quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Ar sinistro

Má qualidade do ar se espalha e mata mundo afora
Cerca de 1 milhão de pessoas morrem anualmente na China devido às más condições atmosféricas, segundo a OMS

Flavio Aguiar
Rede Brasil Atual, 15 de Dezembro de 2016 às 10:44
Poluição do ar nas grandes cidades chinesas se agrava no outono. Fenômeno decorrente da atividade humana / Greg Baker

Recentemente houve protestos em Pequim contra a má qualidade do ar, devido ao "smog" (smoke + fog, em inglês) que, nestes dias finais de outono, com suas inversões térmicas, se abateu sobre a cidade.

Os manifestantes começaram a colocar máscaras nos narizes das estátuas da cidade. A polícia começou a caçá-los. Deteve usuários de máscaras, interrogou jornalistas que as usavam…

Paralelamente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou dados assustadores: cerca de 1 milhão de pessoas morrem anualmente na China, devido às más condições atmosféricas.

Mas acontece que na China tudo é muito grande, com seu bilhão e 300 milhões (pelo menos) de habitantes.

O relatório da OMS revelou dados mais assustadores ainda.

Os piores índices de óbitos devido às más condições atmosféricas estão… aqui na Europa, sobretudo na antiga Europa do Leste.

O pior índice é o da Ucrânia, em que 120 pessoas, para cada 100 mil habitantes, morrem devido a males derivados da poluição, por ano. Em segundo lugar vem a Bulgária, com 118. Depois a Bielo-Rússia, entre a Polônia e a Rússia, com 100. Em quarto, empatadas, a Armênia e a Bósnia-Herzegovina, com 92, e a seguir vem a Geórgia, com 90 e a Hungria, com 82.

A razão (?) chinesa é de 76 mortos por 100 mil habitantes. Alta, mas longe de ser a campeã. Aqui na Alemanha é de 33.

A brasileira não é tão má: 13. Assim mesmo, se levarmos em conta que nosso país tem mais de 200 milhões de habitantes, isto significa que 26 mil compatriotas morrem anualmente devido a más condições atmosféricas.

Mas podemos esperar que o nosso índice cresça. Além do ar estar se tornando irrespirável em muitas cidades brasileiras devido ao gás lacrimogênio lançado pelas PMs para reprimir os manifestantes contrários à PEC do Fim do Mundo, a 55, o congelamento dos investimentos em saúde, educação, em áreas sociais como habitação, transporte, proteção a crianças, adolescentes e idosos, além de no controle à poluição, desmatamento etc., certamente fará o percentual subir.

Mais uma vez o mundo se curvará ante o Brasil, e este ante sua "élite" burra, conservadora, provinciana e anacrônica. Sem falar em Wall Street, Washington etc.

Fonte: BRASIL DE FATO
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Contra poluição,Varsóvia libera transporte público gratuito

Cidade enfrenta nível recorde de partículas nocivas no ar
Agência ANSA

O alto nível de poluição obrigou as autoridades polonesas a liberarem gratuitamente todos os meios de transporte público de Varsóvia nesta quinta-feira (15), pela primeira vez na história do país.

De acordo com a imprensa local, a quantidade de partículas nocivas à saúde está duas vezes maior que a média. A Prefeitura pediu que a população evite usar carros e caminhões, estufas ou medidas que possam aumentar a emissão de gases poluentes.

A Cracóvia, uma das cidades europeias com o maior índice de poluição, também sofre nos últimas dias com a qualidade do ar. Na semana passada, a capital francesa, Paris, impôs um rodízio de automóveis pelo mesmo motivo.

Fonte: JORNAL DO BRASIL
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O ar que respiramos, o ar atmosférico, é composto das seguintes substâncias:

- Nitrogênio - N2 com 78%

- Oxigênio - 02 com 21%

- Argônio com 0, 91%

- Gas carbônico - CO2 com 0,03%

- Vapor d'água - (H20)v com 0,06 %

Isso seria a composição química do ar que se respira, sem nenhuma poluição. Para o homem, somente o oxigênio é essencial, o restante, principalmente o N2, entra e sai do organismo humano, não fazendo parte do metabolismo.

O percentual de 0,03% de CO2, no ar original, é o que garante o efeito de estufa, pois o CO2 retem parte da radiação solar que chega a terra e volta para o espaço, garantindo uma temperatura média do planeta em 15°C. Sem o percentual do CO2 original, a temperatura média do planeta seria de -15°C, ou seja, viveríamos em um mundo gelado.

Isso significa que essa radiação que volta para o espaço e é absorvida pelo CO2, promove na superfície do planeta um calor de estufa, garantindo as condições para a vida. Os demais gases da atmosfera não retem esse calor. Logo, o efeito de estufa sempre existiu, e é importante. No entanto, se a proporção de CO2 e outros tantos gases na atmosfera aumenta, a temperatura da estufa também aumenta, gerando as alterações climáticas. Se isso não bastasse, ainda existem as inúmeras doenças provocadas no homem pela grande quantidade de gases na atmosfera, lançados pela atividade humana.

Conclui-se que o modelo de desenvolvimento atual, mata a natureza, mata a vida no planeta e mata o próprio homem.

Se o caro leitor questionar tal modelo pode ser rotulado de maluco, logo, todo cuidado é pouco.

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