segunda-feira, 3 de julho de 2017

Perseguidos

AMOR NOS TEMPOS DE CÓLERA

Perseguido

02 de julho de 2017 às 10h47


por Marco Aurélio Mello

A Globo é nefasta, seu jornalismo manipula a opinião pública e ela persegue funcionários e ex-funcionários. Sou vítima disso. Trabalhei lá por 12 anos como editor.

Vi de perto como são tomadas as decisões. Como as notícias são preparadas e como muitas são escondidas.

Nas eleições de 2006, por exemplo, eles fizeram de tudo para derrotar Lula e não conseguiram. Em 2010 foi a vez de Dilma. Quem não se lembra do episódio da “bolinha de papel”?

Por não concordar e denunciar tantos abusos fui perseguido quando estava lá dentro, demitido sem justa causa e depois processado pelo número 1 do jornalismo, Ali Kamel, que tenta calar todos aqueles que o criticam.

Foi assim com Luiz Carlos Azenha, Paulo Henrique Amorim, Luis Nassif, Rodrigo Vianna, Miguel do Rosário e vários outros.

Veja o que disse o jornalista Paulo Nogueira em 2014:

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/os-process…

No meu caso, fui condenado por um texto de ficção. Sim, ficção! São dois processos. Um eu ganhei e ele recorre. No outro, o Superior Tribunal de Justiça acaba de me condenar a pagar uma indenização de mais de 40 mil reais!

A estratégia é esta, silenciar seus opositores pelo bolso. Sou assalariado e advogados custam muito. Estou aqui apelando para parentes, amigos e todos aqueles que consideram minha causa justa.
Segue o link: https://www.catarse.me/condenado_d176?ref=project_link

É muito difícil pedir. Pedir nos deixa vulneráveis, mas sei que muita gente já percebeu que eles têm lado e não é o nosso lado, o lado dos trabalhadores, das pessoas mais simples, daqueles que querem um país menos desigual, mais solidário e fraterno.

Você pode contribuir com quanto quiser. Qualquer valor, por menor que seja, é muito para mim, porque será somado ao de muitos outros.

Não vou desistir de lutar, mas para isso preciso sim de ajuda. Vou continuar produzindo e compartilhando conteúdo de graça na rede, como sempre fiz.

E tenho certeza de que cedo ou tarde este império vai acabar.

Da importância de, mais uma vez, Marco Aurélio Mello derrotar a Globo

Por Luiz Carlos Azenha

O ano é 2006. Sou destacado pela TV Globo para acompanhar o candidato do PSDB ao Planalto, Geraldo Alckmin. É minha primeira cobertura de uma eleição presidencial no Brasil.

É rotina bater papo sobre a cobertura nos intervalos do trabalho, em qualquer redação.

As conversas começam a produzir um consenso entre um grupo grande de colegas, alguns dos quais permanecem na emissora: a Globo quer evitar a reeleição de Lula e colocar Alckmin no Planalto.

Desde 2005, na cobertura do mensalão petista — vejam bem, o mensalão tucano, um teste regional do esquema, nunca foi chamado assim pela Globo, nunca mereceu investigação ou manchetes no Jornal Nacional — isso vem se tornando claro.

Marco Aurélio Mello, editor de economia do JN, conta que veio do Rio a ordem para “tirar o pé” das reportagens que mostravam recordes na compra de material de construção, emprego na construção civil, vendas da linha branca de eletrodomésticos, etc., assuntos que em tese poderiam beneficiar o presidente Lula.

Por outro lado, a principal repórter de economia de São Paulo repete, para quem quiser ouvir, que o real vai derreter diante da perspectiva de reeleição de Lula. “Dólar a quatro”, prevê.

Pessoa do melhor caráter, não faz isso por má intenção: apenas repete o que ouve no ‘mercado’, cujos ‘especialistas’ sustentam as reportagens da Globo, do Bom Dia Brasil ao Jornal da Globo desancando Lula.

Questiono a colega, cujas previsões mais tarde vão afundar feito a campanha de Alckmin no segundo turno.

Na redação paulista também se fala sobre o fato de a Globo escolher o tema a ser tratado pelos candidatos naquele espaço reservado à cobertura do dia-a-dia da campanha.

São 90 segundos para Lula, 90 para Alckmin, 90 para Cristovam Buarque — o Lulalight financiado pelos tucanos — e 90 para Heloisa Helena.

Se existia uma denúncia contra Lula ou o governo Lula, o petista acabava desancado: tinha 90 segundos para se defender, contra 270 segundos de pauladados adversários.

O ‘equilíbrio’, portanto, era mera formalidade, para inglês ver.

Outra surpresa: Alexandre Garcia deixa de aparecer apenas em programas estritamente jornalísticos e é visto, por exemplo, no programa de Ana Maria Braga, nunca atacando diretamente Lula ou seu governo, mas fazendo avançar ‘pautas’ de interesse dos adversários do presidente.

A repercussão das capas de revista aos sábados — sempre aquelas que faziam denúncias contra o PT — já haviam dado o que falar. A tal ponto que um grupo de jornalistas marcou reunião com o editor regional de Jornalismo para reclamar.

Como resultado do encontro, do qual não participei, sou escolhido para fazer uma reportagem sobre o escândalo das ambulâncias, atribuído ao PT mas que também envolve o ex-ministro José Serra, agora candidato tucano a governador de São Paulo.

A produtora Cecília Negrão é colocada no caso, mas sem qualquer recurso. Não há autorização nem mesmo para uma viagem a Piracicaba, no interior paulista, onde o sucessor de Serra no Ministério da Saúde era prefeito.

Ainda assim, conseguimos colocar em pé uma reportagem demonstrando que a grande maioria das ambulâncias superfaturadas entregues enquanto vigia o esquema o foi quando Serra era ministro, não no governo subsequente do PT.

Portanto, o escândalo que a mídia muitas vezes atribuiu exclusivamente aos petistas tinha tido origem “no governo anterior”, que é como William Bonner se referiu ao período de Fernando Henrique Cardoso certa vez, numa notícia que poderia comprometer o Príncipe.

Minha reportagem citando Serra não foi ao ar no dia previsto, Jornal Nacional de uma sexta-feira, não foi ao ar no sábado apesar de nossas reclamações — e até hoje ocupa uma gélida gaveta.

Com Lula reeleito, a dissensão interna na Globo teve duas consequências: o repórter Rodrigo Vianna não teve o contrato renovado, o editor Marco Aurélio Mello foi demitido e eu pedi rescisão antecipada de meu contrato, optando por aperfeiçoar meus conhecimentos sobre a internet num período sabático em Washington.

Por outro lado, todos aqueles que apostaram as fichas nas omissões e manipulações da Globo tiveram ascensão meteórica.

Mas… Ali Kamel perdeu. No que realmente interessa, a Globo foi derrotada.

O que era do conhecimento de um pequeno grupo de profissionais da emissora tornou-se assunto nacional, denunciado por quem estava lá e testemunhou tudo nos bastidores.

O que no passado foi assunto de acadêmicos — as manipulações da Globo — tornou-se tema debatido por milhões de brasileiros, ganhou as ruas como nunca nos cartazes dos movimentos sociais e é hoje uma das pautas mais importantes diante da sociedade brasileira.

As ações na Justiça contra desafetos foram a consequência lógica desta derrota política.

Seria ingenuidade imaginar que um Marco Aurélio Mello ficaria de bico fechado.

Olhem um trecho do currículo dele:

1. Prêmio Vladimir Herzog — 1993 (Programa Olhar Brasileiro)

2. Prêmio SENAI/CNT — 2004 (Novo Emprego)

3. Prêmio CNT de Jornalismo — 2005 (Série Transportes – Jornal Nacional)

4. Grande Prêmio Globo de Jornalismo — 2005 (Morte do Papa)

5. Melhor Cobertura Prêmio Globo — 2005 (Morte do Papa)

6. Menção Honrosa Prêmio Globo de Jornalismo — 2005 (Crise Política)

7. Prêmio Vladimir Herzog — 2008 (Saúde Pública, Salve-se Quem Puder)

8. Prêmio CNT de Jornalismo — 2010 (Cadê Meu Carro? – Jornal da Record)

9 Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo — 2012 (Doutor Marcelo, Diário do Inferno)

10. Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo — 2013 (Perseguidos)

11. Grande Prêmio Petrobras de Jornalismo — 2013 (Vidas Sem Lar)

Trata-se, na verdade, de calar a dissensão interna.

De fazer estalar a chibata para servir de exemplo — ah, os métodos da Casa Grande são sempre os mesmos…

É uma forma de deixar claro aos colegas de Marco Aurélio que ficaram na Globo que é muito mais confortável tocar a vida sem se importar com as maquinações dos irmãos Marinho. Que não vale questionar, nem denunciar.

Os R$ 40 mil reais que Marco Aurélio foi condenado a pagar a Ali Kamel — por um texto ficcional! — tem, assim, também um caráter político.

Cabe, portanto, derrotar a Globo mais uma vez.

Como?

Demonstrando solidariedade, com a doação de pequenas quantias, para que ao final do processo um grande número de pessoas diga a Ali Kamel e à Globo: o Marco Aurélio não está só, nós sabemos o que vocês fizeram no verão passado e nem com todo o seu poder na Justiça, no Congresso e no Executivo, nem com seus bilhões de reais vocês serão capazes de comprar nosso silêncio.

Fonte: VIOMUNDO
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O grupo Globo não aceita críticas, no entanto, produz barbaridades em relação aos seus inimigos políticos. Omite, manipula, distorce os fatos e conduz uma grande parcela da população brasileira à compreensão da realidade de acordo com sua orientação política.

Persegue ferozmente seus adversários ideológicos, pois os considera como inimigos, não aceitando qualquer interpretação da realidade sobre fatos que seja diferente da sua.

Com o advento da blogsfera, naturalmente vários sites, blogs e veículos de mídia surgiram. Muitos com orientação política no campo das esquerdas, apresentando uma versão dos fatos que não se vê, lê, ou se escuta na grande mídia.Com isso, as perseguições à esses sites começaram e se intensificaram, sempre com processos contra jornalistas na esfera judicial. Justo por Globo, que tanto grita contra qualquer tipo de censura contra liberdade de expressão e de opinião. Marco Aurélio Mello, com seus belos textos na coluna 'Amor em Tempos de Cólera' ,no site VIOMUNDO, é mais um jornalista que sofre com a perseguição de Globo. Em relação a mim, a perseguição parece não ter fim, motivo pelo qual enviei e-mail à ONU, pois já esgotei os caminhos legais por aqui. Assim como Marco Aurélio, necessito de auxílio financeiro;

Ricardo Barbosa de Oliveira
Banco do Brasil
agência: 0093-0
conta: 13.749-9

Abaixo o e-mail que enviei , hoje, para a ONU:


Violação de direitos humanos e perseguição política
Para: faleconosco@onu.org.br

Prezados Senhores,

Venho por meio deste e-mail solicitar a atenção de VSas.

Meu nome é Ricardo Barbosa de Oliveira, divorciado, nascido na cidade do Rio de Janeiro, local onde resido atualmente. Sou formado em Engenharia Química pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ- , pós graduação em Normalização Técnica e Certificação de Conformidade pelo Departamento de Engenharia de Produção da Coordenação dos Programas de Pós graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro - COPPE - UFRJ, curso de especialização em Neurolinguísitca (Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística - SP), curso de especialização em Normalização Técnica na Association Française de Normalisation - AFNOR -, curso de especialização em Controle de Qualidade na Association Française pour le controle de la Qualité - AFCIQ - (ambos em La Defense, Paris, França), curso sobre Normalisation na International Standardization Organization - ISO,( Genebra - Suiça). Experiência profissional em auditorias de sistemas organizacionais ( inclusive em outros países ), diagnóstico organizacional ,sistemas de certificação de qualidade de produtos e serviços, engenharia nuclear, auditorias em projetos de engenharia de grande porte, física nuclear, radioquímica, radioproteção e dosimetria. Tenho razoável conhecimento dos idiomas francês, inglês e espanhol.

Isto posto, venho relatar o motivo deste contato com VSas.

Desde março do ano de 2003, há mais de 14 anos, venho sendo alvo de uma violenta perseguição, principalmente por motivações políticas e ideológicas. A partir de 2003, minha residência recebeu câmeras e microfones para monitorar meu dia-a dia, 24 horas por dia. Além disso, minhas roupas e mesmo meu corpo tem sido impregnados por uma modalidade chip, líquido, adicionado na caixa d'água de minha residência. Assim sendo, por onde ando sou monitorado, algo como um GPS que carrego em meu corpo indicando minha localidade, reproduzindo , meu olhar, minha voz e meus pensamentos. Essa tecnologia, naturalmente, opera através de sinais de satélite e de micro ondas, algo que meu corpo tem sido exposto por todo esse tempo, o que vem acarretando problemas em minha saúde, como perda de meus dentes e queda acentuada de cabelo. Os responsáveis por essa perseguição são o Grupo Globo de Comunicação, através da Rede Globo de televisão, que criou essa gigantesca estrutura com todos os veículos midiáticos e ainda exigiu que a população nada comente comigo sobre o monitoramento. As imagens e áudios que são obtidas através de minha imagem, são comercializadas pelo Grupo Globo, através de aplicativo para celulares e computadores, tudo isso com apoio de grandes corporações que atuam como anunciantes. Desde 2003, não recebi nenhum contato do Grupo Globo e mesmo meus familiares omitem tal realidade de mim, assim como toda a população. Ao longo desse período perdi meu emprego, minha casa, e relacionamentos sociais, vivendo totalmente isolado, já que as pessoas ou me evitam por conta de minha situação, ou se aproximam somente para diversão por conta das barbaridades que o Grupo Globo produz diariamente sobre minha vida. Com isso não consigo trabalhar. Ao longo desse tempo, o Grupo Globo vem auferindo lucros gigantescos através de imagens minhas que são comercializadas sem que não me beneficie de nada. Além disso, sou violentamente perseguido por conta de minha orientação política e social, alinhada com direitos humanos, liberdade de expressão, democracia, e justiça social, algo que se pode dizer como pertencente ao campo político das esquerdas.Tal perseguição ganhou uma maior dimensão a partir do momento em que crie um blog, em 1º de março de 2012. VSas podem acessar o blog pelo endereço: ribaroli.blogspot.com.br

Como é do conhecimento de VSas, a situação do Brasil atual aproxima-se de um estado de exceção, com a liberdades individuais sendo duramente atingidas e a violência explodindo nos campos e nas cidades.O Grupo Globo, que apoiou abertamente o golpe de estado contra a presidenta Dilma, apoia o estado da arte no país, com forte influência na política atual. Com isso, a repressão sobre mim tem aumentado, colocando em risco minha saúde, algo que ao longo desses anos não tive problemas. Corro risco de morte, por conta das torturas psicológicas e físicas que venho sendo alvo, o que já debilitou minha saúde atualmente. Sobre essa situação Kafkiana que vivo, já procurei a polícia, o judiciário e o legislativo para apresentar denúncia, no que não fui atendido pois tais poderes não querem se indispor com o Grupo Globo de Televisão, tendo em vista as relações promíscuas entre os poderes da república e corporações privadas, como tem vindo à tona atualmente com as denúncias de corrupção no país.

Vivo em condições sub humanas, precárias, em ambiente insalubre, como pode ser constatado através das imagens. Não tenho apoio de familiares, amigos e nem mesmo da população. Minha saúde vem se debilitando, motivo pelo qual necessito com urgência de uma ação contra o Grupo Globo. Minha renda é mínima, que mal cobre a alimentação. Além disso, tenho plano de fazer um curso de doutorado em Geografia, com foco nas questões ambientais, algo que nas condições em que vivo no país torna-se impossível. Também necessito de atendimento médico para os problemas que relatei, algo que não tenho condições de obter gratuitamente. Assim sendo , peço atenção de VSas para viabilizar apoio no sentido de denunciar o Grupo Globo de maneira que possa viver livremente, de forma digna , podendo cuidar de minha saúde e realizar os estudos que pretendo. Se possível, solicito, também, algum tipo de abrigo imediato aqui no Brasil, sob os cuidados das Nações Unidas, de maneira que possa permanecer livre das perseguições e acompanhar possíveis negociações para o pleito que solicito

Desde já agradeço a atenção de VSas e fico na expectativa de um pronunciamento favorável.
Outrossim, informo que estou à disposição para quaisquer outros esclarecimentos que forem necessários.

Cordialmente

Ricardo Barbosa de Oliveira

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