quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Globo na marca do penalty

Clubes quebrados e Globo bilionária: que casamento é este que arruína o futebol brasileiro?

Postado em 05 ago 2014
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O futebol está caído, como Romarinho
O futebol está caído, como Romarinho
E então ficamos sabendo que também no futebol as audiências da Globo despencam.
É o que informa uma coluna no UOL especializada em tevê.
O jogo Corinthians e Coritiba, domingo passado, deu 13 pontos. Alguns anos atrás, o Corinthians rendia mais de 20.
Não chega a ser surpresa.
Toda a grade da Globo vem caindo ano após ano: novelas, telejornais, séries etc.
Os Ibopes são um fragmento do que foram. Novelas, em finais, chegaram a ter 100% de audiência nos anos dourados.
Hoje, giram na casa dos 20 ou 30 pontos.
É tão aflitiva a curva descendente das novelas, para os que estão envolvidos nelas, que dias atrás um dos principais autores da Globo, Aguinaldo Silva, disse em seu Twitter que o importante não é o Ibope, e sim a repercussão nas redes sociais.
Pausa para rir.
Importante dizer: não é só a Globo que perde público. Todas as redes andam para trás.
É um processo sem volta, por conta da internet.
A internet é uma mídia disruptora também para a tevê. As pessoas ficam cada vez mais na internet e menos na tevê, ou em qualquer outra mídia.
Sites como Netflix avançam no público crescente que consome séries.  Essas pessoas viam, no passado, filmes na tevê, aberta ou fechada.
Você agora vê sua série na hora em que quer, no dia que preferir.
Grade de programação – o segredo do sucesso da Globo – é você quem faz a sua, na era digital.
O futebol entra neste pacote de sofrimento para a Globo.
Seria um milagre se apenas o futebol mantivesse o Ibope.
O que realmente chama a atenção – como informa a coluna no UOL sobre o assunto – é como a diminuição da audiência vem sendo tratada nos bastidores.
A Globo – ficamos sabendo – vem acusando os clubes pelo problema. E está tentando impor condições para eles.
Os clubes brasileiros são o que são, antiexemplos de administração.
Mas esta culpa, a dos Ibopes reduzidos, eles não têm.
Isto é o chamado mercado.
E é preciso lembrar também quanto a Globo contribuiu para a calamidade do futebol brasileiro.
Apoiou durante anos Havelange e Ricardo Teixeira, em troca de favores que trouxeram fortunas para a emissora.
E jamais deixou de abrir mão da novela na quarta-feira, e isso jogou o futebol para o horário destruidor das dez da noite.
A Globo culpar os clubes é o triunfo do cinismo e da falácia.
Se os clubes engolirem, o próximo passo é dar a eles menos dinheiro.
O que certamente não está nas cogitações da Globo é ela também ganhar menos dinheiro com o futebol.
As cotas para o patrocínio do futebol crescem ano após ano na mesma medida em que a audiência cai.
É uma das situações mais bizarras que você pode encontrar no mundo dos negócios. Um milagre, na verdade.
O verdadeiro milagre da Globo.
Não só no futebol como nos demais produtos. Nunca a audiência da Globo foi tão reduzida, desde que ela virou o império que é, e jamais o faturamento publicitário foi tão alto.
Os clubes que prestem atenção.
O que a Globo quer, de fato, é salvar o próprio bolso – coisa em que seu padrão de qualidade continua o mesmo.

Fonte: DCM
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Trombone alvorada weril

Que a internete vem atropelando a TV, isso é fato e ainda vai causar mais e mais estragos.
No caso de globo é escancarado seu ocaso.

A audiência despenca em tudo, novela, jornalismo, programas de auditório, filmes mediócres enlatados, programas matinais de blá blá blá e também o futebol.
As emissoras de TV, em geral, também despencam.

O caso de globo é mais emblemático já que emissora reinava absoluta por décadas e, agora, vê sua influência sobre a população diminuir significativamente.

Independentemente da internete,  as grades das emissoras de TV privadas são sofríveis, no tocante a qualidade de seus conteúdos.

Globo se revela brega, cafona e ultrapassada em tudo, e agrava ainda mais sua decadência ao se colocar para a população como moderna e de vanguarda. Só rindo.

Quanto ao futebol já era esperado que depois do fiasco da seleção brasileira na copa, o torcedor ficasse um pouco distante dos campeonatos por aqui. 
Adicione a esse desinteresse a queda natural, gradual e irreversível dos programas de TV e o resultado são audiências insignificantes para os jogos de futebol.

E eis que, diante da queda, globo aparece querendo mudar tudo e retirar o futebol da TV aberta.
Penso que a questão principal não passa por aí.
A estrutura e  a organização do futebol no Brasil pedem por mudanças profundas ,e neste contexto o papel da TV nas transmissões dos campeonatos também deve ser repensado.
Globo não pensa assim  e não se vê como problema nessa estrutura.Só rindo.

Aí vai um exemplo:
Uma TV, da Universidade Federal de Pernambuco, logo uma TV pública, anos atrás adquiriu os direitos de transmissão para o estado de Pernambuco do campeonato pernambucano de futebol.
Adquiriu e passou a transmitir os jogos para o estado.
A audiência que a TV Universitária alcançou, passou a incomodar a  audiência da TV globo.
Cabe lembrar que globo não transmitia o campeonato daquele estado  e passou a ver sua audiência de sua grade nacional ameaçada por um conteúdo regional.
Globo não perdeu tempo.
Imediatamente foi a Federação Pernambucana de Futebol e adquiriu os direitos de transmissão do campeonato pernambucano, jogando para escanteio a TV universitária, valendo-se para isso de seu poder econômico.
E o pior aconteceu depois.
Adquiriu os direitos de transmissão e não transmitiu o campeonato para o estado, pois na sua lógica, sua programação nacional seria mais importante para o público pernambucano.
Isso exemplifica, em parte, o papel nefasto de globo também no futebol.

Para Globo, futebol em TV aberta somente às quartas-feiras às 22 horas e aos domingos às 16 horas, privilegiando o alcance de sua grade nacional, já que o futebol na globo é um programa de sua grade nacional.

E agora, caro leitor, globo dá chiliques e diz que vai pressionar os clubes para organizar o futebol brasileiro - só os clubes,globo, CBF e Federações não entram na nova organização - pois vê sua audiência desabar.
Estamos  diante de algo fantástico:
A métrica que define a eficácia de nosso futebol é a audiência de uma emissora de TV que sequestrou o futebol brasileiro. Só rindo.

Globo ainda ameaça todo mundo dizendo que não vai mais transmitir futebol em TV aberta.
E não se acha problema. Só rindo.

O que o futebol precisa é justamente o contrário desejado por globo, ou seja, uma pulverização de emissoras de TV na transmissão de todas as séries dos campeonatos brasileiros, e regionais,valorizando horários de jogos decentes, o público e os aspectos e características regionais priorizados nas diferentes regiões do país.
Isso globo não quer, pois perderá o controle sobre o futebol no Brasil, e a influência de sua grade nacional em todo território  brasileiro.

O caro leitor já percebeu que  uma nova organização do futebol no país, para que seja bem sucedida, passa por uma democratização dos meios de comunicação, onde os aspectos regionais sejam priorizados.

Se tudo isso não bastasse, a maioria da imprensa esportiva do país é uma comédia de mau gosto.
Nos programas esportivos nas emissoras de TV, como também nas emissoras de rádio, os jornalistas se esforçam para produzir o máximo de palhaçada em detrimento de um bom conteúdo sobre o esporte em geral.
Na TV é ainda pior, com cenas grotescas e deploráveis produzidas quase que diariamente pelos nossos briosos jornalistas e comentaristas esportivos, que não medem esforços em demonstrar seu lado artístico, ou melhor , seu lado imbecil.
Para eles o espectador é um idiota que merece ser tratado com o máximo de idiotice e vulgaridade, o que não é superado apenas pelo programa zorra total de globo.
Não é de se estranhar que a queda de audiência venha se acentuando.
Aliás, hoje, quarta-feira, tem futebol na globo, às 22 horas.
Alguém tem que tirar globo da jogada, mesmo que seja com voadora e tudo mais.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Mais uma farsa dos EUA ?

Rússia desmascara farsa das imagens da Ucrânia sobre queda do Boeing 777

Análise detalhada das fotografias revela tentativa de manipulação dos fatos



O Ministério da Defesa da Rússia divulgou em seu site oficial um amplo relatório com a sua análise sobre as imagens de satélite atribuídas ao Ministério da Defesa da Ucrânia e ao Serviço de Segurança daquele país em torno da queda do Boeing 777 da Malaysia Airlines, na região de Donetsk, na quinta-feira, 17 de julho.
A pasta decidiu divulgar o relatório e as imagens, comparando com as imagens capturadas pelos satélites russos, diante das acusações de que a Rússia estaria, de alguma forma, envolvida na queda do avião malaio, na maior tragédia da aviação comercial em 2014. Todas as 298 pessoas que estavam a bordo (283 passageiros, sendo 85 crianças, e 15 tripulantes) morreram na queda do Boeing, cujos destroços se espalharam por uma área de 15 quilômetros.



A imagem divulgada pelo Serviço de Segurança da Ucrânia foi analisada por especialistas russos e desmascarada

A íntegra do relatório do Ministério da Defesa, com as referidas imagens ilustrativas, está publicada no site da Rádio Voz da Rússia em português que pode ser acessado no endereço portuguese.ruvr.ru. O título da matéria, traduzida do russo para o português, é Rússia desmente veracidade de imagens da zona de queda do Boeing apresentadas por Kiev.
“As imagens apresentadas pela Ucrânia foram tiradas muito mais tarde do que as russas e, além disso, elas não poderiam ter sido captadas pelos satélites ucranianos que, àquela altura do dia 17 de julho, não sobrevoavam o local da queda do Boeing 777 da Malaysia Airlines.
O primeiro aspecto que devemos salientar é que, para formular acusações sérias e tirar conclusões sobre os fatos noticiados, é preciso apresentar fatos concretos e comprovados. É do conhecimento geral que faz parte dos atributos obrigatórios de documentos factuais o enquadramento preciso das imagens de satélite, dentro do sistema de coordenadas geográficas, também informando a hora astronômica da captura das imagens divulgadas. Isso é necessário para determinar a composição precisa do grupo de satélites que se encontrava no momento sobre o local filmado e fotografado para entender as características e a real capacidade destes aparelhos espaciais, os satélites que se deslocam em órbita da Terra, de acordo com trajetórias previamente estabelecidas.
Desta forma, podemos constatar, inequivocamente, que, de acordo com dados do Sistema de Controle Espacial da Federação Russa, no período entre as 10h e as 13h de Moscou, correspondente ao período de 9h às 12h de Kiev, dos dias 12, 16, 17 e 18 de julho, os satélites ucranianos Sich-1 e Sich-2 não sobrevoaram os referidos territórios de Donetsk onde caiu o avião sinistrado.
Nos horários registrados nas imagens, sobre a área da queda do avião, encontrava-se o satélite dos Estados Unidos, de vigilância ótico-eletrônica do tipo KeyHole. Assim, a fonte que obteve o material fotográfico para posterior tratamento do Serviço de Segurança da Ucrânia não deve deixar dúvidas em ninguém. Quanto às imagens em si, sua análise detalhada revelou o seguinte: nos dois primeiros slides divulgados, as imagens russas e ucranianas são, em geral, idênticas. Contudo, a imagem apresentada pelo Serviço de Segurança da Ucrânia foi capturada vários dias depois, e o horário não corresponde ao que foi exibido. Às 11 h, o sol na região de Donetsk, encontra-se a sudeste e, por consequência, suas sombras deveriam estar exclusivamente direcionadas para noroeste. Nas imagens apresentadas pelo Serviço de Segurança da Ucrânia, as sombras estão, por qualquer razão, orientadas para nordeste. Assim, essas imagens foram não apenas capturadas em outro dia qualquer, mas, também, depois do meio-dia. Portanto, pode-se concluir que o horário indicado pelo Serviço de Segurança da Ucrânia foi falsificado propositalmente. Esse é um fato absoluto, enquanto nas fotografias divulgadas pelo Ministério da Defesa da Rússia no dia 21 de julho essas posições correspondem à relação geográfica e temporal.
Além disso, na área florestal demarcada pelo Serviço de Segurança da Ucrânia, são visíveis a olho nu as distorções feitas pelo editor fotográfico. Aqui, é preciso destacar que as fotografias russas não apresentam estas distorções. Podemos acrescentar que, segundo as análises meteorológicas, a nebulosidade na área da localidade de Avdeevka era, no dia 17 de julho, de 70% a 80%.
Apesar de o Ministério de Defesa da Rússia ter apresentado à opinião pública uma imagem de qualidade desta área, o mesmo não se pode dizer em relação ao que foi divulgado pelo Serviço de Segurança da Ucrânia. Além disso, comprovamos que as imagens ucranianas foram feitas cinco dias depois das russas. Não ficou esclarecido o que o Serviço de Segurança da Ucrânia pretendeu mostrar com estas fotos.
Passemos, agora, à análise do material do Serviço de Segurança da Ucrânia que, pretensamente, confirma a entrada em território ucraniano de armamento e material militar proveniente da Rússia assim como a infiltração de misteriosos grupos e o bombardeio à algumas localidades.
Nas 14 imagens de satélite apresentadas pelo Serviço de Segurança da Ucrânia podemos distinguir certos meios de transporte e rastros dos seus deslocamentos, sem qualquer indicação de localização de local, data e hora. Assim, em metade das fotos, são visíveis algumas estradas rurais que atravessam, na opinião do Serviço de Segurança da Ucrânia, territórios da Federação Russa e da Ucrânia.
Entretanto, nessas fotos não poderá ser encontrada qualquer estrada que atravesse a fronteira russo-ucraniana. Já as afirmações do Serviço de Segurança da Ucrânia que os rastros nos campos pertencem a blindados russos não resistem a qualquer análise. De que forma estes objetos foram identificados como sendo tanques, blindados ou caminhões e, mais ainda, de que forma foi determinada a sua propriedade pela Federação Russa, isto permanece um grande mistério, considerando a fraca qualidade dos materiais exibidos. O mesmo se aplica às duas fotografias em que, supostamente em território russo, são apresentados vestígios de preparação do terreno para combates.
Situação semelhante é informada em relação a supostos veículos russos de combate em território ucraniano e que, segundo o Serviço de Segurança da Ucrânia, estão representados nas fotos.
Mais uma vez, não se percebe de que forma o Serviço de Segurança da Ucrânia atribui sua propriedade ao exército russo. Tanto mais que a área em torno dos povoados de Marinovka, Kozhevnia e Grigorievka, em que eles foram supostamente “descobertos”, já estava, há muito tempo, sob controle dos militares ucranianos.
Quanto aos supostos vestígios de lançamentos do sistema de foguetes múltiplos Grad, com interferência russa, a partir do povoado de Grigorievka, controlado por militares ucranianos, está é mais uma obra-prima da teoria ucraniana da conspiração que consiste na atribuição a terceiros das suas próprias responsabilidades.
Podemos certamente colocá-los ao mesmo nível das acusações anteriores de envolvimento da Rússia na organização das manifestações da Praça Maidan, em Kiev, e da tragédia de Odessa.
Ao invés de apresentar à opinião pública internacional falsificações feitas apressadamente, a direção do Serviço de Segurança da Ucrânia faria melhor se organizasse um controle rigoroso de todos os batalhões de mercenários, existentes hoje nos distritos de Donetsk e de Lugansk, armados por grupos privados e comandados por Kolomoisky, Lyashko, Yarosh e outros ativistas, que atuam nessas regiões e bombardeiam localidades ucranianas sem qualquer controle por parte da direção da operação antiterrorista.
Concluindo a análise apresentada e com base em dados de controle objetivo do Sistema de Monitoramento do Espaço russo, podemos afirmar que o proprietário dos materiais fotográficos divulgados não é certamente a Ucrânia.
A qualidade e a argumentação apresentadas nas acusações contra a Federação Russa, por parte do Serviço de Segurança e do Ministério da Defesa da Ucrânia, não resistem a qualquer crítica.
É provavelmente por isso que os verdadeiros donos dessas imagens continuam a não publicá-las em seu próprio nome. Isto para que não seja questionado o mito sobre o poder total da sua espionagem espacial.”

Fonte: DIÁRIO DA RÚSSIA
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O que Hussein Obama, o nobel da Paz,  tem a dizer sobre a farsa de seu aliado, o governo ucraniano, tentando manipular a verdade sobre um possível ato de terror que matou 298 pessoas inocentes ?
Mais um mistério sobre um avião malaio , pois se os culpados são mesmos os EUA e o governo ucraniano é provável que a verdade nunca apareça, e teremos um jogo de acusações sem fim, com muita retórica, expressões teatrais e mentira, muita mentira pois essa é a marca de uma velha ordem mundial ultrapassada e decadente.

Uma nova ordem

O fim do mundo pós-Guerra Fria e a ascensão dos BRICS

Alexandre Kateb aponta a ruína do desenho geopolítico ocidental pós-Guerra Fria e prognostica o surgimento de uma organização de nações emergentes.



Eduardo Febbro
Divulgação
Paris - Já não é um sonho. O longo túnel do colonialismo ocidental sobre os destinos do mundo vai ruindo com o avanço do século XXI. As falhas no sistema internacional de segurança,  a inoperância das Nações Unidas, a inaptidão e a parcialidade dos organismos de crédito internacionais, FMI e Banco Mundial, o papel destruidor das agências de classificação de risco, o imobilismo frente à crise ecológica e energética, a política dos Estados Unidos, país capaz de legalizar a tortura e a usura bancária internacional, a subserviência da União Europeia, o aprofundamento sem saída de conflitos espantosos como o entre Israel e Palestina, a desigualdade no comércio internacional e a aparição de novas potências esboçam um horizonte muito distinto daquele que se intuiu no início deste século.

Estamos em outro mundo, um mundo intermediário: os antigos desenhos derivados da vitória dos aliados na Segunda Guerra Mundial e a reformulação que se seguiu ao fim da Guerra Fria já não funcionam. Junto com diferentes crises e desigualdades, os novos atores que se movem fora da esfera ocidental se organizam para criar zonas de intercâmbio e racionalidades muito distintas. O pilar mais recente colocado neste edifício se chama BRICS. Este grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e áfrica do Sul criou há algumas semanas um banco de desenvolvimento para os países emergentes. Trata-se de uma alternativa ao FMI e ao Banco Mundial e uma linha para romper com a hegemonia das instituições de Bretton Woods.

Em julho de 1944, 44 países se reuniram em um hotel da localidade norteamericana de Bretton Woods e delinearam um modelo de relações comerciais e financeiras que, hoje, não tem mais validade. O cientista política francês Alexandre Kateb, professor do Instituto de Estudos Políticos de Paris, antecipou essas transformações em seu livro Les Nouvelles Puissances Mondiales Pourquoi les Bric Changent le Monde (As novas potências mundiais: por que os BRICS mudam o mundo).

Em entrevista à Carta Maior, o professor Kateb analisa a situação deste modelo ocidental em crise, prognostica o surgimento de uma organização de nações emergentes e situa a crise atual entre a Rússia e o Ocidente sob a influência do digantesco deslocamento geopolítico que está ocorrendo no mundo.

Os BRICS e outras vozes dispersas já não se limitam à mera denúncia retórica sobre a perversão e o esgotamento do sistema. Eles passaram à ação e, ainda que seja um processo nascente, esboçam com isso uma nova ordem mundial onde o Ocidente já não está mais no centro do paradigma.

Há uma linha que está se formando. Por um lado, temos um bloco ocidental que está na defensiva. Os Estados Unidos renunciaram pouco a pouco a assumir uma liderança mundial ao mesmo tempo em que a União Europeia é um objeto político não identificado. A União Europeia não sabe o que quer, não sabe pensar seu lugar nas relações internacionais. Por outro lado, temos essas potências emergentes, ou já emergidas hoje, como é o caso da China, segunda potência econômica mundial, e um conjunto de outros países que não aceitam esse imperialismo norteamericano e europeu. Esse conjunto de países começa a ter a força econômica necessária para organizar uma força alternativa no mundo.

Neste espaço, entram os BRICS...

Certamente, mas vai muito além disso. Os países membros do BRICS têm a vocação de ampliar-se e podemos estar assistindo ao surgimento de uma organização de nações emergentes. Nessa organização entrariam muitos países emergentes que hoje não são membros do G20, como Argentina, Indonésia ou Turquia. Esses países recusam hoje se alinhar às posições norteamericanas e europeias em questões internacionais, sejam geopolíticas, de segurança, seja no tema da reforma de instituições como a ONU ou Bretton Woods, ou ainda em questões envolvendo conflitos sem solução, como o entre Israel e Palestina.

O mesmo ocorre no debate sobre o sistema bancário. Hoje há bancos europeus e norteamericanos que contam com muita liquidez, mas se recusam a emprestar a países em desenvolvimento ou aos emergentes. Essa é a razão pela qual está se criando o banco dos BRICS. Trata-se de impulsionar uma alternativa a essa ordem monetária e econômica que está bloqueada e que deixou de refletir as relações de força reais no mundo de hoje.

Essa ideia de um banco alternativo é, junto com a proposta do Banco do Sul em debate na América do Sul, a única contraproposta concreta que existe no mundo.

Sim, de fato é isso. O banco do BRICS é uma primeira etapa. Apesar de todo o ceticismo que os analistas ocidentais projetam, esse banco terá uma eficácia real no cenário internacional. Também temos o Fundo Monetário dos BRICS que foi criado ao mesmo tempo. Isso é tanto mais interessante na medida em que poderá respaldar os países em crise que têm necessidades importantes. Em vez de se dirigir ao FMI ou aos Estados Unidos, será possível recorrer ao fundo do BRICS. Por conseguinte, é a primeira vez na história que temos uma organização econômcia alimentada por países não ocidentais que se apresentam como uma alternativa aos bancos norteamericanos e europeus.

O que ainda é preciso resolver é o papel do dólar no sistema internacional. Quando os chineses começarem a converter sua moeda e a deixarem circular livremente, especialmente nos outros países do sul, aí teremos uma alternativa decisiva. Já não dependenremos mais do dólar. O caso da Argentina com os fundos abutre deve-se em parte ao fato de que se usa o dólar para os empréstimos.

De alguma maneira, as múltiplas formas do colonialismo ocidental estão chegando ao final de um ciclo?

Sim. A ordem internacional que se constituiu nos séculos XIX e XX, depois da vitória dos Estados Unidos em 1945, não representa mais o mundo no qual vivemos. Os EUA deixaram de assumir qualquer forma de liderança internacional. Quando houve um inimigo identificado os Estados Unidos foram até o fim e conseguiram unificar todos os países que se opunham a esse inimigo, concretamente a União Soviética. Mas quando esse inimigo desapareceu, o inimigo alternativo que os EUA criaram, a Al Qaeda, não era suficientemente mobilizador. Todo mundo se deu conta que se tratava de um fantasma.

Os enormes investimentos que a China faz no Brasil ou na Argentina se inscrevem, na sua opinião, nessa construção de uma nova ordem de alianças?

Sim. Quando se sabe que as reservas da Argentina alcançam hoje 25 bilhões de dólares e que a China investou 11 bilhões, vemos como nos dirigimos na direção de uma consolidação das relações entre China e Argentina. Além disso, também há o Brasil e o Mercosul. Estamos, então, em uma fase de aproximação entre esses países, a China, a Índia e a Rússia, com as correspondentes cooperações tecnológicas que essas aproximações trazem. A Rússia, por exemplo, não pode utilizar as tecnologias ocidentais para desenvolver seu setor energético. Por isso penso que se dirigirá para a Argentina, o Brasil e os demais países do BRICS.

Quando isso ocorrer entraremos em outra fase. Já temos a fase financeira com o banco dos BRICS e logo virá a fase tecnológica com um esforço de desenvolvimento tecnológico conjunto que já não será mais dependente dos sistemas ocidentais. A Rússia já desenvolveu seu próprio sistema de pagamentos para substituir Visa e MasterCard e está fazendo o mesmo com os sistemas de localização por satélite. Com a internet está ocorrendo o mesmo.

Isso nos leva à crise entre a Rússia e as potências ocidentais a propósito da Ucrânia. Trata-se de um jogo de ameaças ou há verdadeiramente uma ruptura?

Não, há uma ruptura. O dossiê da Ucrânia nos mostra que Estados Unidos e o mundo ocidental não podem tolerar a reconstituição de um pólo de potência que englobaria as antigas repúblicas da União Soviética. A Ucrânia é o eixo desse projeto. Caso se retire a Ucrânia desse plano, então tudo repousaria unicamente sobre a Rússia. Mas, com a Ucrânia incluída, nos encontramos diante de uma verdadeira força. Cabe lembrar que, já na época soviética, a Ucrânia representava 50% das capacidades industriais da URSS. O que está em jogo é uma tentativa da Rússia de se tornar uma verdadeira potência regional, e outra tentativa paralela por parte dos Estados Unidos para impedir que isso ocorra. Os europeus seguem aos EUA como corddeiros porque são incapazes de pensar por si mesmos. Os europeus, ao invés de converter a Rússia em uma ponte entre Ásia e Europa, estão empurrando a Rússia na direção da Ásia. Apesar de sua debildiade, a Rússia, graças à inteligência de sua diplomacia, consegue resultados muito interessantes.

Pode-se dizer que a Europa cometeu com a Rússia o mesmo erro que os Estados Unidos cometeram com a América Latina?

Sim, é certo, vemos o mesmo erro. E isso é tanto mais impactante na medida em que, depois da Guerra Fria, o pacto consistiu em que a Rússia renunciasse a seu império em troca de sua integração no espaço europeus, ou seja, que tivesse a mesma prosperidade, o mesmo desenvolvimento tecnológico que o Ocidente. A Rússia cumpriu sua parte no contrato, mas os europeus não cumpriram com a sua, mostrando uma total falta de visão.

Os europeus provocaram miseravelmente Putin na Ucrânia e agora a crise se volta contra eles como um bumerangue.

Exaro. A Ucrânia representa o fracasso da ambição da União Europeia para integrar países que estavam dispostos a fazê-lo. Tudo se tornou inútil e retórico. Entre o que a Europa diz e o que faz há, de fato, um abismo. A Europa promete dezenas de bilhões, mas, ao final, não há nada. Os Estados Unidos fizeram o mesmo após a queda do comunismo. Prometeram e prometeram, mas deixaram a Ucrânia em um estado de marasmo absoluto. Bruxelas não ajudará a Ucrânia. É pura retórica.

Putin tem muitas cartas para jogar. Ele é um jogador de xadrez que pensa os movimentos com muita antecipação. Seu principal problema é que, às vezes, quer ir demasiado rápido. As sanções que Estados Unidos e União Europeia adotaram contra a Rússia vão prejudicá-lo em um primeiro momento. Mas Putin aprofundará suas ambições estratégicas ao mesmo tempo em que voltará à mesa de negociações com os Europeus.

Tradução: Louise Antônia León

Fonte: CARTA MAIOR
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Enquanto um novo desenho vai ganhando forma e contornos bem nítidos, a velha mídia brasileira em harmonia com a mídia ocidental, reporta e noticia esse movimento histórico como se fosse algo indesejado e até mesmo insurgente, repetindo desta forma o discurso oficial dos EUA e da União Européia - UE, grupo que aos poucos se revela decadente, ultrapassado e que vai perdendo a hegemonia.
Outra estratégia da velha mídia, é noticiar o movimento dos BRICS como algo passageiro e destinado a um fim próximo.
Em todos o casos , as posições dos países do BRICS são sempre minimizadas quando citadas pela velha mídia.
Isso se verifica não apenas no ordenamento de uma nova arquitetura financeira mundial, como também , em posições assumidas pelo BRICS em assuntos como os conflitos em Gaza e na Ucrânia, apenas para citar os assuntos de maior visibilidade.

Diante de um novo grupo e de uma nova ordem emergente, fica cada vez mais claro para o caro e atento leitor comparar as posições de ambos os lados, fazendo com que a velha ordem liderada por EUA e UE, se apresente como truculenta, expansionista e geradora de conflitos, além claro, de se mostrar incapaz , ou desinteressada ,em mediar e resolver os conflitos e guerras que se estendem por décadas.

Isso pode ser compreendido em função das propostas dos BRICS para os diversos assuntos da geopolítica mundial, onde a velha ordem sempre aparece avessa ao diálogo e a diplomacia , e ainda contribui com ações e medidas de cunho econômico e militar que prejudicam um grande número de países, criando tensões e minimizando todo tipo de ação que contribua para uma cultura de convivência pacífica.
A velha mídia brasileira, que tem lado, o lado da UE e do EUA, desde 1999 vem ocultando as transformações positivas por que passam os países da América Latina e Caribe.
Não é pouca coisa, são 16 anos.
Nesse período vários países da região ficaram livres do analfabetismo, distribuíram renda, reduziram a pobreza , reduziram a miséria e implementaram um repertório de programas sociais a ponto de tornarem-se referência mundial no combate as desigualdades.
Além disso surgiram no cenário regional a UNASUL, o Banco do Sul, a Telesur, a ALBA, a Petrocaribe, a CELAC e um maior protagonismo para o MERCOSUL.
Nada disso aparece na velha mídia de forma positiva, já que todas as ações e programas da América Latina e Caribe, de certa forma, se alinham com uma nova ordem, menos desigual, menos truculenta e voltada para uma convivência pacífica, o que naturalmente direciona a região para um alinhamento com os países do BRICS.

Não se pode afirmar com certeza que a nova ordem mundial é uma garantia de convivência pacífica entre os povos, porém, pode-se afirmar com certeza que a velha ordem é responsável por todo tipo de conflito e decadência que se vê no mundo.

Diante da realidade, as eleições de outubro próximo no Brasil colocam em evidência dois lados bem distintos, o lado do governo empenhado em uma nova ordem mundial e o lado da oposição, atrelado a conceitos ultrapassados do início da década de 1990.
Explica-se , em parte, o desespero da oposição e de seu braço midiático, a velha mídia, em tentar de todas as formas voltar ao poder.
Uma vitória da oposição não impedirá o avanço da nova ordem emergente que se consolida, mas certamente contribuirá para adiar os avanços que o país vem trilhando nos últimos anos. 
Já uma derrota, até o momento previsível,  pode ser considerado como o fim de um modelo,  de uma velha ordem, de uma oposição que já revela desgastada e ultrapassada em seus conceitos.

Neste contexto, a velha mídia brasileira também sofrerá profundas modificações, já que ainda hoje se reporta se forma seletiva e incompatível com a realidade do país , principalmente em função de novos arranjos na geopolítica mundial, onde o Brasil é um ator relevante.

Com esse pequeno recorte da realidade, discute-se na imprensa o centenário da primeira guerra mundial, onde não faltam advertências de jornalistas para que a lição daquele conflito seja bem compreendida.
Em meio ao debate, setores que observam e analisam a imprensa, colocam na conta da blogosfera todo o ódio e todo tipo de conflito  e  ainda enaltecem o papel de certa neutralidade -isso mesmo, de certa neutralidade - exercido pela imprensa formal.
A pergunta se faz necessária :
Estamos diante de um jornalismo Poliana , de dissonância cognitiva , de desonestidade ou de tudo isso junto ?

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Desembarque imediato

O que a construção de aeroporto privado com dinheiro público tem a ver com o caso Helicoca e a venda de habeas corpus?

agosto 3rd, 2014 bymariafro

A matéria aponta ligação entre dois escândalos: a construção de aeroporto privado com dinheiro público feito por Aécio Neves em terras de familiares e o helicóptero de um deputado mineiro, pilotado por funcionário da ALMG que aterrizou na fazenda do senador Perrela, pai do deputado dono do helicóptero, amigo e parceiro de Aécio com meia tonelada de cocaína em pasta e que mesmo com o flagrante da polícia federal não tem ninguém preso, sequer processado.
Fonte: MARIA FRÔ
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sábado, 2 de agosto de 2014


Aéreo Neves, o distraído

Juca Kfouri 
O tucano Aéreo Neves gosta de voar.

E saiu construindo aeroportos por aí, na verdade dois, um, por acaso, em fazenda da família.

Asas cortadas em reportagem da “Folha” levou dez dias para admitir que pousou “algumas vezes” no aeroporto do tio-avô com a avião da família, mas, ressaltou, “depois que saiu do (ninho) do governo mineiro”.

Quem acreditar nisso acredita em qualquer coisa.

Inacreditável será imaginá-lo pousando no ninho do Planalto.

E fica a pergunta: terá o helicóptero dos Perrelas também pousado, por uma vez que seja, no aeroporto dos Neves?

Fonte: SQN
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Trombone alvorada weril

Helioca nos tucanos.
Aeroportos, aviões, helicópteros e o time estrelado que vem reduzindo todos seus adversários a pó neste campeonato brasileiro.

Factóides de Veja e Palhaçada de Jornal Nacional

Anac: 'Não há aeródromo cadastrado em Montezuma, nem processo de homologação'

Fonte: JORNAL DO BRASIL
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“Denúncia” de Veja, repercutida em 4 minutos e 42 segundos do Jornal Nacional, faz lembrar ofensiva midiática de 2006

publicado em 3 de agosto de 2014 às 16:56
trama
De volta ao passado: o objetivo então era levar ao segundo turno. Levaram
por Luiz Carlos Azenha
O “novo escândalo” da Veja, sobre suposto vazamento de perguntas — que de qualquer forma seriam tornadas públicas — aos que foram ouvidos na CPI da Petrobras me parece uma manobra diversionista para mudar de assunto. Tirar o noticiário de Cláudio e Montezuma e trazer Dilma Rousseff mais uma vez para o domínio absoluto das manchetes.
Quando eu era repórter da TV Globo, em 2005, antecedendo minha primeira cobertura de eleições presidenciais no Brasil — havia morado quase duas décadas nos Estados Unidos –, uma investigação que fizemos sobre caixa 2 em Goiás acabou em uma das CPIs que trabalhavam simultaneamente em Brasília.
Vi com meus próprios olhos uma importante jornalista da Globo, de alta patente, que me ciceroneava em um ambiente desconhecido, visitando gabinetes de deputados e senadores para troca de informações. No do então deputado ACM Neto, que participaria do depoimento do homem investigado por nós, houve até entrega de documentos e sugestão de perguntas. Eu vi isso acontecer e, francamente, não me espantei.
Se o objetivo de uma CPI é esclarecer os fatos, não há perguntas, nem assuntos secretos. Os depoentes devem trazer todos os esclarecimentos que forem necessários à opinião pública. A existência de parlamentares de diferentes correntes políticas é garantia de que teremos todo tipo de pergunta, das “levantadas de bola” às “pegadinhas”, das críticas às bajulatórias. Bancadas inteiras combinam estratégias. Não há motivo para guardar nenhuma informação em sigilo, se se pretende de fato esclarecer o assunto.
Qual é o problema de perguntas serem organizadas para facilitar os esclarecimentos do depoente? Isso não significa que ele vá responder apenas àquelas perguntas, já que a oposição estará presente. O problema está nas mentiras do deponte, não nas perguntas feitas a ele. Não há nada de errado quando um governo tenta vender à opinião pública sua versão dos fatos, desde que a oposição possa, igualmente, fazê-lo. Vamos combinar que não falta espaço na mídia à oposição brasileira, certo?
Portanto, trata-se de uma denúncia tola, transformada em manchete por uma gravação subterrânea, vendida como “comprometedora”.
O que me chamou a atenção naquela CPI de 2005, na verdade, foi que o homem por nós investigado, dono de uma seguradora, quando abriu os arquivos em seu depoimento deixou claro que havia feito doações por fora a todos os partidos políticos, não só ao PT mas também ao PSDB, PMDB, PFL e outros. Assim que isso ficou explícito e demonstrado, acabou nossa investigação. Fui mandado de volta a São Paulo…
Naquele período eleitoral, também constatei por dentro a mecânica da mídia: denúncia na capa da Vejaentre sexta e sábado, repercussão acrítica no Jornal Nacional de sábado, bola rolando a partir de domingo na Folha, Estadão e O Globo.
Não foi o que se chama de “nota pelada” do Jornal Nacional, algo passageiro, sem imagens, na edição de ontem. Foram 4 minutos e 42 segundos falando sobre a denúncia de Veja, uma enormidade! Se fosse em comerciais, teria um custo próximo dos R$ 4 milhões. Frequentemente, quando eu era correspondente em Nova York, precisava explicar assuntos complexos, como a crise que precedeu a invasão do Iraque, em 60 segundos.
O que a Globo fez ontem se chama no meio jornalístico de “dar pernas” a uma denúncia.
Eu mesmo, num plantão, fui convocado a fazer uma destas “reportagens”, denúncia que envolvia um irmão do então presidente Lula e que não deu em nada. Muita fumaça, pouco conteúdo. Argumentei com meu chefe direto que seria impossível fazer uma apuração independente do conteúdo da revista. Estávamos dando tudo aquilo como límpido e verdadeiro. O certo seria fazer nossa própria apuração a partir dos dados trazidos pela Veja. E se as informações não se confirmassem? Resposta dele: é isso mesmo, é apenas para reproduzir trechos da revista.
Foi nesse quadro que, mais tarde, houve um revolta interna na redação da Globo de São Paulo, que envolveu um grande número de profissionais, resultou na demissão de Rodrigo Vianna e, mais tarde, influenciou minha decisão de pedir rescisão antecipada de meu contrato, que venceria quase dois anos depois, para estudar internet nos Estados Unidos. Não me arrependo e, a julgar pelo que aconteceu neste fim-de-semana, vejo que o método da mídia corporativa não mudou. Saiu na capa de Veja, teve grande repercussão no Jornal Nacional e…
A suspeita que eu tinha então agora está desfeita. Não duvido mais que seja tudo combinado. Se não fosse, por que a denúncia da Folha sobre o aeroporto de Cláudio não detonou imediatamente o mesmo rolo compressor investigativo?
Talvez a existência dos blogs e das redes sociais tenha acabado com as mentiras mais deslavadas. A manipulação da mídia corporativa agora é exercida na escolha da pauta e nos recursos direcionados para apurar este ou aquele assunto, de acordo com as conveniências políticas, econômicas ou ideológicas. De volta a 2006!

Fonte: VIOMUNDO
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Nos anos 2.000, a Folha cometeu o maior erro estratégico da sua história moderna, indo a reboque da revista Veja. Não apenas ela, mas os demais veículos.

Dias desses cruzei com o diretor de redação de uma grande publicação, ferozmente anti-governo. Sem que o provocasse, comentou comigo que Veja não faz jornalismo.

Ou seja, mesmo na frente-mídia montada em 2005, o jornalismo de Veja é motivo de vergonha, a maneira como ideologizam qualquer besteira, o fato de não ter a menor preocupação em se ater aos fatos.

Ou seja, o padrão Veja ajudou a desmoralizar o jornalismo como um todo, lançou ao descrédito todos os grupos de mídia. É só conferir o desafio gigantesco da Folha para recuperar a imagem perdida, tendo que "explicar" aos leitores qual sua posição e qual a dos colunistas.

Aliás, a posição de um jornal não é o que sai nos editoriais (de baixa leitura) mas na cobertura diária.

A repercussão dada ao factoide da Veja desta semana - tratando como escândalo o suposto conhecimento prévio, pelos convocados da CPI da Petrobras, das perguntas que seriam formuladas, beira o ridículo. Escândalo é continuar se valendo de instrumentos de espionagem, mantendo o padrão que, na Inglaterra, levou jornalistas à prisão, e por aqui continua sendo totalmente tolerado.

Ontem um amigo me ligou dizendo que o Jornal Nacional dedicou quase dez minutos de cobertura. O efeito-manada faz com que Estadão e Folha vão atrás.

Não adianta. Mesmo com o Instituto Millenium, com o fórum da ANJ, com os consultores midiáticos, a mídia padece de uma ausência total de visão estratégica. Não tem o menor cuidado ao se misturar com a lama.

Fonte: A JUSTICEIRA DE ESQUERDA
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Faltam 15 dias para  início da campanha eleitoral na TV.
Até lá,a velha mídia e oposição querem diminuir a vantagem de Dilma nas pesquisas, já que o PT tem quase o triplo de tempo na TV que o PSDB.
Adicione a tudo isso o fato que Dilma subiu um pouco nas pesquisas e, seu concorrente mais próximo, Aécio, caiu.
Coloque , também, nesse caldo, as denúncias concretas  e objetivas sobre a farra de aeroportos em Minas Gerais, protagonizadas pelo candidato do PSDB, Aécio Neves.
A conclusão que o caro leitor pode tirar é que são  dias difíceis para as pretensões do candidato tucano  na disputa pela presidência da república.
Ainda pode-se acrescentar o colapso que bate nas portas de São Paulo, governado por duas décadas pelo PSDB, por conta da crise de abastecimento de água, assunto constante nos sites e blogues progressistas e nas redes sociais.

Em uma análise das notícias das últimas duas semanas, ou um pouco mais,  conclui-se que o PSDB esteve em evidência altamente negativa, apesar de todo o esforço da velha mídia em blindar o candidato tucano  e ainda tentar produzir o fim do mundo para o governo Dilma.

Isso é fato, assim como a água esta sendo racionada em São Paulo e os aeroportos de Claudio e Montezuma, são obras repletas de graves irregularidades.

Diante desse quadro, confesso ao caro leitor que já esperava uma ofensiva midiática, com direito a todo tipo de pressão e estardalhaço, acusando o PT, o governo e a candidata Dilma de algo "gravíssimo", "inaceitável"  e que venha a ocupar o noticiário com todo o repertório de histerismo e falso jornalismo que tão bem define a grande e velha mídia.
E eis que a ofensiva articulada e combinada entre os veículos da velha mídia chegou, no sábado pela manhã, não apenas pelo esgoto veja, mas também pelos outros veículos de mídia.

A título de exemplo, o jornal Folha de SP em manchete principal no sábado acusa o governo federal de iniciar o PAC 3 sem antes terminar o PAC 1.
Desinformação e desonestidade, já que algumas  obras do PAC, seja ele 1, 2, 3 ou 10 podem levar até mais do que cinco anos para serem concluídas e o que caracteriza  o PAC, são as obras priorizadas e os recursos disponíveis e alocados para essas obras.
Com mais recursos disponíveis, pode-se alocar em novos programas de obras , como o PAC -3, mesmo que o PAC -1 não tenha sido totalmente concluído.

Junto com Folha de SP veio a matéria ridícula de veja, como bem explicado no artigo acima de VIOMUNDO e, se não bastasse, o caquético jornal nacional de globo de sábado, dá amplo destaque a matéria de veja, configurando a ação orquestrada e combinada entre a velha mídia para tirar, ou minimizar, a circulação de notícias sobre os aeroportos do titio, a fazenda ,e os aviaõzinhos que andam voando pelos céus das Minas Gerais, essas sim, denúncias concretas, objetivas e que merecem uma apuração profunda e esclarecedora, já que outros desdobramentos podem estar envolvidos no caso.

O barulho que a velha mídia vai tentar fazer nestes dias é apenas para tentar abafar as verdades inconvenientes que desabaram sobre as asas combalidas de tucanos, em voos e no solo. 

sábado, 2 de agosto de 2014

Merval, o anit-cristo

Ministra Marta desmente colunista de aluguel de O Globo



Imbecilidade e falta de vergonha em doses iguais
Marta rebate Merval e nega ameaça à Igreja Católica

Colunista do Globo escreveu nesta sexta-feira que a ministra da Cultura "fez chegar ao cardeal Dom Orani Tempesta uma ameaça de, através de um decreto presidencial que já estaria pronto, retirar da Igreja Católica a tutela sobre a imagem" do Cristo Redentor, que fica no Rio de Janeiro; em nota, Marta Suplicy diz que fatos "não são verdadeiros" e que "jamais existiu" qualquer ação ou pressão do governo nesse sentido.

247 – A ministra da Cultura, Marta Suplicy, rebateu acusações publicadas pelo colunista do jornal O Globo Merval Pereira nesta sexta-feira 1º de que ela teria feito "chegar ao cardeal Dom Orani Tempesta uma ameaça de, através de um decreto presidencial que já estaria pronto, retirar da Igreja Católica a tutela sobre a imagem" do Cristo Redentor, que fica no Rio de Janeiro.

O colunista diz que o episódio ocorreu em meio ao "impasse acerca do filme de José Padilha sobre o Rio, que a Cúria Metropolitana vetou inicialmente por considerar que a figura do Cristo Redentor havia sido desrespeitada, mas depois liberou". A informação sobre a ameaça de Marta "pode ser considerada bizarra", mas "também pode ter implicações mais graves", diz ele.

Em nota, a ministra afirma que os fatos relatados por Merval "não procedem e nem são verdadeiros" e que "jamais existiu nenhum tipo de ação ou pressão que tenha envolvido o governo brasileiro seja através do Ministério da Cultura ou de qualquer outra instância governamental, frente à questão da imagem do Cristo Redentor".

"O único contato que mantive com o Cardeal Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, foi há três semanas quando lhe telefonei para saber como estava a situação sobre o uso da imagem do Cristo em filme do cineasta José Padilha. O Cardeal disse que já estava tudo resolvido, e toda conversa foi de forma amistosa", conclui a ministra.

Fonte: SQN
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Até o Cristo, Merval? Tá feia a coisa, hein?

1 de agosto de 2014 | 13:58 Autor: Fernando Brito
mervalcristo
Parece que anda feia a coisa para o lado da direita, mesmo.
Hoje, Merval Pereira mergulha na exploração religiosa contra o Governo Federal dizendo que “chega de Brasília uma informação que pode ser considerada bizarra, mas que também pode ter implicações mais graves.”
A de que a Ministra da Cultura, Marta Suplicy teria ameaçado retirar a cessão da área  do Cristo Redentor da Igreja caso esta insistisse no veto a cenas em que o ator Wagner Moura “dialoga” com a estátua sobre os problemas da cidade, no filme “Rio, eu te amo”, do cineasta José Padilha.
Padilha, ao que conste, não é governista e é conhecido por ter negado apoio a Dilma em 2010 e fazer elogios aos black blocs.
É seu direito, indiscutível.
É verdade que a Arquidiocese pediu para a cena ser cortada.
Mas é também verdade que D. Orani Tempesta, o cardeal da cidade,  recebeu uma chuva de pedidos para reconsiderar a decisão, como noticiaram os jornais, entre eles o próprio O Globo.
Nenhum dos pedidos é absurdo e não seria absurdo se o Ministério da Cultura também tivesse feito um apelo à Mitra.
Daí a fazer uma ameaça é algo que depõe contra a própria figura de D. Orani Tempesta, que jamais aceitaria em silêncio algo do gênero.
E muito menos reagiria plantando “notinhas” na coluna do Merval.
O assunto está cheirando a uma armação torpe, com óbvias finalidades eleitorais.
No Jornal do Brasil, onde D. Orani Tepesta escreve, diz-se que “o que aconteceu é que após consulta ao departamento jurídico, que reforçou o direito da Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro (órgão responsável pelo patrimônio religioso) sobre o monumento, foi feita outra consulta ao departamento que analisa pedidos de sua utilização. Este departamento ouviu do presidente da Conspiração Filmes a garantia de que o filme não tinha o objetivo de agredir a religião. Após esta afirmação, o departamento retirou a possibilidade de ação jurídica por parte da Mitra”.
Deixe o Cristo fora disso, Merval.
Será que você, além do fardão de acadêmico, também quer os paramentos de Cardeal?
Estamos no tempo do Papa Francisco, não de Tomás de Torquemada.
Vá brincar de aviãozinho, porque senão o Joãosinho Trinta vai assombrar você.
Fonte: TIJOLAÇO
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Esse pessoal de globo não tem limites.
Inventam de tudo sempre com o objetivo de atacar o governo do PT.

Ainda hoje, no jornal o globo, o Merval alegre continua a atacar com mentiras o governo com essa história do Cristo redentor.
Com não podem esconder as aventuras de Aécio pelos céus de Minas, principalmente em Cláudio, querem mandar pelos ares o Cristo nas alturas do morro do Corcovado.

Só uma pessoa insana teria a idéia de querer cassar a tutela sobre a imagem do Cristo redentor, e , definitivamente, isso jamais poderia sair de uma pessoa com a ministra Marta.

Isso sai, sim, em forma de mentira de pessoas como Merval e de toda a corja de colunistas de globo e da velha mídia.

Quanto a tutela sobre a imagem do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, a Igreja Católica deveria ter um mínimo de flexibilidade e entender que o local que abriga a estátua, e a própria estátua, são muito mais do que um santuário, logo todas as questões ligadas ao local e ao monumento não deveriam ser avaliadas apenas pela ótica religiosa e de propriedade da Igreja.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

O sequestro do futebol e prorrogação do metrô

Ampliação do horário do Metrô de SP só pelo futebol interessa à TV Globo

Divulgação
Para militante do Passe Livre e especialista em mobilidade urbana, medida do governo de Geraldo Alckmin ocorre paralelamente à elitização do futebol e atende a interesses privados
31/07/2014
Eduardo Maretti,
A ampliação do horário de funcionamento do Metrô de São Paulo, das 0h às 0h30 às quartas-feiras em que forem realizados jogos de futebol na capital paulista mostra que as medidas para melhoria dos serviços de transporte obedecem a critérios seletivos e elitizados e, neste caso, para favorecer interesses privados –em especial da TV Globo. A opinião é do Movimento Passe Livre (MPL). A medida foi anunciada na terça-feira (29), após reunião entre dirigentes do Corinthians e representantes do governo paulista, e vale para dias de partidas nos estádios Allianz Parque (o novo estádio do Palmeiras), Pacaembu, Morumbi e Canindé.
"A posição do movimento é de que essa medida do governo só reafirma que resolver os problemas do transporte público depende mais de vontade política do que de questões técnicas", diz Monique Félix, militante do MPL. "E fica claro que a vontade do governo do estado nesse caso está do lado dos poderosos, tanto da Rede Globo como da população rica que passa a frequentar os estádios com a elitização do futebol, como ficou bastante claro na Copa do Mundo".
Ela lembra que a demanda por expansão dos serviços de transporte não é recente. "Por muito tempo a população mais pobre da cidade colocou a demanda por mais transporte durante a madrugada, nos finais de semana, e ampliação dos serviços de transporte público, e isso é negado para a população periférica. Mas agora, pontualmente, é dado para outra parte da população".
A constatação é de que a ampliação em meia-hora do funcionamento do metrô paulistano é positiva, mas só se deu por pressão de setores mais abastados e para evitar mexer com os interesses da Rede Globo, que considera intocável o horário de sua novela das 21h, que termina pouco antes das partidas em dias de semana. "A medida (do governo Alckmin) em si não achamos ruim, mas fica claro que tipo de reivindicação e de que setor social o governo vai atender, que não é da população pobre e periférica", explica a militante do MPL. A TV Globo tem dois horários tradicionais de transmissão de futebol: quartas às 22h e domingos a partir das 16h ou 17h.
Na opinião de Monique, a elitização do futebol está em curso, embora o torcedor que hoje vai aos jogos do Corinthians na Arena Corinthians seja menos abastado que o torcedor da Copa. "O estádio do Corinthians tem ingressos caríssimos para qualquer competição. O público ainda não é tão elitizado, mas está num processo de elitização evidente, isso está bastante expresso", aponta.
O ingresso mais "popular" da Arena Corinthians é de R$ 50 (atrás do gol, similar à antiga geral, setor que ocupa apenas 15% do estádio), passando por arquibancadas a R$ 80 e setores "Leste Inferior" a R$ 180, "Oeste Inferior" a R$ 250 e vip a R$ 400.
"A medida do governo, feita para se fazer uma concessão ao capricho de uma emissora de TV, coloca o serviço público a mercê de um ente privado", afirma o jornalista Marcos Souza, editor do Mobilize Brasil, portal de conteúdo sobre mobilidade urbana sustentável que tem entre seus objetivos "pressionar governos para implantarem políticas públicas efetivas de mobilidade".
"A ampliação do horário é um misto das duas coisas: tanto do interesse da Rede Globo (por não querer fazer modificação do horário da novela em sua grade) quanto do governo estadual, que mostra que atende à população mais rica, que tem poder de barganha junto ao governo do estado para pressionar pela mudança", avalia Monique Félix.
Para o deputado Luiz Claudio Marcolino (PT), autor de um projeto de lei na Assembleia Legislativa que propõe a expansão gradual dos serviços do metrô em São Paulo, a medida do governo paulista é paliativa e, se houvesse de fato intenção de expandir o horário, o Palácio dos Bandeirantes apoiaria o Projeto de Lei 621/2011. "Podia-se aproveitar o PL que já tramita na Assembleia, previsto para ser votado agora em agosto, porque está trancando a pauta", lembra Marcolino.
Segundo ele, a proposta não é de que o metrô comece a funcionar 24 horas todos os dias de imediato, mas que haja uma transição para que as necessidades da cidade sejam cada vez mais atendidas, gradativamente. "Poderia começar a funcionar nos finais de semana 24 horas, quando não tem manutenção, já que a desculpa do governo é de que não pode funcionar 24 horas por causa da manutenção", propõe o parlamentar.
O controlador de tráfego e presidente da Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro), Paulo Pasin, confirma em parte a informação sobre a manutenção do metrô nos fins de semana. "É feita manutenção de sexta para sábado e de domingo para segunda, mas não de sábado para domingo", diz.
Ele explica que durante essa madrugada do fim de semana a via fica inclusive energizada e há treinamento de operador de trem, treinamento de resgate para atropelamento e outros, e também testes com trens reformados, por exemplo. "Nada impede que o metrô funcione na madrugada de sábado para domingo. Mas teria que transferir os treinamentos para outros dias e horários e, além disso, seria preciso contratar mais funcionários", avalia Pasin.
RBA procurou a assessoria de Comunicação do Metrô, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.
Fonte: BRASIL DE FATO
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Trombone alvorada weril

O transporte público deve funcionar 24 horas por dia, obviamente com maior ou menor disponibilidade em função do horário.
O que não pode é ser interrompido por volta de 1 hora da madrugada e voltar somente próximo do amanhecer.
Infelizmente é assim em São Paulo e na maioria das grandes cidades.

O caso com o metrô de São Paulo e o  futebol da globo revelam o que é prioritário na gestão do PSDB.

Uma partida de futebol com início às 22 horas, as quartas-feiras, é algo indecente.
O pior de tudo é  que o futebol só começa depois de terminar a novela, isso mesmo, uma partida de futebol de um campeonato brasileiro às quartas-feiras só pode ter início depois de encerrado um capitulo de um novela da TV globo, a emissora que sequestrou a exclusividade de transmissão dos campeonatos nacionais , regionais e estaduais.

Em outros dias da semana, com exceção dos domingos às 16 horas, não existe transmissão de partidas de futebol em TV aberta, e olha que tem jogo, terça-feira, quarta-feira ( ás 19:30 . às 21 horas e ás 22 horas), quinta-feira, sexta-feira , sábado, domingo.
Caso as pessoas que gostam de futebol queiram assistir jogos, que não sejam na TV globo, são obrigados a pagar pelas partidas em tv's a cabo e por assinatura.
E aí cabem duas perguntinhas, ingênuas e inocentes:
O que é mais relevante para a cultura nacional  e preferência do brasileiro, o futebol, ou uma novela onde o que mais se vê são obscenidades , crueldades e  o pior repertório de valores agregados aos personagens das tramas?
O que deveria ser pago  e restrito e o que deveria ser gratuito e abundante ?

Acontece que a TV globo, já há décadas, incorporou o futebol, independente do campeonato, a sua grade de programação, de maneira que o " futebol na globo" seja um programa da grade da emissora que acontece sempre as quartas-feiras, às 22 horas , e aos domingos às 16 horas.

As novelas de tv globo não sofreram nenhuma alteração nos horários, já o futebol teve que se enquadrar para não prejudicar uma mesmice que muda apenas de título, com revezamento dos atores da emissora.

Uma partida de futebol numa quarta-feira às 22 horas, é algo praticamente inviável para um trabalhador que sempre acorda cedo. 
Até mesmo assistindo pela TV , em casa, esse trabalhador , em muitas vezes não vai até o final da partida por conta do horário avançado.

Enquanto isso, a imprensa esportiva, em sua maioria, se cala diante dessa aberração , mas reclama que os estádios de futebol andam vazios, o que prejudica os clubes.

Enquanto o futebol brasileiro estiver condicionado aos interesses de uma emissora de TV, prevalecerá a mediocridade das novelas como laboratório de divulgação e formação do que existe de pior no repertório de valores para uma sociedade.

Recentemente em jogo pela Copa Libertadores da América, no Engenhão , cidade do Rio de Janeiro, o horário previsto para o início da parida era de 22 horas.
Ao iniciar a partida  houve uma queda na energia, e o jogo só pode começar às 23 horas.
E se faltar luz, governador, como é que fica o transporte ? 
E se o jogo for para a prorrogação e penaltis, o metrô e trens também vão para a prorrogação ?

O futebol é ao vivo, já as novelas são gravadas , mas o que deve mudar e se adequar é o futebol.
Que tal fazer as partidas de futebol, em local fechado, sem público e sem nenhuma mídia, e depois apresentar a gravação do jogo após a cena de assassinato, roubo ou estupro da novela ?

Neste caso o governador não precisaria mudar o horário dos trens e do metrô.