quinta-feira, 6 de julho de 2017

Solução ?

A Coreia do Norte tem solução?

Ataques, sanções e manutenção da situação atual são todas alternativas péssimas

Imagem sem data divulgada pela agência oficial norte-coreana mostra Kim Jong-Un em visita a área militar na Ilha de Jangjae, no Sul do país - STR / AFP

Todas as alternativas para a resolução da crise envolvendo a Coreia do Norte são péssimas. A menos grave seria aceitar o status quo e reconhecer que o regime norte-coreano possui, além de armas nucleares, mísseis balísticos intercontinentais. Restaria, portanto, torcer para a teoria da “Mútua Destruição Assegurada” garantir que Pyongyang não use este arsenal.

A Coreia do Norte já pode há anos realizar um ataque nuclear contra Tóquio, que é o maior centro urbano do planeta, e Seul. Ambas ações provocariam milhões de mortos e o colapso da economia mundial. E o mundo, convenhamos, tem convivido com esta possibilidade, assim como conviveu por décadas com a possibilidade de a União Soviética aniquilar os EUA e a Europa Ocidental. A Coreia do Norte sabe que, se usar um armamento atômico, será pulverizada em alguns minutos. Seria a destruição assegurada conhecida da teoria dos jogos, que se provou correta na Guerra Fria, no conflito entre paquistaneses e indianos, e com a Coreia do Norte em relação à Coreia do Sul e ao Japão.

O que mudou nesta semana? O teste do míssil balístico intercontinental de Pyongyang na terça indica que, em alguns anos, a Califórnia poderá estar no raio de alcance da Coreia do Norte. Isto é, San Diego, Los Angeles e São Francisco se somariam a Tóquio e Seul como possíveis alvos dos norte-coreanos — com a diferença de terem todo o Oceano Pacífico de distância, enquanto a capital sul-coreana está a alguns quilômetros da fronteira. E mesmo agora dezenas de milhares de americanos já podem ser alvejados em bases militares na Coreia do Sul e no Japão. Não há motivo, portanto, para os EUA alterarem sua estratégia. Logo, o status quo atual, embora péssimo, é menos grave do que as alternativas. Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama fizeram este cálculo. A dúvida é se Donald Trump seguirá na mesma linha. Afinal, quais as opções?

Negociação: Para começar, Pyongyang não tem incentivos para abdicar de suas armas nucleares. O ditador Kim observou o que ocorreu com Saddam Hussein no Iraque e Muamar Kadafi na Líbia, que abdicaram de seus programas de armas de destruição em massa —ambos foram depostos do poder e acabaram mortos. Seu cálculo, em parte correto, é o de que seu futuro seria o mesmo se abrisse mão de seu arsenal atômico, biológico e químico. Note-se que o Irã é um caso distinto, pois o país não tinha ainda os armamentos, havia diferentes centros de poder e as sanções afetavam a classe média local, que vota. A Coreia da Norte já tem as armas, o poder está concentrado nas mãos de Kim e a população já vive na miséria, com o país isolado do comércio internacional.

No máximo, Kim aceitaria por um curto período os parâmetros propostos por Rússia e China de congelar seu programa nuclear e de mísseis balísticos em troca de os EUA suspenderem exercícios militares com a Coreia do Sul e reduzirem a presença naval na Península Coreana. Mas nada impede que o regime de Pyongyang trapaceie na sua parte do acordo, como fez no passado. Os EUA, por sua vez, tampouco concordariam porque sua presença na Península Coreana faz parte do xadrez geopolítico para conter a China, não apenas a Coreia do Norte. Isto é, o resultado de uma negociação seria pior do que o status quo atual, no qual os americanos mantêm forte presença militar na área, sem concessões aos norte-coreanos.

Ofensiva militar: Os EUA derrotariam a Coreia do Norte facilmente em uma guerra. O problema é que o custo seria enorme porque mesmo uma ação ultracoordenada e bem sucedida seria incapaz de impedir o regime de Pyongyang de reagir com o lançamento de armas químicas, biológicas ou mesmo atômicas contra Seul, a poucos quilômetros da fronteira. Centenas de milhares ou mesmo milhões de pessoas poderiam morrer neste conflito. Mesmo uma resposta com armas convencionais por parte de Pyongyang já seria devastadora nos primeiros dias. Em uma semana, o número de vítimas do conflito seria maior do que o da Síria em cinco anos de guerra.

Os EUA poderiam também, juntos com seus aliados, realizar uma ação cirúrgica contra Kim, similar às que Israel fez contra líderes do Hamas e às dos próprios americanos contra lideranças da al-Qaeda. A diferença é que o ditador da Coreia do Norte comanda um país com centenas de milhares de soldados, defesa antiaérea e controle total do seu círculo de poder. A chance de fracasso é enorme. E, mesmo que o eliminem, não se sabe como o país reagiria e quem assumiria o poder.

Fonte: O GLOBO
_________________________________________________________
Resultado de imagem para imagem de bico de pena para escrever

Os EUA e seus aliados tem solução?
As alterações climáticas tem solução ?
A fome mundial tem solução ?
O desemprego mundial tem solução ?
Existe solução ao neoliberalismo ?
Davos é a solução ?
O racismo é a solução ?
A xenofobia é a solução ?
A crise civilizacional tem solução ?
A globalização com liberdade somente para o capital tem solução ?A crise é da Coreia do Norte ou dos EUA e seus aliados ?
Somente a população da Coreia do Norte vive na miséria?
Qual a solução para ditadura norte coreana ?
Qual a solução para a ditadura econômica mundial ?
Qual a solução para uma parcela da população dos EUA e de seus aliados que vivem na miséria ?
Guerras são a solução para resolução de conflitos ?
Qual a solução para acabar com o arsenal da Coreia do Norte que inclusive tem condições de atacar e destruir Tóquio ?
Qual a solução para acabar com o arsenal dos EUA e seus aliados que inclusive tem condições de destruir todo o mundo?
O  mudo necessita de países que se colocam na posição de xerifes ?

Nenhum comentário:

Postar um comentário