terça-feira, 8 de agosto de 2017

3 - Nossa imprensa esportiva...

Estávamos no ano de 1969. O jogo, amistoso, acontecia entre a seleção Brasileira e seleção inglesa, atual campeã do mundo, em pleno Maraca lotado. Na época , nossa alegre , animada e sempre empolgada imprensa esportiva, discutia diariamente os rumos do futebol. Com a derrota do Brasil na copa do mundo de 1966, surgia a tese do futebol força, com velocidade, muitos músculos, ou como dizia Nelson Rodrigues, o touro búlgaro, referindo-se ao futebol europeu da época. Muitos diziam que nosso estilo de jogar futebol estava ultrapassado e que deveríamos partir, também ,para a força. No jogo os ingleses fazem 1x0 , Nossa seleção empatou , virou e venceu por 2x1. Um dos gols brasileiro foi marcado pelo genial Tostão. E foi um gol atípico. O jogador estava caído, sentado, na área inglesa e mesmo assim girou as pernas para chutar e colocar a bola dentro das redes. Fez tudo isso sentado. Esse gol motivou um comentário, empolgado, sobre o nosso estilo de jogar, como sendo o mesmo o mais criativo. Vamos lá:

-comentarista : Sensacional !!!!!! Esse é o futebol brasileiro. Estamos todos, durante anos, discutindo os destinos de nosso esporte favorito. Alimentando ideais estranhos a nossa origem a nossa arte maior. Escuto, e não aguento mais ouvir, especialistas dizerem que temos que mudar. Mudar para o quê ? Para a burrice, para a força burra. Somos brasileiros, temos jogo de cintura, ginga, malandragem, jogo de corpo. Temos a arte do drible, da boa molecagem, da improvisação, da flexibilidade , da volatilidade, da maleabilidade. Eles que devem aprender conosco. Esse gol é a prova de nosso talento único.

narrador : Muito bem !!!!


volatilidade ?????

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