terça-feira, 25 de outubro de 2016

Uma santa botinada



O mundo hoje foi surpreendido com a notícia da passagem de Carlos Alberto Torres, o capitão da seleção brasileira no tri campeonato mundial no México, em 1970.

Carlos Alberto, que começou sua carreira de jogador de futebol no Fluminense onde logo que subiu para os profissionais foi campeão carioca em 1964, foi o maior lateral direito que vi jogar.

Naturalmente, muito se fala e escreve no momento sobre o capitão do tri, principalmente sobre o gol que marcou, o quarto, na partida final contra a Itália na copa de 1970, vencida pela seleção brasileira pelo placar de 4 x 1. Também proliferam imagens nos sites de notícias com o capita erguendo a taça Jules Rimet, no gesto imortalizado por Bellini em 1958 e repetido por Mauro em 1962.

Para sair do lugar comum cabe uma lembrança sobre o capita:

A seleção brasileira de futebol disputava seu segundo jogo na copa do mundo do México, um jogo dificílimo contra a poderosa Inglaterra, na época a atual campeã do mundo. O jogo seguia limpo, no entanto um jogador do time inglês, que agora não me recordo o nome, acredito sem certeza que Lee, deu duas entradas violentas e criminosas em jogadores brasileiros. Pelé e outros jogadores conversaram rapidamente durante o jogo que alguém tinha que parar o inglês abusado. O capita logo assumiu a responsabilidade e na primeira oportunidade colocou o inglês na horizontal se contorcendo em dores. O inglês sobreviveu e continuou no jogo, porém, pianinho, sem distribuir pontapés como vinha fazendo.

Lances assim podem ser decisivos em uma partida e naquele jogo não foi diferente. Os ingleses perceberam que para ganhar do time brasileiro teriam que ganhar na bola, o que não aconteceu, já que o time brasileiro venceu por 1 x 0.

Uma santa botinada, disse, na época, Nelson Rodrigues.

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