segunda-feira, 7 de abril de 2014

E olha que...

A pesquisa que sumiu dos jornais

Por Luciano Martins Costa em 07/04/2014 na edição 792
Comentário para o programa radiofônico do Observatório da Imprensa, 7/4/2014
 O leitor e a leitora que costumam ler os jornais nas entrelinhas devem estar estranhando o fato de que, na segunda-feira (7/4), praticamente sumiram das páginas dos diários as análises sobre a mais recente pesquisa Datafolha de intenção de voto. Apenas a própria Folha de S.Paulo dá algum destaque ao assunto, no texto que anuncia uma entrevista do presidente do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão.
Pode parecer estranho, portanto, a quem costuma analisar criticamente a imprensa, que, depois de quase uma semana chamando a atenção para aquilo que deveria ser a hora da virada na política, os jornais tenham simplesmente abandonado o tema, depois de haverem destacado, no domingo, que a pesquisa apontava uma queda de 6 pontos porcentuais na preferência dos brasileiros pela reeleição da presidente Dilma Rousseff.
O que há por trás de tanto desânimo na imprensa com um tema que lhe é sempre muito caro?
Primeiramente, é preciso pontuar que este observador tem sérias restrições a consultas de opinião sobre determinados assuntos feitas por instituto que leva o nome do órgão de comunicação – a simples confusão entre os nomes pode influenciar diretamente na formação da opinião que será colhida. Basta uma questão para colocar areia no ventilador: quantos, entre os consultados pelo instituto, são leitores frequentes da própria Folha, ou seja, têm suas convicções alimentadas pelo jornal? Ou alguém duvida do poder de indução da imprensa?
Estabelecido esse ponto, voltemos à pesquisa propriamente dita e a seus antecedentes. No dia 1º de abril, véspera do início das consultas, a manchete do noticiário econômico da Folha era: “Inflação pode chegar ao pico de 6,72% às vésperas do 1º turno”. Coincidência? Muito improvável.
Nos dias seguintes, os três principais jornais de circulação nacional mantiveram em primeira página o escândalo da Petrobras, e nos dois dias que antecederam o anúncio da pesquisa foram unânimes em profetizar que a vantagem da atual presidente iria cair em função desse noticiário.
E qual foi o mote do Datafolha e da imprensa em geral, no domingo (6/4), ao analisar o resultado da pesquisa? O suposto pessimismo econômico que vem sendo diligentemente alimentado pelos jornais sobre uma base de dados altamente controvertida.
Vazamento de informações
Observe-se que alguns dados da pesquisa, que ainda estava em andamento, já haviam vazado na quarta-feira (2/4), primeiro dia da consulta, quando blogueiros especializados e sites de analistas financeiros começaram a anunciar que a presidente teria perdido grande parte de sua vantagem eleitoral, o que estaria provocando uma forte valorização de ações da Petrobras. Essa informação veio a ser destaque dos jornais no dia 3, quando os pesquisadores ainda estavam em campo.
Portanto, há aqui pelo menos duas questões relevantes a serem analisadas: o Datafolha vazou dados de uma pesquisa em andamento para os editores da Folha? Se as especulações do mercado, que foram veiculadas por sites respeitados entre investidores, não tinham fundamento, por que a Folha não os desmentiu antes de divulgar o resultado oficial? Pelo contrário, a Folha respaldou a ideia de que uma eventual queda na vantagem da presidente teria motivado o mercado, levando à recuperação dos negócios na Bolsa de Valores.
Essas perguntas não terão resposta, mesmo porque, se levada a fundo, a eventual vantagem de investidores, que teriam realizado lucros com ações da Petrobras com base em informação privilegiada, teria que ser investigada. Mais interessante é analisar o resultado da pesquisa em si.
Segundo o Datafolha, o ambiente social no Brasil está dominado “por crescente pessimismo com a economia e forte desejo de mudança”. Essa seria, segundo o instituto, a causa principal da queda das intenções de voto na presidente da República.
O problema é que, no cenário mais provável, tendo os candidatos Aécio Neves e Eduardo Campos como principais adversários, Dilma Rousseff ganharia a eleição no primeiro turno.
Se é verdade que há certo desejo de mudança, ele não se incorpora nos candidatos oposicionistas, mas se projeta, em primeiro lugar, na figura do ex-presidente Lula da Silva, na própria presidente Dilma e na ex-senadora Marina Silva, mas Lula e Marina não são cotados para disputar a Presidência.
O desejo de mudança é saudável, numa sociedade ainda marcada por fortes injustiças e carências. Mas o modelo defendido pela imprensa não parece convencer o eleitor.
Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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Lula não precisa ser candidato

A Folha reteve por 24 horas o dado capaz de relativizar esmagadoramente a queda de seis pontos nas intenções de votos na presidenta Dilma.

por: Saul Leblon 

Arquivo












Por que o Datafolha não inclui em suas enquetes algumas  perguntas destinadas a decifrar o modelo de desenvolvimento intrínseco à aspiração mudancista majoritária na sociedade brasileira, segundo o próprio Instituo?

Por que o Datafolha não pergunta claramente a esse clamor se ele  inclui em seu escopo de mudanças um retorno às prioridades e políticas vigentes  quando o país era governado pelo PSDB, com a agenda que o dispositivo midiático tenta restaurar com o lubrificante do alarmismo noticioso?

Não se trata de introduzir proselitismo nos questionários de sondagem. É mais transparente  do que parece. E de pertinência jornalística tão óbvia que até espanta que ainda não tenha sido feito.

Por exemplo, por que o Datafolha não promove uma simulação que incluiria Fernando Henrique Cardoso e Lula  como candidatos teóricos e assim avalia as preferências entre os modelos e ênfases de desenvolvimento que eles historicamente encarnam?

Por que  o Datafolha não pergunta claramente ao leitor se prefere a Petrobras  --e o pré-sal, que é disso que se trata, sejamos honestos--  em mãos brasileiras ou fatiada e privatizada?

Por que o Datafolha não investiga quais políticas e decisões estão associadas à preferência pelo petista que há 12 anos está sob  bombardeio ininterrupto da mídia e, ainda assim, conserva 52% das intenções de voto num país seviciado pelo monopólio midiático?

Por que o jornal que é dono da pesquisa  –em mais de um sentido--  não explicita em suas análises  as relações (ostensivas) entre a resistência heroica do recall desfrutado por Lula; o desejo majoritário de mudança na sociedade  e o vexaminoso arrastar dos pés-de-chumbo do conservadorismo, Aécio e Campos?

Por que a Folha reteve por 24 horas o dado capaz de relativizar esmagadoramente o impacto da queda de seis pontos que teria marcado as intenções de votos na presidenta Dilma –mas que ainda assim vence com folga (38%)  seus dois principais oponentes juntos (26% de Aécio e Campos)?

O dado em questão não é singelo.

Só divulgado nesta noite de domingo –sem espaço na manchete e sequer registro na primeira página do diário dos Frias!-- ele tem caibre para dissolver em partículas quânticas tudo  o que foi dito no final de semana sobre a  derrocada do governo  na eleição para 2014.

 Qual seja, a  opinião de Lula -- colheu o Datafolha--  é uma referência positiva de impacto avassalador sobre as urnas de outubro: seu  peso ordena e  hierarquiza  a definição de voto de nada menos que 60% do eleitorado brasileiro.

Seis em cada dez eleitores tem em Lula uma baliza do que farão na cabine eleitoral.

Segundo o Datafolha,  37% deles votariam com certeza em um candidato indicado pelo petista; e 23% talvez referendassem essa mesma  indicação.

Note-se que os estragos que isso deixa pelo caminho não são triviais e de registro adiável.

Se divulgados junto com a pesquisa das intenções de voto, esmagariam, repita-se, o esforço do tipo ‘vamos lá, pessoal’, que os comodoros do conservadorismo tentaram injetar na esquadra de velas esfarrapadas de Campos e Neves.

Vejamos: ao contrário do que acontece com o cabo eleitoral de Dilma,   41% dos eleitores rejeitariam esfericamente um nome apoiado por Marina Silva –Eduardo Campos encontra-se nessa alça de mira contagiosa, ou não?

Já a rejeição a um candidato apoiado por FC é de magníficos  57%.

Colosso. Sim, quase 2/3 do eleitorado, proporção só três pontos inferior à influência exercida por Lula, foge como o diabo da cruz da benção dada pelo ex-presidente tucano a um candidato; apenas 23% cogitariam sufragar um nome apoiado por ele.

Esse, o empolgante futuro reservado ao presidenciável Aécio Neves, ou será que a partir de agora ele imitará seus antecessores de dificuldades e esconderá o personagem que o imaginário brasileiro identifica ao saldo deixado pelo PSDB na economia e na política do país?

O fato é que a  virada anti-petista, ou anti-governista, ou ainda anti-dilmista  que o dispositivo midiático tenta vender –e o fez com notável sofreguidão  neste final de semana, guarda constrangedoramente pouca aderência com a realidade.

Exceto se tomarmos por realidade as redações da emissão conservadora, a zona sul do Rio ou o perímetro compreendido entre os bairros de Higienópolis, Morumbi e Vila Olímpia, em São Paulo,  a disputa é uma pouco mais difícil.

Não significa edulcorar os desafios e gargalos reais enfrentados pelo país.

Mas na esmagadora superfície habitada por 60% da população brasileira o jogo pesado da eleição de 2014 envolve outras referências que não apenas a crispação do noticiário anti-petista em torno desses problemas.

Por certo envolve entender quem é quem e o que propõe cada projeto em disputa na dura transição de ciclo econômico em curso  – e nessa luta ideológica pela conquista  e o esclarecimento de corações e mentes, o governo Dilma e o PT estão em débito com a sociedade.

Sobretudo, o que os dados mais recentes indicam é que a verdadeira disputa de projetos precisa de mais luz e mais desassombro por parte dos alvos midiáticos.

Os institutos de pesquisas, a exemplo do Datafolha,  em grande medida avaliam o alcance do seu eco quase solitário.

Bombardeia-se a Petrobras para em seguida mensurar o estrago que os obuses causaram na resistência adversária. Idem, com o tomate,  a standard & Poor’s, etc., etc., etc.

Ao largo das manchete do Brasil aos cacos, porém,  seis em cada dez brasileiros aguardam o que tem a dizer aqueles que se tornaram uma referencia confiável pelo que fizeram para a construção da democracia social nos últimos anos.

É aí que Lula entra. E o PT deve cuidar para que entre não apenas rememorando o passado, do qual já é uma síntese histórica.

Mas que coloque essa credibilidade a serviço de uma indispensável repactuação política do futuro, contra o roteiro conservador do caos que lubrifica a rendição ao mercadismo.

Dizer que Dilma perdeu seis pontos e retardar a divulgação do que fariam  60% dos eleitores diante de um apelo de Lula, é uma evidência do temor que essa agenda e esse cabo eleitoral causam no palanque de patas moles que a mídia, sofregamente, carrega nas costas.  
Fonte: CARTA MAIOR
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Trombone alvorada weril

Ontem, domingo 6 de abril de 2014, o jornal Folha de SP estampou  como manchete de primeira página os resultados da pesquisa de opinião sobre intenção de votos para presidência da república. 
E olha que foi a manchete principal.
O Brasil deve ser o único país no mundo onde uma pesquisa de intenção de voto para presidência da república, seis meses antes do pleito, é manchete principal em jornal de grande circulação.
E olha que o instituto que fez a pesquisa é do mesmo grupo empresarial do jornal.
Uma pesquisa seis meses antes do pleito seria de grande validade se o eleitorado estivesse totalmente envolvido com as eleições. 
Não é o que acontece por aqui.
Com eleições a cada dois anos, o brasileiro entra na campanha eleitoral somente dois meses antes do pleito.
E olha que esse ano ainda tem uma copa do mundo antes das eleições.
O que se conclui, diante das evidências,  é que a velha mídia vive em uma realidade paralela tentando, de todas as formas, transformar seus desejos em realidade.
E olha que os desejos são inúmeros, como privatizar a Petrobras, criar um apagão de energia elétrica, 'denunciar' ''vergonhosos e abomináveis" esquemas de corrupção somente do PT, criar um clima de pessimismo irreversível e outras coisas mais.
Se não bastasse tudo isso para classificar a tal pesquisa da folha como pouco relevante, o instituto que fez a pesquisa elaborou um calhamaço de perguntas, ao melhor estilo pegadinha vulgar de TV, na tentativa de induzir o entrevistado à um resultado desejado pelo entrevistador.
E olha que eles não param de fazer pesquisas.
A tal pesquisa da Folha  que virou manchete teve o apoio prévio de outros veículos da velha mídia, que dias antes do "trabalho de campo" despejaram em tintas , decibéis e caretas toda sorte  de notícias relacionadas ao fim do mundo ao sul do equador, mais precisamente na terra do cruzeiro , que estaria banhada em  incompetências de hidrocarbonetos.
E olha que agora até os hidrocabonetos do Texas entraram em cena.
O brasileiro viveu nas últimas três semanas a uma tempestade de notícias que, em condições normais de jornalismo e lucidez, certamente deixaria o maior dos otimistas em estado deplorável de depressão, tamanha foi a força do óleo negro e viscoso que se derramou sobre a nação.
E olha que tem muita gente de olho no óleo.

Charge de Adriano Kitaro na Rede Brasil Atual

Que velha mídia seja de oposição aos governos do PT e queira derrotá-los nas próximas  eleições , não são motivos para tamanhos destemperos  e chiliques.
A obsessão compulsiva é um transtorno, que se não tratado adequadamente, inclusive com medicamentos pesados, pode acarretar graves prejuízos ao paciente, em alguns casos levando até mesmo ao óbito.
E olha que no mundo do sucesso o TOC - transtorno obsessivo compulsivo - é uma doença  em crescimento acelerado.
Para encerrar a melhor definição sobre a velha mídia e seus institutos. apresentada no texto de Leblon, em CARTA MAIOR:
"Os institutos de pesquisas, a exemplo do Datafolha,  em grande medida avaliam o alcance do seu eco quase solitário"

Eu já sabia

Telegrama relaciona Roberto Marinho aos bastidores da ditadura


No dia 14 de agosto do 1965, ano seguinte ao golpe, o então embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Lincoln Gordon, enviou a seus superiores um telegrama então classificado como altamente confidencial – agora já aberto a consulta pública. A correspondência narra encontro mantido na embaixada entre Gordon e Roberto Marinho, o então dono das Organizações Globo. A conversa era sobre a sucessão golpista. 


Segundo relato do embaixador, Marinho estava “trabalhando silenciosamente” junto a um grupo composto, entre outras lideranças, pelo general Ernesto Geisel, chefe da Casa Militar; o general Golbery do Couto e Silva, chefe do Serviço Nacional de Informação (SNI); Luis Vianna, chefe da Casa Civil, pela prorrogação ou renovação do mandato do ditador Castelo Branco.

No início de julho de 1965, a pedido do grupo, Roberto Marinho teve um encontro com Castelo para persuadi-lo a prorrogar ou renovar o mandato. O general mostrou-se resistente à ideia, de acordo com Gordon.

No encontro, o dono da Globo também sondou a disposição de trazer o então embaixador em Washington, Juracy Magalhães, para ser ministro da Justiça. Castelo, aceitou a indicação, que acabou acontecendo depois das eleições para governador em outubro. O objetivo era ter Magalhães por perto como alternativa a suceder o ditador, e para endurecer o regime, já que o ministro Milton Campos era considerado dócil demais para a pasta, como descreve o telegrama. De fato, Magalhães foi para a Justiça, apertou a censura aos meios de comunicação e pediu a cabeça de jornalistas de esquerda aos donos de jornais.

No dia 31 de julho do mesmo ano houve um novo encontro. Roberto Marinho explica que, se Castelo Branco restaurasse eleições diretas para sua sucessão, os políticos com mais chances seriam os da oposição. E novamente age para persuadir o general-presidente a prorrogar seu mandato ou reeleger-se sem o risco do voto direto. Marinho disse ter saído satisfeito do encontro, pois o ditador foi mais receptivo. Na conversa, o dono da Globo também disse que o grupo que frequentava defendia um emenda constitucional para permitir a reeleição de Castelo com voto indireto, já que a composição do Congresso não oferecia riscos. Debateu também as pretensões do general Costa e Silva à sucessão.

Lincoln Gordon escreveu ainda ao Departamento de Estado de seu país que o sigilo da fonte era essencial, ou seja, era para manter segredo sobre o interlocutor tanto do embaixador quanto do general: Roberto Marinho. 




Fonte: VERMELHO
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Em cartazes, Federação das Indústrias e Itaú acusados de dar apoio à ditadura militar

publicado em 9 de abril de 2014 às 12:03

Foto Beatriz Macruz
Região da avenida Paulista amanhece com cartazes acusando Fiesp e Itaú de suporte à ditadura
 Por Tatiana Merlino
 “Fiesp financiou a ditadura civil militar”, anuncia, em letras vermelhas, um cartaz colado num poste na Alameda Santos, zona oeste de São Paulo. “O Itaú apoiou a ditadura civil militar”, diz outro cartaz, colado na frente de uma agência do banco, na mesma rua. Postes, muros, lixeiras, pontos de ônibus  e até um posto da Polícia Militar dos bairros Cerqueira César, Jardins e Bela Vista foram forrados na noite desta terça-feira, 8, por centenas de cartazes acusando a  Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) de ter articulado durante a ditadura civil militar (1964-1985) reuniões de empresários que apoiaram financeiramente a repressão a opositores do regime.
“De 1971 a 1978, Geraldo Resende de Mattos, funcionário da Fiesp, visitou até quatro vezes por semana o Dops, um violento centro de tortura e repressão da ditadura”, denuncia o panfleto, assinado pela Frente do Esculacho Popular (FEP), organização formada por militantes de direitos humanos que denunciam a violência do Estado cometida durante a ditadura militar e também no período democrático. A sede da Fiesp está localizada no número 1313 da Avenida Paulista.
Sobre o Itaú, os cartazes dizem: “Os vínculos do Itaú com a ditadura foram tão grandes que um de seus controladores, Olavo Setúbal, foi prefeito nomeado (sem voto popular) de São Paulo, de 1975 a 1979”. No documento, os manifestantes lembram, ainda, que no começo deste ano o Itaú distribuiu uma agenda a seus clientes em que o dia 31 de março, data do golpe militar de 1964 que instaurou uma ditadura no Brasil, é chamado de “aniversário da revolução de 1964”, como os apoiadores da ditadura se referem a esse dia.
A participação de civis, em especial os empresários brasileiros, no golpe militar de 1964 e o apoio financeiro dado durante a ditadura tem sido tratada pelas Comissões da Verdade. A Comissão da Verdade de SP realizou audiências apresentando as relações da Fiesp com a ditadura e mostrando como o empresariado nacional se beneficiou do regime. Em fevereiro deste ano, o coronel reformado do Exército Erimá Pinheiro Mota relatou que a Fiesp subornou o general Amaury Kruel para que ele apoiasse o golpe de Estado de 1964, que derrubou o presidente João Goulart. Ele afirmou à Comissão da Verdade da Câmara Municipal de SP ter presenciado o ex-presidente da Fiesp Raphael de Souza Noschese, na companhia de três homens, chegar a uma reunião com o general com uma mala contendo 1,2 milhão de dólares.
PS do Viomundo: Recentemente, depois de mandar recolher agendas do banco impressas com o 31 de março assinalado como “aniversário da Revolução” de 1964, o banco afirmou em nota: “Em nada reflete o DNA e as crenças do Itaú Unibanco. Lamentamos o desconforto causado. Somos uma instituição financeira que respeita a diversidade de pensamentos e ideias e a democracia”.
Foto Caio Castor
Fonte: VIOMUNDO
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O telegrama é de julho de 1965, quando Marinho articulava a permanência de Castelo na presidência.
Na foto abaixo, Marinho, de braços dados com Figueiredo, provavelmente no ínício dos anos da década de 1980.
Sempre ao lado ditadura .
Globo apoiou o golpe de 1964, articulou a permanência dos militares no poder impedindo eleições livres- como consta no telegrama -  se beneficiou com a ditadura, é bem provável que tenha ajudado a formar os centros de tortura, tentou manipular e impedir a vitória de Brizola nas eleições de 1982 para o governo do estado do Rio de Janeiro, tentou esconder da população o movimento popular que pedia eleições diretas em 1984, sequestrou o governo de transição de Sarney e na primeira eleição após o processo de redemocratização do país manipulou informações na tentativa - bem sucedida - de evitar a vitória de Lula em 1989.
Na década de 1990 apoiou os governos de privataria de FHC.
Morreu em 2003, mas seu legado anti-democrático e golpista continua vivo e atuante nas organizações globo, apesar da declaração recente de globo de que o apoio ao golpe de 1964 foi um erro.


 

sábado, 5 de abril de 2014

Vegetarianismo. Um caminho saudável

Vegetarianos são menos saudáveis e mais depressivos, diz estudo

  • Pessoas que não comem carne têm mais chance de desenvolver câncer, alergias e depressão, segundo pesquisa controversa
  • Críticos do trabalho veem ligação com indústria da carne



Pesquisa sugere que vegetarianos têm mais problemas de saúde do que carnívoros StockPhoto
GRAZ - Eles fumam menos, bebem menos, fazem mais exercício e têm alimentação com baixo consumo de gordura saturada e colesterol. Mesmo assim, os vegetarianos são menos saudáveis do que aqueles que comem carne. Pelo menos é o que sugere uma pesquisa controversa da Universidade de Medicina de Graz, na Áustria.
Fonte: O GLOBO 
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Trombone alvorada weril


Como a cada dia mais e mais pessoas pelo mundo adotam o vegetarianismo , as indústrias de produtos de origem animal passam a dizer que o vegetarianismo não é saudável.

Como mais e mais pessoas , principalmente no Brasil mas em todo o mundo, passaram a consumir o açaí em substituição aos sorvetes industrializados, logo surgiram notícias que o açaí pode causar doença de chagas nas pessoas pois o fruto não passa por um processo de limpeza higiênico.

Como mais e mais pessoas estão abandonado os maléficos refrigerantes, substituindo-os pelos sucos de frutas naturais,  água de coco e o caldo de cana , a indústria de refrigerantes informa que frutas in natura podem conter micróbios perigosíssimos. 

Como o consumo de frutas naturais tem aumentado, um médico, em programa na Record News, afirmava categoricamente que colocar as frutas em fruteiras sobre a  mesa, como ocorre em todo o mundo, não é saudável e pode contaminar  e estragar os alimentos.

Uma nutricionista, em programa no SBT, ou Record, não me lembro com precisão, afirmou categoricamente que as pessoas são obrigadas a comprar e consumir suplementos alimentares, principalmente as vitamina C industrializadas, já que, ainda segundo a alucinada nutricionista, é impossível se ter uma avaliação correta de quanto se ingere por dia em vitamina C consumindo apenas frutas naturais. Não deu para notar se a nutricionista portava algum crachá de laboratório farmacêutico.

Um médico, com uma desenvoltura típica de experientes profissionais de programas de auditório de TV, em um programa de Record News, alertava de forma veemente aos telespectadores sobre os riscos de se adquirir produtos no varejo, em uma referência ao crescente hábito das pessoas em comprar produtos que não sejam industrializados, como grãos, cereais, frutas e outros . Também não foi possível verificar se o médico portava algum crachá de alguma indústria alimentícia.

Os exemplos acima  pude constatar, ao longo dos últimos dois anos, apenas navegando pelas emissoras de TV. 
Existem outros mais , muitos mais, em que a orientação é claramente em favor de produtos industrializados  e de medicamentos. 
Os suplementos alimentares dominam a propaganda, que é feita de forma dissimulada, por médicos e profissionais da área de saúde em programas de TV que se apresentam com o propósito de 'informar' sobre a saúde e hábitos saudáveis das pessoas.
Da mesma forma, é comum ver e ouvir em programas como Brasil Urgente, da TV Bandeirantes , ou em outros com DNA similar, que os ciclistas são os principais responsáveis pelos acidentes em que estão envolvidos. em uma defesa a cultura do  automóvel e das  montadoras de veículos.
Algo similar ao culpar as mulheres pelo fato de serem estupradas em função de suas beleza e sensualidade.
Na lógica dominante dos meios de comunicação, principalmente e majoritariamente a velha mídia , sempre os interesses das corporações estarão em primeiro lugar, independente se são ou nocivos a saúde humana e a qualidade de vida.
Sobre o vegetarianismo, cabe ressaltar que a Índia talvez seja o país que mais valoriza esse hábito e é muito comum encontrar entre indianos os maiores  e mais valorizados cientistas. Muitos cientistas indianos, inclusive, já foram laureados com o prêmio Nobel.
A matéria de o globo, única mídia a publicar e dar visibilidade ao 'estudo' da universidade austríaca, afirma que muitas pessoas criticaram o estudo e atribuem ao mesmo interesses das indústrias de produtos de origem animal.
Cabe ressaltar que globo é ami$í$$ima da Friboi e da Seara.
 



sexta-feira, 4 de abril de 2014

Dinheiro, Eleições, Pesquisa e Golpe

De volta à Guerra Fria? 

EUA gastaram milhões em "Twitter cubano” para atingir regime comunista

Agência americana recolhia dados de usuários por meio da rede social ZunZuneo

Rede social recolhia com propósitos políticos dados de usuários cubanos AP
Em uma aparente volta às políticas de espionagem da época da Guerra Fria, o governo dos Estados Unidos gastou cerca de R$ 3,6 milhões (US$ 1,6 milhão) para construir uma rede social com o objetivo de afetar o regime comunista em Cuba.
O projeto, assim como várias ações recentes americanas, soa anacrônico: Vale a pena gastar tanto para derrubar um governo tão pobre?
Segundo informações do jornal britânico The Independent, documentos encontrados durante uma investigação da agência de notícias Associated Press mostram que o projeto durou mais de dois anos e contou com milhares de usuários.
Apelidada de “ZunZuneo” (gíria cubana para o piado de um pássaro), a rede social foi construída com o apoio secreto de diversas empresas e financiada por bancos estrangeiros.
Unesco adverte que livre circulação da informação na internet está em risco
Ex-presidente americano troca correio eletrônico por cartas para evitar espionagem
Foi divulgado que a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, sigla em inglês) estaria por trás de todo o projeto. Ela seria a principal responsável pela campanha, que não teria contado com o envolvimento de serviços de inteligência americanos.
Os detalhes descobertos pela Associated Press, no entanto, levantam dúvidas a respeito das recorrentes alegações de que a agência não conduziria ações secretas.
Os usuários do ZunZuneo não tinham o menor conhecimento de que a Usaid estava envolvida na criação da rede social e que recolhia seus dados pessoais. Estas informações poderiam ser usadas posteriormente com propósitos políticos.
As ações começaram em 2009, depois que a Creative Associates International, empresa sediada em Washington, conseguiu meio milhão de números de celulares cubanos. De acordo com as leis americanas, a legalidade do projeto é muito questionável e levantou preocupações sobre atividades governamentais com recursos clandestinos.
Documentos e entrevistas mostram que a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional se esforçou para omitir seu envolvimento no projeto. Ela criou empresas em outros continentes e captou recursos a partir de um banco nas ilhas Cayman para esconder o rastro do dinheiro.
O ZunZuneo foi fundado em 2009, momento em que o governo cubano controlava fortemente o acesso a internet e monitorava as comunicações de telefone celular.
Em vários documentos, funcionários da Usaid apontam que mensagens de texto já mobilizaram multidões e causaram tumultos políticos em países como Moldova e Filipinas.
No Irã, a agência americana apontou o papel das mídias sociais na disputada da eleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad em junho de 2009 e diz que esta é uma importante ferramenta na política estrangeira.
No seu auge, o serviço chegou a ter pelo menos 40 mil usuários. A Usaid contou que o ZunZuneo parou de funcionar em setembro de 2012 devido ao fim de uma concessão do governo cubano.
As ações da agência americana têm paralelos com o projeto chamado Lanterna, um software que ajuda cidadãos chineses a navegar na internet apesar dos bloqueios e vigilância do governo da China.
Fonte: R7
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InfoMoney agita bolsa vazando notícia “que vai agitar o mercado”

publicado em 3 de abril de 2014 às 12:46 
Viés de baixa?
Datafolha: temos direito a dúvidas – parte 1
Voltamos à pesquisa Datafolha anunciada por “Pai Infomoney”, porque nós meio que entendemos a epifania dele. Clicamos no link fornecido pelo post do Infomoney, que nos leva ao questionário do Datafolha registrado no TSE. E descobrimos que prenunciar que a pesquisa vai agitar o mercado é mole.
Se você quiser consultar com seus próprios olhos, aqui está o link pro site do TSE com o questionário do Datafolha. Trata-se de um calhamaço de 14 páginas (seis de pesquisa e oito de cartões de opções para os entrevstadores do instituto dos Frias).
Ou, como diz o Tijolaço, uma prova do Enem.
Vamos analisar as seis primeiras páginas desse PDF.
A primeira pergunta é pesquisa espontânea, ou seja, o entrevistado diz o nome do candidato em que vai votar. OK.
As perguntas dois a seis são pesquisa estimulada, ou seja, os nomes dos candidatos são apresentados ao entrevistado. Não vamos criar celeuma com a ordem dos candidatos na lista, porque será apresentado ao entrevistado um cartão redondo com os nomes.
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Parte 2
O Muda Mais resolveu conferir as previsões de Pai Infomoney e descobriu por que as previsões do esotérico editor do site em questão levam a crer que o mercado seria agitado com a pesquisa Datafolha.
O documento disponível no site do TSE foi chamado pelo Muda Mais de calhamaço, e de prova do Enem pelo Tijolaço . Mas, brincadeiras à parte, é um conjunto de 47 perguntas e subperguntas, divididas da seguinte maneira:
A intenção de voto para presidente da república é abordada em 8 questões; mais 4 sobre a percepção do governo Dilma; 3 sobre a percepção do país atual; 7 sobre a percepção da economia; 4 sobre violência; 2 sobre a copa do mundo, uma (sim, apenas uma) sobre os protestos, 5 sobre a questão da refinaria Petrobras, 3 sobre a falta de chuvas e o abastecimento de água e energia; 5 sobre a percepção sobre emprego e as outras 5 de identificação e de enquadramento em perfil socioeconômico.
Não encontramos perguntas sobre o escândalo (ou, como chama a velha imprensa, suposta formação de cartel) do Metrô de São Paulo ou sobre o helicóptero do senador mineiro Zezé Perrella, apreendido pela Polícia Federal com 500 kg de pasta-base de cocaína. Mas as perguntas sobre falta d’água servem para atingir o governo federal, da maneira como foram apresentadas. Percebemos perguntas escancaradamente tendenciosas, e resolvemos conversar com um especialista em Linguística para conferir nossas suspeitas.
Dioney Moreira Gomes, professor de graduação e pós do Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas da Universidade de Brasília, nos mostrou que a análise não só de cada pergunta, mas principalmente da sequência em que as questões são apresentadas, mostra o nível de tendenciosidade da pesquisa Datafolha. Vejamos o que diz o professor:
PS do Viomundo: Ao contrário do que se diz por aí, a pesquisa Datafolha começa com as perguntas sobre a opção eleitoral dos entrevistados e SÓ DEPOIS faz perguntas que poderiam ser interpretadas como tentativa de evocar o “caos” do governo Dilma. Acima de tudo, a verdade factual!
Fonte: VIOMUNDO
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TSE divulga questionário da pesquisa Datafolha que será anunciada sábado

Na última segunda-feira (31/3) o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou no seu portal o questionário da pesquisa eleitoral para presidente produzida pelo Instituto Datafolha, que será anunciada no próximo sábado (5/4). O comunicado diz ainda que o estudo foi encomendado pelo grupo Folha da Manhã e vai ouvir 2.630 eleitores de 162 municípios, entre os dias 02 e 04 de abril. 

As perguntas são sobre a opção de voto para presidente das pessoas entrevistadas e também levam a uma avaliação da atual gestão presidencial. Além da pesquisa Datafolha, o Instituto Gualberto, Orrico e Caliman também realizará uma pesquisa eleitoral nos próximos meses, ouvindo 400 eleitores em todo o Brasil.
Questionário da pesquisa Datafolha divulgado no portal do Tribunal Superior Eleitoral
Questionário da pesquisa Datafolha divulgado no portal do Tribunal Superior Eleitoral
Antes da pergunta final sobre quem o eleitor votaria na próxima eleição para presidente, o estudo Datafolha aplica questionamentos como:
 "Você diria que, nos últimos 30 dias, notou aumento, diminuição ou não notou mudanças no preço dos alimentos?"
"Nos últimos doze meses, você alguma vez foi assaltado, roubado ou agredido?"
"Você tomou conhecimento da polêmica envolvendo a compra de uma refinaria nos Estados Unidos pela Petrobras em 2008?"
"(Se SIM) Você diria que está bem informado, mais ou menos informado ou mal informado sobre esse assunto?"
E ainda:
"Na sua opinião, a presidente Dila Rousseff tem muita responsabilidade, um pouco de responsabilidade ou nenhuma responsabilidade no caso de compra da refinaria dos Estados Unidos pela Petrobras?"
Em maio de 2010 uma pesquisa de eleição presidencial nesse mesmo modelo também foi aplicada pelo Instituto Sensus. Antecedendo a pergunta objetiva - "em qual candidato você pretende votar?" - o estudo questionava o desempenho do governo Lula. Uma das primeiras perguntas era: "O Sr(a) acha que do ponto de vista econômico o Brasil nos últimos 8 anos do Governo Lula: 1. Desenvolveu muito; 2. Desenvolveu um pouco; 3. Não desenvolveu".
Fonte: JB
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A estranha unanimidade

Por Luciano Martins Costa em 03/04/2014 na edição 792
Comentário para o programa radiofônico do Observatório da Imprensa, 3/4/2014

A leitura diária dos jornais pode produzir um efeito anestesiante sobre a percepção do valor simbólico dos fatos narrados. Na chamada imprensa genérica, detalhes sobre a profissão, idade, gênero ou status social de uma vítima de homicídio, por exemplo, podem alterar os sentimentos produzidos pela notícia: se o morto é um ajudante de pedreiro, ou se é um empresário, se é homem ou mulher, se é branco ou não, se é um jovem de classe média ou morador de favela, são inúmeros os signos que podem definir o efeito sobre o público típico dos jornais, e, portanto, o interesse da imprensa em explorar o acontecido.
Essas são características inerentes a qualquer fato que venha a público através da mídia tradicional. Assim, pode-se imaginar a seguinte situação na rotina dos diários: um menino sai da favela empinando sua pipa e morre atropelado na rodovia; no mesmo dia, o cachorro de uma celebridade escapa da guia e é morto ao atravessar a Avenida Paulista.
Qual dos dois fatos tem mais possibilidade de sair no jornal?
O primeiro acontecimento só vai virar notícia se os moradores da favela decidirem bloquear a rodovia em protesto contra a falta de segurança, vertendo o evento fúnebre em fato social e econômico. Essa característica se repete na política e no noticiário econômico, mas a decisão editorial, nestes casos, não se prende ao interesse de satisfazer a curiosidade ou as preferências dos leitores, mas de influenciar seus valores.
No eixo principal do jornalismo praticado pelos veículos de maior prestígio, o processo decisório se inverte, e a imprensa procura impor ao leitor uma visão pré-elaborada. Na política e na economia, os fatos têm que se adequar à opinião.
Observe-se, sob esse critério, a convergência entre o noticiário político e o econômico nas edições dos três principais diários de circulação nacional de quinta-feira (3/4). Além dos fatos do dia, como a proposta de mais uma CPI no Congresso e a crônica das costumeiras rebeliões nas bases parlamentares em época eleitoral, os jornais jogam com a expectativa de uma pesquisa de intenção de voto que está sendo elaborada pelo Datafolha, e certos fatos econômicos são imediatamente atrelados aos resultados que nem foram anunciados.
Os humores do mercado
Parece claro, para quem ler os jornais do dia, que os editores já estão informados de que a pesquisa irá apontar no dia seguinte uma queda na vantagem que a atual presidente da República, Dilma Rousseff, mantém sobre seus potenciais adversários desde as primeiras consultas.
Numa conexão interessante, a imprensa noticia uma melhora no desempenho da Bolsa de Valores, afirmando que, sondando o mercado, foi detectado um aumento do otimismo por conta de boatos sobre a possibilidade de a atual presidente ter perdido pontos com os eleitores. O fato concreto é que a Bolsa foi impulsionada por um forte ingresso de recursos estrangeiros, subindo 2,85%, com o volume de negócios recuperando as perdas do início do ano.
Há muitos elementos nos próprios jornais a indicar outras razões para otimismo, entre as quais se pode apontar o aumento do investimento estrangeiro direto – dinheiro que compra participação em empresas nacionais ou em infraestrutura – que favorece o movimento de negócios com ações e títulos.
Também se pode afirmar que a Bolsa é influenciada por muitos fatos positivos noticiados pela imprensa no mesmo dia. Por exemplo, o número de famílias paulistanas endividadas é o menor dos últimos quinze meses. Outro exemplo: a produção da indústria cresceu, em fevereiro, pelo segundo mês consecutivo, apontando para um aumento do Produto Interno Bruto no primeiro trimestre. Um terceiro exemplo: dados do Dieese publicados na mesma quinta-feira (3/4) informam que a recuperação do poder de compra dos salários segue em plena força: em 2013, nada menos do que 87% dos reajustes salariais superaram a inflação.
Há outros elementos positivos, como o recuo no preço dos imóveis, abaixo do índice inflacionário do setor. Além disso, embora o IPC aponte um aumento da inflação acumulada para o ano, a expectativa ficou abaixo das previsões da imprensa, mesmo considerando o aumento do preço dos combustíveis e os efeitos da estiagem ou das chuvas excessivas sobre os alimentos.
Mas a imprensa credita o otimismo da Bolsa de Valores unicamente à suposição de que o “humor” do mercado melhorou com boatos em torno da pesquisa Datafolha sobre intenção de voto.
Não seria o caso de investigar esse possível vazamento de informações?
Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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O dinheiro com origem dos EUA financia a agitação política em Cuba,  a tentativa atual de golpe na Venezuela, e ....
Aqui pelo Brasil, está em campo, com jogo duro e pesado, a Estranha Unanimidade como bem citado em artigo do OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA.
A unanimidade da velha mídia, nesta sexta-feira 4 de abril de 2014, colocou em campo seus recursos para colaborar com os resultados que serão produzidos pela pesquisa de intenção de voto para presidência da república, realizada pelo instituto Datafolha,  ligado ao jornal Folha de SP, e que será apresentada no sábado, amanhã.
Sim , meu caro e atento leitor, o objetivo é produzir resultados e não apresentar de forma limpa e neutra as reais intenções de votos dos entrevistados.
No gigantesco questionário preparado cuidadosamente pelo Datafolha, fica bem claro que o objetivo é atacar o governo Dilma , o PT, e colocar em evidência para os entrevistados os assuntos que a Estranha Unanimidade, considera relevante.
Óbviamente o caro e atento leitor percebeu que corrupção (excuídos os escândalos de corrupção dos governos tucanos de SP), PETROBRÁS, aspectos de gestão das estatais, copa do mundo de futebol, segurança pública e inflação, dominam os temas que são abordados na pesquisa.
Não seria nada de anormal se tais temas fossem abordados com isenção e neutralidade, já que os assuntos fazem parte do conjunto de percepções que mais sensibilizam as pessoas, entretanto, os arranjos de linguagem e a ordem  em que as questões  são apresentadas aos entrevistados , demonstram uma inequívoca intençao de condução à uma percepção desejada, qual seja, o caos total e uma insatisfação com  a situação atual.
Para tanto, ontem e hoje, a Estranha Unanimidade, através de todas suas mídias - impressa, radiofônica e televisiva e outras - colocou em evidência tos os temas e assuntos que estão no questionário do Datafolha. 
Veja alguns exemlos da velha  mídia impressa  e da internte de hoje, sexta-feira:

Fraco desempenho da economia brasileira e crise argentina afetam montadoras. 
Recuo em março foi de 3,6%. 
Mercedes-Benz abre programa de demissão voluntária em São Paulo 
Fonte: O GLOBO
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Tubo de aço de 2,3 quilômetros da Petrobras afunda no mar e pode atrapalhar aumento da produção da estatal
  • Acidente ocorreu em março no campo de Roncador, mas só agora foi confirmado pela estatal
  • Equipamento custou US$ 2 milhões e ligaria plataforma a oleoduto
Fonte: O GLOBO
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Blatter diz que atraso é culpa da 'inatividade dos brasileiros'

  • Presidente da Fifa volta a criticar Brasil durante o Mundial Feminino Sub-17, na Costa Rica
  • Itaquerão é alvo de Blatter, que lamenta a morte de outro operário no estádio paulista
Fonte: O GLOBO
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Raquel Landim

A responsabilidade dos conselheiros da Petrobras


Fonte: Folha de SP

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Eliane Cantanhêde

No mínimo, a turma da Petrobras é ruim de negócios

Fonte: Folha de SP
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Estádio mais caro da Copa deve levar mil anos para recuperar custo ao DF

Fonte: BOL
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Além das manchetes e chamadas acima, todas em primeira página, os colunistas principais de o globo também abordam temas relativos a indústria automobilística e a Petrobrás, claro, apresentando o país em pedaços.
A Estranha Unanimidade é disciplinada e trabalha em conjunto para produzir os resultados, mesmo que os resultados imediatos sejam de uma pesquisa de opinião, que dependendo dos números conseguidos pode ser de grande utilidade para alavancar 'o caos em que o país vive', 'a terra arrasada', 'a incompetência generalizada na gestão das estatais ( Petrobrás)' , 'o desânimo generalizado', 'a corrupção desvairada e indecente', 'o absurdo de obras da copa do mundo', 'a violência assustadora e crescente que espreita nossos caminhos' e outros temas mais já tão comuns na velha mídia e que vem sendo usados de maneira alucinada para construção de uma realidade, exatamente igual ao que esses mesmos veículos de mídia fizeram  há 50 anos atrás.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Nuclear ? Não

Oficiais da marinha dos EUA revelam doenças provocadas por radiação em Fukushima

Mais de cem marinheiros e infantes da marinha norte-americana acusam a Tepco de mentir sobre a gravidade do desastre.


Amy Goodman e Denis Moynihan wikicommons
Passaram-se três anos desde o terremoto e o tsunami que provocaram o desastre nuclear da usina Fukushima Daiichi, no Japão. O número de vítimas fatais imediatas do tsunami superou os 15 mil, e cerca de 3 mil pessoas continuam desaparecidas. No entanto, o número de mortos segue aumentando tanto no Japão como nos outros países. Os efeitos do desastre nuclear de Fukushima para a saúde e o meio ambiente são graves, e continuam se agravando diariamente à medida que a usina nuclear, da empresa Tokio Electric Power Company (Tepco), continua liberando contaminação radioativa.

Como parte de uma iniciativa pouco comum, mais de cem marinheiros e infantes da Marinha norte-americana entraram com uma ação judicial coletiva na qual acusam a Tepco de mentir sobre a gravidade do desastre. Isso ocorreu quando, naquela época, foram ao local dos acontecimentos para oferecer ajuda humanitária. Eles foram a bordo do porta-aviões USS Ronald Reagan, que funciona com energia nuclear, e de outros navios que viajaram com o porta-aviões e que participaram da ajuda humanitária ao desastre – chamada "Operação Tomodachi", que em japonês significa "Operação Amizade".

O tenente Steve Simmons é um dos signatários da ação. Antes de Fukushima, Simmons tinha uma saúde de ferro. Oito meses mais tarde, começou a ter problemas inexplicáveis de saúde. Disse em uma entrevista ao programa "Democracy Now!": "[Enquanto dirigia para o trabalho] perdi o controle em uma curva. Depois disso, comecei a ter sintomas do que pensei ser uma gripe e minha febre começou a subir persistentemente. Perdi entre 9 e 11 kg rapidamente. Comecei a ter suores noturnos e dificuldades para dormir, e fui ao médico várias vezes para que fizessem análises e outros estudos a fim de determinar o que estava acontecendo. E, de janeiro a março de 2012, fui internado três vezes. Na primeira vez, não puderam detectar nada. A única coisa que supostamente encontraram foi uma sinusite e descartaram a possibilidade de que estivesse ligada à radiação. De fato, o médico residente me disse que, se fosse provocado pela radiação, os sintomas deveriam ter se manifestado muito antes. Três dias mais tarde, depois que me deram alta, voltei ao hospital porque meus nódulos linfáticos começaram a inchar e a febre não baixava, eu estava com 39 ºC".

Em abril de 2012, enquanto estava internado, suas pernas ficaram imóveis. Desde então, está na cadeira de rodas e poderá solicitar baixa por "motivos médicos" em abril.

Essa é a segunda vez que os marinheiros e infantes da Marinha entram com uma ação contra a Tepco. O primeiro julgamento, no qual havia oito demandantes, foi rejeitado por motivos técnicos baseados na falta de jurisdição do tribunal. Charles Bonner, o principal advogado de defesa dos marinheiros, afirmou: "Em junho de 2013, 51 marinheiros e infantes da Marinha nos contactaram porque padeciam de diversas doenças. [Algumas das doenças] incluíam câncer de tiroide, câncer de próstata, câncer no cérebro, problemas uterinos pouco usuais, sangramento uterino excessivo, todo tipo de problemas ginecológicos, problemas que não são habituais em pessoas de 20, 22, 23, ou inclusive 35 anos de idade, como o Tenente Simmons, que tem essa idade. Por isso, agora entramos com uma ação coletiva em nome de cerca de 100 infantes da Marinha, e todos os dias recebemos ligações de oficiais que padecem de diversos problemas". Havia ao menos 5.500 pessoas abordo do USS Reagan quando ele navegou pela costa do Japão.

Caberia também perguntar por que o grupo não aciona também o seu empregador, as Forças Armadas dos Estados Unidos. Sobre essa decisão, o advogado Charles Bonner disse: "A parte responsável pelo dano a esses jovens marinheiros é a Tokyo Electric Power Company, quarta maior empresa de energia do mundo. A Tokyo Electric Power Company não disse nem à população nem às Forças Armadas que havia ocorrido um grande acidente nuclear. Os núcleos de três dos reatores se fundiram após o terremoto e o tsunami. Não tinham geradores, não tinham um suporte de eletricidade. Não havia nenhum tipo de abastecimento auxiliar de água no qual colocar os reatores".

Entrevistamos Naoto Kan em janeiro deste ano em seu escritório em Tóquio. Kan era o primeiro-ministro do Japão no momento do acidente. De imediato, ele instalou um centro de controle para gerenciar a crise nuclear. Uma das pessoas que ajudava a equipe a gerenciar a crise era um importante executivo da Tepco. Kan me disse: "Pelo que estavam me informando desde a sede da Tepco e, em particular, o sr. Takeguro, que era o vice-presidente da empresa, eles não estavam dando informações precisas sobre a situação real no lugar". Frustrado diante do bloqueio de informações, Kan viajou à usina para falar sobre a situação com os trabalhadores que estavam ali. O ex-primeiro-ministro, que antes era um firme defensor da energia nuclear, agora defende que ela deixe de ser utilizada no Japão.

O desastre nuclear de Fukushima, cujas consequências ainda persistem, deveria servir de alerta para o mundo. Em vez de aprender com a experiência de Naoto Kan, o presidente Barack Obama está comprometendo fundos públicos para construir novas usinas nucleares nos Estados Unidos pela primeira vez em mais de trinta anos. Após o ocorrido em Fukushima, a Comissão Reguladora Nuclear do governo Obama evitou falar de certos temas a fim de diminuir a crescente preocupação pública em relação à segurança das usinas de energia nuclear nos Estados Unidos.

A NBC News teve acesso a e-mails internos da Comissão nos quais se instruía o pessoal a menosprezar os riscos de segurança, apesar de as usinas nucleares dos Estados Unidos não serem seguras. Os infantes da Marinha da Operação Tomodachi merecem ser ouvidos pela justiça e a população norte-americana merece ter a oportunidade de fazer uma avaliação sobre os graves riscos da energia nuclear.

Fonte: CARTA MAIOR
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Definitivamente as centrais nucleares para geração de energia elétrica não fazem o menor sentido.
O custo da energia é elevado e em caso de acidentes, as consequências podem ser catastróficas.
Chernobyl e Fukushima estão aí para comprovar.
O domínio da tecnologia nuclear sempre teve objetivos militares estratégicos, e as centrais para geração de energia elétrica são utilizadas como justificativa para esconder os reais objetivos.
Isso é fato, independente se países  com a França, por exemplo, tenham uma dependência de algo em torno de 70% com a geração de eletricidade por centrais nucleares.
Um outro aspecto da energia nuclear é a falta de informação e de transparência sobre acidentes.
Via de regra os acidentes são sempre minimizados quando vem a público, mesmo que a realidade demonstre o contrário.
O acidente com a central de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, continua produzindo vítimas até hoje, isso sem falar nas pessoas que sobreviveram e carregam sequelas .
Fukushima vem se revelando uma tragédia , como mais e mais relatos de contaminação, em pessoas, animais, alimentos, mares.
Nenhuma central nuclear, em qualquer lugar do mundo,  é 100% segura.
O risco de acidentes de grandes proporções existe, mesmo com probabilidades pequenas.
Considerando o tempo de surgimento de centrais nucleares no mundo( algo em torno de 70 anos), o número de centrais existentes ( mesmo as desativadas), o número de acidentes conhecidos, o números de pessoas que morreram devido aos acidentes ( em torno de milhares de pessoas), o número de pessoas que sofrem com doenças derivadas da radiação e os prejuízos causados ao meio ambiente, pode -se afirmar , diante das evidências, que as reduzidas probabilidades não são assim tão baixas.
Aqui no Brasil, o complexo nuclear de Angra dos Reis, situado na cidade de mesmo nome carrega um histórico de problemas desde o início da primeira central, Angra 1.
A central de Angra 1 teve início de sua construção na década de 1960, em um contrato com a empresa norte americana Westinghouse, sem transferência de tecnologia para o governo brasileiro. 
Um pacote fechado para construção de uma central com capacidade para gerar algo em torno de 600 MW.
Angra 1, durante um bom tempo, foi motivo de piada no meio tecnológico, devido aos inúmeros problemas apresentados antes, durante e depois de construída.
Inicialmente conhecida como chaleira -pois servia mais para aquecer água do que para produzir energia elétrica- e posteriormente como vagalume - funcionava e parava - a central  consumiu uma quantidade absurda de recursos para poder entrar em operação naturalmente.
Suas irmãs similares pelo mundo apresentaram vários problemas e muitas, talvez a maioria, já tenham sido desativadas
Considerando que toda central nuclear tem um tempo de vida útil e depois é descomissionada, , fechada e  a parte nuclear da central é lacrada e armazenada como rejeito radioativo por milhares de anos, Angra 1 já deve estar bem próxima da aposentadoria.
Quanto a Angra 2, é fruto do acordo nuclear Brasil-Alemanha firmado em meados da década de 1970 com a empresa alemã  KWU, hoje incorporada pela SIEMENS, isso mesmo, a empresa envolvida com escândalos no governo de SP e parceira da Eletronuclear na construção de Angra 3.
O acordo com a Alemanha previa a transferência de tecnologia para Brasil, com o domínio de  quase todo ciclo do átomo ( prospecção do minério de urânio, extração, beneficiamento, enriquecimento, fabricação do elemento combustível, construção e operação de central nuclear ).
O grande problema na transferência de tecnologia ficou por conta da tecnologia de enriquecimento do urânio, já que a Alemanha detinha essa fase do ciclo do átomo em conjunto com outros países, que se recusaram a ceder a tecnologia para o Brasil.
Assim sendo, a tecnologia de enriquecimento adquirida pelo Brasil no pacote do acordo alemão foi uma tecnologia experimental, ainda sem a eficácia comprovada.
Quanto ao desenvolvimento da tecnologia de enriquecimento pelo Brasil, isso é uma outra história, com outros personagens.
A construção de Angra 2, assim como de Angra 1, teve um repertório de grandes problemas.
O estudo para a escolha do local das usinas, concluiu que a região de Angra dos Reis era o local ideal, pela proximidade, ou quase equidistância, entre as cidade do Rio de Janeiro e São Paulo.
A local escolhido foi a praia de Itaorna, que no idioma dos índios que habitaram a região, significa pedra mole.
De fato, durante os trabalhos iniciais de construção várias fundações cederam, o que acarretou custos e atrasos na obra , pois foram necessários reforços nas estruturas.
Angra 2 consumiu várias usinas em recursos financeiros para ficar pronta e operando, com uma capacidade de 1290 MW.
O local das usinas é sujeito a constantes deslizamentos de terra , assim como em toda a região da costa verde. 
É sabido que Angra 2 foi concebida para suportar abalos sísmicos 30% acima dos abalos existentes no Brasil e o prédio do reator pode suportar o impacto de uma pequena aeronave.
Entretanto, a grande preocupação reside nos grandes deslizamentos de terra que podem , até mesmo, soterrar toda  a área, como o que aconteceu nas cidades de Petrópolis e Teresópolis, recentemente, devido as fortes chuvas.
A região de Angra dos Reis é propicia aos grandes  deslizamentos de terra, e uma avalanche no local teria desdobramentos catastróficos e inimagináveis, considerando que a região é precária no tocante as rotas alternativas de fuga, em caso de grandes acidentes.
Um aspecto importante na tecnologia nuclear é a necessidade democratização e transparência dos órgãos reguladores da atividade, nacionais e internacionais,  principalmente a IAEA - International Atomic Energy Agency.
Como se discute atualmente os prós e contras de várias modalidades de geração de energia elétrica, principalmente por conta do aquecimento global e  alterações climáticas que vem afetando o clima e o regime de chuvas - prejudicando a hidroeletricidade- o lobbye pelo  nuclear se apresenta com força, com o apoio da velha mídia.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Golpistas de sempre

PARA NÃO ACREDITAR: 
13 MENTIRAS SOBRE O GOVERNO DILMA

Conversa Afiada reproduz do facebook:











Fonte: CONVERSA AFIADA
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Trombone alvorada weril
No período que antecedeu o golpe de 1964, a imprensa brasileira envenenava o país com mentiras que tinham por objetivo derrubar o presidente Jango.
Mentiras e omissões sobre a realidade do país.
Como disse certa ocasião Roberto Marinho , proprietário das organizações globo:
" importante não é o que eu publico, e sim o que deixo de publicar"
O golpe aconteceu.
Estamos em 2014, cinquenta anos depois, e a velha mídia brasileira continua a mesma.
Um golpe como o de 1964 hoje é pouco provável, porém um golpe é sempre provável para essa gente que não tolera a  social democracia.
No lugar de fardas, armas e tanques, os golpes de hoje tem leis, parlamentares e togas. 
Ganharam um verniz de legalidade, o que é ainda mais perigoso.
Os exemplos estão aí, no golpe que derrubou o presidente Lugo no Paraguai, no julgamento de exceção do mensalão, para citar os mais emblemáticos.
Além disso, o espírito golpista de sempre tem novas ferramentas com o advento das tecnologias de informação, que se bem trabalhadas através de generosos recursos criam condições para disseminar o caos nas grandes cidades.
Os exemplos estão aí, na tentativa alucinada de derrubar o chavismo na Venezuela, na armação para dividir a Bolívia e mesmo nos protestos de rua no ano passado aqui no Brasil, para citar os mais emblemáticos.
As treze mentiras acima, ou meias verdades, ou exageros, delírios, seja lá como for, são os assuntos prioritários na velha mídia, independente se a realidade demonstra o contrário.
Em alguns casos essa mídia por não poder provar suas teses no presente, apresenta como notícia o futuro.
Vale tudo, tendências realistas ou não se transformam em notícia de primeira pagina.
Foi assim, ontem, 1º de abril, que o jornal Folha de SP deu grande destaque à uma matéria sobre um possível índice de inflação muito pouco acima da meta do governo justo no momento de eleição do primeiro turno, em outubro próximo. 
Além de apresentar  a tão desejável tendência como notícia, o jornal paulista que apoiou o golpe de 1964 e a ditadura militar, ainda deitou falação sobre uma suposta inquietação e irritabilidade da população ao constatar preços mais elevados e inflação em alta, em outubro de 2014, o que , segundo o jornal certamente iria tirar votos da presidenta Dilma.
Certas notícias que exploram tendências, se repetidas com frequência como ocorre na velha mídia, contribuem mais para consolidar tais tendências do que para informar corretamente a população, já que ao apresentá-las a velha mídia , sutilmente, dá grande destaque para o momento presente.
Ainda ontem, no jornal o globo, a colunista do apocalipse, escreveu artigo sobre a queda no índice de confiança de empresários do setor de serviços.
Segundo a colunista tal queda se deve ao fato de o desemprego no país estar muito baixo, o que dificulta a contratação de pessoas para o setor.
Ou seja, para a colunista geração de empregos, com um baixo índice de desempregados no país,  passa a ser um problema muito sério e afeta a confiança do empresariado que não tem pessoas para contratar.
De fato,um desemprego muito baixo, pode levar alguns segmentos da economia a ter problemas na contratação de mão de obra, principalmente mais especializada.
Entretanto esse é um problema que todo governo quer ter e não o fim do mundo como assinalou a colunista do apocalipse.
Ainda na esteira do espirito golpista, um alucinado ocupou a mídia ontem, em propaganda eleitoral gratuita, falando da proximidade do Brasil com Cuba e Venezuela, como algo gravíssimo para o país.
Certamente o espírito do golpe de 1964 está vivo e deve ser combatido diariamente.
A velha mídia continua envenenando a população com mentiras diárias.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Bem tranqüilo

Serra prevê vitória de Aécio e busca vaga de comentarista de futebol

publicado em 31 de março de 2014 às 17:27



Do twitter, sugerido pelo LC
Da redação
Para quem não acompanhou, Santos 3 x Penapolense 2 e Ituano 1 x Palmeiras 0. Agora só falta ele dizer que o Aécio vai ganhar de goleada.

Fonte: VIOMUNDO
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                                  Mais uma pérola do figuraça aprendiz de mãe Dinah.