sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O trem. A Internete. A Rua. Sistemas em Transformação



Internete é a rua, mas a rua não é a internete.
Ao lado da rua passa um trem.
Anjos e guardiões , na internete, anunciam a passagem do trem, ao lado da rua.
O trem percorre seu caminho sem parar, vinte quatro horas por dia, todos os dias, todos os anos.
Da internete avisa-se que o trem está passando.
Depois de parar em uma plataforma, onde muitas pessoas embarcam e outras desembarcam, o trem move-se lentamente para sair e continuar seu caminho.
Um grupo de pessoas , na plataforma, observa a saída do trem.
Crianças, nas janelas do trem que se move para sair, gritam que a plataforma começa a se mover.
Elas estão no trem, não percebem seu movimento, e acreditam que a plataforma se move.
Aqueles que jamais desembarcaram do trem , não o conhecem.
A internte é a rua, mas a rua não é a internete , assim como a plataforma não se move.
É preciso estar fora do trem para conheçê-lo.
É preciso estar na rua , para saber da internete.
É preciso estar na internte, para ampliifcar a rua.
Do antigo trem para a nova internete, pessoas se movem, outras movem pessoas.
O movimento é a regra.
Formas antigas cedem lugar para outras formas, mas para conhecê-las deve-se sair do trem, passear pelas ruas, navegar na internete, embarcar no trem.
O trem deve ser contido.
Grupos , nas ruas, estabelecem uma forma de interromper o caminho do trem, impedir sua passagem com barricadas, muito barulho, violência.
Grupos, na internete, estabelecem uma forma de interromper o caminho do trem, impedir sua passagem, com cyber barricadas, invadindo sistemas, pouco barulho.
Tais grupos pouco se conhecem, talvez acreditem que estejam em lados opostos, talvez por opções religiosas, talvez por questões de classe , ou, quem sabe, até mesmo estéticas.
A internte é a rua , mas a rua não é a internete.
Na internete a proposta é compartilhar, desde que algum lado prevaleça, independente do mesmo trem em que estão, mas que não o conhecem , pois jamais conseguiram enxergá-lo. 
Na rua, que não é a internete, pessoas mudas, caladas, quebram tudo que encontram pela frente.
Na internete, que não é a rua,  aliados do trem, mudos , calados, manipulam sistemas eletrônicos de controle remoto para matar pessoas a distância, quebrar tudo que estiver pela frente. 
O movimento é a regra. 
As crenças determinam as ações
As ações chamam a atenção de todos .
A negação é o resultado.
Na internete muitos conversam, poucos se veem.
Na rua, que não é a internete, poucos falam.
Muitos procuram se esconder, como se a rua fosse a internete.
No mundo em que o real e o virtual se confundem, muitos tentam entender, explicar.
Para tanto o antigo é a referência para um novo desconhecido.
Assim , a plataforma se move, a rua é a internete ,o trem cria asas,  a civilização não tolera dissidências.
A raiva desse ser contida, civilizada, bem comportada, assim como o mundo civilizado, moderno e próspero onde todos vivem, na rua, na internte, no trem, e na plataforma.
Uma mensagem, da rua, da intenete, sobre o trem, mesmo que inconsequente não é decifrada, apenas os perigos decorrentes, oportunistas que podem alterar o caminho civilizado, tornando-o ainda mais "civilizado".
O foco é no adversário,.
A raiva , da internete , da rua, real, virtual, local, mundial é desconhecida, residual.
Mensagens da internete, das ruas, somente se previamente protocoladas.
O mundo atual é civilizado, limpo, transparente, próspero e feliz.
Não comporta questionamentos, de qualquer espécie, de qualquer lugar.
O trem não pode parar.
Atos revolucionários, infantis,adultos, de esquerda, de direita., fundamentalistas, fascistas, focados, desfocados, inconsequentes, consequentes, niilistas, anárquicos, mercadológicos, conservadores, das forças armadas, nazistas, anarcopunks, religiosos e outros mais somente serão possíveis e aceitos se forem bem comportados.
Assim pensam todos os que estão no trem, da civilização, limpa, próspera, moderna e evoluída.

PS. " não sou candidato a nada,
            meu negócio é batucada,
            mas meu coração não se conforma,
            o meu peito é do contra
            e assim mete bronca,
            nesse samba plataforma."


 

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Síndrome da China

Alguns fatos que todos deviam saber sobre Fukushima
Primeiro-ministro diz que situação está “sob controle”. Isto faz lembrar a história do homem que saltou de um edifício de dez andares e, à medida que ia passando por cada andar, dizia: “Até aqui, tudo bem”

Por Takashi Hirose, no Esquerda.net

No dia 7 de setembro de 2013, o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe disse o seguinte na sessão nº 125 do Comitê Olímpico Internacional: “Pode ser que alguns tenham suspeitas no que diz respeito a Fukushima. Deixem-me assegurar-lhes que a situação está sob controle. Nunca houve nem jamais haverá qualquer dano a Tóquio”.
Os porta-vozes do governo japonês defendem a afirmação de Abe, dizendo que os níveis de radiação no oceano Pacífico ainda não ultrapassaram os limites das normas de segurança.
Isto faz lembrar a história do homem que saltou de um edifício de dez andares e, à medida que ia passando por cada andar, dizia: “Até aqui, tudo bem”.
Trata-se, recordem, do Oceano Pacífico – o maior depósito de água na Terra e, até onde sabemos, do universo. A empresa Tokyo Electric Power (TEPCO) verteu para o mar água do seu reator de Fukushima durante dois anos e meio e, até agora, o oceano Pacífico foi capaz de diluí-la sem superar os limites de segurança. Até aqui, tudo bem. Mas não há nenhuma perspetiva à vista de que a torneira vá ser fechada.
Há oito coisas que deveriam saber:

1. Numa zona verde residencial de Tóquio, a 230 quilômetros de Fukushima, descobriu-se que a terra tinha um nível de radiação de 92.335 bécquerels por metro quadrado. Esse é um nível perigoso, comparável ao que se encontrou ao redor de Chernobyl (o marco de uma catástrofe nuclear em 1986). A razão pela qual na capital se descobre tal nível de contaminação é que entre Tóquio e Fukushima não há montanhas suficientemente altas para bloquear as nuvens radioativas. Na capital, as pessoas que entendem o perigo recusam-se radicalmente a comer produtos provenientes da zona Leste do Japão.






2. No interior dos reatores nucleares Daiichi de Fukushima 1 e 3 as canalizações (pelas quais circulava a água fria) romperam-se, o que causou uma fusão. Isto significa que o combustível nuclear superaqueceu, derreteu-se e continuou a derreter qualquer coisa que aparecesse no caminho. Daí continuou para o fundo do reator e depois para o próprio solo do edifício, onde se afundou solo abaixo. Como se disse mais acima, durante dois anos e meio, os trabalhadores da TEPCO lançaram desesperadamente água no reator, mas não se sabe se a água está realmente atingindo o combustível derretido. Se houvesse um terremoto de força média, seria suficiente para destruir totalmente o já combalido edifício. De fato, nos últimos dois anos e meio os terremotos têm continuado a abalar Fukushima. (como dado adicional, precisamente enquanto esta carta era escrita, Fukushima foi castigada por outro terremoto de força média, ainda que no entanto pareça que o edifício resistiu uma vez mais. Até aqui, tudo bem). Está em estado especialmente perigoso o reator 4, no qual, numa piscina, se conserva uma grande quantidade de combustível nuclear, o que pode provocar outro desastre, dadas as circunstâncias.

3. No Japão, considera-se que o maior problema é a água fria que foi lançada sobre o reator. Os jornais e as cadeias de televisão que antes se tinham esforçado por esconder os perigos da energia nuclear, agora informam sobre eles todos os dias, e criticam Shinzo Abe pela mentira que contou ao COI. A questão é que a água altamente radioativa está se infiltrando e misturando-se com a água do subsolo, uma goteira que não se pode parar, o que significa que está escorrendo para o oceano. É uma situação impossível de controlar. Em agosto de 2013 (um mês antes do discurso de Abe ao COI) no interior do lugar onde se encontra o reator Daiichi de Fukushima, a radiação medida atingiu os 8.500 micro Sieverts por hora. Suficiente para matar qualquer um que ficasse ali durante um mês. O que torna muito difícil que os trabalhadores possam fazer alguma coisa. Em Ohkuma-machi, a cidade onde se encontra o reator nuclear Daiichi, a radiação, em julho do 2013 – dois meses antes do discurso de Abe –, chegou, segundo as medições, aos 320 micro Sieverts por hora. Este nível de radiação mataria uma pessoa em dois anos e meio. Daí que, numa área de vários quilômetros à volta, esteja a aumentar o número de cidades fantasma.

4. Por causa dos jogos olímpicos de Tóquio de 2020, deixou-se de lado um facto crucial nos relatórios para o exterior. Só se informa que a água radioativa continua a escorrer pela superfície do solo em redor do reator. No entanto, a água do subsolo também está recebendo radiação, e essa água flui para o mar e mistura-se com a água marinha através das correntes subterrâneas. É demasiado tarde para impedi-lo.

5. Se for ao mercado central de peixe perto de Tóquio e medir a radiação no ar, registará cerca de 0,05 micro Sieverts – um pouco mais do nível normal. Mas se medir a radiação perto do lugar onde se situa o instrumento que mede a radiação do peixe, o nível é duas ou três vezes maior (segundo as medições em 2013). As verduras e o peixe que provém da zona de Tóquio, mesmo as que receberam radiação, não são jogados fora. A razão é o nível de tolerância à radiação na comida estabelecido pelo governo japonês – que, caso seja superado, não pode ser posta à venda – é o mesmo que o nível tolerado nos lixos de baixa radiação. É o mesmo que dizer que no Japão, hoje em dia, ao estar contaminado o país na sua totalidade, a única opção que resta é servir à mesa lixo radioativo. A distribuição da comida radioativa também se torna um problema. A comida proveniente da zona de Fukushima era enviada para outro município e, então, voltava a ser enviada, reetiquetada, como se tivesse sido produzida nesse segundo município. Um caso concreto: a comida distribuída pelas maiores empresas alimentares, bem como a que é servida nos restaurantes caros, não passa quase nunca por um teste de radiação.



6. No Japão, a única radiação provinda dos reatores nucleares Daiichi de Fukushima que se mede é o césio radioativo. Não obstante, grandes quantidades de estrôncio 90 e de trítio estão espalhando-se por todo o Japão. A radiação do estrôncio e do trítio consiste em raios beta, e são muito difíceis de medir. Mas ambos são extremamente perigosos: o estrôncio pode causar leucemia e o trítio pode produzir desordens cromossómicas.

7. Mais perigoso ainda: dizem que para se livrar da contaminação que invadiu a vasta zona do Leste do Japão, estão raspando a camada superior da terra e a armazenando em sacos plásticos, como se fosse lixo. Grandes montanhas destes sacos plásticos, todos expostos às inclemências climáticas, amontoam-se em campos do Leste do Japão, expostas ao ataque de chuvas torrenciais e de tufões. O plástico pode rasgar-se e o seu conteúdo espalhar-se. Quando isso ocorrer, não haverá qualquer outro lugar onde os levar.

8. Dia 21 de setembro de 2013 (de novo, enquanto escrevia esta carta) o jornal Tokyo Shimbum informou que o governador de Tóquio, Naoki Inose, disse numa conferência de imprensa que o que Abe comunicou ao COI foi a sua intenção de pôr a situação sob controle.
“Não está – disse Inose – “sob controle neste momento.”.

É uma triste história, mas esta é a situação atual do Japão e de Tóquio. Eu amava a comida japonesa e esta terra, até o acidente de Fukushima. Mas agora…
Os meus melhores desejos para a sua saúde e uma longa vida.

Takashi Hirose é o autor de “The Fukushima Meltdown: The World’s First Earthquake-Tsunami-Nuclear Disaster” (2011)
Publicado originalmente em Counterpunch
Tradução para castelhano de Betsabé García Álvarez, publicada em Sin Permiso
Tradução de Luis Leiria para o Esquerda.net
Fonte: REVISTA FÓRUM 

A situação do reator de Fukushima é bem mais grave do que se imagina, se é que se imagina alguma coisa nesse universo jornalístico onde as notícias são selecionadas única e exclusivamente para preservar interesses de governos e corporações.
As barras do elemento combustível, juntamente com o combustível nuclear, entraram em processo de fusão. 
Essa fusão atingiu o vaso de pressão, núcleo do reator, e penetrou no solo.
Estamos diante de um dos acidentes mais graves em centrais nucleares, conhecido como Síndrome da China.
A fusão do combustível nuclear exerce uma pressão para baixo, atingindo o reator, o solo , e hipotéticamente atravessa toda a terra até chegar na China, o outro lado do mundo na visão dos ocidentais.
Certamente, aleḿ dos problemas citados no artigo acima, o subsolo está com índices elevados de radiação, contaminando lençois freáticos com desdobramentos em rios ,lagos e mares, e também afetando a agricultura.
No ano de 1979, foi lançado o filme Síndrome da China. A trama se passa em uma central nuclear dos EUA, onde jornalistas tem enormes dificuldades em obter informações sobre um acidente grave em uma central nuclear. 
Curiosamente, menos de quinze dias do lançamento do filme, um acidente de grandes proporções acontecia nos EUA na central nuclear de Tree Milles Island.
Passadas mais de três décadas do acidente de Tree Milles Island, e do lançamento do filme, o cenário envolvendo informações sobre centrais nucleares geradoras de energia elétrica envolvidas em acidentes pouco se modificou, sendo que as mudanças que ocorreram visam blindar ainda mais as informações e o verdadeiro impacto dos acidentes, tendo em vista que o lobbie nuclear é parte do sistema.
No ano de 1979, o jornalismo ainda surfava no caso watergate e ainda era possível encontrar jornalistas e veículos de mídia empenhados na verdade dos fatos.
O destaque na grande mídia mundial sobre Fukushima é irrisório, tendo em vista a gravidade do acidente e dos desdobramentos futuros, já que Fukushima é o acidente que ainda não terminou e que ainda irá produzir danos por muitos anos. 
Os técnicos da operadora da central não tem a mínima idéia do que se passa no núcleo do reator que entrou em processo de fusão.
Jornalistas como os do filme Síndrome da China,  atualmente só existem na mídia alternativa.
Tóquio é sede das olimpíadas de 2020, e mesmo que exista contaminação na cidade ou nos arredores da cidade e nos alimentos, não pega bem falar muito sobre o assunto para não prejudicar os negócios.
A mídia comercial mundial, como a brasileira especificamente abaixo, tem outras prioridades:

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Os Black Blocs de Gravata

Nabil Bonduki: Mídia faz até isentos ficarem “enfurecidos” com IPTU de Haddad

publicado em 6 de novembro de 2013 às 0:14


por Luiz Carlos Azenha

Sete e meia da manhã. Saguão de um hotel em Vitória, no Espírito Santo. TV sintonizada na Band News. O apresentador destaca uma das manchetes: um promotor entrou com ação na Justiça para suspender o aumento no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) aprovado pela Câmara Municipal de São Paulo.
O promotor fala. Só ele. O texto destaca o aumento “de até 80%” no IPTU de prédios comerciais paulistanos. Aumento “do prefeito Haddad”.  O fato de que isso é até 2016 fica perdido no meio do caminho. Assim como todas as outras nuances: os isentos, o desconto para aposentados, a situação fiscal da cidade, etc. etc.
Dias antes, conversando com o vereador petista Nabil Bonduki por telefone, ele havia afirmado: a mídia, notadamente emissoras de rádio e TV — nesta, especialmente programas popularescos como um vespertino da TV Bandeirantes — “inflou” o sentimento popular, de tal forma que mesmo os que não pagam IPTU — ou os que pagam muito pouco — ficaram, na palavra do vereador, “enfurecidos”...............
Fonte: VIOMUNDO

Os neobandeirantes continuam sua caminhada.
Avançam pelas casas e residências do país em sua campanha para não pagar nenhum tipo de imposto. 
Armados de uma verborragia indignada, associada a uma teatralidade desafiadora ,clamam por apoio incondicional em suas colunas ,justo para  aqueles que serão os maiores beneficiários do aumento do IPTU , o povo, que diariamente assiste essa barbaridade conhecida  como programas de televisão.
Os neobandeirantes, que vivem na cidade de São Paulo acreditando que vivem em Milão mas que desejam ruas como as da cidade  de Paris, tentam cooptar o povo benficiário do aumento, justo o povo que eles, os neobandeirantes, odeiam e desejam vê-los espalhados, tal qual animais  em decomposição ,em valas e campos baldios da pereferia paulistana.
Os zumbis, pobres e  encurralados, subprodutos do mundo capitalista civilizado, próspero e democrático, na conjuntura atual de um estado onde decisões do governo estadual são tomadas dentro de celas de penitenciárias, esses zumbis que tem a ousadia de insistir em viver, são agora, justo agora, o alvo da verborragia de programas vespertinos de tv e também dos higiênicos, estéreis e histéricos telejornais das emissoras paulistanas.
Os neobandeirantes, defensores do capitalismo anárquico, desregulado, livre , sem tutelas, uma anomia niilista também conhecida como mercado, esses neobandeirantes são os black blocs do espectro eletromagnético, sempre prontos e disponíveis, diariamente em suas passeatas verborragicas na defesa de seus interesses, que se manifestam sutilmente em forma de telejornais, programas humorísticos e de entretenimento para o povo.
 

LEITURAS DE ‘ÉPOCA’

A imprensa Black Bloc

Por Luciano Martins Costa em 11/11/2013 na edição 771
Comentário para o programa radiofônico do Observatório da Imprensa de, 11/11/2013
A revista Época que circula nesta semana traz na capa a fotografia de uma mulher, de olhos verdes amendoados, vestindo casaco preto de couro e usando um capuz também preto na cabeça. É a versão fashion dos Black Blocs, numa patética aventura jornalística que cobria de ridículo a publicação semanal da editora Globo apenas algumas horas depois de chegar às bancas.
“Exclusivo: Os Black Blocs sem máscara - Época testemunhou o treinamento de ativistas que promovem protestos violentos - e revela quem são, como se organizam e quem os financia” - diz a manchete da revista.
A jovem, identificada como Daniela Ferraz, de 31 anos, faz pose de vilã, com maquilagem cuidadosamente delineada para destacar o olhar direto para a câmera. Na legenda, afirma-se que ela é “conhecida como a Pantera dos Black Blocs”. Uma sucessão de clichês como havia muito não se via numa peça da imprensa completa o arremedo de reportagem.
Já no sábado (9/11), quando a revista começou a circular, as páginas do grupo de ativistas no Facebook desmascaravam a farsa. Leonardo Morelli, controverso dirigente de uma ONG e apresentado como fonte principal da reportagem, é chamado por ativistas de “fanfarrão, irresponsável e gozador”. “Chega a ser cômico”, afirma outro comentário.
As circunstâncias do suposto treinamento que foi testemunhado pelo repórter provocam reações hilárias. A pretensa “musa” do movimento foi anunciada por militantes como futura “pin-up” de revista masculina e candidata a uma vaga no reality show Big Brother Brasil.
Leonardo Morelli, apresentado pela revista como líder dos Black Blocs e principal fonte da reportagem, é personagem conhecido no mundo anarquista desde o fim dos anos 1980, quando foi acusado de haver traído o coletivo de ativistas e infiltrado grupos punks no movimento em Campinas. Citado na reportagem como coordenador da ONG Defensoria Social, apresentava-se há dez anos como militante do ambientalismo, no papel de dirigente da ONG Grito das Águas e secretário-geral de uma entidade chamada Defensoria das Águas. A suposta liderança dos Black Blocs é a mais recente de suas múltiplas caracterizações.

Militantes de aluguel

Dani, a “Pantera dos Black Blocs”, surgiu do nada. Apresentada pela revista como uma ex-presidiária de 31 anos, condenada por dois assaltos e ainda em liberdade condicional, corre o risco de voltar para a cadeia ainda nesta semana, porque a reportagem de Época afirma que ela “armou-se de paus e pedras para atacar agências bancárias”.
A cuidadosa produção fotográfica da moça, sob o vão livre do Museu de Arte de São Paulo, arrancando a máscara negra com a mão direita, completa a receita kitsch do trabalho jornalístico.
Qual seria o propósito da revista ao correr o risco de ser ridicularizada por tentar “desvendar” um mistério que não existe?
O coletivo chamado Black Bloc é a manifestação anárquica de variados descontentamentos, muitos dos quais não têm relação com economia, política ou cultura. Pesquisadores que acompanham as ações e discursos de seus integrantes, tanto nas ruas como nas redes sociais, entendem que se trata de uma típica manifestação da velha doença infantil do libertarismo voluntarista, que pode se apresentar como radicalmente esquerdista ou com tinturas do mais ranheta reacionarismo.
Ao especular sobre supostas fontes do movimento, a revista apenas repete informações sobre financiadores da carreira de Leonardo Morelli, que esteve ligado a entidades católicas, foi militante do Partido dos Trabalhadores e aparece entre punks e anarco-sindicalistas. Aos 53 anos, é apresentado como integrante do grupo que originou a Comissão Pastoral Operária, que foi fundada entre 1970 e 1975, quando o personagem em questão tinha entre 10 e 15 anos de idade.
O grupo observado pelo repórter de Época, num sítio abandonado perto de São Paulo, enfileira reivindicações dignas daquele samba famoso: ergue bandeiras ambientais, denuncia os lixões e a contaminação de áreas da periferia, defende a desmilitarização das polícias, a liberação de biografias não autorizadas, o controle social das pesquisas científicas, combate o Marco Civil da Internet e exige as renúncias dos governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do Rio, Sérgio Cabral.
A libertação dos anões de jardim ainda não entrou na pauta.
Enquanto isso, o Globo denunciava, no domingo (10/11) e na segunda-feira (11), a infiltração de militantes pagos pelo PR, partido do deputado Anthony Garotinho, em manifestações do Rio.
Os Black Blocs são uma parte dessa complexidade que sai às ruas. Apenas a mais ruidosa. A reportagem de Época é uma ação típica dos Black Bocs: equivale a depredar o jornalismo.

Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Democracia de Fato para Todos

Editorial

A urgência à procura de um debate FHC propõe um capitalismo sem crédito; a Folha reivindica a beleza e o glamour das ruas de Paris, sem IPTU; centuriões preconizam um choque de juros - para por ordem na casa,dizem, sem quantificar o saldo dos despejos. O campo progressista na América Latina está às voltas com o desafio de reordenar o câmbio, o que implica definir o poder de compra real dos salários no novo ciclo econômico. 
Fonte: CARTA MAIOR 
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DEBATES & DEBATEDORES

Apertem os cintos, entramos na zona de turbulência

Por Alberto Dines em 05/11/2013 na edição 771
Fonte: OBSERVATORIO DA IMPRENSA
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Altamiro Borges: Miriam Leitão e o jornalismo “independente”

publicado em 5 de novembro de 2013 às 0:17

domingo, 3 de novembro de 2013
Miriam Leitão e o “fogo amigo” no PIG
Por Altamiro Borges, em seu blog
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Parece que esta semana se descobriu que o equilíbrio é possível, ou que pelo menos é desejável.
Em CARTA MAIOR, no OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA e no GLOBO, ou seja, esquerda, centro e direita, respectivamente, o assunto passa pela  necessidade  de debates, em primeiro lugar, e que sejam maduros e equilibrados.
Seria possível ?
Sugiro ao caro leitor a leitura do editorial de CARTA MAIOR, o texto do nobre observador da  imprensa, Alberto Dines , no OBSERVATORIO  DA IMPRENSA e o texto de Miro, em seu blogue, sobre o desabafo de Mirian Leitão.
A violência em textos, análises e comentários, independente se na internete, em jornais  impressos, na tv ou nas emissoras de rádio ao que parece atingiu níveis  elevados de ignorância, o que certamente incomoda as pessoas civilizadas.
A violência em textos e discuros na velha mídia não é novidade. A UDN fez história.
Omissão, manipulação e mentiras são também formas de violência muito comuns no noticiário da velha imprensa.
Seria interessante observar alguns dados e fatos:
- o número de casos de estupro cresce assustadoramente no Brasil e no mundo;
- os crimes de racismo crescem em todo o país e também no mundo;
- os crimes residuais de toda a sociedade ganham , cada vez mais, requintes de extrema crueldade  e estupidez;
- nos últimos 25 anos tenta-se impor uma única forma de pensar e compreender  a realidade, política, econômica e social;
- o ideal de vida é apresentado, como em Veja, através da figura grotesca do 'rei dos camarotes';
- a velha imprensa brasileira, jornais, revistas  emissoras de rádio e tv, assumiram publicamente que se comportam como um partido político de direita e de oposição, talvez a palavra melhor seja negação, ao governo federal;
- em todo o mundo a grande mídia comercial se comporta como um organismo certificador das ações  e posições de governos conservadores;
- toda iniciativa de governantes e povos em criar uma alternativa ao pensamento chamado úncio, é boicotada em fatos e informações e violentamente atacada pelos veículos da velha imprensa, como no caso dos países da América Latina nesta e na última década;
- o surgimento da internete, com suas redes socias, blogues e portais de informação alternativos, minimizou, em parte, porém significativamente e substancialmente, o poder da velha mídia como mediadora única dos fatos e acontecimentos, tornando o "debate" cada vez mais acirrado e violento na disputa por corações e mentes, porém com pouca profundidade, fazendo de cada lado, com algumas exceções, trincheiras de combate pela predominância de determinados temas no campo político, econômico e social;
- as formas de violência explodem , com várias faces, em todos os cantos do mundo, fazendo com que grupos vítimas históricas dessa violência não apenas a percebam em suas novas manifestações, como também passem a desafiar seus algozes mais próximos que se apresentam como autoridade no  inferno diário desses grupos ao longo de suas histórias;
- a insitência , não apenas por aqui mas em todo o mundo, em não aceitar e até mesmo criminalizar a diversidade intelectual, é uma das formas mais brutais de violência. O maior intelectual vivo do paneta, segundo o jornal  The New York Times, é boicotado por praticamente toda a imprensa dos EUA e do planeta, principalmente por suas críticas contundentes ao mundo atual. Ele não aparece no jornal nacional;
- formas de trabalho escravo , de precarização do trabalho e das leis e  dos direitos trabalhistas proliferam em todo o mundo, em nome do negócio produtivo e lucrativo;
- na promessa de um mundo próspero e civilizado , ocorrida com o tão falado 'fim da história", passados 24 anos, observa-se um crescimento de todas as formas de autoritarismo, unilateralismo, desprezo pelos organismos internacionais, terrorismo de estado e criminalização de movimentos sociais e pessoas pelo simples fato de se oporem ao modelo;
- o tão falado e festejado mundo democrático é apenas retórica para justificar crimes e, saques e pilhagens de nações inteiras,
- o pavio está cada vez mais curto.
E então, caro leitor, seria possível um debate equilibrado entre partes , quando uma parte sequer reconhece o protagonismo da outra, seja nos campos político, econômico, social e outros ? 
Imagine, Veja, Globo, Folha, Band e outras coisas submissas  e dependentes de parceiros de negócios e limitadas crenças, envolvidas em debates de fundo sobre a realidade atual.  O mesmo se aplica aos partidos de oposição. 
O que se vê, com clareza e em cores nítidas, é apenas a surrada estratégia de denuncismo como plataforma de oposição aos grupos 'rebeldes', teimosos' que ousam desafiar a história e criar novas e civilizadas formas de vida.
Para que o equilíbrio, a serenidade, e o bom bebate seja possível, se faz necessário um ambiente semelhante.
O momento é de lutas, de novas formas de enfrentamento com o novo ciclo de lutas que se inicia.
Todo e qualquer debate com idéias préconcebidas e retrógradas deve ser rejeitado.
A democracia não é um regime de migalhas, discursos e aparências e, também , não é um pacto de silêncio.
O barulho continua.


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Ver e Ouvir para Aprender

Altamiro Borges: Chile e Honduras, derrota da direita?


As forças de direita podem sofrer duas fragorosas derrotadas no novo ciclo eleitoral que se inicia na "rebelde" América Latina. No Chile, a líder da oposição Michelle Bachelet desponta para vencer já no primeiro turno, marcado para 17 de novembro. Já em Honduras, os golpistas que depuseram o ex-presidente Manuel Zelaya podem ser desalojados legalmente do poder com a vitória de sua esposa, Xiomara Castro, nas eleições de 24 de novembro.

Por Altamiro Borges*, em seu blog

Para a velha e decadente mídia, as escolhas dos povos da América Latina em sua esmagadora maioria por governos progressistas e de esquerda, são apresentados como escolhas rebeldes. 

Cada vez mais irrelevante por conta da diversidade de informações e conteúdos na internete, a velha mídia patina nas nuvens, sem saber ao certo para que lado atirar.

Aguarda com ansiedade a proximidade das eleições no Brasil para tentar colocar em pŕática o caos destrutivo nas ruas da grandes cidades brasileiras e , quem sabe, com isso tentar alterar a opção consciente  e civilizada do povo pelos governos de esquerda.

Vivendo em um ambiente de derrota já por mais ou menos quinze anos em nuestra América, sem propostas concretas em seu campo de oposição, a velha mídia é a imagem às avessas das espionagens:

Ver e ouvir para aprender.  

 

 


Adolf Marinho

Tudo a Ver


Mein kampf é acabar com a internete;
Mein kampf é acabar com o Lula a Dilma e todos os petistas;
Mein kampf é trazer de volta os generais e coronéis dos tempos gloriosos da ditadura democrática;
Mein kampf é ressucitar os ideais nazistas, como ocorre hoje na Hungria com a inauguração do busto de um grande fascista;
Mein kampf é não pagar impostos

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Saci na Copa

Viva o Saci, mascote do povo na Copa do Mundo de 2014!

autor: Mouzar Benedito, mineiro de Nova Resende, é geógrafo, jornalista e também sócio fundador da Sociedade dos Observadores de Saci (Sosaci).


 
Parece óbvia a pergunta, a Fifa, todos sabemos, já escolheu o tatu-bola que, coitado, recebeu um nome pra lá de infeliz, Fuleco. Ele está escolhido e pronto, não é?
Não, não é. O Fuleco é mascote da Fifa. Não vi até hoje o coitado ser tratado como mascote pelo povo. E o povo tem razão: não fomos nós que o escolhemos. Seus aparecimentos nos gramados são burocráticos e sem graça, sem aplausos, sem ganhar a simpatia de ninguém.
O Fuleco é mascote dos bastidores, da manipulação de grana, dos burocratas.

Tenho ouvido muita gente declarando apoio ao Saci para ser mascote. Mas mascote do povo, não da Fifa.
Deixemos que o Fuleco compareça aos estádios junto com estrangeiros e com brasileiros que têm grana pra ir lá. Nos bares, em casa, nas reuniões de amigos para assistir aos jogos, o Saci há de ser o escolhido e comemorado.
Nós o havíamos indicado, com um monte de justificativas. Relembro algumas:
- Ele é de origem indígena, tornou-se negro e “ganhou” o gorrinho mágico presente em muitos mitos europeus, então é uma espécie de síntese da formação do povo brasileiro, que é uma mistura desses três grandes povos, além dos orientais que vieram pra cá quando a figura do Saci já estava pronta.
- Ele é negro, como a maioria dos nossos jogadores de futebol, e essa negritude, num país que não superou o racismo, é importante como símbolo de uma luta por igualdade. É também perneta, o que representa outra bandeira de luta nestes tempos que se fala tanto de inclusão. Além disso é e pobre, não tem nem roupa, e mora no mato. Com três motivos para ser “infeliz”, ele é gozador, brincalhão, aprontador, divertido. Enfim, um brasileiro autêntico, dos bons.
- Ele é um ser libertário. Uma das lendas sobre a perda de uma das pernas do Saci é que quando se tornou negro ele foi escravizado por um fazendeiro e era mantido à noite, na senzala, preso a um tronco por uma perna, com grilhões. Uma noite, ele cortou a perna presa e fugiu: preferia ser um perneta livre do que um escravo de duas pernas.
- Hoje em dia fala-se tanto em ecologia, proteção e recuperação do meio ambiente… E aí está o Saci de novo, como protetor da floresta.
- Ele é popular, conhecido de todos os brasileiros, e existem desenhos dele feitos por um montão de gente, e até as crianças o desenham e se divertem com ele. Aí está um motivo para ele não ser o escolhido da Fifa: não dá lucro aos mercenários do esporte. Inventaram uma mascote (nada contra o tatu-bola) e registraram três nomes como marcas pertencentes à Fifa para depois anunciar a escolha e pôs os três nomes em votação pela internet, os três horrorosos. Nem ao menos tiveram a dignidade de deixá-lo com seu próprio nome, tatu-bola. Virou Fuleco.
- O Saci faz parte da nossa cultura popular e, se fosse “eleito”, seria assumido pela população, ao contrário do tal Fuleco, pra quem todo mundo torce o nariz.
Então, repito, vamos torcer para que se realize no Brasil uma bela Copa do Mundo, apesar da submissão do país à Fifa, e que a seleção brasileira jogue bonito e vença. Mas protestando contra a corrupção, contra os desmandos da Fifa, contra a mercantilização do esporte e contra tudo de ruim, todas as tramoias que tentam nos enfiar goela abaixo. E festejando o que tem de bom: a alegria do futebol bem jogado e bonito, a nossa riquíssima cultura, o nosso jeito de ser e viver.
O Fuleco estará nos estádios superfaturados da Copa? Pois bem, nas ruas, nas praças que queremos que continuem sendo do povo, festejaremos com o Saci. Que cada um o desenhe, pinte, faça escultura dele com sua arte e sua criatividade, não tem que ser “um” Saci oficial, imposto. Muitos cartunistas devem oferecer criações bem-humoradas do Saci Mascote, para serem usadas por quem quiser. Mas quem não quiser nenhuma delas pode desenhar, pintar ou esculpir seu próprio Saci, o Saci do seu grupo, da sua turma.
Os Sacis são democráticos. Ninguém vai pagar royalties em nome dele.
Enfim, viva o Saci, mascote do povo na Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
Não nos submeteremos a nenhum império. Que a Fifa vá reinar em outras plagas!
Fonte: REVISTA FORUM

Taí uma excelente idéia.
Fico imaginando o país inteiro, durante a copa do mundo, com mácaras do Saci, gorro e tudo que diz respeito ao nosso símbolo.
A FIFA não poderá impedir que os torcedores de todos os cantos  usem os símbolos do Saci, nas ruas e nos estádios.
Pode até impedir que jogadores coloquem o gorro no momento de comemoração de gols. Se isso acontecer os jogadores podem comemorar pulando em uma perna.
Isso vale para jogadores de todas as seleções que estarão aqui na Copa do mundo do futebol da FIFA.
Cebe lembrar que o símbolo escolhido pela FIFA para mascote da copa, o tal do Fuleco, um tatu bola, recebeu esse nome para que não tivesse um nome igual a uma outra coisa qualquer e com isso  não associar concorrência.
Gulosa essa FIFA.
O tal Fuleco, em suas primeiras aparições em espaços públicos de algumas cidades brasileiras com o patrocínio da coca-cola, sofreu rejeição da população e os bonecos gigantescos do tatu da FIFA foram atacados por descendentes legítimos do Saci.
A campamha pelo Saci como mascote alternativo e ao mesmo tempo o mascote de fato, deve ser organizada desde já.
É interessante que seja criado um comitê para arrecadar fundos para produzir e divulgar todo o material promocional.
Já posso ver em praças e ruas de grandes cidades brasileiras gigantescos bonecos do Saci bebendo uma cachaça bem brasileira ou até mesmo uma água de coco.
Camiseteas, gorros , adesivos, mácaras espalhadas pelo país.
Não tenho dúvida que se a campanha for bem organizada e conduzida o Saci não só ganhará a simpatia de todos os brasileiros como de todo o mundo.
Sua história é ótima e simpática.
Seria , e acretido que será de fato, uma boa forma de protestar contra as idiotices da FIFA.
Um protesto pacífico, inteligente e que ganhando o mundo por conta da visibilidade da copa, levará o Saci para todos os cantos do planeta e, com ele a exportação de um produto de nossa industria cultural que pode se tranformar em revistas, filmes de animação e tudo mais relativo a nossa cultura, já que Saci tem outros amigos, também bem interessantes,  no mato onde vive.
Cabe ainda lembar, em reforço  ao Saci como mascote, que nosso cientista Miguel Nicolellis pretende dar o pontapé inicial da competição com uma pessoa portadora de necessidade espéciais utilizando  um produto de seu brilhante  trabalho no campo das neurociências, um exoesqueleto que fará com que a pessoa possa se movimentar.
Certamente a FIFA irá pular de raiva com essa idéia, porém o Saci já pula, e de alegria.
Aliás, a idéia de Saci como mascote de fato é algo bem do caráter do Saci.
Vamos levar a alegria e a boa molecagem do Saci para as ruas.
O PAPIRO não só apoia a idéia como se coloca  a disposição para divulgar todos os passos e eventos relativos a  apoteose do Saci.