quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Monstros em guerra



Fonte: CARTA MAIOR
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O jornalismo de guerra nos transformou em um país de monstros

Postado em 17 Nov 2016
por : Carlos Fernandes


Fascistas invadem a Câmara

A ruptura da normalidade do processo democrático que culminou na deposição de uma presidenta legitimamente eleita foi apenas uma das inúmeras atrocidades promovidas pelo jornalismo de guerra praticado pela grande mídia brasileira.

Mais do que atuar como um agente político partidário com interesses claramente definidos, a plutocracia midiática encarregou-se de criar perante uma grande parcela da sociedade, as condições necessárias para que um golpe de Estado se tornasse possível no Brasil.

Os ataques realizados diuturnamente à presidenta Dilma Rousseff, a manipulação das informações, os vazamentos ilegais de delações e escutas telefônicas, as coberturas incessantes das manifestações que ela mesma promovia, tudo possuía a nítida intenção de incendiar o país e gerar um clima de revolta e intolerância nos “cidadãos de bem dessa nação”.

Da mesma forma que a propaganda nazista fez um país inteiro se envolver no maior genocídio da história da humanidade, o jornalismo de guerra da grande mídia nacional praticamente exterminou a prática do brasileiro cordial. Já não cabemos mais no conceito de pátria. Somos um povo completamente dividido onde o diálogo e a tolerância à diversidade cultural, religiosa, ideológica, racial e de gênero foram completamente suprimidos.

O resultado de tudo isso não poderia estar sendo pior.

Na tarde desta terça-feira (15), o estudante de Matemática, Guilherme Silva Neto, de apenas 20 anos, foi assassinado pelo próprio pai, o engenheiro civil Alexandre José da Silva Neto, de 60 anos, com quatro tiros no peito. Após ter efetuado os disparos, Alexandre se debruçou sobre o filho caído e atirou contra si próprio. Ambos morreram.

O motivo dessa verdadeira tragédia seria o fato de Alexandre não admitir a participação do filho no movimento de ocupação às escolas e universidades contra a PEC 55, atualmente em tramitação no Senado. Segundo relatos, Alexandre também não aceitava o fato do filho participar de movimentos sociais e ser considerado como “alternativo e revolucionário”.

Se a bipartidarização ideológica causada na sociedade brasileira foi capaz de fazer um pai assassinar o próprio filho e depois cometer suicídio, o que mais podemos esperar de um povo que em grande parcela é influenciado por jornalistas como Rachel Sheherazade que considera “compreensível” o linchamento público de seres humanos ou Reinaldo Azevedo que insiste em dizer que no Brasil não existe uma cultura do estupro, mesmo uma mulher sendo estuprada a cada 11 minutos?

As feridas já causadas e as que infelizmente ainda irão acontecer, deixarão cicatrizes profundas no seio de nossa já cambaleante democracia. Somente algo extremamente grave pode explicar episódios como a formação de milicianos criminosos criados para expulsar, com violência, os jovens das ocupações escolares ou o ataque de um grupo de extrema-direita à Câmara Federal em defesa de uma Intervenção Militar.

Mais do que uma tragédia familiar, o caso envolvendo Alexandre e Guilherme faz parte de um processo muito maior onde todos – pai, filho, seus parentes, amigos e a sociedade em geral – somos vítimas.

Os ovos de serpente eclodiram de vez. É possível que tenhamos trilhado um caminho sem volta.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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A desculpa não apaga o rastro de ódio que está na causa da tragédia. Manchete do Estadão alivia para o pai: 
'Defendia o aborto e a maconha'

Fonte: CARTA MAIOR
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Fonte:BRASIL DE FATO
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A responsabilidade da própria Globo na agressão a Caco Barcellos.

Postado em 17 Nov 2016
por : Paulo Nogueira


Lastimável, absolutamente lastimável a agressão a Caco Barcellos.

Mas não surpreendente.

O ódio que a Globo inspira transbordou e acabou por se transmitir aos jornalistas da casa, todos eles — incluído aí CB, que sempre gozou de boa imagem mesmo entre o público progressista.

A Globo tem que olhar para o espelho na hora de discutir os motivos da agressão a CB. Qualquer explicação que não inclua o comportamento da própria Globo não merecerá respeito.

A Globo é, hoje, a principal insufladora de ódio do Brasil. Um levantamento feito a pedido do Instituto Lula mostrou que nos últimos meses o Jornal Naciona despejou 13 horas de massacre sobre Lula. Uns esparsos minutos foram neutros. Noticiário positivo: nem um único segundo.

O documento foi entregue à ONU pelos advogados de Lula. Você pode lê-lo aqui.

O que a Globo imagina que vai colher com este tipo de atitude de guerra? Flores, simpatia?

Rapidamente a Globo involuiu para o horror que despertava na época da ditadura militar. Com um fator adicional: sua má fama não é mais apenas nacional. É mundial.

O episódio de ontem deveria ser um potente sinal de alerta para os donos da emissora: o que estamos fazendo com nosso negócio?

Os Marinhos deveriam também refletir sobre seus funcionários. A segurança deles está em crescente risco em razão da empresa em que trabalham.

Se até Caco Barcellos foi agredido, que dizer de outros mais diretamente vinculados à propagação do noticiário desonesto — criminosamente desonesto — que a empresa propaga?

A Globo provavelmente tentará se vitimizar no caso CB. Mas não vai enganar ninguém — nem a si própria.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Fonte: A JUSTICEIRA DE ESQUERDA
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Zumbi fascista que invadiu congresso confunde bandeira do Japão com símbolo comunista
japon
Manifestante que ficou conhecida na invasão do congresso confunde painel em homenagem aos japoneses com a bandeira comunista

Fonte: O CAFEZINHO
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Venezuelaram o Brasil, e agora ?

Entretanto deve-se perguntar:

Quem anda venezuelando o Brasil ?

Uma resposta, realista, pode ser:

A velha mídia, o judiciário e parcela do empresariado.

E a democracia, pergunta o povo.

A democracia acabou, e se ainda existe, agoniza.

Como acabou se dias atrás votei para prefeito e vereador, pergunta um atônito incauto midiático.

O voto é apenas um fragmento da democracia, um véu, para que o verdadeiro poder possa agir, crescer e se multiplicar.

E qual é esse verdadeiro poder, pergunta-se ao longe em meio ao ruído aflito dos incautos.

Uma resposta, realista, pode ser:

A velha mídia, o judiciário e parcela do empresariado.

E os políticos, não tem voz, autoridade, pergunta mais um incauto.

Os políticos tem sido desmoralizados, perseguidos, de maneira que a população perceba que são desnecessários , descartáveis, assim como a Política.

Se os políticos, e também a Política, vem sofrendo um processo de desmoralização e enfraquecimento, quem comanda e coloca em prática esse processo, é a pergunta correta.

Uma resposta realista pode ser:

A velha mídia, o judiciário e parcela do empresariado.

Sem política, sem políticos, com um judiciário parcial e com informação seletiva e distorcida, teremos uma sociedade de alienados, selvagens, dissonantes úteis, autômatos, prontos para agir em nome de uma ordem fictícia, perseguindo pessoas reais que por serem reais e questionadoras da ruptura civilizatória em curso, seriam rotuladas como agentes perturbadores do processo civilizatório, e , em assim sendo, devem ser contidas.

Se é assim, o país pode mergulhar em um conflito, uma guerra civil, pergunta alguém bem ao longe com uma voz trêmula e fraca, mas ainda com resquícios de lucidez.

O Brasil atual, de uma sociedade partida, já está em um processo de conflito, no campo e na cidade, nas fazendas e nas mansões, na pequena propriedade rural e nos apartamentos, entre pais e filhos.

Um processo de conflito entre monstros reais lutando contra outros monstros reais e imaginários, em algum momento será contido por outros monstros que, em nome do processo civilizatório, em nome da ordem e em nome da família, estabelecerão um novo pacto civilizatório, com regras mais rígidas.

Se outros monstros entrarão em cena para conter o conflito atual e criar regras mais rígidas, quem são esses monstros, é a pergunta correta.

Uma resposta realista pode ser:

A velha mídia, o judiciário e parcela do empresariado.

Se todos os males do Brasil atual tem origem na velha mídia, no judiciário e em parcela do empresariado, o que impede o povo justo e lúcido de agir para restabelecer o processo democrático e civilizatório, pergunta um ancião curvo, agarrado a um fio de lucidez.

Não há nada que impeça a força do povo, a força das ideias, e manifestações nesse sentido já acontecem, e sempre estará na mira o alvo mais próximo.

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