sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Uma frente contra o genocídio do futuro

Aragão: está na cara!
E você, vai ficar aí parado?

publicado 09/12/2016


O Conversa Afiada publica texto do Ministro da Justiça (a Dilma acertou por último...) Eugênio Aragão:

Está na cara que a Presidenta Dilma foi derrubada para abrir a temporada de liquidação dos ativos do Brasil para uma comunidade internacional de banqueiros quebrados com a crise econômica mundial.

Está na cara que o Sr. Temer conspirou porque estava revoltado com seu papel de vice-presidente decorativo.

Está na cara que o Sr. Temer não tem legitimidade e nem estatura para gerente da liquidação a que se propôs com sua turba de ministros investigados por corrupção.

Está na cara que o maior interessado nessa virada fascisto-estelionatária tem nosso irmão do norte como maior beneficiado geopolítica e economicamente.

Está na cara que o a turba do golpe exerce o poder em benefício pessoal;

Está na cara que a PEC 55 vai nos devolver à condição de país frequentador do mapa da fome e vai expulsar milhões da recém adquirida condição de inclusão na sociedade e no mercado.

Está na cara que o projeto de reforma previdenciária visa a beneficiar fundos e seguradoras privadas com a transferência de rendas públicas e não tem nada a ver com a conversa de sistema deficitário.

Está na cara que o STF resolveu cuspir para cima num grande acordão para salvar o golpe e garantir a liquidação do estado brasileiro.

Está na cara que a Lava Jato foi e é um estratagema não só para derrubar o governo legitimamente eleito de Dilma Rousseff, mas também para varrer o PT da política.

Está na cara que o ano que vem vai ser uma ano mais violento que este é que não tem luz no profundo túnel em que o golpe nos projetou.
Mas, está na cara, dirão os golpistas: e daí? Só levamos o que sempre foi nosso e só emprestamos aos governos do PT em confiança, num gesto não correspondido!

E nós, está na cara, estamos condenados a dormir com um barulho desses se não reagirmos, e devolvemos à sociedade o que é dela: inclusão, dignidade e democracia.

Está na cara mas muitos não querem ver. E estamos esperando o quê?

Fonte: CONVERSA AFIADA
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Para todos nós, produtores de conteúdos jornalísticos, opinativos ou não, desde antes do golpe se consolidar na forma de impeachment que se vem alertando para a situação em que se encontra o país no momento atual. Não porque sejamos profetas, videntes, mas porque tais assuntos fazem parte do nosso dia-a-dia, e, e assim sendo,dentre os cenários possíveis de um futuro bem próximo, a situação atual do país foi apresentada na mídia alternativa-ou suja na visão dos golpistas- por diversas vezes, em diversos sites e blogues. No entanto, esse cenário que agora se manifesta , em nenhum momento foi abordado pela grande mídia, e, consequentemente a maioria da população brasileira ou ainda não se deu conta da grave realidade do país, ou ainda prefere seguir o chamamento da grande mídia em defesa do combate a corrupção, como se viu no número relativamente expressivo de manifestantes nas ruas no domingo próximo passado.

Outro aspecto que ainda inibe que a população tome consciência da grave situação do país, é a ausência de um interlocutor com a população. Os partidos de esquerda, no momento, não tem voz ativa para levar o povo às ruas contra todo esse caos; as eleições recentes deixam isso bem claro. Os movimentos sociais de esquerda, da mesma forma, tem um alcance em apenas uma parcela da população com um maior esclarecimento sobre as questões políticas e econômicas. Uma suposta frente ampla, inicialmente teria a esquerda, centro esquerda e uma pequena parcela do centro, e isso ainda é pouco para sacudir os golpistas.

Um movimento em defesa da Democracia e contra as medidas que o governo do golpe vem colocando em prática, tem que, necessariamente, tocar corações e mentes de todos os setores da sociedade, à esquerda, à direita e ao centro. Esse movimento, infelizmente, ainda não surgiu. Pode surgir de setores do empresariado nacional insatisfeitos com o pais, de setores do Judiciário, como a Ordem dos Advogados do Brasil, ou até mesmo da Igreja, o que naturalmente teria o apoio, mesmo que discreto, do Papa Francisco. Ou quem sabe uma união de todos esses setores com outros possíveis e interessados. Costurar essa frente é um desafio gigantesco, mas não impossível. Importante que o foco não seja esquerda contra direita no governo, mas sim , a população contra um fascismo que a qualquer momento pode se solidificar na vida nacional, com prejuízos arrasadores para a grande maioria da população. O momento não é de cobrar das pessoas aquilo que elas ainda não percebem, mas sim de orientá-las sobre tais questões.

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