  e norte. Montadoras de automóveis na região nordeste era algo impensável nos anos de PSDB no governo, por exemplo.

O paulista quatrocentão, ainda em sua maioria, pensa que é o Brasil, no entanto tem uma visão interiorana e provinciana e , atualmente, totalmente desfocada da realidade nacional. 
Seu profundo complexo de inferioridade o leva, constantemente, a querer se comparar com outros estados da federação, principalmente com o Rio de Janeiro.  
Ora, o carioca  é , em essência,   republicano, logo qualquer comparação acaba sempre em deboche .

Outro aspecto para a vanguarda do atraso que é São Paulo, como bem definiu o artigo acima, tem sido os governos sucessivos do PSDB, que levaram o estado a maior crise hídrica de sua história, e ficaram para trás nos investimentos necessários para melhoria da qualidade de vida da população, como por exemplo, o crescimento do metrô que avança a passos de cágados, comparados com outros estados.

Dias atrás ouvi uma entrevista do Presidente do Sport Clube Recife na rádio CBN, do grupo globo, aquela que toca notícia. 
O dirigente do clube pernambucano, se expressava com tranquilidade e segurança  sobre responsabilidade fiscal no clube, investimento em arena multi uso no centro  do Recife, parcerias com a iniciativa privada, integração das categorias da base com os atletas profissionais em centro de treinamento exclusivo para todo o futebol  do clube e pagamento das dívidas. 
O jornalista da rádio CBN, um paulista de sotaque carregado que atende pelo nome de Paulo Massin, perguntou ao presidente do Sport se ele era de outro planeta, já que suas idéias e propostas eram avançadas . 
O presidente ignorou a pergunta do atrasado e continuou sua explanação .

Aquilo , para mim, foi um bom exemplo de quem vive no atraso, desfocado da realidade, já que alguns clubes, em vários estados do Brasil, trilham esses caminhos, como o Goiás, o Fluminense, por exemplo.

Mais significativo ainda foi o fato de o clube ser do nordeste do país, região que os paulistas desprezam como reduto do atraso e local de  "benesses" de políticas sociais do governo federal.

Contribuiu para esse quadro de ignorância o papel da velha mídia, com sua indecente seletividade do noticiário, preservando políticos do PSDB e demonizando até a morte se necessário for, os políticos do PT.

A intolerância  a que Bonner se refere no artigo acima de fato existe na web, porém não surgiu com advento da web e das redes sociais.

Na internete essa intolerância ganha as caracteristicas da rede, se potencializa, porém, desde os  tempos das fardas verde oliva que a velha mídia é seletiva e intolerante no que concerne a diversidade e pluralidade de opiniões, preceito básico para uma comunicação livre e democrática.

O advento e crescimento da internete abriram portas e janelas para inúmeras mídias, de todos o formatos, de todas as correntes ideológicas, onde informação e opinião são produzidas diariamente e em grande quantidade.
Naturalmente, se faz necessário um garimpo, um filtro, para se desfrutar de informações fidedignas e opiniões relevantes.
No entanto a intolerância existe, com todo tipo de agressões e violências, que transcendem o papel informativo opinativo e deveriam ser alvo sistemático e enérgico dos órgãos de segurança.

Como bem escreveu Luciano no artigo do Observatório da Imprensa, São Paulo hoje se consolida como a vanguarda do conservadorismo reacionário e do atraso.

Uma decadência que abandonou até mesmo todos os resquícios de elegância.


sábado, 20 de dezembro de 2014

A fúria dos derrotados


Por Leandro Fortes, no blog Diário do Centro do Mundo:


O recente levantamento publicado pela “Folha de S.Paulo” sobre despesas de publicidade do governo federal, nos últimos 14 anos, 12 dos quais sob o comando do PT, é, ao mesmo tempo, um espanto estatístico e um desalento.Foram 15,7 bilhões de reais despejados, prioritariamente, em veículos de comunicação moralmente falidos e explicitamente a serviço das forças do atraso e da reação. Quando não, do golpe.
O mais incrível é que 10 entre 10 colunistas cães de guarda da mídia não perdem a chance de abrir a bocarra para, na maior cara de pau, acusar blogueiros de receber dinheiro do governo para falar bem do PT.

Fonte: Blog do Miro
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 Brasil teimoso; conservadorismo em fúria:país encerra 2014 com inflação abaixo do teto da meta, mercado de trabalho em pleno emprego, fluxo de investimento estrangeiro superior ao de 2013 e confiança em Dilma em alta.

 Fonte: CARTA MAIOR
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 Fonte: Hospital Psiquiátrico de Cláudio
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Taí o desespero da mídia! Começa a jorrar diesel da Abreu e Lima



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Tá explicado o desespero dos inimigos da Petrobrás.
A Abreu e Lima, uma das maiores refinarias de petróleo do mundo, construída com tecnologia brasileira, entrou em operação e realiza agora a sua primeira venda de diesel.
Como o petróleo barato aumenta o lucro da refinaria, a Petrobrás compensará o baixo preço do óleo bruto com uma margem de lucro maior.
A Petrobrás ganha com petróleo barato ou caro, porque é forte nos dois lados do balcão, na compra e na venda de petróleo.
Só uma consultoria grátis para a Petrobrás, mais uma entre milhares deste blog: divulgue os comunicados em áudio para cegos, façam um aplicativo para smartphone com informações sobre a Petrobrás, etc. Façam vários vídeos da Abreu e Lima, com passeios virtuais pela refinaria. Façam um aplicativo exclusivo para a Abreu e Lima, com informações sobre tudo.
Tenham mais carinho pela comunicação, por favor. Ela é a alma de todo negócio, inclusive petróleo!
E sobretudo de um negócio como a Petrobrás, uma empresa que está no coração da luta política.

Fonte: O CAFEZINHO
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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Aviador cambaleante e doidaço

O estertor patético de um derrotado

aecio_louco1

Não estou seguro se eu devia chorar ou rir desbragadamente diante de uma atitude tão incrivelmente patética, como a do PSDB de pedir ao TSE, à vera, a diplomação de Aécio como presidente da república.
Na dúvida, eu rio.

Fonte: O CAFEZINHO
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Aécio é diplomado... numa clínica!

Por Altamiro Borges

O cambaleante Aécio Neves está com algum problema sério. Nem o bafômetro consegue identificar o transtorno.
O senador mineiro-carioca até agora não engoliu a derrota na eleição presidencial – nem a surra que levou em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.
Ele já pediu recontagem dos votos, deu apoio aos malucos que gritam pelo impeachment da presidenta e pelo retorno da ditadura e pressionou pela rejeição das contas de campanha do PT. Sua última investida, porém, foi a mais patética.
Seu partido solicitou que ele fosse diplomado no lugar de Dilma Rousseff. Não é piada! Aécio Neves poderia até ser "diplomado", mas numa clínica... psiquiátrica!
Poucos horas antes do Tribunal Superior Eleitoral diplomar a presidenta, na tarde desta quinta-feira (18), o PSDB ingressou no órgão com o pedido de cassação do seu registro e de posse do derrotado tucano.
Alegou "abuso do poder econômico" – como se a sua campanha não tivesse recebido milhões dos banqueiros e das empreiteiras – e uso indevido da tevê para pronunciamentos da presidenta – como se os tucanos não tivessem 24 horas diárias de "horário eleitoral gratuito" na mídia golpista.
Na sua parte mais risível, o documento do PSDB afirma:
"Cabe assinalar, contudo, que a despeito de tudo, os requeridos [Dilma Rousseff e Michel Temer] obtiveram pífia vitória nas urnas.
A diferença entre as duas chapas em disputa no segundo turno foi de apenas 2,28%, num universo de 105.542.273 votos válidos".
Derrotada, a sigla solicita a cassação do registro da dupla vencedora e reivindica que sejam empossados os tucanos Aécio Neves e Aloysio Nunes Ferreira nos cargos de presidente e vice-presidente da República.
É, realmente, caso de internação... com direito a "diploma" de desrespeito à soberania do voto e à democracia.

Fonte: Blog do Miro
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Que papelão fazem Aécio, PSDB e a velha mídia.
Um total desrespeito às regras democráticas.
No entanto, não adianta.
Como escreveu Brito no TIJOLAÇO, com maluco não se discute, o que significa dizer que o PSDB e seus velhinhos aloprados continuarão produzindo absurdos por aí.
O melhor é ouvir e deixar essa turma em um canto, junto com o pessoal de globo e veja.

O estertor patético de um derrotado

aecio_louco1


Não estou seguro se eu devia chorar ou rir desbragadamente diante de uma atitude tão incrivelmente patética, como a do PSDB de pedir ao TSE, à vera, a diplomação de Aécio como presidente da república.
Na dúvida, eu rio.
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O estertor patético de um derrotado

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Não estou seguro se eu devia chorar ou rir desbragadamente diante de uma atitude tão incrivelmente patética, como a do PSDB de pedir ao TSE, à vera, a diplomação de Aécio como presidente da república.
Na dúvida, eu rio.
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O estertor patético de um derrotado

aecio_louco1


Não estou seguro se eu devia chorar ou rir desbragadamente diante de uma atitude tão incrivelmente patética, como a do PSDB de pedir ao TSE, à vera, a diplomação de Aécio como presidente da república.
Na dúvida, eu rio.
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Esquemas

Dilma defende a Petrobrás e propõe pacto contra a corrupção, pela reforma política:

' Temos que punir as pessoas, não destruir as empresas, é preciso saber punir o crime, não prejudicar o país ou sua economia, temos que fechar as portas, todas as portas para a corrupção, não temos que fecha-las para o crescimento'

Fonte: CARTA MAIOR
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Talvez pela primeira vez no país estamos assistindo  grandes empresas privadas, como seus respectivos principais executivos, serem apontados e expostos como parte  de esquemas  de corrupção.
  
Outras tentativas foram feitas  com operações pela mesmo Polícia Federal, também nos governos do PT,  no entanto os executivos  punidos  foram imediatamente absolvidos pela ação rápida e eficaz do Supremo Tribunal Federal.
  
Foram crimes onde estavam envolvidos grandes empresários do sistema financeiro, no entanto os punidos foram delegados da Polícia Federal.
 
Os empresários da vez, que desfilam diante das câmeras de TV a caminho da detenção, são todos ligados a empresas de engenharia  envolvidas com grandes empreendimentos e com tecnologia de ponta, onde o Brasil  detêm o conhecimento de tecnologia especial e desenvolvida por empresas brasileiras.

Toda tecnologia desenvolvida pela Petrobras para exploração na camada pré-sal, em grande parte é compartilhada pelas empreiteiras envolvidas nos empreendimentos de exploração.
A maioria das empreiteiras é brasileira.

Esse trabalho lado a lado com  a Petrobras, permite que as grandes empresas de engenharia do Brasil adquiram  uma memória técnica, um conhecimento, que facilita a participação dessas empresas em outros empreendimentos similares de exploração do petróleo.

Essa memória técnica é transformada, pelas empreiteiras, em manuais e data books, onde todo o conhecimento fica registrado  e pode ser utilizado independente das pessoas, já que o conhecimento passa a fazer parte da corporação, no caso a empreiteira.

Em se tratando de empreendimentos para a exploração de petróleo e da camada pré-sal, pode-se afirmar que trata-se de um patrimônio das empreiteiras,  e de grande valor.

Naturalmente os casos de corrupção existem, desde tempos imemoriais, e os governos do PT tiveram a coragem de enfrentá-los e a população brasileira espera que tais operações não se esgotem   apenas  com  a Petrobras e a área de energia e petróleo.

Espera também que as pessoas envolvidas em tais esquemas sejam punidas, e o dinheiro desviado devolvido para os cofres públicos.

Quanto as empresas, no caso as empreiteiras, não podem ser punidas com o alijamento das atividades em que estão envolvidas com a Petrobras, já que o conhecimento adquirido é fundamental para que tais empreendimentos sejam bem sucedidos do ponto de vista tecnológico.

Como muito bem afirmou a presidenta Dilma, as pessoas devem ser punidas, porém as empresas não podem parar os trabalhos nem serem destruídas, como deseja toda a velha mídia.

O país também não pode parar e interromper suas obras, como também deseja globo e toda a velha mídia.

O grupo globo, junto com os demais veículos da velha mídia tem feito uma grande campanha para destruir as empresas de engenharia brasileiras  envolvidas nos esquemas de corrupção, tanto que alguns colunistas desses veículos pedem abertamente  a substituição das empreiteiras brasileiras por empreiteiras estrangeiras, talvez dos EUA
.
Não faz o menor sentido.

Aliás a campanha de globo ao pedir a participação de empreiteiras estrangeiras visa aproximar todo o conhecimento desenvolvido pela Petrobrás  com empresas de outros países, que de alguma forma trabalham com exploração de petróleo.

Ou seja, estamos assistindo um violento ataque contra a Petrobrás que certamente tem motivações geopolíticas e que aqui no Brasil, tem o apoio das forças entreguistas e reacionárias, como o grupo globo, por exemplo. 

Destruir a Petrobras, mudar o regime de exploração do pré - sal, e entregar esses recursos estratégicos do país para empresas americanas; é a dinâmica subjacente ao noticiário "indignado com a corrupção na estatal"