terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Socorrendo o futuro

Pautas-bomba em votação



Fonte: Latuff/Diário do Centro do Mundo
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Mídia coloca aprovação de pauta elitista como condição para livrar Temer; Globo prefere eleição indireta com acusados de corrupção em vez de 150 milhões de votos

13 de dezembro de 2016 às 12h39


da Redação

Os dois principais grupos de mídia do país explicitaram suas posições políticas nas últimas horas, ainda que de forma indireta.

Eles sinalizaram aos deputados e senadores: aprovem as medidas drásticas e impopulares, contra a população brasileira, antes de pensar na derrubada do usurpador Michel Temer.

A Globo, que governa o Brasil, deixou claro: se vocês aprovarem os pacotes antipopulares, terão o direito de escolher o próximo presidente da República.

No editorial Forte Revés, depois de dizer que a Lava Jato e a impopularidade acuam o governo Temer, Otávio Frias Filho decretou:

Acuado nesses dois fronts e decerto ciente de que sua gestão não entregou muito do que prometeu para este ano, Michel Temer pretende acelerar a agenda econômica no intuito de conquistar algum respaldo na sociedade. É o que lhe resta, e não há tempo a perder.

Dane-se a lógica, já que o próprio Datafolha, em notícia que a Folha deu num canto de primeira página, mostra que 60% dos entrevistados são contra a PEC da Morte, que limita os investimentos em Saúde e Educação por 20 anos. Ou seja, segundo a Folha só uma agenda impopular na economia pode salvar Temer, ainda que ela retire direitos, abale o mercado consumidor interno e beneficie os ricaços (corte em pagamentos da Previdência, desvinculação do salário mínimo, etc.)

Em outras palavras, a Folha tenta vender como dos brasileiros a agenda do mercado financeiro!

Já os irmãos Marinho primeiro aliviam para Temer, depois ditam o rumo:

Não ficou configurada alguma retribuição de Temer, nem o presidente pode ser processado por fatos ocorridos antes do mandato. Mas a simples menção do seu nome no contexto da Lava-Jato o enfraquece e a seu governo, na antessala de votações decisivas para o andamento de reformas sem as quais o país não sairá da crise.

[…] Caso a gestão de Temer seja interrompida depois do dia 31, quando chega ao fim a primeira parte do mandato no qual ele foi investido presidente, seu substituto será escolhido em eleição indireta, realizada em até 30 dias após ter sido declarado vago o cargo. Pode concorrer todo brasileiro nato, com mais de 35 anos.


Ou seja, a Globo prefere os votos de ao menos 200 corruptos e/ou delatados aos votos de 150 milhões de brasileiros, numa repetição do Diretas Já.

Ainda que, como também notou o Datafolha, 58% acreditem que o desempenho do Congresso é ruim ou péssimo, 63% defendam a renúncia de Temer com eleições e 75% digam que ele representa os ricos.

Ou seja, às favas com os interesses do eleitor, desde que Temer caia DEPOIS de aprovar no Congresso a agenda regressiva e elitista que, afinal, era desde o início o objetivo do golpe. E que o sucessor dele seja, como o próprio Temer, escolhido de forma indireta.

Por isso, como fizemos pioneiramente, continuamos vendo sério risco para as eleições presidenciais de 2018.

Fonte: VIOMUNDO
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  1. Carta Maior @cartamaior

    A escória,aliada à mídia, ao dinheiro e ao judiciário, condena uma geração de brasileiros à des-emancipação social. Haverá guerra pela vida.


    Carta Maior Retweeted
    George Marques
    ✔ @GeorgMarques


    Um governo sitiado: deputados apresentarão hoje requerimento na CCJ para que seja incluído na pauta PEC sobre eleições diretas em 2017.

    Carta Maior @cartamaior

    Em afronta a 60% da nação (Datafolha), 53 votos da escória impõem arrocho sem igual à sociedade por 20 anos; golpe declara guerra ao povo



  2. Fonte: CARTA MAIOR
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    Aprovada a PEC do fim do mundo. Mais um tiro no futuro. 
O aquecimento global e as mudanças climáticas são tiros que comprometem o futuro do planeta, um fim de mundo.
A PEC do fim do mundo compromete o futuro do Brasil, já comprometido com o fim do mundo no aspecto global.
Observando o que acontece em muitos outros países pelo mundo, com suas respectivas "PEC's de fim de mundo" não muito diferentes da nossa, cada dia fica mais claro que o governo do mundo quer um planeta para poucos. Isso, obviamente, é apenas uma teoria, mas que se revela poderosa quando se olha a História presente por um passado bem próximo, o presente, e um futuro logo ali do outro lado da rua. Nos últimos 26 anos, talvez seja esse o significado dessa História, um fim de mundo e um planeta para poucos. Enfrentar essa realidade exige uma luta global, que não acontece ou se acontece ainda é frágil, e lutas locais conectadas com o aspecto global. De fato, o futuro sendo diariamente atacado, pede socorro.
Dito isto, e enquanto não se organiza a luta eficaz, não se pode cruzar os braços diante desse petardo no futuro que o governo do golpe e seu congresso de maioria de picaretas aprovou hoje, ironicamente um dia 13 de dezembro de triste lembrança para o país. Também não se pode esperar que reação e a luta venham pelos poderes da República, em sua maioria ocupados por exterminadores do futuro. A reação, a luta e uma possível vitória, somente acontece, se e somente se organizada pelo povo, nas ruas, disposto a reescrever a História com as próprias mãos. De imediato tudo isso implica em uma faxina no governo federal, com a saída do presidente em exercício fraudulento de poder, para que o povo possa discutir, debater e escolher em eleições livres e democráticas um projeto de país que uma vez escolhido pela maioria seja implementado. Não há outra alternativa. Se povo não agir, agora, com determinação, o futuro ficará restrito ao Luciano e seu caldeirão, ao show do milhão, ao domingão do Faustão, ou seja, a todo tipo de alienação existente e em curso como a escola sem seres pensantes, a inexistência de redes de seguridade social, e uma democracia cada vez mais claudicante.
O que se vê hoje pelo mundo é o retorno de um tempo distante, a volta de um passado medonho, um antes de qualquer processo civilizatório que fará do futuro nada mais do que simples sopro, um instante.

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