sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Estado de exceção e barbárie

Silencio dos liberais diante da escalada do regime de força no país, coloca a sobrevivência da democracia nas mãos da frente ampla e da rua.
Golpe anistia remessas de fortunas ao exterior e acusa o MST de 'organização criminosa'.
Prisões no Paraná são tentativa de criminalizar lideranças, afirma MST. 


Ensaios para teste: 
MST é alvo de violência policial em três estados, PR, SP e MS. Milícias fardadas acusam o movimento de 'organização criminosa'

Fonte: CARTA MAIOR
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Polícia invade escola do MST; uma pessoa fica ferida

Mesmo sem mandado de busca e apreensão, policiais dispararam contra as pessoas na recepção

Redação
Brasil de Fato | São Paulo (SP), 04 de Novembro de 2016 às 11:06

Policiais invadiram a escola e atiraram seguidas vezes na recepção da Escola Nacional Florestan Fernandes / Reprodução/ MST

Na manhã desta sexta-feira (4), a policiais civis de Mogi das Cruzes e Guararema invadiram a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema (SP). Mesmo sem mandado de busca e apreensão, policiais dispararam contra as pessoas na recepção da unidade e prenderam dois militantes. Segundo relatos, o cerco é feito por 10 viaturas e os policiais não estão identificados.

Os policiais chegaram na escola por volta das 09h25, cercaram o local e pularam a janela da recepção dando tiros para o ar. Os estilhaços, que acertaram uma mulher, eram de balas letais e não de borracha.



“É um abuso de autoridade, uma violência desnecessária, ilegal”, afirmou Giane Alves, advogada do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Segundo Giane, os policiais não informam o motivo da invasão. “Desconfiamos que esteja relacionado com operações que estão acontecendo do Paraná. Mas não sabemos quem eles estão procurando”, disse.

Em nota publicada no site, o MST disse “repudiar” a ação da Polícia de São Paulo e “exige que o governo tome as medidas cabíveis nesse processo. Somos um Movimento que luta pela democratização do acesso a terra no país e não uma organização criminosa”, disse.

Segundo a Delegacia da Polícia Civil de Guararema, a operação visava cumprir um mandado de prisão. Segundo a corporação, eles dispararam um tiro de munição antimotim para proteção, depois que 200 pessoas que estavam no local causaram "confusão e tumulto" contra eles. Ainda segundo a Delegacia, os quatro policiais civis foram feridos durante a ação e encaminhados para a Santa Casa.

Em contato com a reportagem do Brasil de Fato, a Santa Casa não confirmou a entrada de policias no hospital.

Edição: Simone Freire

Fonte: BRASIL DE FATO
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Silêncio da mídia no caso da invasão da escola do MST tem nome e sobrenome

4 de novembro de 2016

Não é só impressionante como revelador o silêncio de todos os portais, TVs, rádios e quetais do que se convencionou chamar de mídia golpista acerca da invasão da Escola Florestan Fernandes, do MST.

O silêncio é tanto conivente quanto envergonhado. Afinal, não há como tratar do assunto sem dizer que todos os direitos foram violados nesta invasão.


Os policiais não tinham mandado de busca e apreensão e chegaram atirando, como se pode ver em vários vídeos e fotos circulando nas redes e mesmo em matérias desta Fórum.

No local, como também se pode perceber, não havia nenhum militante portanto qualquer objeto que pudesse ser utilizado como arma de resistência.

Ou seja, não há a menor justificativa para a ação.

Mas não é só isso que fez com que esse fato não se tornasse notícia. Há um sujeito oculto por trás deste silêncio ensurdecedor.

Funciona mais ou menos assim.

O inocente repórter deve ter dito ao chefe, parece que teve um rolo lá na escola do MST e a polícia está no local.

O editor esperto provavelmente deslocou equipe para o local.

O inocente repórter voltou todo empolgado com a matéria. Mas ao relatar o que aconteceu, não convenceu.

O editor esperto queria os porquês, o que motivou aquela ação.

O inocente repórter não tinha o que dizer sobre isso.

O editor esperto passou a bola pra frente.

E lá de cima veio o recado.

Deixa essa história pra lá, porque o super chefe queria silêncio sobre o caso.

Mas quem é o super chefe, perguntou o inocente repórter.

O editor esperto respondeu: isso não é problema nosso.

E assim um certo sujeito que manda e desmanda na mídia paulista e que indicou o ministro da Justiça vai fazendo a lei ao seu gosto e sabor.

Isso mesmo, amigos. O silêncio da mídia no caso da invasão da Escola do MST tem nome e sobrenome: Geraldo Alckmin.

O resto é história pra boi dormir.

Fonte: Blog do Rovai
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Quanto mais o regime de exceção avança no país, a velha mídia se omite, encolhe, desidrata. Naturalmente, a idiotice enquanto informação ganha mais espaço, destaque.

Sobre a barbárie da invasão na escola Florestan Fernandes, do MST, pesquisei no UOL, Folha de SP, BOL, JB e O Dia. Somente o JB apresentou informação. Nos demais, nem mesmo uma nota, uma chamada tímida.

Um ato de extrema violência contra pessoas indefesas, desarmadas, e ainda sem que estivessem envolvidas em algum tipo de conflito, deveria ocupar destaque em todas as mídias.

O Estado Policial avança, contra os pobres, estudantes, trabalhadores, despossuídos, desempregados, e todos aqueles que se colocam como críticos ao regime. A exaltação da força, comum nos regimes fascistas, avança no país; é enaltecida, elogiada, incentivada de tal maneira que o espetacular crescimento e ostentação narcísica de bíceps, acompanha, na mesma proporção o declínio dos neurônios de grande parcela da população. Enquanto isso, o crime organizado continua crescendo e se multiplicando, sem que seja incomodado. A título de exemplo, na cidade do Rio de Janeiro a Polícia Civil tem apenas três helicópteros para combate ao crime. No momento, e já há algum tempo, dois estão fora de operação e mesmo nas delegacias da cidade falta até mesmo papel para registrar ocorrências. A Polícia faz uma campanha para receber doações. Do outro lado, quem não é criminoso é perseguido, detido e morto, pelas forças de segurança que deveriam proporcionar segurança à população.

Nesse estado de barbárie, a notícia do Jornal O Dia, online, em destaque, é para campanha de arrecadação de fundos, não para a Polícia Civil do Rio de Janeiro que nem papel tem, mas para um time feminino de rúgbi, de não sei onde, onde os fundos são solicitados através de fotos das jogadoras, nuas, revelando seus fundos na expectativa que fiquem ocupados, naturalmente ,claro, por fundos que viabilizem financeiramente a equipe.

O Brasil caminha célere para o fundo do poço.

Jogadoras de rúgbi tiram a roupa para arrecadar fundos  
Fonte: O DIA

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