quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Vinte tonalidades do rojão

1 - Nos dias próximos a virada do ano, políticos e jornalistas de oposição, em grande número, publicaram votos de que o ano de 2014 fosse repleto de manifestações populares.

2- As manifestações que vinham diminuindo já pelo final de 2013, aumentaram no mês de janeiro de 2014.

3 - A velha mídia, com a natural falta de assuntos que caracteriza o início do ano, começou a debater a possibilidade de protestos durante a realização da copa do mundo.

4 - Os programas esportivos, que até então deitavam falação sobre a justiça desportiva e a confusão do final do campeonato brasileiro de 2013, mudaram o foco e passaram a debater a possibilidade de protestos, além, claro, de uma enxurrada de opiniões, ou torcida ?, sobre atrasos irrecuperáveis no cronograma de entrega dos estádios  que serão utilizados para os jogos da copa.

5 - O prefeito do Rio de janeiro, no mês de janeiro, autorizou o aumento das passagens de ônibus  do transporte coletivo do Rio de Janeiro.

6 - Trens e metrô voltaram a apresentar problemas e acidentes no mês de janeiro, sendo que um acidente com uma composição da Supervia paralisou o sistema  ferroviário do Rio e do Grande Rio por um dia inteiro, o que causou um enorme mal estar e revolta na população.

7 - As "manifestações" voltaram a acontecer, inicialmente contra a Supervia e o sistema ferroviário.

8 - Em seguida "os manifestantes" se voltaram contra o aumento das passagens dos ônibus do Rio de Janeiro.

9 - Um rojão foi disparado durante uma "manifestação" e um cinegrafista da tv bandeirantes veio a falecer.

!0 - No final de semana seguinte ao rojão, com o cinegrafista ainda em coma, a revista época, das organizações globo, circulou com matéria de capa onde acusava o candidato ao governo do estado, Antony Garotinho, de ter ligações com o crime organizado no estado

11 - Antes de terem sido apresentados pela polícia  como os dois supostos responsáveis pela morte do cinegrafista, o jornal o globo insinuou explicitamente que um deles teria ligações com o partido PSOL e com o deputado Marcelo Freixo.

12 - Identificado o responsável pelo disparo do rojão que matou o cinegrafista, e a declaração do advogado de que partidos políticos financiam as "manifestações", o jornal  globo passou a acusar  deputado Garotinho e seu partido como suspeitos de envolvimento nas manifestações.

13- Com a declaração de que partidos estariam financiando as "manifestações", a velha mídia passou a noticiar que diretórios de partidos políticos do Rio de Janeiro estariam financiando as "manifestações. Cabe lembrar que o esquema de caixa dois do PT é chamado pela velha mídia de mensalão do PT, enquanto o mesmo esquema com o PSDB é chamado de mensalão mineiro. O uso da palavra diretório do partido não teria sido pro acaso.

14 -Alguns portais e blogues criticam a ação dos black blocs sem que nenhum deles saiba exatamente o que são e o  que querem os black blocs.

15 - o jornal o globo publica editorial criticando a violência e manifesta preocupação com a liberdade de imprensa. ????????????????????

16 - o advogado que defende os acusados pelo crime afirmou que partidos políticos financiam os protestos, porém se recusa a apresentar os nomes dos partidos e dos políticos envolvidos.

17- portais e blogues na internete apresentam uma versão, com vídeos do momento do atentado, em que uma outra pessoa, supostamente um policial a paisana, aparece com vestimenta idêntica ao suposto criminoso que foi detido.

18- em entrevista, o deputado Marcelo Freixo , do PSOL, afirma que a cidade do Rio de Janeiro está sendo controlada por interesses de grandes empresas, incluindo as organizações globo.

19 - os jornais e as emissoras de rádio e de tv da velha mídia, a cada momento lançam novas suspeitas sobre o crime, em uma  rede de informações confusas que mais ajudam a confundir do que esclarecer os fatos

20 - A cidade do Rio de Janeiro é a vitrine do país para protestos e atos de violência que possam ter desdobramentos ou repercussão no cenário nacional.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Um show de hipocrisia

Em toda a grande imprensa e até mesmo na mídia alternativa muitos gritam pela morte do cinegrafista da tv bandeirantes.
Apenas a família do cinegrafista e amigos próximos choram sua morte.
Alguns jornalistas acusam os black blocs, outros acusam o Psol, a tv globo tratou de acusar um político do PSol candidato a algum cargo nas próximas eleições, há os que acusam a extrema direita, também outros que acusam a extrema esquerda, o popularesco rasteiro do Extra estampou um CHEGA gigantesco na primeira página, jornalistas dizem que a democracia foi atingida, e até a CIA pode estar envolvida.
Tudo isso porque morreu um cinegrafista, mais um cinegrafista da mesma emissora que morreu.
No mesmo dia em que o cinegrafista foi atingido com o rojão, um vendedor ambulante ao se distanciar dos protestos que aconteciam no centro do Rio morreu atropelado.
Ninguém sabe o nome dele. 
Também não se sabe se tinha família que chora a sua morte.
Não apareceu nenhum membro da família para dizer que ele se foi.
Ele era um vendedor ambulante e no lugar do rojão ele foi atingido talvez por um ônibus.
O mesmo ônibus de tarifa cara para o povo, de serviços de péssima qualidade.
A morte do cinegrafista, que talvez tenha filmado o vendedor ambulante, serve de motivo para todo tipo de manipulação, afinal o ano é de eleições e pendurar mortos nos pescoços de candidatos pode ser útil para alguns grupos.
Oportunistas da imprensa chegaram a afirmar que teria sido um ato que fere a liberdade de expressão e de imprensa, mesmo sabendo-se que o rojão, naquele protesto,  não tinha a imprensa e o cinegrafista como alvos.
Era apenas mais um  rojão, mais uma bomba, mais uma pedra, mais um sinalizador.
Como afirma diariamente a imprensa em seu processo de banalização da violência, foi mais uma morte.
Afinal já foram tantas ao longo dos últimos meses, mais de uma dezena,  disparados por "manifestantes", manifestantes, Manifestantes, policiais, policiais manifestantes, manifestantes infiltrados, policiais infiltrados, milicianos manifestantes, policiais milicianos, atropelamentos , curiosos e até mesmo por ingênuos que foram orientados por emissora de tv a como montar um kit para protestos.
Nenhum filósofo pós -moderno da tv globo veio a público para dizer que as coisas são assim mesmo e que depois tudo se acomoda naturalmente.
Toda a imprensa pede punição exemplar para os culpados pela morte do...cinegrafista.
A mesma punição exemplar que a jornalista do SBT defendeu apoiando os justiceiros que amarraram um menino de 15 anos em um  poste e o espancaram.
A sociedade não quer justiceiros e nem punições midiáticas oportunísticas, imagino.
A sociedade quer que a justiça se faça para todos, vendedores ambulantes, cinegrafistas, banqueiros,...
Na lógica de pensamento que predomina na grande imprensa, se o cinegrafista tivesse outra profissão não teria morrido.
Sim, caro leitor, para o jornal Folha de SP, os atos de violência crescentes contra minorias - principalmente LGBT -  são culpa única  e exclusiva das minorias pelo fato de serem minorias.
Segundo a imprensa os agressores não são os culpados.
Da mesma forma o grande número de mortes com ciclistas nos grandes centros urbanos que optam pela bicicleta como transporte, deve-se aos próprios ciclistas que escolheram esse meio de transporte.
A violência do trânsito não é  culpada.
Porém o trânsito, com ônibus,  carros e bicicletas não é uma entidade extra corpórea  e se manifesta através de ...pessoas, gentes, vendedores ambulantes, cinegrafistas, banqueiros, manifestantes, policiais, milicianos, jornalistas...
Pessoas cada vez mais violentas.
Violência cada vez mais banalizada pela imprensa.
Violência como um excelente produto para a mídia auferir lucros.
O ano é de calor, de estiagem de chuvas, de água controlada, de copa do mundo ,de eleição, de rojão
Alguém tem que levar a culpa por tudo o que acontece.
E os culpados, segundo a imprensa, devem ser punidos exemplarmente, de preferência nas urnas, com rojões digitais , de maneira que os verdadeiros responsáveis pelos rojões, que usam todas as modalidades de máscaras,  possam voltar a  assumir os poderes plenamente. 
A hipocrisia da velha mídia não tem limites.

publicado em 11/02/2014

Venício e o cinismo na tevê

De quem é a culpa por esse justiciamento de um espaço público ? – PHA
O Conversa Afiada tem o imenso prazer de republicar antológico artigo do professor Venício Lima, do Observatório da Imprensa (não deixe de ler também sobre “hipocrisia” e “a resposta dos black blocs ao editorial do jn”):

A alteridade cínica da grande mídia



Por Venício A. de Lima

A Rede Globo de Televisão recomendou a seus jornalistas, inclusive os que trabalham em suas 122 (cento e vinte e duas) emissoras afiliadas, “que a Copa e a seleção brasileira são uma paixão nacional, mas que irregularidades deverão ser denunciadas e ‘pautas positivas’ deverão ser evitadas, a não ser que ‘surjam naturalmente’. Reportagens que mostram como a Copa está beneficiando grupos de pessoas, como os comerciantes vizinhos a estádios, já não estão sendo produzidas para o Jornal Nacional” (ver aqui, e aqui a resposta da Globo).

No telejornal SBT Brasil, a âncora fez aberta apologia de “justiceiros” vingadores que espancaram, despiram e acorrentaram pelo pescoço um suspeito adolescente, de 15 anos, a um poste no Flamengo, no Rio de Janeiro.

A recomendação da Globo e a posição defendida no SBT – concessionárias do serviço público de radiodifusão – teriam alguma relação com o aumento da violência urbana?

Mídia e violência

Em artigo recente, neste Observatório, comentei a “pauta negativa” do jornalismo regional em Brasília que chamei de “jornalimso do vale de lágrimas” (ver “O ‘vale de lágrimas’ é aqui“).

O que me traz de volta ao tema é, especificamente, a alteridade cínica do jornalismo do vale de lágrimas na cobertura da violência urbana. Esse tipo de jornalismo “faz de conta” de que a mídia não tem qualquer responsabilidade em relação ao que ocorre na sociedade brasileira. Ela seria apenas uma observadora privilegiada cumprindo o seu papel de tornar pública a violência e cobrar mais policiamento dos governos local e federal – como se a solução da violência fosse um problema apenas de mais ou menos policiamento.

Por várias vezes tratei dessa alteridade cínica neste Observatório, sobretudo em função das evidências acumuladas ao longo de anos de pesquisa em vários países que relacionam a violência ao conteúdo da programação da mídia, sobretudo da televisão (ver “A violência urbana e os donos da mídia“, “A responsabilidade dos donos da grande mídia“, “As lições do caso Santo André“, “A liberdade de comunicação não é absoluta“, “A mídia e a banalização da violência“ e “A lógica implacável da mercadoria“).

Ainda na década de 1990, em palestra que fez na Universidade de Brasília, Jo Groebel – professor da Universidade de Utrecht, na Holanda, e representante da Sociedade Internacional de Pesquisa sobre Agressão nas Nações Unidas – não deixou dúvidas sobre a existência de uma relação entre a predominância da violência na programação da televisão e a tendência para a agressividade de jovens e adultos. Baseado em mais de 20 anos de pesquisa ele afirmou que a televisão “faz com que as pessoas pensem que a violência é normal” e que “quanto mais desigual a estrutura da sociedade maior o impacto da violência mostrada na TV”.

Nos Estados Unidos, os “National Television Violence Studies”, financiados pela National Cable Television Association (NCTA), também realizados nos anos 1990 por um pool de grandes universidades – Califórnia, Carolina do Norte, Texas e Wisconsin –, confirmaram as conclusões de Groebel e geraram uma série de recomendações sobre o conteúdo da programação para a indústria de entretenimento.

Em 2008, foram divulgados os primeiros resultados de uma longa pesquisa realizada por professores da Rutgers University, nos EUA, que vincula violência na mídia e agressividade em jovens. No estudo, foram entrevistados 820 adolescentes do estado de Michigan. Destes, 430 eram alunos do ensino médio de comunidades rurais, suburbanas e urbanas. Outros 390 eram delinquentes juvenis detidos em instituições municipais e estaduais, distribuídos equilibradamente entre os sexos masculino e feminino. Pais ou guardiões de 720 deles também foram entrevistados, assim como os professores ou funcionários que lidavam com 717 dos jovens.

A pesquisa revelou que mesmo considerando outros fatores como talento acadêmico, exposição à violência na comunidade ou problemas emocionais, a “preferência por mídia violenta na infância e adolescência contribuiu significativamente para a previsão de violência e agressão em geral”. E conclui: “você é o que assiste”, quando se trata da população jovem (ver aqui).

Certamente outras pesquisas atualizam e confirmam esses resultados, além de incluir também o cinema e os videogames, estes últimos um fenômeno mais recente.

Será que a presença maciça da violência na programação de entretenimento da mídia eletrônica e da televisão brasileira (aberta e paga), em especial, não é um dos fatores que contribui para o aumento da violência urbana?

A mídia e a Constituição

Um dos artigos não regulamentados da Constituição de 1988, o 221, reza:

A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:

I – preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;

II – promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação;

III – regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;

IV – respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.

Será que praticando o jornalismo do vale de lágrimas, excluindo a pauta positiva e defendendo os “justiceiros” vingadores, a grande mídia brasileira está cumprindo a Constituição de 1988?

A quem cabe a fiscalização dos contratos de concessão desse serviço público?

Com a palavra o Ministério Público e o Ministério das Comunicações.
Fonte: CONVERSA AFIADA 
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publicado em 11/02/2014

Bem que o Wanderley sentiu o “odor fétido” !

Eles provocam o descrédito de legítimas instituições democráticas a pretexto de alargar a esfera de liberdade do espaço público.
O ansioso blogueiro, em lágrimas incontidas, depois de assistir aos telejornais (?) da Globo em que os apresentadores se apresentam de luto fechado, considerou apropriado republicar do Cafezinho este impecável artigo do professor Wanderley Guilherme dos Santos, que sentiu de longe o odor do Golpe:

Wanderley sente um odor fétido



Suaves apresentadoras perguntam se eles não vão fechar a ponte Rio-Niterói …

Publicado em 20/06/2013


O Conversa Afiada reproduz irretocável artigo do professor Wanderley Guilherme dos Santos para o Cafezinho

Contrabandos autoritários em boa fé alheia



por Wanderley Guilherme dos Santos

É frenética a competição pela atribuição de sentido a manifestações deste junho que já não possuem sentido unívoco algum. Da tentativa de apropriação pela mídia conservadora, que obteve sucesso em pautar as demandas e insinuar o roteiro das caminhadas, às solenes reflexões sobre o aprofundamento da participação popular e o esgotamento da democracia representativa, nada faltou para obscurecer o já espinhoso desafio de compreender o sucesso e eventuais explosões de coletividades. Até mesmo a subserviente beatificação da juventude pelos velhotes assustados com o estigma de superados, caso não adotem o corte de cabelo à moicano, compareceu. Mas em seu tempo, a bem da verdade, nenhum deles foi preservado de cometer sandices pela juventude de que desfrutavam.

É razoável atribuir ao aumento nas tarifas dos transportes coletivos a força causal que pôs em movimento as primeiras manifestações. A repressão bruta, na cidade de São Paulo, à passeata de quinta-feira, 13 de junho, forneceu uma razão suficiente para a velocidade inédita com que manifestações semelhantes se disseminassem horizontalmente em várias capitais. Ao saírem às ruas, na segunda-feira, dia 17, o que as marchas conquistaram em adesão extensa perderam em unidade reivindicatória. Do mesmo modo, a causalidade que mobilizava o povaréu tornou-se múltipla e não automaticamente coerente. A lista de reivindicações avolumou-se, fragmentando os grupos de interesse e anunciando o óbvio: é impossível atender completa e instantaneamente a todas as deficiências do país. Insistir nisso é torcer por um impasse sem negociação crível. O clima ficou grávido de sinais disparatados, com a ausência de coordenação de legitimidade reconhecida. Paraíso para todos os oportunismos, charlatanices, além dos equívocos de boa fé.

Nada a ver com os “cara pintadas” do “Fora Collor”. À época, todos foram às ruas com o mesmo e único propósito: o impedimento do presidente . Princípio causal único do movimento, indicava o que era apropriado e o que não era apropriado fazer. Não havia sentido, para o objetivo comum, promover depredações, alienar aliados ou desrespeitar adversários. Muito menos aproveitar a audiência para fazer propaganda de algum interesse faccioso. Agora, a que vem a PEC 37, por exemplo, nas manifestações sobre aumento de passagens de coletivos? – Trata-se de um aprofundamento do processo decisório, dirão alguns de meus colegas. Sim, e por conta disso lá virá a mídia conservadora sugerir que as manifestações não parem, apenas substituam as bandeiras, quem sabe sabotar as próximas licitações ferroviárias, rodoviárias e aeroviárias fundamentais para o país? Ou, ainda melhor, alterar o sistema de partilha do pré-sal e revogar a exigência de participação da Petrobrás?  As suaves apresentadoras do sistema golpista de comunicação passaram a perguntar ao repórter que cobria manifestação na cidade de Niterói se os protestos não iriam se dirigir à ponte Rio-Niterói, justo depois dos prefeitos do Rio e de Niterói revogarem o aumento nos transportes. Em qualquer democracia que se preze essa incitação à desordem não ficaria sem conseqüência.

Ao contrário de ser uma beleza de movimento sem líderes, o espontaneísmo infantil se revela um desastre na confissão de alguns de que não conseguem impedir a violência de sub-grupos. Nem por isso deixam de ser responsáveis por ela na medida em que continuarem recusando a adesão cooperativa das instituições com alvará de estabelecimento reconhecido, instituições capazes de assegurar a virtude pacífica das manifestações. É politicamente primitivo, nada vanguardista, impedir a associação de movimentos organizados e, inclusive, de partidos políticos, desde que submetidos ao objetivo central da manifestação. Em movimentos de boa fé democrática há a hora de desconfiar e a hora de convergir. Ou estão sub-repticiamente provocando o descrédito de legítimas instituições democráticas a pretexto de alargar a esfera de liberdade do espaço público?

Não são só os de boa fé e bem intencionados que se manifestam e pautam o “espontâneo” alheio. Reconheço o odor fétido dessa teoria de longe.
Fonte: CONVERSA AFIADA

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Veja golpista

Publicado em 08/02/2014

Resposta à Veja: o Brasil está acorrentado ao poste !

Fernando Brito faz a autópsia do detrito de maré baixa

O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:

Resposta à Veja: Onde está o Brasil? Acorrentado ao poste, como aquele negro. A corrente é a mídia


A revista Veja, uma espécie de toque de Midas ao inverso, que transforma em imundície tudo em que toca,  coloca em sua capa a imagem do menino negro, acorrentado a um poste por um bando de tarados do Flamengo, pergunta “Onde está o Brasil  equilibrado, rico em petróleo, educado e viável que só o Governo enxerga?”.

A Veja merece resposta.

Não para ela, que é muito mais incorrigível que o pequeno delinquente que lhe serve de carniça.

Porque ela, ao contrário dele, tem meios e modos para entender o que é civilização, enquanto ele precisa ocupar o tempo arranjando algum resto de comida para engolir, uma cola de sapateiro para cheirar em lugar do respeitável pó branco das festas da elite, e uma banca de jornal que lhe sirva de colchão de lata ou teto de zinco, se chove ou se faz sol.

A resposta à Veja é necessária para que este império de maldade e seus garbosos centuriões saibam que existe quem não lhe abaixe a cabeça e anuncie que fará tudo, tudo o que puder, enquanto a vida durar, para arrancar o Brasil das correntes com que a fina elite e seus brucutus anabolizados da mídia o amarram no poste do atraso, da submissão, da pobreza e da vil condição de uma sociedade de castas,  onde eles são a nobreza opulenta.

O Brasil, senhores de Veja, é este negrinho.

Está cheio de deformações, de cicatrizes, de desvios de conduta, de desesperança e fatalismo.

Estas marcas, nele, foram você que as fizeram, abandonando-o à sua própria sorte, vendo crescer gerações nas ruas, ignorando-os, desprezando.


Tudo estaria bem se ele estivesse lá, no gueto das favelas, tendo uma existência miserável e conformada. Ou sendo um dos muitos que, por uma força até inexplicável, conseguem se sacrificar, como seus pais se sacrificam, para ter uma pobre escola pública, um trabalho mal-pago, uns bailezinhos funk por lá mesmo,  com as devidas arrochadas da PM, os capitães de mato, negros e pardos como eles, mas a serviço dos “buana”.

Não é isso o que diz um dos “civilizados” aos quais a Veja serve de megafone, como está lá em cima?

A pobreza em que os governos que vocês apoiam, as elites que vocês representam e os interesses a que vocês servem tem, entretanto,  destes efeitos colaterais.

Porque aquele menino, como o Brasil, vê o mundo como vocês mostram, canta as músicas que vocês tocam, pensa o que vocês martelam em sua cabeça, tem os desejos que vocês glamourizam.

É foda, foda é assistir a propaganda e ver/Não dá pra ter aquilo pra você

E o que tem pra eles, mesmo um pouquinho, vocês combatem furiosamente: uma bolsa-família, um salário mínimo menos pior, uma cota para a universidade…

Populismo, dizem vocês…

Aquele menino e as mazelas de sua vida nunca tiveram de vocês o tratamento do “Rei dos Camarotes”, aquele idiota.

Ou como o “Rei dos Tribunais”, que vocês bajulam porque, politicamente, lhes é interessante explorar seu comportamento para atacar o Governo, embora ele tenha ficado quieto diante desta monstruosidade, quando gosta tanto dos holofotes para outros temas.

Aliás, quanto ele terá contribuído para a visão do “mata e esfola”, do pré-julgamento, do “não tem lei” para que eu ache bandido?

Vocês não fazem uma matéria sobre os monstros que andam em bando, encapuzados, de porrete na mão, para distribuir bordoadas no “lixo social”, lixo que o seu sistema de poder produz há séculos.

Aqueles que  tentam amenizar um pouco que seja isso é tratado como um primitivo, um arcaico, que não entendeu que só “o mercado” nos salvará.

Ou um “escravo”, como os médicos que aceitaram ir tratar dos negrinhos da periferia ou do interior, onde os coxinhas da Veja não querem ir.

O mercado do qual o menino terá – se tiver – a xêpa.

E ele tem direito a mais, porque ele brotou – feio e torto – desta terra. Não veio de fora para fazer fortuna entre nós e não ser um de nós.

O negrinho está acorrentado, Veja, e acorrentado por quem o domina.

O Brasil também, e também seu Governo que, se não se “comportar” para com os que de fato o dominam, levará mais bordoadas do que já leva, por sua insubmissão.

Acorrentado por uma cadeia mental, a mídia, uma corrente da qual vocês são um dos maiores e mais odiosos elos.

Aquele negrinho não pode ter um destino próprio, apenas o papel que lhe derem, como o Brasil não pode ter seu próprio destino, aquele que convém a vocês e não nos tira do mesmo lugar.

Esta corrente, entretanto, é podre.

Podre, podre de não se poder disfarçar o fedor que exala.

E está se esgarçando, para desespero dos que contam com ela para nos manter atados.

O “Brasil  equilibrado, rico em petróleo, educado e viável”  que vocês dizem que só o Governo enxerga, de uns anos para cá, surgiu diante do povo brasileiro, depois de décadas de fatalismo de “este país é uma merda mesmo” que vocês nos inculcaram, a nós, os negrinhos.

E ele nos atrai com tanta força que não será esta corrente imunda, de elos podres, que o deterá.

Por mais que vocês se arreganhem, como fazem os impérios em decadência, por mais que se comportem, nas bancas, como aqueles facínoras de porrete,  será inútil.

Vocês já não são a única voz, embora muitos ainda os temam e procurem, inutilmente, cair nas suas boas graças com juras de vassalagem ao que vocês representam.

O mundo de vocês é o passado, é o da escravidão, é o da aristocracia que, tão boazinha, até deixa entrar alguns negrinhos na cozinha, desde que se comportem e não façam sujeira.

É o passado, porque o futuro tem uma força tão grande, tão imensa, tão inexorável que, logo, vocês penderão de um poste.

Não, fiquem calmos, não estou sugerindo enforcamentos, como foi o do Mussolini…

Apensas penderão como um elo roto de um poste velho e carcomido, que não tem mais luz e serventia.

Fonte: CONVERSA AFIADA

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

E agora, Barbosa ? Que tal um cafézinho ?

Publicado em 07/02/2014

Documentos inéditos rasgam o mensalão

Depois de desmoralizar a Globo – cadê o DARF, Ataulfo ? -, o Cafezinho faz o mesmo com o mensalão.


O Conversa Afiada reproduz importante denúncia do Miguel do Rosário:

Inédito! Os documentos que derrubam o mensalão!



A Ação Penal 470 é um festival de erros, desde a acusação da Procuradoria, que é inepta, até as sentenças, que impuseram penalidades ridiculamente exageradas e multas desproporcionais. No entanto, o erro mais grotesco, porque vai na contramão de uma quantidade incrível de documentos, é o caso Visanet.

Os romances policiais americanos tem aquele ditado: follow the money. Isso vale para tanto para encontrar um crime, como para desmascarar uma farsa. A questão central do mensalão é o suposto desvio de recursos do Banco do Brasil, sem a realização de nenhum serviço publicitário, por determinação individual de um petista.

Observem: em apenas uma frase, há três mentiras, que os documentos abaixo comprovam.

1 – O dinheiro não era do Banco do Brasil, e sim da Visanet, empresa 100% privada.
2 – Não houve desvio, os serviços foram realizados.
3 – Os pagamentos a DNA não foram feitos por determinação de um petista solitário. A decisão cabia a um gestor, que não era Henrique Pizzolato.

Agora acusam Pizzolato de cometer uma fraude, que é usar o passaporte de um irmão falecido. Fraude sim, de um homem desesperado, que não queria se submeter a maior fraude jurídica da história brasileira.

O Cafezinho publica, em primeira mão, um documento inédito, que pode causar uma reviravolta no julgamento da Ação Penal 470.

Trata-se de uma “Ata Notarial”, lavrada em cartório do Rio de Janeiro, trazendo informações e documentos oficiais que aniquilam as teses centrais da acusação da AP 470.

A Ata poderá ser traduzida e enviada à Itália, para o julgamento que se avizinha naquele país.

Além da Ata, publicamos trechos de documentos – citados e anexados na Ata  -  nos quais os erros do julgamento se sobressaem com mais evidência.

*

































Fonte: CONVERSA AFIADA

A farsa do mensalão descarrilou.
O apagão de justiça por que passa o país , tem no mensalão e nas declarações da jornalista bang bang do SBT suas expressões mais significativas.
A jornalista que deseja a volta do velho oeste americano para o Brasil critica as ausências de  justiça e segurança pública, porém apresenta como solução a barbárie.
A velha e decadente imprensa , alinhada com magistrados aloprados e ávidos por holofotes, defende o fim da corrupção e dos desvios  de dinheiro público, porém se agarra em uma farsa de um julgamento montado exclusivamente para perseguir o governo federal.
Enquanto isso, a corrupção rola solta nos governos do PSDB em São Paulo, na sonegação bilionária de impostos - como no caso das organizações globo com a Receita Federal - na sonegação de contribuições para a previdência social por parte de grandes empresas e na ação corruptora por parte de grandes corporações junto aos órgãos públicos.
Nada disso aparece como notícia ou escândalo na velha mídia e ninguém é investigado e muito menos punido.
A ação penal 470 não é apenas um festival de erros, como afirma o texto acima.
É uma construção consciente de provas e teses falsas que tem como objetivo final condenar as pessoas envolvidas.
A ação penal 470 é, antes de mais nada, a ausência da justiça, a exceção, a visão paridarizada do judiciário, a agência reguladora do judiciário.
A ação penal 470 pode ser comparada aos justiceiros que amarraram o bandido no poste, com  a diferença que os condenados não eram bandidos , não furtaram ninguém, não promoveram subtrações.
Tal qual as várias agências reguladoras que surgiram com os desgovernos  tucanos da década de 1990, a ação penal  470 se alinha perfeitamente com o estupro do princípio republicano , pavimentando o terreno para o anarquismo corporativo e do dinheiro, que em todo mundo bateu em seus próprios limites, porém ainda insiste em respirar.
As  grandes corporações, a velha mídia e a agência reguladora do judiciário, se constituem no principal bloco de oposição ao governo federal, com produção de todas as espécies de golpes, mentiras , sabotagens e ações de exceção que violam gravemente o princípio democrático.
Também , em suas expressões atuais, são o principal entrave para o avanço da democracia no país , para o efetivo combate à corrupção - já que fazem parte do grupo dos grandes criminosos e corruptos do país -.,  são o entrave para a realização de uma ampla reforma política com direito à uma assembléia constituinte específica,   entrave para o avanço de políticas e programas de governo que favoreçam o cidadão nos aspectos da saúde e da educação públicas, apenas para citar os pontos mais sensíveis e quem tem sido alvo de protestos da população nos últimos dias.
A jornalista bang bang do SBT acerta quando diz que a justiça e a segurança pública não existem no país.
A jornalista bang bang do SBT acerta quando diz que que sem justiça e sem segurança a população tem que se defender dos criminosos.
Porém, erra feio, ao identificar os criminosos e propor a solução.
Surfando em um sentimento da população sobre a  ausência de um judiciário que promova a justiça e de uma polícia que garanta a segurança pública, apresenta como solução a violência explícita contra os furtos corriqueiros em grandes centros urbanos, porém, se omite, assim como toda a velha mídia, sobre a verdadeira violência que aflige a população e, que tem nas ações do judiciário, nas ações das grandes corporações, e na própria imprensa os principais criminosos. 
Oportunista e vulgar, assim como toda a velha mídia, foi a solução da jornalista bang bang.
A mesma mídia que diáriamente satura a população, seja em emissoras de rádio ou de tv, com notícias de crimes e violência, com direito a espetacularização com a consequente banalização de práticas criminosas, onde os bandidos perigosos são ,via de regra, pessoas pobres, pretas e moradores de regiões das cidades onde o estado não se faz presente.
Ao agir dessa forma, a velha mídia , cria o perfil de supostos criminosos  e desvia o foco com  consequente desinformação, sobre os grandes criminosos do país, assim como os responsáveis pelo aumento da violência até mesmo nas relações interpessoais.
Os pequenos furtos e crimes que acontecem nos grandes centros urbanos jamais terão fim.
Porém o combate ao crime organizado, em todas as suas expressões e modalidades, se bem conduzido pode acabar , ou reduzir ao mínimo, com a corrupção, com a sonegação de impostos. e mesmo com a violência urbana.
Para que isso aconteça, a população deve ser bem informada e não servir de  massa de manobra para que veículos de mídia possam garantir alguns míseros pontos a mais em audiência. e ainda produzir falsas indignações que tem por objetivo apenas o jogo político eleitoral.
Reforma do judiciário.
Reforma política
Democratização dos meios de comunicação.
Esses são os pontos mais carentes no Brasil atual  para que possamos colocar nos trilhos a segurança pública, o combate à corrupção, o cumprimento das leis para todos e a formação de cidadãos conscientes. e  bem informados.
E aí, globo, que tal um cafézinho ?

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Coincidência ou necessidade ?

A sabotagem da verdade

Por Luciano Martins Costa em 06/02/2014 na edição 784
Comentário para o programa radiofônico do Observatório da mprensa, 6/2/2014
Os três principais diários brasileiros de circulação nacional registram a versão oficial do governo de São Paulo para os incidentes ocorridos em duas linhas do Metrô no fim da tarde de terça-feira (4/2). Para o governador Geraldo Alckmin, tudo teria se resolvido em dez minutos no comboio que parou por um defeito nas portas, se não fosse a ação simultânea de alguns usuários, que forçaram a abertura de outras sete composições e saíram caminhando pelas passarelas de emergência. O governador sugere que houve uma conspiração para sabotar o sistema.
Como no dia anterior, também na quinta-feira (6/2) há diferenças notáveis na cobertura de cada um dos jornais (ver “Pane no metrô e na imprensa”). A Folha de S. Paulo, que no calor dos acontecimentos responsabilizou os passageiros pelo tumulto, segue dando prioridade à versão da Companhia do Metrô, agora oficializada pelo governador. O carioca O Globo, com menos interesse no problema dos paulistas, apenas reproduz em uma coluna a versão oficial. O Estado de S. Paulo, que na véspera havia produzido um noticiário mais crítico, também oferece amplo espaço para a manifestação do governo, mas não exime de responsabilidade a empresa de transporte metropolitano.
Embora se possa dizer que, como sempre, a verdade pode estar presente em qualquer lado, na diversidade de argumentos, basta dar uma olhada na fotografia estampada na primeira página da Folha para se ter uma ideia do que se trata: ali se pode constatar as condições que os milhões de usuários do sistema de transporte sobre trilhos são obrigados a enfrentar diariamente para voltar para suas casas.
Se, em seus textos, a Folha foge da evidência produzida pela imagem na sua primeira página, o Estado de S. Paulo marca uma posição mais independente e assertiva, ao assumir em editorial que a responsabilidade é integralmente da Companhia do Metrô.
A Folha se esforça por dar credibilidade à teoria conspiratória do governo paulista; o Estado observa que, mesmo na circunstância de vir a ser confirmado um ato de sabotagem – hipótese que o jornal considera improvável – “isso não justificaria o descontrole da segurança, que tratou com violência os passageiros”
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Habeas corpus preventivo

As diferenças entre os dois grandes jornais paulistas não se dão apenas no maior detalhamento das reportagens do Estado, mas principalmente naquilo que podemos chamar de predisposição ao contraditório.
A Folha agasalha, desde o primeiro momento, a versão que culpa os usuários por seus próprios sofrimentos; portanto, o jornal se posicionou num trilho do qual terá dificuldade para escapar, e por isso tende a dar credibilidade à tese da sabotagem.
O Estado expõe, desde o calor dos fatos, um conjunto de falhas do sistema, que podem ter contribuído para um desfecho quase trágico, e, portanto, fica mais livre para duvidar da versão oficial.
O governador tem poucas alternativas: com a campanha eleitoral em pleno andamento, sua opinião pessoal se dissolve e ele precisa se valer de conselheiros não comprometidos com aspectos técnicos do incidente – esses assessores tendem a transformar tudo em instrumento da disputa nas urnas.
Cabe à imprensa reproduzir as declarações oficiais em um contexto objetivo, que permita ao público formar suas opiniões na direção da verossimilhança. Nesse incidente, o Estado faz claramente uma escolha de mais qualidade, demonstrando respeito pela inteligência de seus leitores.
O episódio parece revelar a quebra de certo consenso que tem marcado os principais jornais brasileiros de circulação nacional na última década, e que se caracteriza por escolhas editoriais discriminatórias, nas quais um dos lados em que se dividiu a política nacional é tratado como inimigo público e o outro recebe os benefícios que se concedem aos amigos.
O correto é esperar que a imprensa trate com igual rigor crítico todos os detentores do poder público, assim como empresas e clubes de futebol, sem demonstrações de partidarismo.
Falta esmiuçar a polêmica entre o sindicato dos metroviários e os dirigentes da Companhia do Metrô, para esclarecer quem tem razão e quais são os riscos que a população está correndo diariamente, em trens lotados cujos sistemas de controle podem falhar a qualquer momento. Essa questão se relaciona diretamente ao escândalo das licitações fraudulentas.
O incidente de terça-feira pode estar anunciando uma tragédia – alguns protagonistas parecem estar preparando seus habeas corpus preventivos
Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA.
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Adi Lima: “Metrô lotado, trem quebrado, ônibus parado”

publicado em 5 de fevereiro de 2014 às 19:26

O que mais é preciso acontecer para piorar o transporte público metroferroviário em São Paulo?

Descaso por parte do governo estadual e a falta de respeito à população tornam insuportável a vida de quem depende de metrô e de trem

Por Adi dos Santos Lima*
Há pouco menos de dois anos – precisamente em junho de 2012 – a Central Única dos Trabalhadores de São Paulo realizou uma grande atividade em prol da mobilidade urbana. Essa atividade, que culminou num grande ato realizado no MASP, reuniu milhares de trabalhadores que protestavam contra as péssimas condições do transporte público em geral: ônibus, metrô, trem. A manchete do jornal distribuído à época dizia: “Todo dia a mesma coisa: metrô lotado, trem quebrado, ônibus parado”.
E o que aconteceu desde então? Infelizmente, a situação só piorou. E muito. Não há um dia sequer que não haja atrasos de trem ou de metrô, ou descarrilamento, ou abertura de portas com o trem se movendo, ou problemas de frenagem, ou falta de energia elétrica, ou quebra de vagões, ou mesmo princípio de incêndio.
O episódio da última terça-feira (5), à noite, quando uma pane acabou por provocar tumulto, paralisação da linha 3-Vermelha do metrô e prejuízo a milhares de usuários, embora tenha sido um dos mais graves dos últimos tempos, veio somar-se aos tantos e tantos episódios que vêm acontecendo cotidianamente, em especial envolvendo o Metrô. Aliás, na tarde desse mesmo dia acontecera outra pane elétrica, que afetou a linha 4-Amarela.
Como em junho de 2012, mais uma vez a CUT/SP vem a público denunciar esta situação caótica, provocada pelo descaso do governo estadual, porque entende que a população do estado mais rico do país merece um transporte público de qualidade.
Mais do que denunciar, a Central também vem apresentar propostas para que São Paulo desfrute de uma mobilidade urbana compatível com seu porte e que leve em conta o respeito aos cidadãos. E para que isso ocorra, é preciso, em primeiro lugar, a apuração das denúncias de corrupção por representantes do PSDB nos últimos 20 anos. O sucateamento do Metrô e da CPTM é uma reclamação diária dos trabalhadores, que merecem, no mínimo, que os bilhões de propinas sejam devolvidos e revertidos em investimentos no transporte.
Investimentos que passam, por exemplo, pela construção de uma rede metroviária compatível com as necessidades da Região Metropolitana de São Paulo, acelerar a implantação da rede metroviária utilizando tecnologia mais atual, estender a circulação do metrô para toda a Região Metropolitana, hoje restrita à capital, com apenas 74,3 km para uma população de quase 11 milhões de habitantes, enquanto Santiago, capital do Chile, conta com 101 km para uma população de seis milhões de pessoas.
Para recolocar a CPTM “nos trilhos”, a CUT/SP propõe transformá-la em metrô regional, usando sua extensão na Região Metropolitana, melhorar a gestão da CPTM para que as reformas sejam aceleradas, implantar o trem metropolitano na região de Campinas até Jundiaí e ligações ferroviárias da capital até Cotia e até Guarulhos.
Contudo, nada disso acontece sem pressão e sem mobilização. É necessário, portanto, que a população paulistana saia às ruas e demonstre sua insatisfação, já que a grande mídia esconde ou distorce esse caos diário de superlotação, atrasos, acidentes e, para completar, passagens caras. Que se escancare o quanto este governo tucano desrespeita a população e prejudica a classe trabalhadora.
*Adi dos Santos Lima é presidente da CUT/SP
Fonte: VI O MUNDO
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 Metrô: trem com problema foi reformado por cartel liderado por Alstom/Siemens

Presidente do Sindicatos dos Metroviários diz que composição que apresentou problema é da frota K, que teve contratos cancelados, na última segunda-feira (3), pelo MPE, por reforma “danosa”

05/02/2014
Do SpressoSP

O presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres, disse, em entrevista ao Estado de S. Paulo, que o trem que falhou na noite da última terça-feira (4) é o K07. A composição foi reformada pela empresa TTrans, que pertence ao chamado “cartel”, conluio de empresas que se favoreciam em licitações da CPTM e do Metrô.
O caos na Linha 3-Vermelha, que gerou pânico nos usuários e correria, começou por conta de uma porta do K07 que estava parado na estação República. Na última segunda-feira (3), o Ministério Público Estadual (MPE) cancelou os contratos da Frota K, todos reformados a partir de 2008 pela TTrans, por considerar “danosa” a reparação.
As reformas feitas na frota foi realizada pelo consórcio MTTrens, integrado por MPE, Temoinsa e TTrans, que liderou o pool de empresas.
Em 2013
No dia 5 de agosto de 2013, o mesmo K07 abriu todas as suas portas próximo da estação Santa Cecília, colocando em risco a vida dos usuários, já que o lado que fica para o trilho energizado também ficou livre; em caso de queda de algum passageiro a morte seria eminente. À época, a informação foi divulgada pelo portal Outras Palavras. No mesmo dia, por volta das 6h, a composição descarrilou na estação Palmeiras-Barra Funda
Fonte: BRASIL DE FATO
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qui, 06/02/2014 - 3:40
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Olha só!
A causa do ‘apaguinho’ pode ir além do que se supõe.
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Como não consegui publicar o comentário
sobre o ‘apaguinho’, no ótimo post do Azenha
(http://www.viomundo.com.br/politica/o-apagao-de-dilma-e-a-falha-do-metro-causada-pelos-passageiros.html),
postarei por aqui mesmo…
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BLACKOUT, POR CAUSAS NATURAIS,
OU LOCKOUT CONTRA O GOVERNO,
PARA LEVAR DILMA A NOCAUTE?
04 de fevereiro de 2014 | 7h 44
JOÃO VILLAVERDE E ANNE WARTH – Agencia Estado

Governo renovará contrato com distribuidoras de energia
Algumas das distribuidoras da Eletrobrás
estão entre as piores no ranking de avaliação
de prestação de serviço da Aneel.
O governo federal deve anunciar nas próximas semanas a renovação das concessões de distribuição de energia elétrica, cujos contratos vencem entre 2015 e 2017.
São cerca de 40 empresas, universo que contempla Cemig, Copel, e as sete companhias federalizadas, controladas pela Eletrobrás, como as empresas de distribuição de energia do Piauí, de Goiás e do Acre, por exemplo.
A medida faz parte da engenharia jurídica que permitiu o desconto na conta de luz, anunciado pela presidente Dilma Rousseff em setembro de 2012.
Segundo afirmou na segunda-feira, 3, ao jornal O Estado de S. Paulo uma fonte qualificada [SIC] do setor elétrico no governo, a renovação desses contratos de concessão “pode sair a qualquer momento”.
O caminho ficou aberto após a conclusão, na semana passada, da complexa operação montada entre a Eletrobrás e o governo de Goiás para federalização da Companhia Energética de Goiás.
Agora, com a transição para o controle federal concluída, o governo pode anunciar a renovação.
Os novos contratos apresentarão regras mais rígidas para prestação de serviço.
Formuladas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e acompanhadas de perto pelo Palácio do Planalto, as medidas vão exigir das distribuidoras uma “dramática” melhora na qualidade do serviço prestado, com redução nos índices de interrupção de energia, e aprimoramento no atendimento aos clientes.
Esses indicadores hoje são acompanhados pela Aneel mensalmente, mas há pouca margem de atuação do órgão regulador na fiscalização.
Hoje, a Aneel pode apenas multar as empresas.
A ideia é tornar a fiscalização mais rigorosa prevendo obrigações adicionais nos novos contratos.
Isso permitiria à agência reguladora atuar na empresas antes de a situação deteriorar, a ponto de exigir uma multa.
Algumas das distribuidoras da Eletrobrás estão entre as piores no ranking de avaliação de prestação de serviço da Aneel.
Essa é uma das razões pela qual o governo vem adiando há dois anos a definição das regras que estarão nos contratos de renovação das concessões.
A chance de algumas concessões não serem renovadas, por decisão dos atuais controladores diante das novas regras, é considerada “remota” em Brasília. Mas, caso isso ocorra, o governo fará uma nova licitação.
Essas empresas, que vendem energia diretamente para o consumidor, estão sob forte pressão neste início de ano.
Como antecipou o Estado em dezembro, as distribuidoras pedem uma injeção bilionária do Tesouro para evitar um repasse aos clientes na forma de aumentos da tarifa, decorrentes de altas de custos – as distribuidoras vêm pagando mais caro para adquirir energia no mercado diante da escassez de chuvas e alto consumo.
No ano passado, o governo decidiu bancar os gastos com a compra de energia de usinas térmicas, mais cara que a das hidrelétricas.
Essa despesa, paga pelo Tesouro, será ressarcida pelos consumidores nos próximos anos, de forma diluída.
Ontem, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou que o governo estuda repetir neste ano o auxílio de caixa às distribuidoras.
Questionado sobre os gastos do Tesouro com o sistema elétrico, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, demonstrou que não tem preocupação com o tema uma vez que o Orçamento já prevê R$ 9 bilhões para isso.
Colaborou Laís Alegretti.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(http://migre.me/hJuWW)
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04/02/2014 [depois do Blackout]
Mídia Bandida Local e Internacional
Apagão [Blackout] atinge até 6 mi de pessoas; governo descarta racionamento…
Apagão [Blackout] ocorreu um dia após o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmar que o governo não enxergava nenhum risco de desabastecimento de energia”.
(http://migre.me/hJwa4), (http://migre.me/hJtXG) e (http://migre.me/hJvbE).
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ESCLARECIMENTOS DO ONS
04/02/2014
O presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, afirmou que é RARO ocorrer SIMULTANEAMENTE dois curtos circuitos em duas linhas de transmissão no Sistema Interligado Nacional (SIN) (http://migre.me/hJuKh) e (http://migre.me/hJuLJ).
Observem-se com atenção os itens 1 e 2 da Nota do ONS, abaixo:

NOTA COMPLEMENTAR À IMPRENSA – 04/02/2014
SUMÁRIO DE PERTURBAÇÃO NO SIN
DATA: 04/02/2014
HORA: 14h03min (Horário de Brasília)

REGIÃO/EMPRESAS AFETADAS: Eletrobras Eletronorte, INTESA, TAESA, FURNAS,
TRACTBEL, ENERPEIXE, LAJEADO, CEMIG-GT, CTEEP, CESP, ELETROSUL,
Agentes Distribuidores e consumidores industriais
da região Sudeste-Centro-Oeste/Sul.

Descrição da Ocorrência 

1. Às 14h03min do dia 04/02/2014, ocorreu um curto-circuito monofásico envolvendo a fase A da linha de transmissão 500 kV Miracema – Colinas C3 [!!!], de propriedade do agente de transmissão Intesa, cujo controlador é o FIP Brasil [!!!], sendo a falha eliminada pela atuação correta das proteções da linha.
2. Em seguida, ocorreu um curto-circuito bifásico-terra envolvendo as fases A e B da linha de transmissão 500 kV Miracema – Colinas C2 [!!!], de propriedade do agente de transmissão Taesa, cujo controlador é a Cemig [!!!], sendo a falha eliminada pela atuação correta das proteções da linha.
3. Após a configuração da perda dupla entre Miracema e Colinas e considerando que o somatório dos fluxos nos três circuitos deste trecho, imediatamente antes dos distúrbios, era de 3.400 MW, foi acionada a lógica de perda dupla do Esquema de Controle de Emergência – ECE da interligação, comandando o desligamento do circuito remanescente, de propriedade da Eletronorte.
4. Com a abertura da interligação Norte/Sudeste no trecho Miracema-Colinas, atuou o Esquema de Controle de Emergência – ECE dessa interligação, desligando a LT 500 kV Serra da Mesa 2 – Rio das Éguas, separando fisicamente os sistemas Norte e Nordeste do restante do restante do SIN.
5. Com a separação das regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul da região Norte/Nordeste, que antes da perturbação exportava energia, verificou-se déficit nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul, com consequente queda na frequência elétrica, conforme apresentado na curva inferior na figura a seguir.
6. A perda dessa interligação resultou em desequilíbrio geração x carga nas regiões SE-CO e Sul, acarretando a atuação correta do 1º estágio do Esquema Regional de Alívio de Carga – ERAC nessas regiões, desligando cerca de 5.000 MW de cargas.
7. Às 14:41h, a interligação foi restabelecida, dando-se início ao processo de recomposição das cargas, cuja conclusão se deu às 15:30h.
8. A reunião para a análise desta ocorrência – RAP será realizada no Escritório Central do ONS nesta quinta-feira, 06/02/2014 às 14h.
(http://www.ons.org.br/download/sala_imprensa/notacomplementaraimprensa_04022014.pdf)
(http://www.ons.org.br/home)
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Traduzindo:
Resumidamente, o Sistema Interligado Nacional (SIN) opera basicamente com dois troncos principais de transmissão da energia elétrica produzida nas diversas Usinas Hidro e Termoelétricas espalhadas pelas Regiões do Brasil:
1) Norte/Nordeste, que produz para abastecer prioritariamente os municípios destas duas Regiões; e
2) Sudeste/Centro-Oeste/Sul, que, da mesma forma, com a energia aí produzida, prioriza o abastecimento dos municípios destas outras três Regiões do País.
Ocorre que esses dois troncos são interligados (daí o nome do Sistema) e, dependendo da demanda por energia de uma dessas duas zonas que, grosso modo, correspondem à Metade Norte e à Metade Sul do Brasil, o SIN pode redirecionar a transmissão de uma para outra.
É precisamente o que está acontecendo agora.
Devido às altas temperaturas nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o consumo de energia elétrica na Metade Sul aumentou, enquanto que, por causa da seca, diminuiu o volume dos reservatórios de água das Usinas Hidrelétricas instaladas.
Daí que, com a insuficiência de produção de energia elétrica para atender o excesso de demanda no Sudeste/Centro-Oeste/Sul, o SIN redirecionou a transmissão da energia excedente produzida no Norte/Nordeste, fundamentalmente pela Usina de Tucuruí, no estado do Pará (Subsistema Norte), para a Metade Sul.
Concomitantemente, para evitar que ocorram falhas na transmissão causadas por intempéries, acidentes ou quaisquer outras causas eventuais, existe no Sistema um dispositivo lógico automatizado de segurança da interligação chamado Esquema de Controle de Emergência (ECE) que está instalado em vários pontos estratégicos do SIN (Miracema-Colinas e Serra da Mesa-Rio das Éguas, por exemplo) e que consiste, simplificadamente, no corte ou desligamento do circuito de transmissão da linha afetada e na imediata substituição por um outro circuito de uma linha de transmissão alternativa de freqüência elétrica normal, não atingida, com o objetivo de manter o mesmo fluxo de energia elétrica dos circuitos.
Assim, via de regra, em caso de falha em um circuito de uma linha de transmissão do SIN, existe um outro capaz de suportar o fluxo de energia que foi interrompido em um determinado ponto.
Acontece que, quando se tratam de três únicos circuitos com fluxo de energia muito alto (3.400 MW, por exemplo) e quando dois deles estão comprometidos, configura-se a perda dupla.
Neste caso, o sistema está programado para automaticamente interromper totalmente o fluxo de energia, isolando o ponto de pane, para evitar a sobrecarga do conjunto e a queda total por período prolongado.
Além disso, em situações de extremo risco do Sistema Interligado, o ONS pode determinar às operadoras, por precaução, que antecipadamente cortem o fornecimento de energia elétrica, até que seja solucionado o problema na origem do distúrbio.
Fato é que na terça-feira (04/02), no momento em que as Usinas da Metade Norte forneciam energia aos consumidores da Metade Sul do Brasil, foram atingidas, em questão de minutos, exatamente as duas linhas de transmissão do SIN [Miracema – Colinas C3 (do FIP Brasil Energia) e Miracema – Colinas C2 (da CEMIG)] que faziam o fluxo da energia elétrica produzida pela Usina de Tucuruí, precisamente no trecho de interligação entre o tronco Norte/Nordeste e o Sudeste/Centro-Oeste/Sul.
Foi o fenômeno raro ocorrido, a que se referiu o Presidente do ONS.
Como diria o Gilmar, pode ser, mas é difícil, que dois raios caiam no mesmo lugar ao mesmo tempo.


(http://www.ons.org.br/conheca_sistema/mapas_sin.aspx)

E ainda tem um Blackrock no pedaço.
(http://www.proprietariosdobrasil.org.br/index.php/pt-br/ranking?f=mostra_rede&incorporado=1&id_empresa=2751&aba=grafico)
(http://www.proprietariosdobrasil.org.br/index.php/pt-br/ranking?f=mostra_rede&incorporado=1&id_empresa=639&aba=grafico)
(http://www.proprietariosdobrasil.org.br/index.php/pt-br/ranking?f=mostra_rede&id_empresa=35&aba=grafico)
Fonte: FRANCO ATIRADOR
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Terça-feira, 04 de fevereiro de 2014. Coincidência ou necessidade ?
Na parte da tarde acontecem dois significativos acidentes, em duplicata, em dois locais diferentes.
Primeiro o caótico sistema de transporte público de São Paulo registra dois acidentes em duas linhas do metrô da cidade de São Paulo. 
Mais uma vez o caos e o desespero tomou conta dos passageiros que , diariamente, sofrem com o transporte público de São Paulo.
O governador do estado, o tucano  Geraldo Alckmin ,responsabilizou os passageiros pelos acidentes e transtornos causados , ignorando, propositalmente, a enxurrada de denúncias sobre crimes e corrupções que acontecem com os transportes sobre trilhos no estado de SP  desde o início da gestão do PSDB no estado.
Um sistema de metrô que anualmente avança timidamente e que conta com apenas 74 km de linhas para 11 milhões de pessoas não tem nenhuma responsabilidade nos problemas técnicos que ocorrem com vagões e composições, isso na visão do governador, é claro.
Mesmo com denúncias de vagões reformados a preço de vagões novos e com a corrupção correndo solta fora dos trilhos , a culpa dos transtornos da última terça-feira teria sido dos passageiros. 
Não satisfeito em culpar os passageiros, o governador ainda lançou a tese de uma possível sabotagem contra o transporte sobre trilhos de São Paulo.
O nariz é imenso.
Porém, o pior ainda estava por vir. 
A imprensa, principalmente de São Paulo, deu razão ao governador, ou pelo menos adotou sua justificativa reproduzindo a tese de que a culpa pelos problemas no transporte público é dos usuários. 
Quem manda ser pobre e não ter carro , ou, caso não tenham pão, que comam brioches, 
não é governador ?  
E a imprensa reproduz o governador.
Interessante e estranho, que no mesmo dia, também na parte da tarde, algo muito raro em termos de acidente acontece com o Sistema Interligado Nacional de distribuição de energia elétrica, conforme relatado pelo Operador Nacional do Sistema .
Dois curtos circuitos, quase que ao mesmo tempo em duas linhas de transmissão, o que pela característica do Sistema obrigou o corte de energia em algumas regiões do país.
Na velha, golpista e decadente imprensa, no mesmo dia e no dia seguinte, os passageiros em São Paulo eram os culpados pelos caos nos transportes públicos da cidade e o governo federal o culpado pelo apagão de energia que coloca o pais em risco de desabastecimento. 
Realmente uma terça-feira gorda , não se sabe, ainda, se em sabotagens, mentiras ou ambos.
Se isso não fosse o suficiente para causar mais uma estranheza no cidadão consciente, eis que nos trilhos da semana surge um supremo aloprado levantando suspeitas sobre a ação consciente e  solidária de conscientes cidadãos que não se curvam para farsas que em profusão insistem em atacar e , aí sim, colocar em risco a energia do processo  democráticao dos governos populares do Partido dos Trabalhadores, o PT..
Da terça-feira gorda para a quinta-feira real, hoje,os sinais da verdade soam pelos trilhos e linhas de transmissão de energia, lançando mais luz na escuridão da estranheza semanal., ainda que jornalista declare em telejornal de tv aberta seu apoio explícito a barbárie de linchamento que sofreu um bandido em rua do Rio de Janeiro, ao ser amarrado nu em um poste e espancado pela população.
Nas linhas do apagão, nos trilhos de São Paulo e na barbárie urbana, aloprados e oportunistas fazem o carnaval  em um bombardeio de " notícias"  e declarações, rasas e confusas, que ganham maior ou menor dimensão ao sabor dos ventos, que hoje, não por acaso, se voltam para a Itália. 
O trem voltou a andar, a luz está de volta, o bandido foi preso, e o aloprado está medicado.
É momento de a imprensa mudar o foco.
Entretanto o cidadão consciente analisa os fatos da semana  e ainda pergunta:
Cadê o DARF ?



quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

O Apagão Midiático

Isenção: primeira página da Folha de hoje tem 11 chamadas: 8 contra o governo e o PT; uma contra os impacientes usuários do metrô de SP que já não toleram as falhas seguidas no serviço tucano 

Fonte: CARTA MAIOR

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Defeito em linha de transmissão causou apagão; manchete garrafal no site do Valor Econômico: 'Dilma comanda abafa sobre risco energético'

Fonte: CARTA MAIOR 

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O apagão de Dilma e a falha do Metrô causada pelos passageiros

publicado em 4 de fevereiro de 2014 às 22:59


 As escolhas da Folha, ontem e hoje: Dilma acusada; Alckmin acusando 
por Luiz Carlos Azenha

No meu tempo o jornalismo servia para esclarecer. Hoje, propaga qualquer bobagem dita por internautas como se fosse verdade factual.
A queda de energia que deixou milhões de brasileiros sem luz por algumas horas, ontem, não foi causada pelo calor. Nem tem relação com a declaração do ministro, no dia anterior, de que não há previsão de desabastecimento. Tanto não há que o abastecimento foi retomado.
Um apagão causado por uma falha do sistema de distribuição — qualquer falha — não tem relação com a capacidade de produzir energia.
A Folha, como se vê acima, logo deu um jeito de colocar o problema no colo da presidente Dilma.
Ela tem de responder, sim, pelos investimentos no sistema elétrico, tanto quando o governador Geraldo Alckmin pelos investimentos no Metrô paulistano.
Mas, curiosamente, quando houve pânico no Metrô de São Paulo causado pela falha em um dos trens na estação da Sé a Folha não citou Alckmin.
Pelo contrário. A nota oficial do Metrô atribuiu o problema a usuários que acionaram o sistema de emergência de sete composições, sem explicar que não o fizeram por capricho.
Só lá no miolo é que veio esta informação:
O vendedor Washington Ormundo, 42, contou que estava dentro de um trem entre as estações Anhangabaú e Sé quando houve o problema. Após a composição ficar parada por 40 minutos, com o ar condicionado desligado, passageiros quebraram as janelas e desceram no túnel. Durante o percurso até a Sé, ele diz que seguranças do metrô também circularam pela linha, pedindo aos passageiros que retornassem ao trem e dizendo que, caso contrário, a situação não seria normalizada. “Foi total falta de preparo. Sabiam do problemas desde 18h30 e não impediram a entrada de pessoas nas estações. O povo foi se acumulando e a situação piorou. Não temos como receber Copa do Mundo coisa nenhuma”, afirmou.
Ou seja, a culpa é da Copa.
Fonte: VI O MUNDO
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No verão, o PiG tenta o Golpe do “apagão” !

O Ataulfo Merval voltou ! Ôba !

Ilustração de Dom Dhyone Bonfim, no Facebook do C Af

Faltou energia por 30 minutos em onze estados, por conta de um curto circuito de origem ainda desconhecida.

O Governo não acredita – por enquanto – que a culpa seja do forte consumo derivado do intenso calor deste verão.

É o bastante para o PiG (*) tentar, como faz em todo verão, o Golpe do Apagão.

Como se sabe, Apagão de verdade foi o do Príncipe da Privataria, que roubou dois pontos percentuais do PIB, tomou R$ 600 de cada brasileiro, e ajudou a eleger o Lula em 2001.

Aquilo é que foi apagão.

Não durou meia hora.

Durou seis meses.

Como sabe do efeito eleitoral de um apagão – que a Urubóloga antecipa todo ano, com a proximidade do verão – o PiG se lança às águas dos reservatórios ralos.

Não vai haver racionamento, apagão ou nada que impeça a Dilma de se re-eleger, como se depreende do que disse o Tolmasquim ao Conversa Afiada.

Esse é o tema da manchete dos três pigais jornais.

E tema de um interessante editorial do Valor, o PiG que foi cheiroso e hoje recende a confinamento de suínos:

- é culpa é de falhas na política do Governo, que atrasa as obras nos rios Madeira – Santo Antonio e Jirau – , e no Pará, Belo Monte.

Interessante.

Por que o notável editorialista não manda um e-mail à Bláblárina e aos bagrólogos instalados no Ministério Público, no Ibama, na Funai ?

E por que não convida para um debate o James Cameron, aquele que se vestiu de índio para dinamitar Belo Monte ?

Clique aqui para ler sobre “Teles Pires e a questão do fio d’água”.

O notável editorialista pigal observa que não adianta nada essas hidrelétricas ficarem prontas se não houver linhas de transmissão.

Um jenio !

É o mesmo que dizer “não adianta a Dilma fabricar automóveis se não fabricar rodas … !”

E quem disse que não vai haver linha de transmissão ?

Não havia no apagão do FHC, quando o Malan e o Padim Pade Cerra – o planejador-mor – não deram dinheiro para trazer a energia que sobrava no Sul (o que fez a vida da Dilma, secretária de Energia do Rio Grande …).

O notável editorialista também critica a política da Presidenta de reduzir a tarifa de energia.

Um rombo fiscal !

É a velha lorota do “equilíbrio fiscal” que os neolibelês (**) perseguem, em vão …

Até as aguas de março, os Golpistas do Verão vão se divertir !

Para tudo se acabar na quarta feira.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Há um apagão geral na velha e decadente mídia.
A Folha de SP, hoje, em primeira página, afirma que  6 milhões de pessoas no país foram atingidas pela queda de energia que ocorreu ontem.
Já o Jornal do Brasil e O Dia afirmam que foram 3 milhões de pessoas atingidas .
A rádio CBN, do sistema globo, ontem, durante a queda de energia, misturava notícias sobre o incidente e o nível dos reservatórios de energia. Não existe nenhuma relação entre os fatos.
O jornal o globo , de hoje, estampa chamada de primeira página citando o ministro de Minas e Energia com a declaração de um dia anterior onde o ministro afirmou que o país não corre risco de desabastecimento de energia. De fato, uma queda  acidental no sistema não tem nenhuma relação com racionamento/desabastecimento de energia elétrica, porém o diário carioca da famiglia marinho tenta relacionar os fatos.
Em sua coluna de hoje no globo, Merval, o imorrível , cita  declaração do candidato Campos, de que o país está fora dos trilhos, em uma referência a queda de energia de ontem. Porém, nada fala sobre os trilhos milionários de São Paulo.
As emissoras de rádio do Rio de Janeiro, destaque para Band News fm, falavam do acidente relacionando-o ao nível dos reservatórios , o que não é verdade.
O acidente. com o corte de energia , teve início às 14:03 , sendo que às 16:24 todas as cidades já tinham o fornecimento normalizado ( alguns repórteres falavam normatizados). Em alguns locais o corte de energia não durou nem uma hora, mas mesmo assim a rádio CBN levou ao ar entrevista com o proprietário de uma sorveteria, que estava preocupado com possíveis prejuízos. Rapidamente, na mesma CBN, um "professor especialista", com opiniões técnicas "profundas" contra o governo federal, deitava falação sobre a possibilidade de o sistema energético brasileiro estar estressado e operando "no limite", o que , segundo especulação do "especialista" poderia ter sido a causa da queda de energia.
O jornal o globo de hoje reproduziu como manchete a declaração do "especialista útil", sem que  o ouvinte tivesse quaisquer outras avaliações técnicas, mesmo contraditórias.
Há um mentirão na velha mídia.

Gilmar delira

Inconformado, Gilmar Mendes puxa a coleira e o jogral conservador late imediatamente: doações solidárias aos petistas são suspeitas; cabe perguntar: inclusive os R$ 10 mil do ex-ministro Jobim?
 Publicado em 04/02/2014
Fonte: CARTA MAIOR
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Doações ao PT.
Gilmar suspeita de lavagem !

Será ele o Dr Draco ?

De Antonio Pinheiro Neto, no Face do Conversa Afiada
Inacreditável !

O Gilmar Dantas (*), cuja batata assa em alto forno de siderúrgica, desconfia da origem do dinheiro que Genoino e Delúblio levantaram para pagar a multa que o STF lhes impôs.

Como disse o Conversa Afiada sobre as doações:  “um tribunal de júri popular desmascarou o Supremo !“.

Por isso, o ex-Supremo Presidente do Supremo esperneia !

Que audácia !
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Publicado em 05/02/2014

Bomba ! Nassif revela “doações” a Gilmar

Será que o CNJ vai encontrar “lavagem” no Tribunal de Justiça da Bahia ?
No mesmo dia em que, segundo a Folha (*), o Ministério Público decide investigar denúncia de lavagem de dinheiro nas doações a petistas – clique aqui para ver a trepidante denuncia de Gilmar Dantas: é lavagem ! – o Luis Nassif abre novo caminho naquilo que o Conversa Afiada chamou de “roteiro para o impeachment de Gilmar Dantas (**)”:
Correição do CNJ no TJ da Bahia analisará contratos com IDP de Gilmar
Luis Nassif

Aqui, uma provável explicação para mais um factoide criado pelo Ministro Gilmar Mendes.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tem um belo pepino na mão.

Ontem, iniciou o que se anuncia uma “devassa” no Tribunal de Justiça da Bahia. Serão dois dias de trabalho intenso comandados pelo Ministro Francisco Falcão, cujo relatório definiu o afastamento, em novembro passado, do presidente do Tribunal, Mário Alberto Hirs (clique aqui).

Falcão foi firme nas suas declarações: “Vai ser apurado com todo o rigor. Doa a quem doer” (clique aqui).

Segundo o jornal “A Tarde”, Falcão ficou “espantado” com o que encontrou.

Além de suspeitas de vendas de sentença, de compras injustificadas, Falcão afirmou que “parece que a lei de licitações (na compra de serviços e produtos) jamais passou por aqui. (clique aqui). Falcão foi responsável pelo relatório que provocou o afastamento do presidente do TJBA, Mário Alberto Hirs.

É aí que se entra na parte complicada da história.

Um dos maiores contratos firmados por Hirs foi com o IDP (Instituto Brasileiro de Direito Público) empresa que tem como proprietário o ex-presidente do CNJ Gilmar Mendes (clique aqui).

É um contrato maiúsculo:

“A parceria prevê a implementação do Programa de Formação e Aperfeiçoamento de magistrados e servidores em 2012 e 2013. A ação dará continuidade ao trabalho realizado pelo Programa de Capacitação em Práticas Judiciárias, que capacitou 58 turmas, sendo 25 na capital e 33 no interior, contemplando um total de 2,4 mil servidores”.

Estima-se que deva passar dos R$ 10 milhões.

O contrato foi celebrado no dia 21 de abril de 2012 e visou capacitar os servidores para atender às exigência do proprio CNJ (clique aqui):

“um convênio para a capacitação de servidores e magistrados do judiciário baiano, em atenção à Resolução 126/2011 do CNJ, que criou o Plano Nacional de Capacitação Judicial (PNCJ), constituído pelo conjunto de diretrizes norteadoras das ações promovidas pelas Escolas Judiciais brasileiras na formação e aperfeiçoamento de magistrados e servidores do Poder Judiciário”.

Na página do TJBA, foi retirado o link que permitiria ler o decreto (clique aqui). Mas sabe-se com certeza que foi assinado pelo mesmo desembargador Hirs, sob suspeita de não seguir a lei das licitações.


Em outra página (clique aqui), manda-se clicar para ver o decreto mas o arquivo foi retirado do endereço mencionado.


Dependendo dos resultados dessa correição, o CNJ poderá se firmar ou não como órgão máximo de fiscalização do Judiciário.



Em tempo: antes de se tornar “analista de mensalão petista” do PiG (***) e autor de orelha de livro de colonista (****) global, o professor Joaquim Falcão fez parte do CNJ. Lá, ele aposentou um juiz de Goiás que mantinha atividade empresarial enquanto administrava a Lei. Era dono de um “idp”. Falcão tentou ir pra cima das múltiplas atividades de Gilmar. Não foi. Como diz aquele amigo navegante do Conversa Afiada: só mostro meu CPF e a comprovação da minha doação se o Gilmar mostrar o grampo do áudio ! – PHA
Fonte: CONVERSA AFIADA
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E agora, Gilmar ?
A realidade é dura, não é Gilmar ?
Isso é apenas uma pequena amostra do que  a militância e a resistência cidadã são capazes de fazer.
Enquanto o povo é motivo de orgulho , Gilmar envergonha o país.
O Brasil verdadeiro não aparece nas telas de tv, mas ele existe, Dotô Gilmar.