segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Jogos de Propaganda

Jogos de Propaganda





Os jogos Olímpicos de Londres chegam ao fim.  A olimpíada no verão londrino, que teve volei de areia a noite, com chuva, vento e temperatura de treze graus, ventos fortes  que prejudicaram a competição feminina de salto com vara,  águas geladas que provocaram hipotermia em atleta da maratona aquática e proibição de manifestações contra a propaganda nos jogos é um espetáculo midiático. A cobertura exclusiva da tv Record, apesar de repetir idiotices consagradas pelas coberturas da tv globo, foi boa. O público brasileiro estava acostumado a assistir os grandes eventos esportivos pelo padrão globo, que transmite apenas competições com a presença de atletas brasileiros. A Record, independente da participação brasileira nas competições, trouxe imagens de todas as modalidades esportivas, valorizando o esporte. O que deixou a desejar foi exploração da imagem dos atletas brasileiros que conseguiram o lugar mais alto no pódio. Imagens de familiares, a cidade onde nasceram, a primeira namorada, o título de heróis, desfile em carro aberto e outras baboseiras  que reforçam a idéia de povo inferior, com baixa auto estima que necessita de heróis para se sentir valorizado. Pobre de um povo que necessita de heróis para se sentir valorizado. Mais pobre , ainda, do povo que não cultua e valoriza seus verdadeiros heróis. Os neo heróis são criados por conveniência midiática, eles dão audiência, vendem refrigerantes, alimentos vulgares, porém, são rapidamente esquecidos e trocados por novos "heróis". A cultura da celebridade não permite a permanência de "heróis" por muito tempo, tudo deve ser descartado, em sintonia com a economia, para que novos apareçam nas telas. Na cultura do descarte até a vida não tem valor e, nas telas da tv brasileira a  maior audiência no esporte, depois do futebol, é uma luta onde os lutadores sangram, sofrem fraturas de membros e até morrem como consequência das lutas. Enquanto isso , o esporte como qualidade de vida, a atividade física como elemento de redução de gastos com doença, o coma menos e melhor não são valorizados nem incentivados pela mídia de grande alcance. A tv brasileira continua firme em seu papel de idiotizar, diminuir e colonizar o povo brasileiro. Em uma mídia onde a participação de capital estrangeiro não pode ser superior a 50% nas empresas de mídia, o que assistimos em tv's, rádios e jornais é um ataque sistemático, violento contra todos os elementos de nossa rica cultura, objetivando, dessa forma, esmagar a auto estima do povo.  Dúvidas persistem , até hoje, sobre os verdadeiros donos da tv globo, da participação majoritária de capital neonazista na Editora Abril, e sobre o controle majoritário de um grupo português sobre os veículos do grupo O Dia. Cabe lembrar, que os chamados jornais populares, tanto de globo como do Dia, durante os jogos olímpicos, massacraram o povo brasileiro com toda sorte de adjetivos e violências, distorcendo os fatos, desinformando, manipulando as notícias. Neste momento os especialistas do esporte da grande mídia, e são muitos e cômicos, deitam toda sorte de falação para que o Brasiiiiiiiiiiil, na visão oportunística midiática, possa faturar muitas medalhas nos próximos jogos. Vejo com dúvida a declaração do Ministro de Esporte que o país deve investir nos esportes individuais, como o boxe, para obter um grande número de medalhas.  Uma visão apenas de propaganda. Pior ainda é o cálculo oportunístico da mídia sobre medalhas per capta , um verdadeiro quantitativo da idiotice informativa, uma visão reduzida do esporte, o capitalismo das medalhas. Terminado os jogos,  vamos para 2016 aqui no Rio. Na cidade maravilha mutante, o Cristo Redentor receberá todos de braços abertos, distribuindo coca-cola e big mac.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Agosto

Agosto



Ao gosto da sedenta mídia golpista entramos em agosto. Mês do esperado julgamento do chamado mensalão, uma armação em rota de colisão com a verdadeira informação sobre os reais senhores da corrupção. Ao gosto da mídia todos os réus são culpados e devem ser condenados no agosto em que o país verá o maior espetáculo de pressão midiática sobre um poder da república. Ao gosto da mídia nenhum resultado poderá ser diferente da condenação de todos  os acusados. Caso sejam absolvidos o desgosto será irreparável e as consequências para os poderes republicanos podem ser inimagináveis, o país nunca mais será o mesmo, tudo, claro, a contragosto da mídia, porém necessário para sanear o amargo gosto de uma suposta impunidade. O teatro midíatico se agita. Saudações típicas do meio podem ser ouvidas entre os atores do midiático poder teatral. Merda!, Merda! Congratulam-se no agosto, que costuma ser o mês do desgosto, desejando sucesso para entrada em cena para mais um grande espetáculo. Generosos e longos minutos são disponibilizados no noticiário da televisão de agosto, uma nova televisão, os paladinos da ética e da justiça perfilados ao gosto do telespectador para relatar aquilo que já decidiram em comum acordo, no posto da lei, suposto poder de fiscalização da sociedade. Para tanto incluem nas múltiplas e sucessivas imagens do grande julgamento pessoas que não estão em julgamento, como Lula e Dilma. Um mau gosto, ou manipulação, ou politização, ou pressão. Assim apareceram na Globo, Band, SBT e até na evangélica Record que não tem lá muito gosto pelo carnaval pois considera a cultura do samba coisa do diabo e de mau gosto. A verdade, porém, está oculta em uma dinâmica subjacente ao midiático teatro da mídia, emergindo das sujas luzes de blogues e sites sujos, apontando para os reais criminosos, que para desgosto da mídia encontram-se em togas, redações de jornais  e nas bancadas dos paladinos da moral e da justiça. Vários julgamentos acontecem, reais, imaginários, legais, autênticos. Em agosto, isto posto, resta-nos participar ativamente, de bom gosto, para por fim ao desgosto de séculos de dominação mentirosa, criminosa, opressora que ainda ecoa dos casarões, de direito sem posto, mas de fato agindo ao oposto do bem estar da sociedade .

Golpe em Sampa

Golpe em Sampa



Repercute nos sites e blogues "sujos" a notícia sobre a decisão que a tv globo , de São Paulo, tomou para dar visibilidade aos candidatos a prefeitura da cidade de São Paulo. Na mídia conservadora o assunto não existe. Segundo a tv globo os candidatos a prefeito terão um espaço na emissora, em programas jornalísticos, proporcional aos índices de intenção de voto apontados por institutos de pesquisa de opinião. Uma decisão absurda. Em se tratando de eleições seria interessante, independente da cidade, que a população pudesse conhecer todos os candidatos e suas propostas em igualdades de condições, tempo e visibilidade, isso no tocante a cobertura das emissoras de tv. Ao escolher os índices de intenção de voto fornecidos por institutos de pesquisa, a tv globo entra na disputa, prejudica os candidatos pouco conhecidos e a renovação do quadro político, uma vez que segue tendências que em muitas ocasiões não se confirmaram. Em se tratando de um primeiro turno os institutos de pesquisa tem errado com frequência em suas avaliações ainda mais quando a propaganda na tv não tem início. A história da tv globo é repĺeta de golpes e tentativas de distorcer os fatos e influenciar o eleitor nas suas de decisões. Vale a lembrança de um fato emblemático. Nas eleições para presidente em 1989, quando existiam quase 20 candidatos na disputa no primeiro turno, a tv globo aprontou. Com Collor, candidato dos Marinhos, em primeiro lugar nas pesquisas e praticamente garantido no segundo turno a briga ficou restrita ao segundo lugar, onde Lula e Brizola estavam tecnicamente empatados com algo em torno de 16% das intenções de voto. E aí entra a tv globo. O candidato do Patido Comunista Brasileiro-PCB- Roberto Freire, tinha algo em torno de 1% das intenções de voto e  passou a receber da tv globo uma exposição , com direito a rasgados elogios, bem maior que a dada a Brizola e Lula. O objetivo era fazer com que o eleitor se inclinasse para Freire e com isso retirasse votos de Brizola e Lula, abrindo, assim, espaço para que um candidato de direita corresse por fora e pudesse chegar ao segundo turno junto com Collor. A bajulação a Freire foi tão escancarada que mereceu um artigo no Jornal do Brasil com o seguinte título: " Roberto Marinho, O Comunista " .Naquela  ocasião a tv globo fez o caminho oposto ao que se propõe a fazer agora. Os índices fornecidos pelos institutos de pesquisa de opinião tem sido bem sucedidos quando a eleição vai para o segundo turno, quando os dois candidatos na disputa já passaram pelo crivo do eleitor. Mesmo assim alguns institutos ainda erram. O primeiro turno é sempre sujeito a grandes oscilações na escolha do eleitorado pois inúmeras variáveis estão envolvidas no processo. A escolha da tv globo de São Paulo tem o objetivo de privilegiar o candidato do PSDB, aliado da mídia conservadora que atualmente desponta com vantagem  sobre os demais. Vale lembrar que o mesmo candidato é também o que tem  um índice de rejeição maior de todos. Maior , inclusive , que seu índice de aceitação. A tv globo tinha outras opções para balizar a escolha do tempo de exposição dos candidatos. Se fosse uma emissora democrática que cumprisse com o interesse público disponibilizaria o mesmo tempo de exposição para todos os candidatos, independente de partido político, ideologia ou poder econômico. Uma utopia em se tratando da tv dos Marinhos. Poderia , ainda, já que deseja estar ancorada em critérios, seguir a legislação eleitoral nos aspectos que dizem respeito ao tempo que cada candidato terá na propaganda gratuita de tv, dando, a esses candidatos, o tempo de exposição proporcional. Caso o fizesse estaria seguindo a legislação, independente se as leis são ou não justas e adequadas, o que estaria em coerência com uma emissora que cobra de todos, diariamente, o cumprimento das leis e da ordem. Acabou escolhendo a pior opção, pois é anti-democrática, não está balizada por nenhuma legislação, fere o interesse público, prejudica os candidatos e o processo eleitoral A televisão deve servir ao interesse público e não aos interesses políticos, doutrinários e mercantis das empresas que operam as concessões. A propósito, por onde anda o ministro Bernardo ?

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Mensalão, Reco-reco e Brasiiiiiil

Rio de Janeiro - 15    Mensalão, Reco-reco e Brasiiiiiiiil







Política

O julgamento do chamado mensalão, que começa em agosto, foi o carro abre-alas, com direito a todo tipo de alegoria, das revistas semanais. Com exceção de Carta Capital, que trouxe um supremo envolvido em travessuras financeiras - assunto ignorado pela comissão de frente midiática golpista - as baterias do partido político da imprensa  tocaram em unísssono pelo grande julgamento, o maior do śeculo. Nas capas os artesãos das imagens  não pouparam esforços para que as cores tivessem excelentes definições, os personagens apresentados retratassem as figuras  de uma história sinistra e as expressões cuidadosamente desenhadas dessem ao leitor uma exata , porém falsa, compreensão do enredo. O trabalho foi cuidadosamente elaborado ao longo de anos nos barracões, ou quem sabe porões , da grande imprensa golpista e, o período compreendido entre a semana que se inicia e meados do mês de setembro, a grande  e golpista imprensa desfilará toda a sua sorte, ou quem sabe a sua sobrevivência, na preservação de seu ideário e de sua manutenção no grupo fantasioso do conservadorismo.


Samba

Apesar do silêncio na grande mídia, o mundo do carnaval, um setor da economia que movimenta anualmente milhões de reais com geração de empregos , capacitação de profissionais, turismo, produção artística, etc... movimenta-se na reorganização de suas estruturas político - administrativas visando os desfiles das escolas de samba dos diferentes grupos. Novas associações foram criadas e fundidas com o objetivo de dar mais visibilidade , na arena maior, do carnaval carioca. A contratação de novos profissionais assim como a aquisição de equipamentos aquece o setor nesse período de organização e planejamento para a elaboração do carnaval .Um grande movimento acontece na colocação de novas rainhas para as baterias das escolas, um posto onde a escolha, na maioria das vezes, segue motivações políticas ou financeiras. Um bom exemplo foi a demissão da rainha da bateria da escola Grande Rio. Mulher de um diretor da emissora detentora dos direitos de transmissão do desfile das escolas, foi duramente criticada por seu perfil anoréxico, incompatível plasticamente para o posto. Insatisfeitos com a repercussão, a tv globo, através do programa fantástico de ontem, apresentou matéria com o intuito de sedimentar na opinião pública que os recursos governamentais destinados ao carnaval são desviados para outros fins, tentando, dessa maneira, aprisionar as escolas de samba com favores de endinheirados para fazer valer suas esquisitices. Vale lembrar que escolas com dificuldades financeiras acabam aceitando propostas para "homenagear" determinadas pessoas, a maioria sem nenhuma relevância para ser enredo,  em troca de um pagamento para fazer o carnaval. Outro aspecto que deve ser discutido amplamente diz respeito aos direitos de transmissão dos desfiles. A percepção da maioria das pessoas do meio, é de que se faz necessário  que outra, ou outras emissoras de tv, também possam transmitir os desfiles. O padrão global, assim chamado pela tv globo para suas transmissões e produções, não reflete a realidade dos desfiles. Deseja-se o padrão real.


Esporte

Na semana  que passou teve  início os jogos olímpicos de Londres, vulgarmente chamado de olimpíadas. A bem da verdade não existe mais nada de olímpico nos jogos. Atletas em busca de visibilidade e independência financeira, grandes interesses comercias envolvendo os jogos e muita sujeira na briga por melhores índices de audiência nas tvs brasileiras. A rede Record, detentora dos direitos de transmissão disponibiliza , em tv aberta, uma grande variedade  de competições independente da participação de atletas brasileiros. Isso já é positivo, já que em eventos da tv globo, somente as competições com atletas brasileiros ganhavam destaque na tv aberta, tudo , claro, com a dose imbecil, infantilizante e idiota de torcida pelo Brasiiiiiiiiil. A cobertura da imprensa, tanto no rádio, impressos e tv, procura desmotivar o ouvinte, leitor e telespectador, respectivamente, de maneira a afastá-lo das telas da Record. Comentários do tipo; " caro ouvinte, hoje o Brasil não tem mais  chance de subir em pódio" isso as 11 horas da manhã. ou ainda; " o primeiro dia do Brasil nas olimpíadas foi excelente, já hoje, o segundo dia , está uma coisa horrorosa. Lá vem o Brasil descendo a ladeira " ou ainda. " na ginástica só se vê tombo do Brasil ". Outro: " o futebol apresentado pelas seleções é muito fraco. Dessa maneira até a equipe do Brasil, que não  tem esquema e joga toda improvisada, pode ganhar a medalha de ouro " O sofrimento : " a dupla de volei de praia do Brasil sofreu para ganhar a partida " E a que perdeu,sofreu menos, ficou feliz  ? . Tudo isso, claro, em função de uma briga por audiência, independentemente do que acontece nos jogos. A cobertura da Record vai bem, até agora, e os comentaristas, com raras exceções, sabem o que falam.
 

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Comunicação e Linguagem na Mídia

Comunicação e Linguagem na Mídia



"O cenário atual aponta para infinitas possibilidades porém com grandes incertezas, devido aos inúmeros percalços que o caminho oferece nestes tempos de ajustes e definições. As análises, sempre coerentes e precisas,apontam os dilemas da humanidade em mais um período histórico, onde forças opostas travam disputas ferrenhas com o objetivo de fazer prevalecer suas posições. As transformações não seguem uma lógica linear de  acomodação e se apresentam em saltos, por vezes incompreensíveis para o cidadão comum que mesmo dispondo de uma gama diversificada de opiniões ainda não teceu, adequadamente, uma nova, porém antiga, concepção de análise e internalização dos fatos correntes. O caminho tem sido bem trilhado e as orientações para consolidação são, em sua esmagadora maioria, conduzida por luminares do conhecimento, o que transmite tranquilidade e segurança, apesar dos intensos debates que sempre visam o melhor para todos. O empenho é total, diário, e requer um comprometimento visceral, celular, para que as posições não sejam perdidas, os espaços conquistados bem protegidos com a consequente construção de edificações que possam garantir a permanência do ideário. Todo arsenal crítico, de imediato, não pode encontrar repouso no terreno específico devendo ser alvo de análise profunda tendo em conta todas as ferramentas disponíveis para tal. Cabe sempre lembrar que as instituições envolvidas não devem medir esforços para fornecer todo material, humano e técnico, para os grupos de análise, suprindo, assim, eventuais deficiências que possam vir a ocorrer durante o período em questão, no contexto deste artigo. A precisão, assim como a exatidão, são condições fundamentais na cristalização de uma credibilidade forte, transparente, consistente, que devem ser o principal pilar das forças de consolidação que trablham em prol do bem estar da humanidade. Toda e qualquer externalidade deve passar por uma avaliação criteriosa, procurando elmentos de afinidade com o centro condutor, em primeiro lugar, e eliminando aquelas orientações que possam desestabilizar o sistema, principalmente aquelas orientaçõs e conceitos de caráter meramente subjetivo e, que em muitas ocasiões , ganham corpo na estrutural conceitual, desvirtuando os caminhos, confundindo percepções e colocando em risco as instituições  e toda gama de recursos empenhados. Assim, esperamos de nossos parceiros a atenção total, assim como de nossso fiés seguidores a contribuição constante, incansável, para que as disposições aqui bem definidas possam lograr êxito garantindo a segurança de todos". 

O texto acima  pode indicar uma parte de  como a grande imprensa trabalha na construção de suas análises, e informações para o cidadão. O texto não diz absolutamente nada, não especifica o assunto e muito menos contextualiza. Retirando algumas poucas palavras , e acrescentando outras específicas, pode ser utilizado para análise sobre qualquer assunto, desde economia, passando por ciência, religião , política, etc. O texto segue o princípio da hipnose ericsoniana, nome atribuido ao seu criador, Milton Ericson. Trabalhando com generalizações, e utilizando palavras chaves, no caso a especificação do assunto, conduz o leitor/ouvinte/telespectador a compreensão própria do assunto, sem especificar, contextualizar ou definir. As palavras chaves de especificação, juntamente com palavras de indução levam o receptor a crer  que se trata de algo profundo e consistente. A técnica é usada no trabalho psicoterapêutico com grande sucesso , porém, quando utilizada pelos meios de comunicação, se transforma em uma poderosa ferramenta de manipulação e aprisonamento das consciências. O  oposto a esta técnica é a ferramenta da meta linguagem, que através de desafios questionadores , visa especificar o conteúdo, Por exemplo: " o cenário atual aponta para infinitas possibilidade... Que cenário, especificamente ?  " porém, grandes incertezas, devido aos inúmeros percalços que o caminho oferece... Incerteza em relação a quê ? Que percalços, cite alguns ? Que caminho ? É o único ?  " as análises, sempre coerentes e precisas... Que análises ? Feitas por quem ? Coerentes e precisas comparadas com quê ? " o caminho tem sido bem trilhado e as orientações para acomodação... Que caminho ? Trilhado por quem, especificamente ? Que orientações ? Quem as forneceu ? O que deve ser acomodado ? " toda e qualquer externalidade deve passar por uma avaliação criteriosa procurando elementos de afinidade com o centro condutor... Quem avalia ? Que centro condutor ? Ele conduz o quê ou quem ?  E por aí, vai. Todo o texto acima pode ser desafiado pelos padrões da meta linguagem, procurando, sempre especificar, quantificar, definir e contextualizar. Entretanto ainda são poucos que percebem as sutilezas da comunicação midiática para buscar o conteúdo adequado. Associado ao texto, as mídias também se utilizam de outros instrumentos para consolidação de suas informações. Em se tratando de mídias impressas, jornais, revistas, livros, etc... a análise é a mais simples de ser executada pois exclui os elementos visuais e sonoros da comunicação, ferramentas ainda mais poderosas na construção de conceitos pois prevalecem como principais filtros de recepção na maioria das pessoas. Assim sendo, o foco principal recai na televisão e rádio. O rádio trabalha , obviamente com o texto falado e a voz. O ouvinte recebe a informação somente pelos canais auditivos, pela voz do emissor, o que por um lado revela toda a estrutura emocional do emissor, assim como os elementos cênicos sempre, no caso da mídia em questão, associado ao sensacionalismo. O rádio elimina o principal filtro de recepção, que é o visual, mas para um ouvinte atento é póssível perceber as diferentes variações no tom de voz ao se proferir determinadas palavras que servem com fortalecedoras de conceitos que se deseja passar. A desconstrução do conteúdo, em relação a mídia impressa, ganha uma dificuldade a mais, porém,  ainda assim , é fácil de ser percebida pelos ouvintes atentos. Torna-se , ainda mais fácil, perceber a sinceridade das intervenções dos emissores no tocante aos assuntos abordados, principalmente quando manifestações de emoções ( sorrisos, irritações, tristeza, sensacionalsmo )se misturam ao discurso proferido pelos radialistas, revelando, na maioria das vezes, uma compreensão, para o ouvinte atento, contrária ao conteúdo proferido pelo emissor. A terceira, e mais poderosa fonte, é a televisão. A tv trabalha, com o texto , o som e o visual, propiciando ao emissor de conteúdo uma enorme gama de recursos não verbais que também são considerados ferramentas de hipnose no contexto do conteúdo ericsoniano. Para a maioria das pessoas, ao se posicionar na frente de um aparelho de tv, suas capacidades de recepção auditivas e de leitura ( quando são apresentados textos, mesmo que pequenos) são minimizadas pelo filtro predominantemente visual. Não por acaso, a maioria esmagadora dos conteúdos informativos de tv, segue um padrão de apresentação bem definido, no tocante aos apresentadores, aparência, vestimenta, variações no tom de voz e aspectos de comunicação não verbalizados, como sorrisos, expressões de apreensão, sensacionalismo, movimento de braços e mãos adequadamente escolhidos e colocadas em cada notícia. Pode-se assim concluir, que os telejornais, e também outros programas de tv, são apresentados por pessoas que representam papéis para um fim específico, no caso a passagem de informações, o que caracteriza, pela direção ideológia das emissoras, como apenas um programa a mais na grade de cada emissora, não sendo necessáriamente a divulgação de um conteúdo jornalístico, mesmo que sugerido para esse fim. No tocante a aparência, os apresentadores compoẽm um personagem sério, íntegro e de boa aparência. O terno, para os homens , garante a seriedade na condução dos negócios, imprescindpivel para apresentação de notícias. A maioria não usa barba ou bigode e os cabelos são lisos, mesmo que para isso sejam alisados  como fez o apresentador Marcio Correa da tv globo. Aos repórteres de campo, por vezes em situações onde se revelam intrépidos, um relaxamento cuidadoso no visual é permitido. Pessoas gordas não apresentam telejornais,talvez por passar uma idéia cômica das notícias, assim como portadores de deficiências são excluidos das apresentações. A calvice também não é bem vista para apresentadores, salvo para aqueles que anteriormente tinham cabelos e perderam com o tempo , sendo acompanhados pelos telespectadores. O uso de óculos também deve ser evitado para não passar ao telespectador uma ideía de deficiência, devendo os apresentadores utilizar lentes de contato, fato que já causou enorme problema e constrangimento para uma apresentadora da tv globo quando sua lente caiu ficando impossibiltada de ler o texto oculto ao telspectador. As mulheres nos telejornais, em sua maioria, são bonitas, magras, e com os cabelos, lisos, na altura dos ombros, seguindo um padrão geral. A amabilidade feminina, no caso da tv globo especificamente, é reprimida nas apresentadoras de telejornais que , na maioria, passam uma   imagem de firmeza e segurança na divulgação das notícias. O padrão não é necessáriamente seguido por outras emissoras, sendo que no caso da tv bandeirantes o estilo mulherzinha é bem valorizado em todos os programas da rede. A análise não inclui a Tv Brasil e a TVT, sendo que esta última é a única que foge do padrão geral, e com relativo sucesso , apresentando bons conteúdos informativos para o telespctador. A TV brasil peca, em algumas situações, principalmente aquelas no tocante ao padrão de apresentação se igualando as demais, porém é forte no tocante a credibilidade.  Esta análise não pretende aprofundar o tema da comunicação, porém reforça a tese da importância da televisão na formatação das consciências, o que não seria um problema, se o espectro eletromagnético fosse democraticamente distribuído.

terça-feira, 24 de julho de 2012

O Fim do Mundo na Imprensa

O Fim do Mundo na Imprensa






A grande imprensa, de tanto mentir, não sabe mais o que é verdade ou mentira daquilo que produz. Com a água subindo cada vez mais e já entrando pela janela, a mídia brasileira insiste que a água não existe.  A análise de todos os assuntos em destaque no noticiário recebe um filtro ideológico na tentativa de impedir o esclarecimento da realidade. Na semana que passou, mais uma vez uma pessoa, nos EUA, entrou em um estabelecimento repleto de pessoas e saiu atirando, matando uma dúzia e ferindo outras tantas. O fato se repete com freqüência não sendo, assim como deseja a imprensa, um ponto fora da curva, um ato de um desequilibrado. Na análise da rádio cbn, e também nas emissoras de tv no horário para as donas de casa, psicólogos traçavam o perfil do atirador como um louco, psicopata, cabendo a ele, e somente a ele, a responsabilidade pelas mortes, excluindo qualquer comentário  sobre um comportamento que se repete e que ganha contornos de uma patologia social. A título de exemplo, meu caro leitor, imagine a fabricação de uma peça qualquer, com dimensão de 100cm, e tolerância de + ou - 1 cm. Isso significa que uma peça com 101 cm ou 99 cm é aceita para o uso. Para confirmar que a produção seriada esteja dentro dos limites de tolerância,  peças são retiradas e medidas segundo um intervalo bem definido. Ao medir as peças o operador verifica os seguintes dados; 100,3 cm, 100,6 cm, 100,7cm, 100,9 cm. Uma tendência que em pouco tempo  o processo produzirá peças fora dos limites de tolerância. É o momento de parar e fazer ajustes na máquina. Assim é o que acontece com os atiradores que se multiplicam para matar pessoas. Há algo de errado no processo, não foi apenas uma peça que acusou 102cm, mas uma tendência do processo sair do controle. Isso significa que o atirador é louco, inserido em uma sociedade, o processo, desajustada, fora de controle. Esse aspecto não é analisado pela grande imprensa. Em uma sociedade onde o culto a violência é uma constante, onde a maioria da população compra com facilidade arma de fogo, onde aviões não tripulados são usados pelo estado para matar pessoas indefesas e inocentes, onde a indústria cultural tem na violência sua maior fonte de renda, algo não vai bem. Ao omitir a realidade e análise dos fatos a grande imprensa tenta preservar sua ideologia, seus valores e suas estratégias de controle  sobre a população. E assim se repete em todos os demais assuntos em destaque . O desemprego que assola a Europa e os EUA é abordado pela imprensa como normal, fruto de ajustes necessários para o bom andamento da economia, que com certeza produzirá a felicidade desejada a todos.  Os sérios e graves problemas ambientais, confirmados pela comunidade científica, são apontados pela grande imprensa como exageros de apologistas do fim dos tempos, interessados em subverter a saudável ordem capitalista para reintroduzir o comunismo. Ainda em se tratando das questões ambientais. a grande imprensa acusa os ecologistas de propagar a idéia de fim do mundo. É estranho, pois o que se discute no meio acadêmico é exatamente o oposto, a preservação do planeta de maneira a evitar o processo destrutivo em curso. E aí entra mais um cinismo descarado da imprensa. O assunto fim do mundo está, constantemente ,em todos os veículos de mídia e também na indústria cultural.  É um assunto que vende , pois mexe com o imaginário coletivo em temas sensíveis às pessoas como a morte. Saber que a morte será para todos de uma só vez, de forma inexorável, é algo bem aceito e de interesse do homem,egoísta por natureza, que tem dificuldades de aceitar o fim da existência. A grande imprensa, cínicamente, sabe disso e explora o tema para auferir lucros, porém, atribuindo aos ambientalistas a propagação do medo. O clímax da mentira, porém, foi na manipulação das condições do clima na cidade do Rio de Janeiro. A tv globo, apresentou para seus incautos telespectadores o tempo na cidade com uma umidade relativa do ar em 27%, alertando, com ares de pânico, para o consumo urgente de água. Seria uma informação útil, se fosse verdadeira. Naquele momento a umidade relativa do ar na cidade estava em 88%, bem diferente da  perigossíssima secura  da globo. O motivo é simples, atender , em primeiro lugar, os interesses de seus principais patrocinadores, no caso transnacionais envasadores de água mineral, que neste período do ano, tem queda acentuada nas vendas de seus produtos por conta de temperaturas mais baixas. O tempo, ora, o tempo é apenas um meio, um detalhe. Na próxima semana entra em cena o julgamento da armação chamada mensalão. Armação que teve a participação da grande imprensa no objetivo de derrubar o então presidente Lula. Como de costume, os comentários na imprensa, sobre o mensalão, excluem a formação da quadrilha midiática, os reais bandidos e, apontam para a condenação sumária de Lula e seu partido. Além de criminosos, a imprensa também é cômica.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Magias e Ossadas


Magias e Ossadas



A semana começou com a repercussão da entrevista de Rosane Collor, primeira dama no governo Collor. Alardeada como a revelação bombástica, que poderia mudar até mesmo os rumos da ciência ou a mesmo a órbita terrestre, a entrevista foi mais um factóide produzido pela tv globo para , dentre outros objetivos, aumentar a audiência de um programa medíocre que agoniza. Está em jogo, também, uma possível intimidação ao ex-presidente Collor que como membro da CPI de Carlos Cachoeira, vem dando sinais claros que deseja a participação da imprensa, no caso por enquanto somente e revista veja, nos depoimentos da CPI. Como é de conhecimento público, mesmo que ocultado pela grande imprensa, a imprensa é parte da quadrilha de Cachoeira o que também pode revelar sua participação , agora com provas, na tentativa de deposição de Lula por ocasião do suposto esquema do mensalão. Para isso a tv globo não mediu esforços e acabou produzindo uma palhaçada do outro mundo, sem conteúdo, com direito a citações sobre magia negra e disparos  de preconceitos racistas e religiosos. Seria de bom tom que a tv globo apresentasse ao seu delirante público um programa sobre magia branca, já, que para a tv dos marinhos, a negra existe. Esse tipo de reportagem é um atentado a qualquer prática de um jornalismo sadio, pois nutre a ignorância, o preconceito e ainda, agride religiões de afro descedentes. Se não bastasse a idiotice de domingo na tv, um jornal dos marinhos, que atende pelo nome de extra, ainda comparou  Rosane Collor com Carminha, uma personagem de novela atual. Tudo isso em primeira  página, com letras generosas. Não é estranho, pois, que com uma frequência maior, o assunto da decadência da grande imprensa ocupe os principais portais, blogues e sites da internete. A sensação que se tem, isso para os cidadãos mais atentos, é de que a grande imprensa vive momentos  de  rejeição da realidade, não apenas no contexto nacional como no regional. Contrariada com sucessivas derrotas em seu projeto político-ideológico-econômico e, ainda com a proximidade das eleições municipais que podem aliviar sua agonia, a imprensa mergulha, mais uma vez, na lama do preconceito e da ignorância, assim como o fez no ano de 2010 por ocasião das eleições para presidência da república.

Um outro assunto, que não foi muito notado mas causou um grande barulho e incomodou muita genta da tv globo, foi a demissão sumária da apresentadora da tv globo, Ana Furtado, do cargo de rainha de bateria da escola de samba Grande Rio. A rainha demitida já vinha sendo  alvo de muitas críticas por parte da imprensa especializada no mundo do samba e das escolas de samba. Apontada como tendo um perfil inadequado para o cargo, por conta até  mesmo da exposição de seus ossos, a apresentadora global foi duramente criticada por ocasião do último desfile das escolas de samba. Ossadas e curvas generosas a parte, a questão deve ser avaliada com mais profundidade. Certamente para ocupar o cargo de rainha de bateria, algumas pessoas endinheiradas não se furtam em pagar às escolas de samba para ocupar postos de destaque durante os desfiles, que é bom lembrar são transmitidos pela tv globo que também influencia na escolha dos enredos de algumas escolas. A escolas de samba, em sua maioria, tem dificuldades em angariar recursos e patrocinadores para cobrir os custos , cada vez mais elevados, de manutenção de uma estrutura ao longo de todo o ano. Assim sendo acabam se rendendo as migalhas oferecidas por celebridades, que , em alguns casos, já pagaram às escolas para serem homenageadas como enredos. A situação piora, pois a tv globo, detentora das direitos de transmissão, impede que as escolas de samba tenham patrocinadores e que possam ostentar as marcas desses patrocinadores nos equipamentos , adereços, alegorias e roupas dos integrantes, assim como ocorre no futebol, nas corridas de automóvel, etc.. A tv globo alega, que tais marcas iriam prejudicar seus anunciantes. E no futebol e na fórmula um, elas prejudicam ? Se as escolas fossem liberadas para ter patrocinadores, por ex, patrocinador de bateria, da ala de baianas, etc, teriam mais recursos e não necessitariam de abrir espaço para algumas pessoas que tem apenas o objetivo de aparecer numa festa em que elas não tem a menor identidade e, como é de conhecimento,ainda rejeitam a cultura popular. Com patrocinadores as escolas ganharão mais fôlego, tenderão a se distanciar do dinheiro sujo, e consolidarão com mais força a cultura popular. Isso interessa a colonizadora globo ?



Nossa imprensa esportiva...

Vem aí as olimpíadas de Londres. Não vai faltar assunto sobre a nossa alegre, empolgada e animada imprensa esportiva. No futebol, Galvão não vai narrar nenhum jogo, o que já é um alívio para o telespectador. A seleção de futebol promete e tem tudo para conseguir a tão sonhada medalha olímpica e justo na edição que a globo fica de fora. A ver.