quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Econeoliberalismo evangélico talibã

Pesquisa CNT/MDA: Dilma tem 34%, Marina 28% e Aécio, 16%

Presidente Dilma Rousseff (PT) lidera a corrida presidencial, com 34,2% das intenções de voto, aponta pesquisa do instituto MDA divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) nesta manhã; Marina Silva, candidata pelo PSB, alcançou 28,2%, doze pontos à frente do candidato do PSDB, Aécio Neves, que registrou 16%; no 2º turno, Marina seria eleita com 43,7% dos votos, contra 37,8% de Dilma.

247 – A presidente Dilma Rousseff (PT) lidera a corrida presidencial, com 34,2% das intenções de voto, aponta pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) na manhã desta quarta-feira 27, realizada pelo instituto MDA.

A ex-senadora Marina Silva, candidata pelo PSB, alcançou 28,2% da preferência do eleitoral e assumiu a segunda posição no lugar de Aécio Neves, do PSDB, com 12 pontos de vantagem. O senador tucano registrou 16% das intenções de voto. Pastor Everaldo, do PSC, marcou 1,3%.

Numa simulação de segundo turno entre Dilma e Marina, a ex-senadora seria eleita com com 43,7% dos votos, contra 37,8% de Dilma. Já entre a petista e o tucano Aécio Neves, a presidente seria eleita com 43% dos votos, dez à frente de Aécio, que teria 33,3%.

Na pesquisa de abril, ainda com Eduardo Campos na disputa, Dilma registrou 37% das intenções de voto, contra 21,6% do tucano Aécio Neves e 11,8% do então candidato do PSB. O levantamento divulgado hoje foi o primeiro do instituto após a morte do ex-governador de Pernambuco e com Marina Silva à frente da candidatura do PSB.

Foram entrevistadas 2.002 pessoas em 137 municípios de 24 estados das cinco regiões, entre os dias 21 e 24 de agosto. A MDA fez a pesquisa com o nome de Marina Silva entre as opções de voto um dia depois da oficialização da candidatura da ex-senadora à presidência pelo PSB.

Fonte: SQN
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Luís Nassif: O que gerou a onda de enorme risco para o Brasil

publicado em 27 de agosto de 2014 às 11:27
neca-marina1
por Luís Nassif, em seu blog
No Twitter, Xico Graziano vibrava com as notícias do IBOPE sobre a explosão da candidatura Marina Silva, apesar de poder ser a pá de cal na candidatura do seu partido. Não se trata de um twiteiro convencional, mas do homem de confiança de Fernando Henrique Cardoso, que chegou a ser cogitado para comandar a campanha de Aécio Neves nas redes sociais.
Seu entusiasmo é uma demonstração eloquente da falta de substância no discurso oposicionista. Nesses doze anos, limitaram-se a brandir um anacrônico “delenda PT” em vez de buscar o discurso novo.
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Nem se pense que do lado do PT houve alguma inovação.
As manifestações de junho de 2013 poderiam ter sido um presente para o partido e para Dilma. Com mais de um ano de antecedência, vinha o aviso das ruas: o povo já tem pão, já tem escola, já tem luz; falta participação.
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Sabia-se que, fechado o ciclo de inclusão – promovido pelas políticas sociais de Lula e Dilma – apareceria em cena um novo cidadão, mais exigente em relação aos serviços públicos, mais consciente em relação aos seus próprios direitos, mais cético em relação às instituições convencionais da democracia representativa.
***
A onda Marina Silva é a comprovação maior de como os partidos – tanto o PT quanto o PSDB – afastaram-se dos intelectuais e do sentimento das ruas.
Hoje em dia, é comum ouvir de líderes partidários críticas a Dilma, por não ter interpretado devidamente o sentimento das ruas. Mas o próprio PT tratou a insatisfação popular como uma tentativa de golpe ou da direita ou de grupos de extrema esquerda. Quem ousasse dar legitimidade à insatisfação das ruas era execrado. Julgaram que o novo cidadão ainda levaria alguns anos para emergir. Não tiveram o menor sentimento de urgência.
Aliás, não conseguiram sequer divulgar – até agora – avanços inegáveis que aconteceram em diversas políticas públicas.
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Do lado do PSDB, nem se diga. Desde Mário Covas o partido perdeu totalmente o sentimento de povo. As manifestações de junho mereceram apenas algumas análises óbvias de FHC e nenhuma forma de ação.
***
Com essa insensibilidade ampla, a bandeira do aprofundamento democrático e da democracia digital ficou exclusiva de Marina Silva – fortalecida pela demonização da política patrocinada esses anos todos pelos grupos de mídia.
Um eventual governo Marina Silva é um enorme risco para o país. Analistas já comparam a Jânio Quadros e Fernando Collor – pelo isolamento, pela falta de estrutura partidária, pela ausência de jogo de cintura para tratar com os políticos e pela falta de um projeto mais amplo de país.
Dilma e Aécio representam propostas de política econômica claras e conhecidas. Já Marina é cercada por grupos absolutamente heterogêneos, onde despontam desde “operadores” de mercado (no pior sentido), como André Lara Rezende, a um certo empresariado industrial paulista mais moderno, os nacionalistas do PSB, e ONGs do setor privado, de boa reputação. Juntos, não formam um projeto.
Mais que isso, sobre essa orquestra disforme paira a personalidade de Marina.
É imensamente mais teimosa e menos preparada que Dilma. Tem muito menos habilidade política e capacidade de escolha de equipe que Aécio.
O crescimento de sua candidatura não se trata de um fogo fátuo, como tantos outros da história recente do país. Que a onda irá refluir, não se tenha dúvida. Não se sabe apenas se refluirá antes de terminadas as eleições.
Mas sua eleição é inegavelmente uma aposta de altíssimo risco.
PS do Viomundo: Sem tirar, nem por uma palavra. Quanto a 2013, foi o que me levou inclusive a perder amigos: tentem entender, não criminalizar, eu insistia. Acusado no Facebook de demonizar Marina como foi feito com Lula, em 2002, respondi: “Em 2002 o Lula tinha três eleições nas costas, um partido político sólido, que havia ajudado a criar, apoio de setores importantes da igreja, de uma central sindical e de um sem número de movimentos sociais. Tinha uma sólida base social no operariado de um dos setores industriais mais modernos do Brasil, no ABC paulista. Não me lembro dele ter herdado a vaga de candidato ao Planalto de um recém-falecido, nem de concorrer por uma legenda da qual pretendia sair. Não duvido da honestidade de Marina Silva, talvez até votasse nela em outras circunstâncias, mas nas de hoje, sinceramente, é uma aventura provocada pela desconexão entre as instituições e as ruas.

Fonte: VIOMUNDO
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A pesquisa não trouxe muitas novidades.
Já era do conhecimento de todos que Aécio seria ultrapassado com facilidade por Marina.

Os números da pesquisa acima parecem mais realistas que a pesquisa IBOPE/TV Globo. 
A dobradinha já aprontou muito em outras eleições e seus dados não merecem credibilidade total. 
Há sempre uma desconfiança de que podem estar manipulados, como já ocorreu em outras ocasiões.
Quem não se lembra da declaração estapafúrdia do presidente do IBOPE na eleição de 2010, reproduzida abaixo ?

Pois é, Lula fez seu sucessor até com certa facilidade.

Na pesquisa atual da CNT/MDA, se as eleições fossem hoje, Marina venceria Dilma em segundo turno por uma diferença de 5,9%.
A pesquisa do CNT, ou o texto acima de SQN, não informa a margem de erro.
Se for de 2%, para mais ou para menos, pode-se afirmar que a margem segura da vitória de Marina no segundo turno, do ponto de vista técnico,  seria de 1,9%.
Isso significa que a disputa em um provável segundo turno entre Dilma e Marina seria acirrada, ou até mesmo com uma leve vantagem para Dilma, já que os dados da pesquisa atual foram obtidos em um ambiente de comoção pela morte de Eduardo Campos e pelo fato novo da candidatura de Marina, que tem boa aceitação em um eleitor jovem, despolitizado, e ainda ancorado na Marina que se apresentou como candidata em 2010.

Em 2010, Marina se lançou candidata pelo partido Verde, defendendo a causa ambiental.
Em 2014 Marina aparece candidata pelo PSB, partido que defende o agronegócio e a energia nuclear.

Curiosamente, de todos os candidatos a presidência, o que mais se identifica com  o público jovem que apóia Marina, é o candidato do PV, Eduardo Jorge, como demonstrado no debate realizado ontem na TV Bandeirantes.
A opção verde, de terceira via e o novo na política  existente nesta eleição é Eduardo Jorge.
Marina está inserida na real politik, não tem nada de novo, e tem como vice na chapa um defensor do agronegócio.
Com o decorrer da campanha o eleitor jovem, adepto da causa ambiental e que no ano de 2013 saiu às ruas por uma nova política, verá que Eduardo Jorge é o candidato que mais e aproxima desses ideais.

Outro aspecto da aparição de Marina com os percentuais divulgados, diz respeito aos setores que preferem Aécio em uma disputa com Dilma.
Esses setores, e aí se incluem  o business e a velha mídia, podem até aceitar Marina para derrotar o PT, porém não veem com bons olhos a candidata da floresta.
Espera-se que nos próximos dias estes  setores iniciem um processo de desconstrução de Marina, o que em poucas semanas irá causar uma perda de pontos nas intenções de voto da candidata, com a esperança, destes setores, que o candidato Aécio suba  nas intenções de voto e possa, até mesmo chegar a segundo turno com Dilma.

Isso significa que a partir do dia 15 de setembro, um pouco mais ou um pouco menos, será possível uma avaliação mais precisa do quadro eleitoral, já que devaneios e emoções exacerbadas estariam fora de cena.

Os próximos dias  mostrarão ao que veio a candidata do econeoliberalismo evangélico talibã.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

A Violência como espetáculo




E o Fluminense venceu.
É verdade, depois de quatro jogos sem vitória, o tricolor venceu com autoridade o Sport.
Venceu e jogou um bom futebol, mesmo longe de ser brilhante.
Que continue assim, já que os próximos quatro jogos do tricolor serão decisivos para a permanência do time na Copa Sulamericana e para a  disputa pelas primeiras colocações do campeonato brasileiro.

Depois do jogo, entretanto, o que prevaleceu na mídia foi a entrevista do jogador Fred, que falou sobre os conflitos que envolveram torcedores e alguns jogadores do elenco tricolor.
Fred, fortalecido com  a vitória do time e com sua boa atuação no jogo, soube aproveitar o momento e criticar a violência de alguns torcedores.
O jogador está coberto de razão quando critica a atitude violenta de alguns torcedores, entretanto erra ao pedir o apoio da mídia para combater a violência.
Cabe lembrar que essa mídia que Fred pede apoio , é a mesma que de forma violenta e covarde vem tentando colar no jogador a responsabilidade única pela derrota da seleção brasileira na copa do mundo, incentivando, desta forma, sobre o jogador todo tipo de perseguição, até mesmo com violência.
Curiosamente, após a entrevista do jogador do Fluminense, proliferaram comentários de jornalistas esportivos nas emissoras de rádio dando apoio jogador, como se a imprensa não fosse parte da violência .
Nenhuma autocrítica sobre o papel violento da imprensa.
Nossa imprensa se assemelha a uma prostituta que gosta de se apresentar como sendo uma donzela virgem.

No tocante a violência que o jogador vem sofrendo, cabe lembrar que desde 1991, quando se iniciou a guerra do golfo, a violência passou a ser tratada e abordada pela mídia como um espetáculo.
Na ocasião, pela primeira vez, uma guerra, expressão maior e mais brutal da violência, era transmitida ao vivo pelas emissoras de TV.
Imagens similares aos video games da época, onde instalações eram abatidas por mísseis e bombas, causaram uma excitação positiva até mesmo nos setores mais esclarecidos da sociedade.
Em 2001, por ocasião do atentado"terrorista" em Nova York, o espetáculo da violência ganhou contornos ainda mais espetaculares, já que  o intervalo entre o ataque a primeira torre e o ataque a segunda torre, foi suficiente para que emissoras  de TV se posicionassem estrategicamente e revelassem , ao vivo , e em tempo real , o segundo ataque.
Anos depois, na invasão ao Afeganistão e ao Iraque, em 2002 e 2003, respectivamente, o mundo assistiu cenas de extrema violência onde cidades foram pelos ares  com explosões de bombas e mísseis que na ocasião, foram enaltecidos como armamentos de última geração, com direito a uma farta propaganda bélica nos meios de comunicação. 
A violência como espetáculo também revelou o enforcamento do ditador iraquiano, Saddan Hussein, ao melhor estilo idade média.

A  cultura que se tornou praticamente hegemônica a partir do inicio da década de 1990, tem a violência, em todas as suas formas e manifestações, como um  valor e um espetáculo altamente lucrativo, e ainda tende a crescer mais pelo mundo.

As cenas  de violência contra os jogadores do Fluminense foram debatidas e exibidas a exaustão nos meios de comunicação, que por outro lado, disponibilizaram um tempo insignificante para debater e propor medidas para acabar com esse tipo de violência.
O que vale é o espetáculo.

Recentemente um juiz de Direito proferiu uma sentença sobre um caso similar de violência ao que ocorreu com jogadores do Fluminense.
Na ocasião, o magistrado afirmou que não se poderia aplicar penas duras -conforme determina a lei para casos de violência em geral - para agressões de torcedores , já que o futebol agrega um componente passional.
Em outras palavras, deu carta branca para que jogadores sejam assassinados.

Se é assim, o jogador Fred  deveria pedir o apoio do sindicato dos atletas e mesmo do Bom Senso F.C. para que, junto a ex-jogadores de futebol e hoje parlamentares  sensíveis a causa,  seja criada uma legislação específica para esses casos de violência no futebol, com penas severas para os agressores.

A mídia e a imprensa não tem interesse em acabar com o  lucrativo espetáculo da violência.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Um filme que não pode se repetir

Um Filme que se repete

Foi assim com Jânio Quadros e com Fernando Collor

O"novo" da vez , agora , é Marina Silva. 

 

 

   

 

 

 

 

                                40 anos para atrás em 4

                  












  Adivinhe quem trouxe Jânio Quadros para votar?

Por Paulo Moreira Leite 


Existe coisa mais antiga do que "socialista" que não acredita em "socialismo" e não sai de perto de banqueiro?
Não vamos nos enganar: a mesma elite econômica que fez o possível para sustentar Aécio Neves até aqui prepara seu embarque na campanha de Marina Silva. É uma questão que se resolve na próxima pesquisa.
É constrangedor mas é verdade.
Os editoriais de jornal, o tom de crítica leve, as advertências e conselhos dirigidos a Marina traduzem um movimento de quem prepara o terreno para fazer uma virada mudança em suas opções políticas e negocia cada passo.
O esvaziamento notório de Aécio, quinze dias depois da morte de Eduardo Campos, ajuda a revelar o caráter superficial dos compromissos políticos de seus aliados de véspera. Sua campanha nunca se apoiou num pacto político em profundidade mas numa aliança puramente instrumental, de quem contrata um serviço e define uma tarefa.
A prioridade, vamos deixar claro, é vencer Dilma. Sem isso, o candidato do PSDB não tem serventia. Não estamos falando de ideias, de um projeto de país, de luta ideológica e tantas palavras nobres que se costuma citar para maldizer a política brasileira. É poder e poder.
Depois de passar os últimos anos tratando Marina Silva como uma concorrente despreparada, dogmática, candidata a transformar o exercício da presidência num desastre permanente, aquilo que nossos sociólogos chamam de elite porque o termo “burguesia” ou “ classe dominante” fica pesado demais num discurso liberal, é obrigada a engolir o que disse. A pergunta que interessa é saber quem está melhor preparado para interromper 12 anos de governos Lula-Dilma.
A vantagem comparativa de Marina sobre Aécio é a falta absoluta de compromissos reais. Cabe tudo em sua caravana.
Através dela, a política brasileira regride em direção a Jânio Quadros. É a candidata que condena a “velha política” mas não consegue explicar-se sobre um simples avião de campanha. Mantém com o PSB relações típicas de um partido de aluguel – que usará enquanto lhe for conveniente — mas agora mostra-se como o “novo.”
Existe coisa mais antiga do que “socialista” que não acredita em “socialismo” e não sai de perto de banqueiro?
Lembram-se de Fernando Collor, o caçador de marajás que promoveu um furacão sem partido, apoiado pela turma dos negócios & do poder porque era o melhor para vencer o Brizola?
Para empregar uma linguagem típica de seus aliados, o universo de Marina é o populismo que não tem referências claras, cresce nas emoções e na confusão política. Por isso se fala em governar com FHC e Lula.
Isso sempre acontece quando o conservadorismo disputa uma eleição na qual não pode mostrar a própria face.
Paulo Moreira Leite é diretor do 247 em Brasília. É também autor do livro "A Outra História do Mensalão". Foi correspondente em Paris e Washington e ocupou postos de direção na VEJA, IstoÉ e Época. Também escreveu "A Mulher que Era o General da Casa".

UDN e Taliban evangélico podem se unir para levar o Brasil à Idade das Trevas

Marina e a UDN, 60 anos depois

A UDN – que levou Vargas ao suicídio, que derrubou Jango em 64 e que há 12 anos tenta encurralar Lula e o PT – é capaz de embarcar em qualquer aventura. A pergunta é: a democracia brasileira, pela terceira vez, fará esse mergulho no desconhecido em 2014?


A velha UDN tinha uma estranha fixação por militares. Os candidatos presidenciais udenistas - derrotados por Dutra (1945), Vargas (1950) e Juscelino (1955) – eram sujeitos que vestiam farda: Juarez Távora e Brigadeiro Eduardo Gomes.
 
A UDN era ruim de voto. Mas boa na agitação golpista: no dia 24 de agosto de 1954, há exatos 60 anos, Carlos Lacerda (principal agitador udenista) e seus aliados militares encurralaram o trabalhismo – levando Vargas ao suicídio.
 
A UDN seguiu perdendo eleição, até que em 1960 resolveu buscar um candidato “de fora”. Janio Quadros - líder hstriônico, que passava a imagem de não se render aos “conchavos” políticos - finalmente levou a UDN ao poder. ”O jeito é Janio”: foi o slogan de campanha. Mas Janio não era um autêntico udenista. O governo dele foi uma crise só. Janio renunciou antes de completar um ano no poder.
 
Em 1989, para impedir a vitória do monstro “Brizula” (Brizola e Lula eram favoritos, diante da crise do governo Sarney), a Globo fez o papel de UDN e escolheu Collor. Caçador de marajás, inimigo de “tudo que está aí”, Collor ganhou. Mas caiu 3 anos depois. 
 
Em 2014, os conservadores parecem dispostos a embarcar em nova aventura. Depois de 3 derrotas consecutivas, o bloco demo-tucano está dividido. Os setores mais orgânicos insistem com Aécio Neves. Mas parte da mídia, dos bancos e da classe média aceita qualquer nome que seja capaz de derrotar o PT.
 
Aliada ao PSDB e ao DEM, a velha mídia resiste em embarcar no marinismo. Mas em uma ou duas semanas, o jogo estará jogado. Se Aécio minguar para 15%, e Marina passar dos 25%, a velha UDN dará mais um salto no desconhecido.
 
Por enquanto, as revistas semanais trazem o nome de Marina Silva associado a um ponto de interrogação. Nos bastidores, inicia-se um balé de cobranças e concessões. Marina precisa mostrar-se confiável para o mercadismo (que desconfia da “estatista” Dilma). Em duas semanas, o ponto de interrogação pode virar exclamação: Marina é o jeito, contra “tudo que está aí”!
 
Sem partido, avessa aos “conchavos”, Marina Silva é uma política profissional que finge detestar a política. Igualzinho a Janio e Collor -  ilusionistas do voto.
 
Pesquisas internas mostram que Aécio se esfacela. O mineiro tenta reagir: conta com os aliados midiáticos, para desconstruir Marina. Dossiês e denúncias saem das gavetas. Mas Abril e Globo talvez não queiram queimar Marina - único Plano B, para derrotar Dilma.
 
Marina tem uma avenida livre pela frente: PSDB em crise, Aécio perdido entre um discurso oposicionista e as promessas de manter o Bolsa Família (uai, a turma que vota nos tucanos não diz que aquilo é ”bolsa esmola”?), mídia desesperada por derrotar o lulismo.
 
Se eu pudesse arriscar um palpite, diria que a  máquina midiática aliada do tucanato não vai ajudar o candidato do PSDB. Aécio vai minguar, e pode perder até o governo de Minas para o PT.
 
Misto de líder messiânica da “nova política” e parceira confiável dos bancos, Marina vira favorita. Só Lula será capaz de barrá-la. E talvez nem ele.
 
Lula talvez precise se guardar para construir alternativas mais à frente. Um eventual governo Marina, não tenho dúvidas, terá o mesmo padrão de instabilidade que marcou Janio e Collor.
 
A UDN - que levou Vargas ao suicídio, que derrubou Jango em 64 e que há 12 anos tenta encurralar Lula e o PT – é capaz de embarcar em qualquer aventura. Isso já sabemos. Mas a pergunta é: a democracia brasileira, pela terceira vez, fará esse mergulho no desconhecido em 2014?
Fonte: SQN
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sábado, 23 de agosto de 2014

Globo 666

O PAPIRO disponibiliza para seus leitores o texto abaixo da JUSTICEIRA DE ESQUERDA sobre a campanha que globo faz para impedir a reeleição de Dilma.

Atuando como um leviatã descontrolado, globo não tem limites.

Para tratar do assunto do leviatã  globo  PAPIRO dedica aos leitores, não por coincidência, sua postagem de nº 666.  

PS. além de ser o número da besta, 666 também é o número de um dos 3 irmãos metralha, na história em quadrinhos. 

Postado por MobilizaçãoBR
Os Organizações Globo – jornalão e a rede de TV – desfecharam, claramente, uma campanha contra a presidenta Dilma Rousseff e a Petrobras, na tentativa de impedir que a presidenta da República seja reeleita. O carro chefe do conglomerado de comunicação, agora, é a luta pela condenação e bloqueio de bens da presidenta da estatal, Maria da Graça Foster, pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Basta ver como escondeu no Jornal Nacional a crise em outras campanhas presidenciais, aceitou falas e versões que as explicam sem se aprofundar, de forma totalmente contrária às regras básicas do jornalismo. Já em relação à Petrobras e à presidenta Dilma…O que estamos vendo e assistindo, da parte das Organizações Globo nessa questão da Petrobras é ilegal e o PT deveria ir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a rede de TV do grupo.
É flagrante a violência e ilegalidade desfechadas nessa campanha da Globo contra as presidentes da República e da Petrobras, Graça Foster. A Rede Globo conseguiu transformar o direito de defesa ao qual o governo tem direito, em “pressão’ que ministros estariam desencadeando sobre o TCU. É por isso que a presidenta Dilma, em visita ao Nordeste, ontem, explicou didaticamente que se a União e sócia majoritária da Petrobras a Advocacia Geral da União (AGU) e o Ministério da Justiça têm todo direito e obrigação até de defender a presidenta da estatal.
Oposição usa Petrobras como arma eleitoral
Durante visita a Floresta (PE), a presidenta Dilma acusou a oposição de usar a Petrobras como arma eleitoral. Prova disso são as duas representações tucanas que tramitavam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rejeitadas ontem, contra a estatal e sua propaganda institucional.
As representações eram , na verdade, prestação de contas feita com transparência e necessária para enfrentar a campanha da Globo que apresenta a empresa como inviabilizada, falida e tomada pela corrupção – no que é uma das maiores, senão a maior mentira dos últimos tempos depois do mensalão. O PSDB argumentava que eram propaganda eleitoral antecipada da presidenta Dilma. O TSE disse ontem que não eram.
Ao falar sobre a questão durante visita a Pernambuco, a presidenta também considerou defesa do “interesse da União” a ida (“pressão”, escreve a mídia) de ministros do governo ao TCU para fornecer explicações sobre a presidenta da Petrobras e sobre a empresa é direito e dever do governo. Foi mais longe: lembrou que nenhum veículo da mídia demonstrou tal denodo ao noticiar e/ou investigar casos que ocorreram na Petrobras durante os governos tucanos do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Não tiveram interesse em investigar prejuízos da Petrobras na era FHC
Ao falar sobre a ida dos ministros da Justiça e da AGU ao TCU a presidenta foi didática: “A Petrobras é controlada pela União. sua presidente, sua diretoria, representam a União. É de todo o interesse da União defendê-las e à Petrobras. Nada tem de estranho esse fato. Pelo contrário, é dever do ministro da Justiça, de qualquer ministro do governo, defender a empresa”.
Ela comp0letou que essa seria a praxe em qualquer lugar e situação semelhante, e lamentou que tratem diferente o seu governo: “No meu governo, não precisa só o ministro da Justiça ir, precisa da presidenta da República também defender…”.
“A presidente Graça Foster – argumentou a chefe do governo – respondeu perfeitamente sobre a questão dos seus bens numa nota oficial. Eu repudio completamente a tentativa de fazer com que ela não possa exercer a presidência da Petrobras”. A presidenta Dilma exemplificou sua posição lembrando dois casos envolvendo a companhia no governo FHC – o afundamento da plataforma P-36 e a troca de ativos com a Repsol espanhola.
Transformação da estatal em arma eleitoral se repete a cada eleição
“Eu lamento profundamente – prosseguiu a presidenta – a tentativa a cada eleição de se fazer, primeiro, uma CPI da Petrobras, segundo, de criar esse tipo de problema. Eu me pergunto, porque ninguém investigou com esse denodo o afundamento da maior (em operação no país) plataforma de petróleo? Porque, apesar de estar em ação popular, ninguém investiga a troca de ativos feitos com a Repsol? Acho extremamente equivocado colocar, sempre, a maior empresa de petróleo do Brasil e da América Latina, durante eleição, como arma política”.
Mas a Globo, no caso agora, e de maneira geral, faz hoje o que está acostumada a fazer sempre: “faz” o inquérito, investiga, processa e condena. Age assim em relação a qualquer cidadão e/ou empresa. Quando eles colocam no ar essa história de crime e pressão de qualquer cidadão, empresa ou instituição, fazem-no já da forma que decidiram: está condenado. Na visão deles, às favas a presunção de inocência e o devido processo legal.
REVOLTA ORQUESTRADA

Ao que tudo indica, as agressões à presidenta Dilma Rousseff e ao #PT, na abertura da #CopadasCopas, não foram obra do acaso.

Os cartazes distribuídos no estádio antes da primeira partida do mundial, com ofensas ao partido e ao governo, foram encomendados pela Multilaser, uma das maiores empresas de informática do Brasil.

De acordo com a investigação do Ministério Público Federal e da Polícia Civil de São Paulo, a empresa pagou 15 mil reais a uma gráfica para a confecção de 20 mil cartazes a serem distribuídos no estádio.

Pelo visto, a vontade de “criticar” o governo faz parte de um plano maior.

Coincidência ou não, dois sócios da Multilaser, Renato Feder e Alexandre Ostrowiecki, são os responsáveis pelo Ranking Políticos.

O site oferece "informação para ajudar, de forma objetiva, a votar melhor”. Um dos critérios de pontuação dos políticos pelo site é ter votado contra o aumento de impostos.

Se comprovada a participação do grupo, a empresa será enquadrada no crime de difamação de partido político. A pena varia de 6 meses a 2 anos de detenção e multa.

Leia em http://bit.ly/1mugg5l e na Agência PT de notíciashttp://bit.ly/1pODVCc

Foto: REVOLTA ORQUESTRADA

Ao que tudo indica, as agressões à presidenta Dilma Rousseff e ao #PT, na abertura da #CopadasCopas, não foram obra do acaso.

Os cartazes distribuídos no estádio antes da primeira partida do mundial, com ofensas ao partido e ao governo, foram encomendados pela Multilaser, uma das maiores empresas de informática do Brasil.

De acordo com a investigação do Ministério Público Federal e da Polícia Civil de São Paulo, a empresa pagou 15 mil reais a uma gráfica para a confecção de 20 mil cartazes a serem distribuídos no estádio.

Pelo visto, a vontade de “criticar” o governo faz parte de um plano maior.

Coincidência ou não, dois sócios da Multilaser, Renato Feder e Alexandre Ostrowiecki, são os responsáveis pelo Ranking Políticos.

O site oferece "informação para ajudar, de forma objetiva, a votar melhor”. Um dos critérios de pontuação dos políticos pelo site é ter votado contra o aumento de impostos.

Se comprovada a participação do grupo, a empresa será enquadrada no crime de difamação de partido político. A pena varia de 6 meses a 2 anos de detenção e multa.

Leia em http://bit.ly/1mugg5l e na Agência PT de notícias http://bit.ly/1pODVCc
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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Brasil bombando com Dilma

Desemprego, maior preocupação na maioria dos países; no Brasil, não

publicado em 21 de agosto de 2014 às 15:41
emprego 3
Da Redação
Nessa quarta-feira 20, a consultoria alemã GfK divulgou um estudo interessante, que a mídia brasileira fez questão de ignorar.
A GFK apurou que o desemprego lidera a lista das principais preocupações em um grupo de 17 países pesquisados. Do total de entrevistados, 30% se mostraram temerosos quanto à garantia de emprego, percentual que sobe a 74% na Espanha, e a 67% na França.
O estudo corrobora o argumento da presidenta Dilma sobre a opção de enfrentar a crise sem gerar desemprego.
Nos 11 anos de governos Lula e Dilma foram no Brasil criados 24,5 milhões de empregos.
Segundo dados do Dieese e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a taxa de desemprego atual é a menor da história do Brasil.
No início desta semana, o Datafolha identificou uma redução do pessimismo sobre o mercado de trabalho no Brasil, com uma queda importante, para 38%, do número de cidadãos que creem num desemprego maior por aqui.

Fonte: VIOMUNDO
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Campo gigante de Sergipe é confirmado!


moita-bonita


Ao final de setembro do ano passado, a Reuters veio com uma notícia bombástica, assinada pelo experiente repórter Jeb Blount. Segundo fontes do setor, a Petrobrás teria descoberto um campo gigante em águas ultra-profundas de Sergipe. Coisa de 3 bilhões de barris.
A estatal, reservada como sempre, jamais confirmou a notícia.
Até hoje.
Não falou em tamanho da reserva, mas confirmou que tem petróleo por lá, e pelo que conhecemos das áreas do pré-sal, deve ser muita coisa.
Mais alguns bilhõezinhos de barris para desenvolver o Nordeste, o Brasil, investir em saúde, educação, e nos dar mais autonomia energética.
E a área confirmada pela Petrobrás será exclusivamente explorada pela estatal. É tudo nosso!
Em qualquer país do mundo, a notícia seria capa de todos os jornais. Aqui, não.
Aqui os jornais estão preocupados em pressionar José Jorge, o relator do TCU que era ministro de FHC, na cota do DEM, na época do apagão e do afundamento da plataforma P-36, a “bloquear os bens” da diretoria da Petrobrás porque a estatal comprou uma refinaria no Texas que hoje dá lucro superior a US$ 200 milhões por ano.
Aliás, repito a pergunta. Se o TCU quer que os diretores da Petrobrás paguem o prejuízo da refinaria de Pasadena, vão lhes dar também um percentual do lucro?
 
Fonte: O CAFEZINHO
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Ontem os jornais trouxeram um encarte publicitário onde se podia ler:
" se saiu no jornal eu acredito"

Uma campanha para tentar tirar essa turma da velha mídia do atoleiro em que encontram.

Na vida real, que é bem diferente da publicitária, o que normalmente aparece nos jornais como notícia não se deve acreditar de imediato e sim fazer uma análise da notícia.

Depois da análise, quase sempre se constata que a notícia ou é incompleta e manipulada ou não é verdadeira.

Pois bem, as notícias acima não aparecem nos jornais da velha mídia, e quando aparecem não são destaque e surgem bem escondidas em um canto de uma página.

Isso acontece porque são notícias que valorizam o Governo e a Petrobrás, e no caso, os dois só podem ter notícias ruins , de fim mundo, afinal as eleições estão ai e a manipulação está a mil.

Entretanto, por aqui, o caro leitor tem a possibilidade de conhecer o Brasil real, aquele que não aparece na velha mídia.

 

 

Trapalhadas sem fim

 


O desembarque da delegação do Fluminense, ontem, no aeroporto Santos Dumont no Rio de janeiro, foi um festival de trapalhadas.

Os torcedores que lá estavam aguardando a delegação agiram de forma equivocada e violenta.
É inaceitável qualquer tentativa de agressão física aos jogadores , assim como ao patrimônio dos atletas e do clube.
Os torcedores poderiam aguardar a delegação com faixas , cartazes de protestos, palavras de ordem, porém jamais tem o direito de arremessar qualquer tipo de objeto nos jogadores e ainda ameaça-los com violência.

A diretoria do clube, sabedora da insatisfação da maioria da torcida tricolor com o momento do time, deveria providenciar com antecedência  a presença da polícia e um reforço de seguranças do clube no desembarque da delegação. Foi omissa.

Os jogadores, depois que conseguiram sair do teatro de hostilidades que se formou nas cercanias do aeroporto, emitiram uma nota repudiando o ato dos torcedores e ainda aumentaram o festival de trapalhadas do dia, ao ameaçarem não entrar em campo para o próximo jogo do Fluminense, domingo, no Maracanã.

O confronto no Santos Dumont repercutiu na nossa alegre e divertida imprensa esportiva que procurou analisar o motivo pelo qual o time do Fluminense caiu tanto de produção nos últimos quatro jogos.
Foi dito que os jogadores estariam insatisfeitos  com a direção do clube pelo atraso no pagamento do direito de imagem de alguns atletas ,  bichos por vitórias em jogos e  prêmios pelos  últimos títulos conquistados, em 2012.
Quanto aos salários, segundo a imprensa, estariam em dia.
Se de fato a diretoria do clube está em atraso com o pagamento de alguns atletas, é normal e justo que os atletas, funcionários do clube, pressionem a diretoria para que compromissos assumidos sejam cumpridos.
É assim que funciona com todas as categorias, onde a greve pode ser utilizada em último caso, quando se esgotam as possibilidades de negociação.

Em se tratando de futebol, outras variáveis estão envolvidas e a razão nem sempre prevalece, e ainda, o que vale para a maioria das categorias profissionais  não se aplica totalmente no futebol.

A título de exemplo, sugiro que o caro e atento leitor imagine, ou até mesmo venha a recordar, de greves nas concessionárias de distribuição de energia elétrica.
Neste segmento os funcionários entram em greve, quando necessário, mas a população não fica sem o fornecimento de energia.
Não apenas a população, como também hospitais e outras atividades que sem o fornecimento de energia elétrica podem provocar sérios danos as pessoas , inclusive com o risco de morte como no caso de hospitais.
Em outras palavras, o risco de morte, é uma interrupção no sentimento da vida de muitas pessoas.

No futebol, a greve, ou corpo mole dos jogadores durante uma partida, também representa uma interrupção no sentimento, já que o futebol mexe com paixões desenfreadas.
Assim sendo , creio , e acredito que o caro leitor concorde, que os jogadores do Fluminense poderiam pressionar a diretoria do clube de outra forma que não fosse o corpo mole durante os jogos das competições que a equipe está envolvida.

Por exemplo, poderiam, os atletas, não mais concentrar antes dos jogos, já que a concentração implica em gastos para o clube com a hospedagem de hotéis.
Outros casos, ligados a vida interna no clube que resultassem em redução de gastos , poderiam ser propostos pelos atletas, visando com isso a obtenção de recursos para que seus pagamentos fossem efetuados.

Caso agissem dessa forma, os atletas colocariam de forma transparente para a torcida e para a imprensa suas demandas com o clube e não necessitariam fazer corpo mole durante os jogos nas competições e, ainda mais, teriam o apoio de toda a torcida.

Os atletas  funcionários do Fluminense optaram por   tirar o pé, nos últimos jogos, como forma de pressionar a Diretoria do clube, e fizeram isso justo no momento em que o time se comportava bem nas competições , ocupando os primeiros lugares na tabela de classificação.
O resultado tem sido desastroso, já que  ao agir dessa forma os atletas interromperam um sentimento , não a morte na greve da energia elétrica, mas o sentimento  com a torcida, uma característica do mundo do futebol.

Fizeram a pior política, com p minúsculo, e ainda ameaçam aumentar a trapalhada e os equívocos ameaçando não entrar em campo.
Romperam laços, o que no futebol não pode acontecer.

Cabe lembrar que o Vasco da Gama, na década passada quando caiu para a série B do campeonato brasileiro, lançou uma campanha para  a disputa da série B que tinha o seguinte slogan:
" O Sentimento não pode parar"
Brilhante!
Pois o sentimento que não pode parar implica na dedicação total do time em campo, no apoio da torcida e no comprometimento da Diretoria.
Caso uma das partes não se comprometa, o sentimento é interrompido, falta luz, o que no futebol é a morte.
Acredito que ainda hoje, passados alguns anos, a  maioria  da nossa alegre e divertida imprensa esportiva ainda não tenha entendido o signifcado profundo da campanha lançada pelo time da colina histórica.

Falando de nossa imprensa, cabe ressaltar que nossos briosos e alegres comentaristas e jornalistas esportivos, também tem suas parcelas de responsabilidade nesse teatro de trapalhadas e hostilidades que assistimos, já que uma grande parte da imprensa estimula  o buliyng a jogadores, como no caso do jogador Fred, o que  acirra ainda mais os ânimos e contribuiu para a irracionalidade e a violência por parte de alguns torcedores.

Quanto aos jogadores do Fluminense, se de fato os péssimos resultados dos últimos quatro jogos decorreram de problemas relativos ao atraso no pagamento de vencimentos, a opção utilizada  para pressionar a Diretoria do clube foi a pior possível, pois conseguiram eliminar o clube de uma competição - a Copa do Brasil - e praticamente alijaram o clube da disputa pelo título de outra competição, o campeonato brasileiro. Um grande prejuízo para o clube.

Cabe lembrar que para este ano o clube fez investimentos na  aquisição de vários jogadores de ponta e formou um elenco de alto nível técnico em condições de lutar pelo título de todas as competições que estivesse envolvido.
Desta forma , não podem ter o apoio da torcida e, assim sendo, setores mais radicais  agiram de forma violenta e equivocada.

A essência do  teatro de hostilidades ontem no aeroporto Santos Dumont revela que torcedores, jogadores, diretoria do clube e  imprensa tem muitas semelhanças, o que não deixa de  guardar uma relação direta com o momento por que passa o futebol brasileiro.

Quando a razão é ignorada o resultado é desastroso.