terça-feira, 22 de novembro de 2016

Expulsar o governo do golpe e restaurar a Democracia

Andrea Bolzon, do Pnud: 'desarmar a rede de proteção social existente no Brasil em meio ao agravamento da crise teria efeitos desastrosos'

Pnud: rede de proteção formada por programas sociais, salário mínimo e previdência impediu retrocessos nos indicadores de 2011 e 2014 


Onde estão as garrafais!? 
Pnud/Ipea: renda dos brasileiros cresceu média de 1,1% entre 2011/2014. 
Pobreza recuou 9,3% ao ano e miséria, 14% a.a

Fonte: CARTA MAIOR
________________________________________________________________
Dados do Pnud de 2011 a 2014



Com Dilma, qualidade de vida melhorou, mas em ritmo menor
'Rede de proteção' social impediu retrocessos nos indicadores


"Rede de proteção" impediu retrocessos na área social, diz pesquisadora

22/11/201610h30
Leandro Prazeres
Do UOL, em Brasília         Beto Macário/UOL  

Para pesquisadora do Pnud, programas como o Bolsa Família impediram "retrocessos"

Uma "rede de proteção" formada por programas de transferência de renda e pela Previdência Social impediram retrocessos nos indicadores sociais avaliados entre os anos de 2011 e 2014. A avaliação é da coordenadora do relatório de Desenvolvimento Humano do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano), Andrea Bolzon, com base em dados divulgados nesta terça-feira (22) reunidos no estudo Radar IDHM, realizado em parceria por Pnud, Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e Fundação João Pinheiro. Segundo Bolzon, "desarmar essa rede" em meio à crise econômica seria "desastroso".

O Radar IDHM é um estudo que compara 60 indicadores sociais produzidos pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios), feita anualmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Entre os quesitos levados em consideração no estudo estão elementos como a renda per capita, proporção de pessoas em situação de vulnerabilidade, expectativa de vida, mortalidade infantil e taxa de pessoas acima de 18 anos de idade com ensino fundamental completo.

O IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) é um índice criado em 2013 para avaliar a qualidade de vida nos municípios brasileiros. De acordo com o relatório, o IDHM do Brasil cresceu a uma taxa de 1,0% ao ano entre 2011 e 2014, saindo de 0,738 para 0,761. Quanto mais perto de 1, melhor o indicador. Essa média de crescimento anual é 41,18% inferior à registrada entre 2000 e 2010, quando o ritmo de subida foi de 1,7% ao ano.

Andrea Bolzon avalia que a existência de uma série de programas sociais, entre eles o Bolsa Família, e a capilaridade da Previdência Social impediram que o cenário de oscilações na economia entre 2011 e 2014 tivessem um impacto negativo nos indicadores sociais. Em 2011, o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil cresceu 4%, enquanto em 2014, o crescimento foi de apenas 0,5%.

"A rede de proteção que está armada no país fez com que a gente não tivesse um retrocesso maior. Se fôssemos um país sem essa rede, as alterações mais drásticas na economia seriam vistas com mais nitidez. Não vimos isso entre 2011 e 2014", afirmou Bolzon.

A coordenadora explica que os dados utilizados pela pesquisa não levaram em consideração a retração do PIB em 2015, que foi de 3,8%, segundo o IBGE.

Ela diz acreditar que o eventual avanço da crise econômica sobre o país vai trazer desafios para o país sobretudo em relação à população economicamente ativa que poderá ter de deixar os estudos para trabalhar.

"O que a gente pode perceber é mais gente tendo que deixar de estudar para ingressar ou retornar ao mercado de trabalho para ajudar a família. Isso pode criar um círculo vicioso que diminui as chances das pessoas de terem melhores qualificações", afirmou.

Bolzon disse avaliar com cautela as medidas de austeridade fiscal anunciadas pelo presidente Michel Temer (PMDB), como a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que estabelece um teto para os gastos públicos e a revisão de benefícios e programas sociais.

"O cenário ainda está se desenrolando. Não temos uma posição oficial sobre o assunto, mas estamos avaliando", disse. A coordenadora disse, porém, que "desarmar" a rede de proteção social existente no Brasil em meio ao agravamento da crise econômica teria efeitos desastrosos.

"Uma coisa é racionalizar essa rede e tirar benefício de quem não merece, de quem recebe de forma indevida. Outra coisa é desarmar essa rede como um todo. Desarmar a rede seria desastroso e nós perderíamos o que já conquistamos", afirmou a coordenadora.

E o que é o IDHM?

O IDHM é a sigla para Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. Trata-se de um indicador lançado em 2013 que coleta dados dos Censos realizados pelo IBGE para medir a qualidade de vida nos municípios brasileiros. A metodologia usada no cálculo do IDHM é similar à usada pelas ONU (Organização das Nações Unidas) para calcular o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) dos países e leva em consideração três quesitos básicos: renda, educação e saúde.

Por que foi criado o Radar IDHM?

Porque o IDHM só avalia dados produzidos pelos Censos, que são realizados a cada 10 anos. A ideia é que o Radar IDHM ajude formuladores de políticas públicas a visualizar quais as tendências registradas pelos indicadores sociais entre os anos que não são abrangidos pelos Censos do IBGE.

Por que o Radar IDHM não apresenta dados do Brasil todo, como o IDHM?

Porque a base de dados usada pelo Radar é diferente da utilizada pelo IDHM. A fonte de informações para o Radar IDHM é a Pnad, e a do IDHM é o Censo.

É possível comparar uma pesquisa com a outra?

Não, justamente porque as fontes de informações são diferentes.



Fonte: BOL
________________________________________________________________


O PNUD afirma que entre 2011 e 2014 a qualidade de vida no Brasil melhorou.

Foram anos do primeiro governo Dilma, mesmo em meio a crise econômica mundial.

Em 2014, Dilma é novamente eleita para o período até dezembro de 2018.

Tão logo é confirmada a vitória de Dilma, tem início uma campanha político-jurídica-midiática para impedir a posse da presidenta eleita pela maioria da população brasileira.

Primeiro , a quadrilha inconformada com a eleição de Dilma pediu recontagem dos votos. Confirmada a legalidade da eleição a quadrilha alegou que Dilma teria cometido ilegalidades durante a campanha e logo, não poderia assumir o segundo mandato.

Confirmada a legalidade da eleição , Dilma assumiu o segundo governo em meio a uma forte campanha, objetiva e seletivamente dirigida, com o intuito de enfraquecer os políticos do PT, o programa de governo e a própria presidenta. No ano de 2015, a população brasileira conviveu com um mantra de péssimo gosto.

O mantra, produzido, implementado, divulgado e reverberado pela quadrilha, apresentava diariamente notícias, supostas notícias e futuras notícias, apenas, e tão somente apenas, sobre corrupção nos governos do PT. Tais noticias se desmembravam em uma enxurrada de opiniões que apontavam incompetência dos governos do PT, com mais desdobramentos sobre a impossibilidade de o governo se manter até o final de 2018. Tais opiniões eram apresentadas como notícias. Desta forma foi sendo criado um clima de que Dilma teria que sofrer impedimento e ser afastada do cargo. Para consolidar o clima, a quadrilha incentivou e movimentou multidões acéfalas, que saíram às ruas das cidades do país com as mandíbulas extremamente excitadas, apoiando o afastamento imediato da presidenta democraticamente eleita. Com este cenário, políticos foram cooptados para votar o impedimento de Dilma, já que o povo "unido e democrático" nas ruas , em grandes multidões, assim desejava. Consolidado o impedimento de Dilma, a partir de agora neste artigo claramente configurado como golpe de Estado, o governo que assume, o governo do golpe, é saudado pela quadrilha como a esperança para um Brasil justo, democrático, plural, que entrará nos trilhos, crescerá e se desenvolverá em passos compatíveis com sua pujança, retirando todo o entulho e todo atraso que marcaram os anos dos governos de Lula e Dilma.

Seis meses do governo do golpe e o Brasil, que segundo o PNUD andava bem nos trilhos com Dilma, ainda que devagar, mergulha em um retrocesso penhástico onde proliferam na população a esperança apenas de óculos, a prosperidade apenas através da sorte grande, o trabalho apenas como trabalho de procurar emprego, a alegria por ainda estar vivo.

No cenário de desolação em que se encontra a população brasileira, as mazelas sociais proliferam, como o crescimento vertical de todas as formas de violência, inclusive, e principalmente, a violência praticada pelo Estado contra a população.

Assim como no poema de Drumond, existe uma pedra no caminho.

Essa pedra , que impede a felicidade da população brasileira, é o governo do golpe.

Deve ser removido, imediatamente, pelo povo, para que o povo readquira a felicidade roubada. Felicidade que antes, ainda que devagar, andava nos trilhos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário