quarta-feira, 28 de maio de 2014

Amanhã vai ser outro dia

Folha': Dilma diz ao PT que fará a regulação da mídia

Jornal do Brasil
De acordo com assessores do PT, a presidente Dilma Rousseff teria cedido ao partido e decidido encampar, caso seja reeleita, a proposta de regulação econômica da mídia. A informação é divulgada na edição desta quarta-feira (28) da Folha de S. Paulo.
De acordo com o jornal, durante seu mandato Dilma engavetou a proposta, elaborada pelo governo Lula. A proposta defendia a criação de um Conselho de Comunicação para regular o conteúdo de rádios e TVs, e foi recebida com críticas por representantes do setor, que argumentavam que a medida seria uma espécie de censura.
Agora, assessores de Dilma afirmam, de acordo com a Folha de S. Paulo, que ela vai apoiarum projeto que regulamente e trate dos artigos 220 e 221 da Constituição. Os artigos determinam que os meios de comunicação não podem ser objeto de monopólio ou oligopólio e que a produção e a programação de rádios e TVs devem atender os princípios de produção regional e independente. Trata ainda da definição de como deve ser a publicidade.
De acordo com a Folha de S. Paulo, em recente reunião no Palácio da Alvorada, Dilma teria deixado claro a petistas não ter a intenção de regular conteúdo, mas sinalizou que concordava em tratar da parte econômica: "Não há quem me faça aceitar discutir controle de conteúdo. Já a regulação econômica não só é possível discutir, como desejável", disse.
O jornal informa que na segunda-feira (26), a Executiva do PT decidiu incluir a regulação dos meios de comunicação no programa do partido para a campanha presidencial. "A democratização da sociedade brasileira exige que todas e todos possam exercer plenamente a mais ampla e irrestrita liberdade de expressão, o que passa pela regulação dos meios de comunicação - impedindo práticas monopolistas - sem que isso implique qualquer forma de censura, limitação ou controle de conteúdos", afirma.
De acordo com a Folha de S. Paulo, a inclusão do tema no programa petista foi acertada com Dilma, desde que ficasse bem claro que não haveria nenhuma proposta de controle de conteúdo. O jornal acrescenta ainda que historicamente, o PT e setores da esquerda miram o domínio da Rede Globo que, como líder de audiência, abocanha a maior fatia do mercado publicitário do setor.
A Folha de S. Paulo acrescenta ainda que a forma de tratar o assunto foi definida durante reunião da cúpula de campanha com a presidente há cerca de um mês, no Alvorada. Neste encontro, líderes petistas teriam comemorado a fala do ex-presidente Lula no encontro nacional do partido, quando ele defendeu a regulação da mídia num tom interpretado como senha para debater também um controle de conteúdo da imprensa.
De acordo com apuração da Folha, defensores do projeto de regulação da imprensa disseram na reunião: "Que bom que o Lula falou explicitamente que tem de regular a mídia." Ainda segundo o jornal, Dilma, sem criticar Lula, fez questão de definir até onde aceitava ir na discussão. Ela teria afirmado que muita gente "confunde regulação com controle de conteúdo, isso não posso aceitar", acrescentando que "temos de qualificar esse discurso" e que o "presidente Lula está discutindo regulação".
Folha conclui afirmando que na reunião, estava presente o comando da campanha pela reeielção, Dilma, Aloizio Mercadante (ministro da Casa Civil), o presidente do PT, Rui Falcão, e o ex-ministro Franklin Martins.
Fonte: JORNAL DO BRASIL
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Franklin Martins diz que “não houve” mensalão e que a Globo quer “comandar o país”

Enviado por  on 28/05/2014 – 2:11 am
entrevista foi publicada, em outubro do ano passado, numa revista de Porto Alegre, chamadaBastião, cujos editores eu tive o privilégio de conhecer em Brasília na semana passada. Mas eu só li há alguns dias e logo constatei duas coisas: 1) ela ainda é super atual; 2) não circulou quase nada pela blosgosfera. Então ela é quase inédita!
Franklin Martins faz observações atiladas sobre a democratização da mídia. Ele observa que o Brasil promove mudanças lentas, porque a construção de maiorias costuma se formar mais vagarosamente no Brasil. Somos grandes demais, diversos demais. O processo de formar maiorias é mais difícil aqui.
Mas quando estas se formam, duram muito. Permanecem consolidadas com mais firmeza do que em outros países, que conseguem construir maiorias com mais agilidade, como a Argentina, onde tudo é mais rápido por ser o debate político muito concentrado apenas em Buenos Aires.
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Franklin observa que uma das funções da internet é criticar a grande mídia, e que esta, se quiser sobreviver, terá que se adaptar a estas críticas, que são saudáveis e democráticas.
Entretanto, o trecho que me chamou a atenção foi sua observação sobre a ruptura editorial da Globo, a partir da cobertura do mensalão. Franklin, que era comentarista político no Jornal da Globo, faz uma acusação grave ao jornalismo da emissora: ela se recusava a investigar a coisa mais importante, a origem do dinheiro do valerioduto, porque aquilo poderia atrapalhar a sua “teoria”.
Mais tarde, a Procuradoria, e Joaquim Barbosa – juiz responsável, desde o início, por acompanhar as investigações do Ministério Público – ajudariam a Globo a explicar a origem do dinheiro do valerioduto, ao encampar a tese do desvio do Fundo de Incentivo Visanet, em detrimento de um relatório da Polícia Federal, que dizia o contrário.
A PF, através do relatório do Inquérito 2474, assinado pelo delegado Luiz Flavio Zampronha, mostrava que a maior parte dos recursos de Marcos Valério tinha vindo de empresas controladas por Daniel Dantas, e que as negociatas de Valério tinham começado bem antes da era Lula.
Quanto ao Visanet, o Laudo 2828, também da PF, provaria que os recursos não estavam sob responsabilidade de Henrique Pizzolato, o único petista na cúpula do Banco do Brasil, derrubando a teoria de que havia um “núcleo petista” instalado dentro do BB, sob ordens secretas de Dirceu, para desviar os recursos necessários ao esquema de compra de voto.
“A Globo resolveu acabar com o pluralismo”, observa Martins, porque decidiu voltar a algo que estava em seu DNA: “comandar o país”.
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Franklin Martins torce para que a Globo não consiga realizar o seu intento (de comandar o país) em 2014. Nós também torcemos, caro Franklin. Nós também.

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Fonte: O CAFEZINHO
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Por que regular a mídia é um passo essencial para o avanço do Brasil

Postado em 28 mai 2014
Poder e dinheiro muito além do razoável
Poder e dinheiro muito além do razoável
O argumento mais imbecil contra a regulamentação da mídia é a que a associa com “censura”.
Na grande definição de Eça, há aí uma mistura de má fé cínica com obtusidade córnea.
Todas as sociedades desenvolvidas regulam sua mídia. Estabelecem regras para diversas questões que são simplesmente ignoradas no vale tudo nacional.
Por exemplo: direito de resposta. Na Dinamarca, se você comete uma injustiça cabal, é obrigado a se retratar rapidamente e em espaço nobre.
Por exemplo: a Veja atribuiu a Gushiken um gasto exorbitante com dinheiro público numa refeição. Isto se provou calúnia, mentira, e não fato.
Gushiken, atacado na honra, jamais teve uma reparação na revista.
É certo isso? É bom isso? É certo e é bom apenas para as empresas de mídia, que recebem licença para matar moralmente seus inimigos.
Fiscal tem que ser fiscalizado. A mídia se coloca como fiscal, sem ter aliás recebido delegação popular para isso, mas se recusa a ser fiscalizada. É um paradoxo, e é um horror para a sociedade.
Nos Estados Unidos, para evitar o monopólio de opinião (e de negócio) e estimular a pluralidade, nenhum grupo pode ser dono de múltiplas mídias, como a Globo.
A Globo usa seus diversos braços, ou garras, de forma selvagem, para asfixiar a concorrência.
Um executivo da Unilever me contou que, nas negociações sobre publicidade, a Globo enfia o G1 goela abaixo do anunciante.
Para a livre concorrência, é um pesadelo. Para o monopólio da Globo – que hoje detém 60% da publicidade do Brasil com apenas 20% da audiência – é um sonho. Para a sociedade, uma tragédia.
Veja na prática: uma única voz que represente o conservadorismo e os interesses da Globo se multiplica por todas as mídias, e isso manieta a opinião pública.
Merval Pereira, digamos. Ele está no Globo, na Globonews, na CBN, no G1 etc etc. Ou Míriam Leitão. Ou Jabor.
Mais uma vez, é bom para a Globo, e para os colunistas que são sua voz. Estes, graças à superexposição, acabam tendo enormes facilidades para ganhar dinheiro em palestras nas quais vão repetir o que a Globo quer que eles digam.
Você vai encontrar feroz resistência à ideia da regulação nas grandes empresas de mídia – e em seus colunistas. Estes extraem vantagens consideráveis do status quo. Seus mensalões são duradouros e protegidos com imenso cuidado por quem abastece seus bolsos.
Há um conflito de interesses entre os colunistas da grande mídia e a regulação. Isso não pode ser esquecido pelo leitor.
Para os políticos conservadores, vale o mesmo. No ambiente de grande concentração que há, está garantida a eles uma formidável cobertura pelas empresas de mídia.
Com uma desconcentração, essa mamata tende a desaparecer. Não serão protegidos escândalos de partidos amigos.
Há anos, para ficar num caso, Robson Marinho, do PSDB, exerce o inacreditável cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo sendo, comprovadamente, corrupto.
Isso só tem sido possível graças à leniência da grande mídia sobre corrupção em outros partidos que não sejam o PT.
O quadro atual favorece coisas como o acobertamento da sonegação bilionária da Globo, também.
A Folha, amiga e sócia da Globo, jamais cobriu um caso em que existem documentos apavorantes. Apenas para comparação: se a sonegação fosse da Carta Capital, Mino Carta já estaria na cadeia há muito tempo, sob pressão da Globo, Folha, Veja e Estadão.
Finalmente: é o estado atual de coisas que leva a uma família de mídia ter a maior fortuna do Brasil.
Você pode dizer o seguinte: por que o PT demorou tanto a colocar isso na pauta? Medo? Cálculo? Esperou a internet se consolidar como uma força alternativa para mitigar a previsível campanha anti-Brasil que virá?
Para mim, é uma mistura das duas coisas. Mas o que importa é que, ainda que com grande atraso, a regulação seja debatida.
Importante: as ruas terão que se manifestar, para que este avanço se realize.
Que manifestações como as de junho tornem impossível negar aos brasileiros um passo tão importante.
Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Amanhã vai ser outro dia.
Mais uma vitória da blogosfera, dos blogs sujos, que durante mais de dez anos, por vezes sozinhos, alertam para a necessidade de regulação da mídia no Brasil.
Tudo bem que é apenas uma declaração do PT e do governo Dilma, mas , ao que parece e diante do amadurecimento do tema em boa parte da opinião pública, esse é um caminho sem volta.
Depois da violenta campanha contra o governo e  contra o país que nos últimos dois meses a velha mídia colocou em cena, parece que o PT voltou a ser PT.
Reagiu e a partiu pra cima, como pediu Lula em um encontro com blogueiros.
Lembro que lá pelo ano de 2003, quando alertava para a necessidade de regulação da mídia, ouvia, de empregados amestrados de globo que esse era um assunto que não poderia ser debatido publicamente, como se os empregados de globo e a própria globo fossem detentores absolutos do monopólio da opinião, justo em um momento em que a internete emitia, aqui no Brasil, inequívocos sinais de consolidação de um espaço de produção de conteúdos múltiplos, tanto no campo do entretenimento como no campo no jornalismo, ainda que opinativo e de contraponto a velha mídia.
Ignorei olimpicamente as advertências dos amestrados e mantive  em evidência o assunto, mesmo que por vezes de forma isolada.
O ciberespaço cresceu e hoje, mesmo que ainda insistam em negar ou ignorar, tem um protagonismo importante nos debates de interesse nacional, a ponto, por muitas vezes, de pautar esse debate definindo até mesmo as agendas prioritárias.
Que junto com a reforma das mídias o PT também priorize outras reformas tão importantes para consolidação e avanço da democracia.

Matilha midiática em suicídio coletivo

Perigo de suicídio coletivo dos viralatas! 

Lula ganha estátua ao lado da Casa Branca!

Enviado por  on 27/05/2014 – 7:17 pm
Acho que o Ministério da Saúde precisará deixar de prontidão uma força-tarefa de psicólogos, médicos e ambulâncias, porque é possível que haja um suicídio coletivo de viralatas antibrasil nas próximas horas. É que o presidente Lula acaba de ganhar uma estátua ao lado da Casa Branca, em Washington, capital dos Estados Unidos.
Lula aparece ao lado de Simon Bolívar, Abraham Lincoln, Jose Martí, Tupac Amarú e Gabriel Garcia Marquez.
A escolha não veio do governo americano, mas do artista Yuan Xikun, e revela a importância de Lula não apenas para o Brasil, mas para o mundo inteiro.
Por falar nisso, alguém viu por aí uma estátua de FHC?
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Passando ao largo do mar de complexo de vira lata em que a oposição quer mergulhar o Brasil (mas não consegue), exposição no National Mall apresenta estátua de bronze do ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. A escultura faz parte da exposição “A América nos olhos de Yuan Xikun”.
O artista chinês celebra diversas culturas através da história, destacando figuras das Américas. Yuan Xikun é reconhecido internacionalmente por sua habilidade em retratar figuras políticas de destaque.
De acordo com a divulgação da exposição, as pessoas retratadas foram escolhidas entre aqueles que deram contribuições extraordinárias para a sociedade. São elas: Abraham Lincoln (Estados Unidos), Simón Bolívar (Venezuela), Eloy Alfaro (Equador), Tupac Amarú (Peru), Lula da Silva (Brasil), Juan Pablo Duarte (República Dominicana), Tupac Katari (Bolívia), Juana Azurduy (Bolívia), Andreo De Santa Cruz (Bolívia), Gabriel García Márquez (Colombia), Jose Martí (Cuba) e ‪José de San Martín‬ (Argentina).
O National Mall fica ao lado da Casa Branca, em Washington, DC, capital dos Estados Unidos, e é um jardim onde são homenageados os ex-presidentes do país. Em torno do National Mall estão diversos museus, como oArt Museum of the Americas(link is external) e é no jardim deste museu que se encontra a exposição de Yuan Xikun.
Como já disse o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama: Lula é o cara.
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Fonte: O CAFEZINHO
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Essa notícia não aparece nos jornais e telejornais
Imagine, caro leitor, se a estátua fosse de FHC em uma estação do metrô de São Paulo , ou em algum estacionamento de shopping center.
Os higiênicos telejornais iriam disponibilizar generosos minutos, apresentando imagens da estátua em diferentes ângulos, com direito a uma retrospectiva da vida de FHC, claro, somente os melhores momentos da vida do imortal de Higienópolis.
Os apresentadores higiênicos dos telejornais, ao final da matéria, inaugurariam expressões de extrema felicidade e admiração, conduzindo sutilmente os telespectadores, os coxinhas, obviamente, a um estado de plena admiração  e  exaltação ao príncipe da privataria.
Como a estátua é do Lula, o Cara, os telejornais ignoram o fato  e, como bem escreveu O CAFEZINHO, tal honraria a Lula pode desencadear um processo coletivo de suicídio em massa da matilha de vira latas, principalmente os midiáticos
A tragédia canina ganharia repercussão internacional, comparável somente ao suicídio coletivo  ocorrido no final da década de 1970 na Guiana, quando quase 1000 pessoas morreram ao acompanhar um fanático de uma seita religiosa.
A seita midiática dos tempos atuais não é muito diferente. já que o pensamento é único  e a idiotice e  a mediocridade comandam o coletivo..

terça-feira, 27 de maio de 2014

O medo mortal do PSDB

Comparação é o que mete medo mortal ao PSDB. Petrobras, sobretudo.

27 de maio de 2014 | 12:34 Autor: Fernando Brito
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O professor Julio Cesar de Melo e Sousa, que gerações conhecem como Malba Tahan,  conta que Beremiz Samir, O Homem que Calculava, recebeu de um califa o desafio de ensinar matemática a uma mulher, proeza considerável naqueles séculos e hábitos onde a mulher era enclausurada.
Na sua primeira aula – naturalmente dada por detrás de uma cortina, como convinha ao recato de tal mulher,  Telassim, filha do poeta  filha do poderoso  Iezid-Abul-Hamid,  Beremiz deu sua primeira lição, resumida numa frase:
-Medir, senhora, é comparar.
Medir, avaliar, julgar são isso, essencialmente.
Comparar.
É por isso que o PSDB, depois de ter conseguido que a ministra Laurita Vaz, do Tribunal Superior Eleitoral, suspendesse a inserção do PT em que se comparava a situação do Brasil de hoje foi ao TSE, de novo, pedir que se suspendesse uma mensagem publicitária da Petrobras, onde, segundo os tucanos havia “implícita e direta intenção de incutir no eleitor que, durante a gestão da atual  presidente e de seu antecessor, ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, houve, em comparação com o governo anterior, do presidente Fernando Henrique Cardoso, um grande crescimento da empresa.
Mas ficamos querendo saber que argumento para o pedido de censura.
Será que os gráficos mostrados no comercial não denotam um grande crescimento da empresa?
Será que o PSDB quer impedir que um empresa mostra quanto sua produção cresceu de em um certo período?
Será que o PSDB não quer que os brasileiros, donos da Petrobras, saibam destes dados e possam comparar, medir, julgar, avaliar?
Ou será que o PSDB não quer que se divulguem outras informações que permitam comparar o desempenho da Petrobras.
Por exemplo, a informação levantada pelo geólogo Roberto Schiffer de Souza de que a taxa de sucesso mundial das petroleiras em poços marítimos é de 12%, ou seja, para cada 8 poços perfurados somente em um se encontram reservas de petróleo, mas que, ano passado, na Petrobras, foi de 75%, isto é, se acho petróleo em três de cada quatro poços perfurados?
Que, num total de 76 perfurações  (45 em terra e 31 no mar), 57 foram bem sucedidas?
E que, no caso dos poços mais profundos (e caros) do pré-sal esta taxa foi de 100% e todos os 14 poços escavados encontraram petróleo?
Ninguém está dizendo que a Petrobras era ruim, até porque não era e nunca foi.
Em 2003, a taxa de sucesso era de 40%, o que ainda era maior do que a das demais grandes petroleiras, que variavam de 15 a 30% de bons resultados, como admite (claro, lá no final da matéria) a Folha de S. Paulo.
Mas 75% é um recorde fantástico.
Ou será que o PSDB não quer que os brasileiros saibam que a Petrobras é tão ou mais eficiente que as grandes empresas de petróleo do mundo e, assim, achem melhor se livrar dela?
Fonte: TIJOLAÇO
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Por um longo período de minha vida profissional, trabalhei, como engenheiro que sou,  em empresa de engenharia  de obras de grande porte.
No caso trabalhava no programa nuclear brasileiro e mantive contatos, próximos, com outras empresas de engenharia na área de hidrelétricas, exploração de petróleo e construção de rodovias.

No meio da engenharia brasileira, é sabido que o quadro  técnico da Petrobrás é de alto nível , tanto que quando os geólogos da empresa indicam que uma determinada área para exploração de petróleo não deve ser bem sucedida, mesmo que vá para leilão, é certo que tal área tem grande probabilidade de não  apresentar um potencial produtivo.

Isso é patrimônio técnico e científico do povo brasileiro e , também, não é por acaso que outras empresas , concorrentes da Petrobrás, de tudo fazem para obter informações privilegiadas sobre os trabalhos dos geólogos e engenheiros da empresa, até mesmo com práticas de espionagem e roubo de propriedade intelectual.

Motivo de orgulho para todos nós, apesar do Ronaldo.

Cachorrada agitada

Jaborto agora é até anti-Nelson

Contra o PT e a Copa, Jabor é agora o anti-Nelson 

Em campanha pelo insucesso da Copa de 2014 e pela derrota do PT nas eleições de outubro, o colunista Arnaldo Jabor agora se coloca como o anti-Nelson Rodrigues; diz que o Brasil deixou de ser a pátria de chuteiras para se transformar nas "chuteiras sem pátria"; artigo faz parte do esforço para que os brasileiros se sintam "envergonhados" durante o torneio, como disse o atacante Ronaldo; Jabor se inspira no dramaturgo, mas o que mais Nelson Rodrigues criticava era o complexo de vira-latas dos brasileiros; "somos hoje uma nação de humilhados e ofendidos", disse Jabor; alguém escutou um au-au?
247 - Arnaldo Jabor, em campanha aberta pelo insucesso da Copa de 2014 e pela derrota do PT nas eleições de outubro, agora se coloca como uma espécie de anti-Nelson Rodrigues. Se o dramaturgo via o Brasil como a "pátria de chuteiras", Jabor enxerga "chuteiras sem pátria". Se Jabor criticava o "complexo de vira-latas" do brasileiro, Jabor nos vê como um bando de fracassados. "Somos hoje uma nação de humilhados e ofendidos, debaixo da chuva de mentiras políticas, violência e crimes sem punição. Descobrimos que o País é dominado por ladrões de galinha, por batedores de carteira e traficantes", diz ele.

Para ele, não teremos uma Copa do Mundo, mas sim a "Copa do medo", sobre a qual paira o risco de um vexame planetário. "O mais claro sinal de que vivemos uma mutação histórica é esta Copa do Medo. Há o suspense de saber se haverá um vexame internacional que já nos ameaça. Será péssimo para tudo, para economia, transações políticas, se ficar visível com clareza sinistra nossa incompetência endêmica, secular", diz Jabor.

Na verdade, para as pretensões de Jabor, não será tão ruim assim. Ele torce por esse vexame.
Fonte: SQN
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Quase 400 mil brasileiros já fizeram filas – às vezes, de horas até – para ver, tocar e tirar fotos e selfie com a taça da Copa do Mundo que viaja pelo país. Mas a mídia, Rede Globo a frente, só tem olhos e só destaca os 3 mil que saíram as ruas para protestar contra a Copa em 12 cidades do país há pouco mais de uma semana.

No último sábado, toda a mídia falou de um protesto semelhante, também noticiado como sendo contra a Copa, realizado na Zona Oeste paulistana, no bairro de Pinheiros. Só que neste, os três mil de uma semana antes no Brasil inteiro, evaporaram-se. Reduziram-se a participantes nesta manifestação no fim de semana em São Paulo, o que nem assim arrefeceu o ânimo pró-tragédia da imprensa.

Alguns comentaristas, uma praga cada vez mais presente nos noticiários de TV, que falam mais do que dão notícia, mantiveram o tom que seguem há duas semanas e misturaram os protestos contra a Copa com as greves e passeatas por melhores salários de professores e motoristas (em São Paulo) e de rodoviários (no Rio, como são chamados lá motoristas e cobradores de ônibus).

Todos, mídia, comentaristas, sem exceção, minimizaram a violência das manifestações contra a Copa, a violência de mascarados, de gente com o rosto coberto, de outros que compareceram às manifestações sem saber contra o que protestavam. Estão todos loucos por uma tragédia que macule o Mundial de futebol que começa daqui a 17 dias no nosso país (no próximo dia 12), com a partida entre Brasil e Croácia, no estádio do Corínthians, o Itaquerão, em São Paulo.
Fonte: A JUSTICEIRA DE ESQUERDA
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Trombone alvorada weril
É a campanha da matilha midiática (MM) para que a copa seja um fracasso total.
Mesmo que tudo funcione a contento durante a copa, a MM ( qualquer semelhança com a SS nazista é mera coincidência) sempre apresentará inúmeros problemas.
Hoje o jornal o globo, cão líder da MM, estampou manchete de primeira página em que diz o seguinte:
" Teste de segurança para a copa falha no primeiro dia"
A manchete canina se refere aos protestos de mais ou menos 100 professores do Rio, em greve, que aproveitaram a visibilidade midiática da apresentação dos jogadores da seleção, no aeroporto Tom Jobim, para fazer um manifestação.
Não houve nenhum incidente que comprometesse a segurança dos jogadores  e dos manifestantes, mas o cão líder já chamou a atenção com seu latido inconfundível, fazendo com que a MM reproduzisse, em uníssono, nas emissoras de rádio e de TV através dos higiênicos telejornais, o "gravíssimo incidente assim como a falha imperdoável da segurança."
Outro cão da MM, Arnaldo Jabor, aquele que pensa que é o Glauber Rocha, desferiu forte latidos onde afirma que "somos uma nação de ofendidos e humilhados, debaixo da chuva de mentiras políticas, violência e crime sem punição" Diz ainda que "descobriu que o país é dominado por ladrões de galinha, por batedores de carteira e traficantes". 
Para ele, não teremos uma Copa do Mundo, mas sim a "Copa do medo", sobre a qual paira o risco de um vexame planetário. "O mais claro sinal de que vivemos uma mutação histórica é esta Copa do Medo. Há o suspense de saber se haverá um vexame internacional que já nos ameaça. Será péssimo para tudo, para economia, transações políticas, se ficar visível com clareza sinistra nossa incompetência endêmica, secular", diz o cão.
Latiu forte, ao melhor estilo vira-lata bem nutrido pelas facilidades que o mundo das elites plutocráticas oferece, justo ele, que se alinha com grupos políticos que valorizam o arrocho e a exclusão social, uma vergonha que assola o mundo, principalmente a Europa.
O que se pode observar é que existe uma campanha para denegrir o evento, independente se a organização do evento for bem ou mal sucedida.
Existe , também, uma expectativa, com direito a torcida, para que tudo  seja um fracasso.
Existe ainda o medo do insucesso, segundo o cão cineasta.
Entretanto esse medo, o medo real e não o medo desejado pela MM, existe por parte de todos nós, atentos aos atos de sabotagem e terrorismo que a plutocracia mundial pode fazer acontecer durante a realização da copa.
Cabe lembrar, e o caro leitor sabe muito bem, que o mundo atual é governado pelo crime organizado, pelas corporações ( financeiras, energia, alimentos, midiáticas, armamentos, etc..), pelas grandes agências de espionagem e toda sorte de bandidos de alta periculosidade travestidos de CEO , executivos e governantes que circulam livremente influenciando e sabotando governos pelo mundo que não seguem a cartilha de exclusão social  e destruição da natureza, também conhecida como capitalismo neoliberal.
O cão cineasta se refere ao Brasil com um antro de mentiras políticas, quando de fato as grandes mentiras estão na democracia enaltecida pelos países ditos democráticos, onde grandes ladrões, não de galinha ou de carteiras, dominam a cena como corruptores e sonegadores de  grandes fortunas em impostos, fazendo da democracia apenas uma maquiagem.
Que o diga a quadrilha que domina o governo de São Paulo com toda a sorte de corrupção entre corporações e o governo estadual, o que vem acarretando gigantescos prejuízos para população do estado, governado por vinte anos pelo PSDB.
Já o Brasil, assim como outros países da America do Sul, trilha um caminho que vem sendo apontado até mesmo por organismos internacionais , como a solução contra a barbárie  política, social e cultural que ganha corpo pelo mundo com nítidos contornos nazistas, isso apesar das elites da MM local.
A MM sente-se incomodada , também, pelo fato de que os governos do PT tem sido os mais atuantes no combate a corrupção, o que dificulta as facilidades encontradas antes desses governos por parte dos corruptos e corruptores históricos e endêmicos que há séculos atrasam o desenvolvimento do país.
Para pessoas deploráveis como Arnaldo Jabor, Ronaldo e outras excrecências vivas, o quanto pior melhor é o único caminho viável para que seu candidato play boy possa ter alguma chance de chegar ao segundo turno nas eleições de outubro. 
O medo de fato existe, mas não um medo quanto a nossa capacidade, ou quanto ao nosso talento, mas sim um medo de atos de terrorismo e de sabotagem durante a copa, algo bem provável de ser organizado e colocado em prática pelos setores  que Jabor e Ronaldo se alinham.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

A Matilha Midiática


Ronaldo, Ellus, Ney Matogrosso, Veja e Época. 
Entre vergonha, atraso, caos, susto e futuro distante, respectivamente, existe muita coisa em comum , principalmente a realidade do país, que se bem interpretada revela que em 2030, data de Época, se concretizará um projeto vitorioso.
O PT, com Lula, chegou a presidência da república em janeiro de 2003, sabendo que teria, como ainda tem, uma oportunidade única de transformar positivamente um país mergulhado em uma visão atrasada e elitista que conferiu ao Brasil o título de campeão mundial em desigualdade, e o último país a abolir a escravidão. 
Não é pouca coisa. É um projeto  para transformar e formar uma nova geração e um novo país.
Assim sendo, não é de se estranhar que ainda hoje, mesmo com os avanços e conquistas com os governos do PT, matilhas de vira-latas ainda tenham algum protagonismo, e até mesmo visibilidade, na cena nacional política e social do país.
O tempo para uma transformação profunda  e revolucionária que o país necessita, é algo entre 20 e 30 anos. 
Isto posto, os governos populares e democráticos do PT se aproximam da metade do tempo necessário e esse marco já revela mudanças significativas na sociedade brasileira.
E são justamente tais mudanças positivas que motivam as críticas e desabafos estapafúrdios dos vira-latas, ao exigirem dos governos do PT nada menos que a perfeição nos avanços até aqui conseguidos. Avanços que governos das elites jamais priorizaram. 
É algo mais ou menos assim , caro leitor:
Se o país consegue uma vitória significativa em alguma área específica, os vira-latas ignoram a vitória e, em uníssono, assim latem:
" quero ver conseguir mais"
" essa ganhou, quero ver ganhar a outra"
Lula e o PT sabiam que seria assim.
O momento atual com praticamente 12 anos de governo do PT, mais ou menos a metade do tempo para a transformação total e positiva que o país percorre, é também o momento em que as elites do atraso acusam de várias maneiras o sucesso dessas transformações. 
Faz parte do processo revolucionário democrático, tanto pelo lado do governo, como pela ofensiva atabalhoada da oposição elitista, o momento que estamos vivendo. 
As críticas de vira-latas, as omissões da velha mídia sobre os avanços do país, a censura interna dos grandes veículos de mídia para esconder o Brasil verdadeiro da população e as sucessivas campanhas para minar a auto estima da população,  são indicadores  claros, e também paradoxais, do sucesso dos governos do PT. 
Em se tratando de ano de eleições, existe também, obviamente, um componente político eleitoral em tais latidos elitistas.
Ronaldo se envergonha de um país que ele viveu em sua infância.
Ellus lança uma camiseta que revela o atraso de nossas elites.
Ney Matogrosso fala de um caos que vem sendo combatido e minimizado.
Veja se assusta com o sucesso do país , que junto com outros BRICs , costura uma nova ordem mundial.
Época apresenta o país  em 2030, quando o processo de transformação com os governos do PT estará concluído.
E assim se manifesta toda a raiva destilada pelas mídias e redes sociais.
Essa onda de raiva nada mais é que um atestado da impossibilidade em negar os avanços que o país produziu, tanto por aqui como também em grande parte da imprensa estrangeira.
Dos surtos de raiva, com ataques e mordidas,em seguida vem o silêncio.
Os cães são assim.
Por outro lado , essa raiva revela muito sobre a educação, ou a falta dela, nas pessoas, como também seu estágio de maturidade.
Mais uma vez, paradoxalmente, as elites e a velha mídia aplaudem o sucesso dos governos do PT.
Maneira estranha de reconhecer o talento e o sucesso, não é ,caro leitor ?
Tudo isso acontece nas franjas de uma copa do mundo.
Como brasileiro, para mim é inadmissível que a seleção brasileira não ganhe o hexa campeonato, ainda mais sendo a competição realizada aqui no Brasil.
Espero que vença com lisura, com futebol de qualidade e sem violência dentro e fora dos gramados.
Já tivemos copa do mundo em que o protagonismo artístico e talentoso das seleções sulamericanas, principalmente  na época o Brasil, foi vencido pela selvageria e pela  violência européia, na época oportunisticamente denominada de futebol força. 
Foi na copa de 1966, com a conivência das arbitragens, e que ainda conferiu ao vencedor da competição um título duvidoso.
Quem se enriqueceu com a pirataria, não se esquece de suas origens.
Isso é história, é passado, mas deve ser lembrado.
A copa está aí assim como um grande número de turistas estrangeiros.
Aqui no Rio estamos acostumados a conviver com turistas. É o ano inteiro.
De minha parte ignoro todos eles.
Ignoro não no sentido de desprezo, mas sim no sentido de deixá-los a vontade, sem que se sintam invadidos em suas particularidades, valores culturais, vestimentas e principalmente a expressão de deslumbramento que ostentam quando estão pela primeira vez aqui na cidade.
Em outras cidades com jogos da copa, não tão acostumadas com a presença dos turistas, é provável que haja um assédio por parte da população local com os visitantes.
Um assédio saudável, onde os nativos terão prazer em mostrar o melhor de suas cidades.
Cabe lembrar, também, que é cultura do brasileiro dar uma corridinha para pegar o ônibus, trem ou metrô sem o risco que seja confundido com terrorista e com isso  levar um tiro pelas costas desferido por policial.
Nossa polícia tem outras paranóias, não menos perigosas.
Por fim, sem a menor intenção de esgotar o assunto, os turistas estrangeiros devem se preocupar com o terrorismo da velha mídia brasileira, e parte da imprensa estrangeira, desejosos em criar um clima de caos e violência no país durante a copa, com o objetivo de atacar o governo democrático e popular do PT  e com isso tentar obter vantagens nas eleições de outubro próximo.

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De Brizola, para Lula e Dilma, via Rodrigo Vianna

25 de maio de 2014 | 16:50 Autor: Fernando Brito
brizola
Nem toda inveja é ruim.
Há inveja das boas, como a que senti lendo este artigo de Rodrigo Vianna, publicado ontem à noite no seu Escrevinhador , que não apenas trata de questões que tenho levantado aqui: de como falham e falharam os governos Lula e Dilma em politizar e ideologizar, no melhor sentido , o processo de ascensão social.
“Dilma e Lula não travaram o combate simbólico, não mostraram de forma didática que 30 milhões de brasileiros saíram da miséria graças a políticas públicas. Esse salto gigantesco não veio (apenas) do esforço individual. É fruto da política. A mesma “política” esculhambada nas rodas de bar, nas ruas, nas telas e nos comentários-padrão de leitores de grandes portais da internet.”
Vianna também percebe o que eu tinha registrado aqui: o povão percebeu o altíssimo coeficiente eleitoral de denúncias, protestos e críticas ao governo, embora várias delas possam ter seus motivos.
E, para eu me roer desta inveja boa dele, Rodrigo, trazer o que era minha obrigação:  as lições que ouvi dúzias de vezes do velho Brizola, tal como as disse no encerramento de sua segunda campanha ao Governo do Rio:
“As pessoas sozinhas, apenas com seus valores originais de ser humano, no uso da razão e do bom senso, sozinhas, se defendem, constroem uma espécie de uma carapaça, de uma proteção entorno da sua mente, de seus valores culturais, daquilo que é original na nossa gente, esse povo assimila o que lhe interessa e se defende da pressão contra sua cultura, contra seus valores, contra seu pensamento autêntico.”
E de ele poder, com mais liberdade que eu, suspeitíssimo, se aventurar numa recomendação:
“O Brasil precisa de uma liderança que aponte caminhos. Dilma precisa ser a Dilma do Primeiro de Maio, e não a Dilma do omelete com Ana Maria Braga.
Dilma e Lula precisam ser mais Brizola… “
Leia (que maravilha!) o pensamento em crônica de Rodrigo Vianna:

Crônica de um povo que resiste ao “caos”

Rodrigo Vianna
Começo da noite numa quinta-feira friorenta em São Paulo. O barbeiro que cuida do que restou de meu cabelo recebe-me preocupado: “Rodrigo, o que tá acontecendo no Brasil?” E ele mesmo responde: “acho que estão querendo derrubar o PT”.
O barbeiro está ressabiado com a onda de violência e pessimismo. Além da barbearia, mantem um pequeno sítio no interior paulista – onde produz mel. Comprou, com financiamento do PRONAF, caminhonete nova para transportar o produto… Longe de ser petista, ele se tornou fã de Lula. E observa tudo, inclusive a onda midiática antiBrasil, como um apicultor observa suas abelhas: há muito zumbido, risco de picadas; mas é preciso produzir o mel.
Corte para 24 horas antes. A moça que faz a limpeza em casa pede pra ir embora mais cedo. “Está uma bagunça na zona sul, Seu Rodrigo. O terminal de ônibus está fechado. Esse povo não tá contente com nada?”. Ela faz planos de abrir um pequeno comércio com o marido. Não leva uma vida maravilhosa. Longe disso. Mas sabe avaliar o que era o Brasil há 10 anos. E o que é hoje.
Conto isso tudo para meu filho, de 18 anos. E ele diz que o garçom – que o atendia dia desses num boteco em São Paulo -  também mostrava desconfiança diante do “caos” que emana das telas e das ruas: “isso aí é jogada política, pra mudar de governo na eleição.”
Sim, o povão está começando a fazer sua leitura dos fatos… Como dizia Brizola (clique aqui, para relembrar o discurso memorável do velho Leonel, durante campanha no Rio, em que ele dizia como enfrentar a Globo e seus aliados): 
“As pessoas sozinhas, apenas com seus valores originais de ser humano, no uso da razão e do bom senso, sozinhas, se defendem, constroem uma espécie de uma carapaça, de uma proteção entorno da sua mente, de seus valores culturais, daquilo que é original na nossa gente, esse povo assimila o que lhe interessa e se defende da pressão [midiática] contra sua cultura, contra seus valores, contra seu pensamento autêntico.”
 Novo corte. Recolho umas camisas sociais, e sigo até a lavanderia perto de casa. A placa salta da vitrine: ”precisa-se de ajudante”. Lá dentro, fila de clientes. O atendimento é gentil e eficiente: típico do povo brasileiro (entre numa lavanderia em Paris ou Londres, e compare).
Mal-humorada é a elite que compra as camisetas da Ellus… A marca – acusada de usar trabalho escravo – estampa em suas camisetas: “abaixo este Brasil atrasado”.
Penso na taxa de desemprego no Brasil (abaixo de 5%), enquanto sigo para outro bairro. Tento parar o carro num estacionamento lotado. Nova placa: “precisa-se de manobrista”. Converso com o rapaz que me atende: “tá faltando gente pra trabalhar?” E ele: “o patrão subiu até o salário inicial, acho que agora vai conseguir um pra me ajudar aqui com os carros”.
Volto a minhas conjecturas. Quem só convive em círculos de classe média deve acreditar que o Brasil está à beira do caos. A classe média está com raiva, muita raiva. E a cobertura midiática reflete essa raiva. Insufla a raiva, dissemina a raiva.
Parte do povão acaba contaminada pelo clima de “caos”. Mas outra parte, enorme, observa tudo com muita inteligência – feito o garçom, a moça da limpeza ou o meu barbeiro. Matreiro, ele encerrou a conversa na quinta-feira com uma piscadela: ”eles querem derrubar a mulher do Lula [assim ele chama a Dilma], mas a gente está entendendo bem o que tá acontecendo…”
Essa desconfiança com o que se vê nas telas da TV, e essa impressionante resistência ao bombardeio midiático são a explicação para que Dilma siga com 40% dos votos em meio ao clima de “pega, esfola e mata”.
Dilma e Lula não travaram o combate simbólico, não mostraram de forma didática que 30 milhões de brasileiros saíram da miséria graças a políticas públicas. Esse salto gigantesco não veio (apenas) do esforço individual. É fruto da política. A mesma “política” esculhambada nas rodas de bar, nas ruas, nas telas e nos comentários-padrão de leitores de grandes portais da internet.
Fiz essa pergunta a Lula, na entrevista aos blogueiros há pouco mais de um mês. “Por que o PT abriu mão do combate simbólico?” E ele: “combate simbólico? mas minha eleição e a de Dilma já são o símbolo”.
O operário-presidente. A mulher-presidente. Símbolos poderosos, de fato… Talvez isso também explique porque uma parte gigantesca da população brasileira permaneça   impermeável à onda de ódio e pessimismo.
Mas é um erro contar apenas com a resistência e a capacidade de análise do povão brasileiro. Ele parece ter compreendido que não há (ainda) um outro projeto para o país. E que a turma sem projeto quer botar fogo no que conseguimos construir a duras penas…
O povão resiste. Mas é preciso oferecer novo projeto: com mais mudança, mais democracia, mais justiça.
O Brasil precisa mudar mais. E não voltar a ser o paraíso dos mervais, jabores, aécios, armínios e dos patéticos que amam a Ellus e detestam o povo brasileiro.
O Brasil precisa de uma liderança que aponte caminhos. Dilma precisa ser a Dilma do Primeiro de Maio, e não a Dilma do omelete com Ana Maria Braga.
Dilma e Lula precisam ser mais Brizola… Aliás, no mesmo discurso citado acima, o líder trabalhista explicava didaticamente:
“A causa deles é tão ruim, é tão miserável, é tao infeliz, que com tudo isso [o aparato midiático] na mão, eles não conseguem pressionar praticamente a ninguém.”



Obrigado, Rodrigo, por ter me dado esta bendita inveja.

Fonte: TIJOLAÇO
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Nelson Rodrigues: "A Copa do apito"
Amigos, eis uma verdade inapelável: — só os subdesenvolvidos ainda se ruborizam. Ao passo que o grande povo é, antes de tudo, um cínico. Para fundar um império, um país precisa de um impudor sem nenhuma folha de parreira. Vejam a presente Jules Rimet. Nas barbas indignadas do mundo, a Inglaterra se prepara para ganhar no apito o caneco de ouro.

Vocês pensam que há algum disfarce, ou escrúpulo, ou mistério? Absolutamente. Tudo se fez e se faz com uma premeditação deslavada e na cara das vítimas. A serviço da Inglaterra, a FIFA escalou oito juízes ingleses para os jogos do Brasil. A arbitragem foi manipulada para liquidar primeiro os bicampeões e, em seguida, os outros países sul-americanos. O jogo Inglaterra x Argentina (2) foi um roubo. Uruguai x Alemanha, outro escândalo.

E nem se pense que a Inglaterra baixou a vista, escarlate de vergonha. Nada disso. Por que rubor, se ela é um grande povo e se tem, ou teve, um grande império? Vejam o sincronismo da coisa: — um juiz alemão deu a vitória à Inglaterra contra a Argentina, um juiz inglês deu a vitória à Alemanha contra o Uruguai. No jogo Argentina x Alemanha, foi expulso um jogador argentino. Terminado o jogo, cinco jogadores sul-americanos tiveram que sair quase de maca.

Valeu tudo contra o Brasil e, sobretudo, contra Pelé. O crioulo foi caçado contra a Bulgária. Não pôde jogar contra a Hungria e só voltou contra Portugal. Nova caçada. Sofreu um tiro de meta no joelho. Verdadeira tentativa de homicídio. O juiz inglês nem piou. Silva levou um bico nas costelas. Jairzinho foi outra vítima e assim Paraná. O árbitro a tudo assistia com lívido descaro.

E nós? Que fizemos nós? Nada. No último jogo, o Brasil apanhou sem revidar. Amigos, eu sei que os nossos jogadores tiveram um preparo físico quase homicida. Antes da primeira botinada, já o craque brasileiro estava estourado. Sei também que o Brasil não teve, jamais, um time. A nossa equipe era o caos. Por outro lado, faltou-nos qualquer organização de jogo, qualquer projeto tático.

Além disso, porém, a seleção brasileira acusou um defeito indesculpável e suicida. Como se sabe, esta Copa é uma selva de pé na cara. E, no entanto, vejam vocês: — o brasileiro lá apareceu com um jogo leve, afetuoso, reverente, cerimonioso. E havia um abismo entre os dois comportamentos: nós, fazendo um futebol diáfano, incorpóreo, de sílfides; os europeus, como centauros truculentos, escouceando em todas as direções.

Ainda ontem, o sr. Barbosa Lima Sobrinho escrevia um lúcido artigo sobre a suavidade do nosso escrete. Note-se que se trata de um acadêmico, que deve ter compromissos com as boas maneiras, a polidez, o trato fino etc. etc. Mas ele enxergou o óbvio ululante, ou seja: — o futebol vive de sombrias e facinorosas paixões. Durante os noventa minutos, são onze bárbaros contra onze bárbaros.

Claro que as palavras do sr. Barbosa Lima Sobrinho são outras. Mas o sentido, se bem o entendi, é este. Portanto, não tem sentido que o Brasil vá jogar contra os bárbaros europeus com manto de arminho, sapatos de fivela ou peruca de marquês de Luís XV. Eis a verdade: — o que dá charme, apelo, dramatismo aos clássicos e às peladas é o foul. A poesia do futebol está no foul. E os jogos que fascinam o povo são os mais truculentos.

O Brasil naufragou num mar de contusões por isso mesmo: — porque sabia apanhar e não sabia reagir. O ilustre acadêmico está rigorosamente certo. Hoje, depois do pau que levamos, aprendemos que o craque brasileiro tem de ser reeducado. Digo “reeducado” no sentido de virilizar o seu jogo. Amigos, o Mário Pedrosa está fazendo um ensaio sobre o futebol. É um pensador político, um crítico de artes plásticas, homem de uma lucidez tremenda. Ora, o intelectual brasileiro que ignora o futebol é um alienado de babar na gravata. E o nosso Mário Pedrosa sabe disso e foi um dos sujeitos que sofreram na carne e na alma o fracasso da seleção. Pois espero que, no seu ensaio, inclua todo um capítulo assim titulado: — “Da necessidade de baixar o pau.”

Dito isto, vamos escolher o meu personagem da semana. Podia ser o Paraná. Eu sei que, tecnicamente, ele deixa muito a desejar. Sei. Mas, contra os portugueses, Paraná deu um pau firme e épico. Mas eu prefiro Rildo. Que grande, solitária e inexpugnável figura. No meio do jogo, era tal o seu brio que dava a sensação, por vezes, de que ia comer e beber a bola. Foi um bárbaro jogando contra bárbaros. Amigos, o argentino que deu no juiz alemão lavou a alma de todo um povo. Pois o nosso Rildo, com suas rútilas botinadas, promoveu e reabilitou o homem brasileiro.
Fonte: A JUSTICEIRA DE ESQUERDA
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