quarta-feira, 31 de maio de 2017

Seja desobediente, ocupe as mídias

A coisa anda braba, não consigo explicar pra garotada.

30 DE MAIO DE 2017 POR LUCIANA OLIVEIRA


No Almanaqueiras
Fabio Sa e Silva

O Brasil chegou ao fundo do poço. O presidente da Câmara diz que a agenda do Congresso é a agenda do mercado. O presidente da República será interrogado pela PF. A grande liderança da oposição a Dilma e um dos maiores responsáveis pelo golpe é pego em conversas onde se discute de tráfico de drogas a obstrução da justiça (sem que Deltan ou Celso de Mello façam comício). Dois Ministérios estão sem titular (Cultura e CGU). Enquanto isso, o pessoal infla bonecos do Janot e do Gilmar, retratando-os como “defensores de petistas” (logo eles…). E em SP, onde desponta a “novidade”, não sei o que é mais revelador: se Secretários de Direitos Humanos pedindo exoneração em série ou se o Secretário de Cultura dizendo que vai “quebrar a cara” de cidadão em audiência.

Fonte: Blog da Luciana  Oliveira
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Réquiem por um sonho. Por Nílson Lage

POR FERNANDO BRITO · 31/05/2017


Hoje (escrevo às 10h do dia 25 de maio, 69º aniversário da morte de Roberto Simonsen, 40ºda estreia de “Uma nova esperança”, da série Star Trek), quando o Brasil caminha para pendurar-se no cabide do Império do Ocidente como extenso e desfrutável espaço do domínio, acho por bem lembrar a história do sonho de um país soberano e independente, grande e próspero.

Começou com os Andrada – José Bonifácio, o naturalista, que sonhava com uma reforma agrária para dar terra a escravos libertados – e ganhou concretude com Irineu, nossa primeira ferrovia, nossa primeira aciaria, nosso primeiro estaleiro e nossa primeira presença financeira do mundo.

O Visconde de Mauá faliu em 1878, espremido por bancos ingleses, mas deixou de herança uma geração de engenheiros brilhantes e militares insubordinados que se formaram na escola militar com a ideologia do cálculo integral e a rigidez do pensamento positivista.

Dessa ninhada vieram Rebouças, que varou a Serra do Mar numa ferrovia incrível que ainda lá existe, e Euclides, que viajou como repórter aos sertões do Brasil e descobriu, com assombro, quão forte é, ainda assim, nosso mestiço pobre e inculto. Da mesma cepa descende o índio Cândido, soldado bravo que ordenava morrer, sendo preciso, mas jamais matar quem luta por sua terra.

Descendente mais remoto ainda é o promotor Getúlio, que governou na recessão com mão de ferro, criou a mística do trabalho e, depois, ungido pelo povo em votação direta, buscou a energia dos rios e escavou o óleo que diziam não haver por essas terras, pagando por isso com a vida.

Foi então que o projeto ganhou forma, no tumulto dos anos 50, tempo de Juscelino: ocupação do Oeste e da Amazônia, indústria mecânica, construção naval e aeronáutica, pesquisa nuclear – Álvaro Alberto – implantação da tecnologia no campo e reforma agrária, relações com todos os países. Este o norte do breve governo de Jânio, que condecorou Guevara e criou a Eletrobrás sonhada por Getúlio, e de Jango, em cerco permanente.

Houve um parêntesis, mas a bússola voltou a apontar esse caminho aos militares com a Embrapa fertilizando o cerrado, a indústria de defesa, o apoio ao MPLA de Angola e os demais eventos surpreendentes do governo Geisel.

Mais um parêntesis de quase vinte anos. O Brasil cedeu na informática, nos projetos nucleares, no domínio das telecomunicações e do espaço aéreo; quase entregou o petróleo e os bancos que alavancavam seu progresso. E mais cederia, não se alçasse ao poder um governo trabalhista conciliador que, no entanto, retomou o que pôde desses projetos, expandiu o ensino técnico, promoveu a mobilidade social e a formação universitária.

Foi demais a dose e a ressaca é amarga. Parece que o sonho acaba aqui, de morte prematura, jovem ainda no tempo das nações. Salvo eventos inesperados, será esquecido por novas realidades. Só tenho uma pena a mais, ao lembrar essa história: que, tendo sido tão rico de pensadores, poetas, canções, homens de ciência e sabedoria, possa terminar assim, sepultado por gente tão medíocre e cheia de ódios insensatos.

Fonte: TIJOLAÇO
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Carta Maior retweetou Greenpeace Brasil
Os Regressivos, mais um capítulo da série 'Predador'.
Patrocínio: parceria mídia, escória parlamentar, mercados, tucanato e classe média boba

Fonte: Carta Maior 
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Resultado de imagem para imagem de bico de pena para escrever

O homem disse que tinha de ir embora – antes queria me ensinar uma coisa muito importante:
- Você quer conhecer o segredo de ser um menino feliz para o resto de sua vida?
- Quero – respondi.
O segredo se resume em três palavras, que ele pronunciou com intensidade, mãos nos meus ombros e olhos nos meus olhos: - Pense nos outros.” - Fernando Sabino


' No final tudo dá certo, se não deu certo é porque não chegou ao
final ' - Fernando Sabino

A confusão é geral, de alguma forma retrato de um mundo caótico.
A parceria midiática contribuiu, em muito, para o caos que se percebe no país. O sonho não acabou, e nem acabará. Se chegou ao fundo do poço, é momento de subir, de preferência por cordas firmes e resistentes. Mercados e mídias apelam para a violência, como forma de intimidação política. Nada de violência e não se deve aceitar provocações, mas se vierem pra cima da gente, respondemos com paus , pedras , morteiros e tudo mais que possa causar danos. 


“De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro.” - Fernando Sabino


A classe média, em sua maioria, sempre serviu de massa de manobra para as elites e os mercados.Uma tolice classista, que se movimenta ao sabor de medos, fantasmas, preconceitos e interesses financeiros. Essa grande parcela da classe média vive em eterno conflito de identidade, se acha elite - o que não é - e rejeita uma parcela da classe média - o que de fato é -, daí estar sempre disponível para ser manobrada, conduzida, na maioria das vezes pelas elites e em poucas vezes pelas esquerdas. O foco principal neste momento do país é a narrativa sobre os fatos e acontecimentos. O movimento pelas diretas já, deve e pode crescer, no entanto, em paralelo e de imediato, um movimento para ocupar os grandes veículos de mídia se faz necessário e urgente. Sem desobediência civil não há chance para avançar; o legal e o ilegal, o certo e o errado, tem sido flexibilizados ao longo de alguns generosos meses em benefício de interesses das elites, mercados e parceiros. Tentativas de intimidação pela força, devem ser respondidas, com força, se necessário for. Além da confusão proposital produzida e incentivada pela grande mídia, adicione-se
o alto percentual de idiotice que se verifica em comentários das redes sociais, espaço onde a alienação é total. O pobre de direita, é de direita não por opção ideológica, mas por burrice, por alienação, por rejeitar a si próprio, resultado de anos de alienação produzida pelos grandes meios de comunicação do país .

Seja desobediente, ocupe os grande meios de comunicação.


“Antes de mais nada fica estabelecido que ninguém vai tirar meu bom humor” - Fernando Sabino


“Para os pobres, é dura lex, sed lex. A lei é dura, mas é a lei. 
Para os ricos, é dura lex, sed latex. A lei é dura, mas estica” - Fernando Sabino.

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