segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Brasil barata voa

Não é possível disputar o futuro sem propor salvaguardas diante de uma inércia climática que o Acordo de Paris talvez já não possa reverter

Fonte: CARTA MAIOR
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Degelo ártico ameaça resto do mundo

Relatório apresenta 19 pontos críticos em que mudanças climáticas na região polar podem causar impactos permanentes; temperaturas em partes do Ártico estão até 20 °C mais altas que a média .
Por Redação do OC –

O Ártico enfrenta mudanças climáticas bruscas que ameaçam os ecossistemas locais e podem ter consequências catastróficas para o restante do planeta. É o que mostra o Arctic Resilience Report, relatório resultante de cinco anos de pesquisa de cientistas do Instituto de Pesquisas Ambientais de Estocolmo.

O relatório apresenta 19 “pontos de virada” já em curso ou próximos de entrar em curso, que podem ser desencadeados pelo derretimento da banquisa (camada de mar congelado que recobre o Oceano Ártico) na região. Esses pontos de virada são caracterizados por mudanças rápidas ou bruscas em um sistema natural, que podem causar alterações irreversíveis em outros ecossistemas próximos. Verões sem gelo marinho, o colapso de sistemas de pesca do Ártico, transformação de paisagens e mudanças de solo e vegetação estão entre as possíveis consequências cujos efeitos poderiam afetar mais regiões do planeta.

Um desses pontos é o chamado “feedback de albedo”, ou a mudança no padrão de absorção de radiação pela superfície. Com o aquecimento global, o gelo e a neve (que são brancos e rebatem a maior parte da radiação solar de volta para o espaço) dão lugar à tundra, mais escura, que absorve radiação e esquenta mais a região. Isso, por sua vez, eleva a temperatura do solo, liberando gás metano da matéria orgânica antes congelada, que eleva ainda mais as temperaturas, num círculo vicioso. Já a mudança na distribuição de gelo no oceano pode causar mudanças que chegam até a Ásia.

O mais temido desses “pontos de virada” é a perda do gelo marinho permanente na bacia do Ártico, o que causaria problemas sérios para espécies como o urso polar, mas também mudaria os padrões meteorológicos em boa parte do hemisfério Norte, já que o regime de ventos na região é controlado em parte pelo Oceano Ártico. Embora o IPCC (o painel do clima da ONU) tenha descartado que o gelo da região já tenha atingido o ponto de virada, o monitoramento da banquisa em 2016 tem deixado os cientistas de cabelo em pé.

Pesquisadores medem gelo marinho no Ártico. Foto: ClimateVisuals

A extensão mínima de gelo marinho no verão foi a segunda menor registrada desde o início das medições com satélites, no fim dos anos 1970. E, neste inverno, o gelo está derretendo em algumas regiões em vez de se recompor, como seria esperado. Alguns locais têm registrado temperaturas até 20oC superiores à média para novembro.

“Sistemas sociais e biofísicos do Ártico estão profundamente ligados com os sistemas sociais e biofísicos do nosso planeta. Mudanças rápidas, dramáticas e sem precedentes nessa sensível região provavelmente serão sentidas em outros lugares. Como lembramos com frequência, o que acontece no Ártico não se restringe somente ao Ártico”, afirma o documento.

“O Ártico está passando por mudanças rápidas e dramáticas, e é fundamental e urgente desenvolver resiliência na região. Essa resiliência não depende apenas do comprometimento e imaginação das comunidades locais; a população precisa de apoio de governos e outros parceiros para encontrar soluções sabendo que terão auxílio externo para implementar seus planos”, conclui. (Observatório do Clima/ #Envolverde)

Fonte: ENVOLVERDE
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Um grupo de sete meninos brincava com bolas de gude. Em um determinado momento a disputa estava acirrada entre dois garotos. Em um triângulo marcado no chão de terra, quinze bolas dentro do triângulo estavam em disputa. Cada menino com sua bola tinha que retirar o maior número de bolas do triângulo, sem que a bola de ataque ficasse no interior do triângulo, A bola de ataque que ficasse no interior significaria a derrota e o vencedor levaria as quinze bolas. Retirar uma a uma, com técnica, estratégia, equilíbrio e paciência era o comportamento adequado para um bom jogador, já que uma bola de ataque que fosse acertada pela bola do adversário, também significaria a derrota daquele que teve a bola alvejada.

Na platéia, observando a disputa os outros cinco meninos que já tinham sido eliminados e ,assim sendo, também tinham perdido suas bolas que naquele momento estavam no interior no triângulo, Observavam aquilo que minutos atrás lhes pertencia, algo não muito agradável. No entanto, existia um motivo maior, uma esperança para aqueles cinco garotos. Caso ocorresse alguma divergência séria entre os dois concorrentes em que as partes não chegassem a um acordo, gerando inclusive muita discussão, a solução seria o barata voa, ou seja, todos os meninos pegariam para si o maior número de bolas possíveis. No calor da discussão um dos meninos gritaria, barata voa, e era um salve-se quem puder na disputa pelas bolas.

Em um mundo que mergulha no caos com um modelo econômico que não mais produz resultados e o planeta agonizando em decorrência do aquecimento global com os desdobramentos climáticos, é estranho, muito estranho que não exista uma grande mobilização mundial para salvar a vida na Terra. Ao contrário, o que se vê, como no governo atual no Brasil são agendas e programas de governo ainda mais ultrapassados e anacrônicos, em comparação com as necessidades das pessoas, do meio ambiente e do planeta. Ou seja, como as mudanças são inevitáveis e virão, o Brasil e o mundo estão no modo barata voa, onde elites predatórias querem pegar o máximo, de todas as formas, meios, ignorando a população e beneficiando uma minoria.

A luta no triângulo é feroz.

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