terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Do canto gregoriano ao som de tiros de armas de fogo

A desmoralização do STF e do Senado é pinto perto da dissolução que lateja nas ruas: PM dentro de uma igreja no Rio alvejando atos antiarrocho



Fonte: CARTA MAIOR
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Estava lá, no centro da cidade, e presenciei um cenário de guerra urbana.

De um lado os policiais da Polícia Militar que protegiam o prédio da Assembléia Legislativa do Estado do RJ e ao mesmo tempo atacavam de forma violenta os manifestantes com bombas de efeito moral, spray de pimenta, tiros com balas de borracha e carros de combate.

Do outro lado os manifestantes que protestavam contra as medidas de arrocho do governo do estado, conhecidas como pacote de maldades e que seriam votadas pelos deputados, se defendiam com paus, pedras, fogos de artifício e barricadas com fogo.

Fogo, fumaça, barulho de explosões, pessoas feridas, muita gente com máscaras e outros tantos com os olhos irritados por conta do gás de pimenta. As explosões aconteciam de forma constante, em intervalos curtos de tempo, lembrando cenas de guerra tão comuns em filmes.

Os manifestantes, a maioria funcionários do Estado que ainda não receberam os salários de outubro e que junto com a população irão pagar a conta pelos erros dos governos, foram atacados e massacrados pela polícia do Estado que protegia a Casa do Povo, ou seja a Assembléia Legislativa.

A Igreja próxima ao prédio da Assembléia Legislativa, foi tomada por policiais como posicionamento estratégico para atirar nos manifestantes que lá estavam exigindo que o Estado cumpra seus compromissos, pague os salários para que os funcionários possam cumprir com seus compromissos.

Nem a Igreja o Estado respeitou. Um local de meditação e reflexão - que por diversas vezes frequentei na pequena Capela do andar térreo - ao som de tiros contra pessoas desarmadas.


O  que virá depois de tudo isso nesse país à deriva ?

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