quarta-feira, 12 de julho de 2017

Assim na Novela como no Senado

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O assunto do dia, hoje, é a aprovação da reforma trabalhista no Senado e a luta das Senadoras para evitar esse assalto aos trabalhadores. No jornal O Globo, o protesto das Senadoras é citado , em primeira página, como um 'momento Venezuela no Brasil'. A pressa que o governo do golpe e seus apoiadores tem em aprovar essas ditas reformas é algo que chama a atenção de todos. São temas polêmicos, direitos trabalhistas e aposentadoria, que a população deveria ser consultada para opinar, pois afeta diretamente a vida de todos. No entanto, nada disso aconteceu, e as ditas reformas vem sendo votadas e empurradas na marra. Cabe lembrar, que as tais reformas não faziam parte da agenda do governo Dilma, escolhido pelo povo em voto direto e livre. Quando em prática, os trabalhadores serão explorados ainda mais, pois seus direitos serão flexibilizados. Seja um empreendedor e vá a luta, é o lema do golpe ultraneoliberal. Se é assim, resolvi ter um blog, próprio, para publicar assuntos de interesse geral, e quem sabe, arrumar uma graninha com a audiência qualificada que me acompanha diariamente. Trabalhando para meu blog, assisti-analisando um capítulo da novela Malhação da TV Globo, ontem, dia da votação no Senado contra o trabalhador. E o trabalhador assaltado no mundo da cultura e valores neoliberais estava lá, na novela voltada para um público adolescente, que a emissora pretende globalizado enquanto consumidor. Um personagem aparentando 15 ou 16 anos, entra em uma bar, que vende sanduíches, possivelmente na cidade de São Paulo e pede um milk shake, bebida das cadeias de fast food, globalizadas. Nas cidades brasileiras, naturalmente, os jovens pedem açaí, sucos de frutas naturais ou saladas de frutas. No intervalo comercial da novela, uma cadeia de fast food oferecendo hamburguers. Os anunciantes e a trama se misturam. O mesmo jovem, pratica um ato de vingança contra o proprietário do bar, vangloriando-se de seu feito por ter causado um prejuízo financeiro ao proprietário. A vingança incentivada enquanto um valor no mundo dos valores neoliberais, do empreendedorismo individual, do prejuízo financeiro. Ainda na trama, dois personagens de meninas adolescentes, na faixa de 17 anos, se rebelam contra a proposta da escola onde estudam de colocar catracas na entrada, por motivo de segurança e vigilância, já que as catracas registrariam as pessoas que por ali passariam. Resolvem convocar seus colegas para uma assembléia onde pretendem detonar a ideia da catraca, no entanto, enquanto discursavam para os colegas, uma outra colega resolve filmar tudo e denunciar à direção da escola. Na trama, um incentivo ao dedodurismo entre jovens para minimizar ou eliminar possíveis lideranças. A escola. possivelmente de classe média, não tinha , pelo menos na cena da assembléia, nenhum estudante negro. Por outro lado , em outra cena, uma escola pobre, onde funcionários e proprietários colocavam baldes para evitar alagamento do piso por conta de vazamento de água no teto, alguns funcionários e alunos eram negros. No mundo do empreendedorismo, onde o que vale é o lucro, o trabalhador não tem mais direitos. O diretor da escola branca justifica as catracas como medida de segurança contra violência, que segundo o diretor irá agradar os pais dos alunos, que comentarão com outros pais de possíveis alunos, aumentando os lucros da escola. O lucro se sobrepõe aos demais valores e direitos de liberdade e humanismo, em uma escola para adolescentes no folhetim da televisão, na votação do Senado que trucida com os direitos dos trabalhadores.

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