quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Estudantes na vanguarda

Seu “promotô mandô” : algema na garotada

POR FERNANDO BRITO · 27/10/2016

Sem ordem judicial, um promotor de Tocantis, “resolveu” a ocupação de uma escola no Tocantins por adolescentes.
Mandou chamar a tropa, bem munida de algemas e exerceu logo as suas “convicções”.
“Recolhe“!



Mandado? Não vem ao caso. Juizado de Menores? Besteira, apesar de apenas dois dos 23 alunos levados para a delegacia terem mais de 18 anos.

Como é que Sua Divinescência vai ser impedido de exercer a sua nobre missão de “proteger os jovens” com seus braceletes de ferro.

“”Diante da resistência de alguns estudantes em desocupar o imóvel e com o objetivo de resguardar a integridade física dos próprios alunos, o promotor ordenou que a autoridade policial contivesse com o uso de algemas dois estudantes que se recusavam a deixar o Colégio”, diz o G1.

E ai de alguém que o chame de “promotoreco”, porque agora isso é ofender a instituição.

A “assessoria” informal de Alexandre Frota ao Ministro da Educação vai se tornando cada vez menos uma ironia e cada vez mais um símbolo trágico.

Há cem anos havia a palmatória. Agora é a “algema educativa”.

Fonte: TIJOLAÇO
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Mais de 1100 escolas estão ocupadas em todo o país
Mobilizações de secundaristas se posicionam contra a PEC 241 e a Reforma do Ensino Médio

Brasil de Fato


De acordo com os últimos dados divulgados pela União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), já são pouco mais de 1.100 escolas ocupadas em todo o país contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241 e a reforma do ensino médio, além de 82 campi universitários, três núcleos regionais de Educação e a Câmara Municipal de Guarulhos.

O estado do Paraná reúne o maior número de ocupações, com 846 escolas. Minas Gerais aparece em segundo lugar, com 66 escolas ocupadas, seguido pelo Rio Grande do Sul (13), Goiás (10) e Rio Grande do Norte (9).

Além disso, existe um movimento nacional de greve geral de professores e técnicos que, no Paraná, teve início no último dia 17.

Pressão e violência

Após o assassinato do estudante Lucas Eduardo Araújo Mota, 16, em uma das ocupações do Paraná na tarde desta segunda-feira (24), manifestações em repúdio às ocupações por parte do grupo Movimento Brasil Livre (MBL) incentivou os pedidos de reintegração de posse das escolas.

Entretanto, depois de uma assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (26), os secundaristas decidiram continuar as ocupações no estado.

Os estudantes reivindicam a rejeição da PEC 241, aprovada na noite desta terça (25) no segundo turno de votação da Câmara dos Deputados. Agora, a peça vai para avaliação do Senado, também em dois turnos: o primeiro está previsto para terminar até o final de novembro e o segundo, até o dia 13 de dezembro.

A PEC introduz um Novo Regime Fiscal e congela os gastos do governo federal pelos próximos 20 anos, o que afetaria diretamente o orçamento direcionado para a educação e, segundo o movimento secundarista, acarretará na retirada de recursos de outras áreas para o investimento no ensino.

A Ubes divulgou uma nota com seis "porquês" da movimentação contra a PEC, entre os quais estão ataques aos setores mais carentes da população, desmonte da educação pública e precarização dos serviços públicos.

O movimento também se posiciona contra a Medida Provisória (MP) 746/2016, enviada ao Congresso por Michel Temer, que institui a Reforma do Ensino Médio, propondo a reformulação do ensino por áreas de conhecimento.

Os estudantes argumentam que a reforma deve ser debatida amplamente com a participação popular antes de ser implantada pela MP.

Fonte: CARTA MAIOR
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Temer conseguiu: fechou 1.022 escolas!
Mendoncinha, chama o Alexandre Frota!

publicado 26/10/2016


No Estadão:
1.022 escolas e 84 universidades estão ocupadas em 19 Estados e no DF
Pelo menos 1.108 instituições de ensino estão ocupadas pelos estudantes, em 19 Estados e no Distrito Federal, de acordo com levantamento da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes). Além de 1.022 escolas e institutos federais, há 82 universidades ocupadas e quatro Núcleos Regionais de Educação.

Os estudantes protestam contra a Medida Provisória 746, que estabelece mudanças no ensino médio, e contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, do governo federal, que limita por 20 anos os gastos públicos – incluindo a área de Educação.

Em tempo: No Paraná, professores em greve vão às ruas denunciar envolvimento de Beto Richa em corrupção bilionária.

Fonte: CONVERSA AFIADA
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A sorte do Brasil é que, para cada Janaína, temos estudantes como a paranaense Ana Júlia.

Postado em 26 Oct 2016
por : Kiko Nogueira

Ana Júlia

Quando você achar que está na hora de se mudar para o Uruguai, quando você vir que o Brasil pariu Janaína Paschoal, quando você ouvir Alexia Deschamps — lembre-se da estudante Ana Júlia Ribeiro.

Aos 16 anos, a menina deu uma aula de democracia aos deputados da Assembleia Legislativa do Paraná na sessão plenária de quarta, dia 26.

Foi convidada a contar por que as escolas estão sendo ocupadas. Diante daqueles senhores, emocionada mas sob controle, com calma e contundência, inteligência e articulação, Ana explicou suas razões.

“Sabemos pelo que estamos lutando. A nossa única bandeira é a educação”, começou.

“Somos um movimento dos estudantes pelos estudantes, que se preocupa com as gerações futuras, com a sociedade, com o futuro do Brasil. É por isso que nós ocupamos as nossas escolas”.

Para ela, “é um insulto sermos chamados de doutrinados. É um insulto aos estudantes e aos professores”.

A Escola sem Partido, diz AJ, “é uma escola sem senso crítico, é uma escola racista, homofobia. É falar para os jovens que querem formar um exército de não pensantes, um exército que ouve e baixa a cabeça. Não somos isso. Escola Sem Partido nos insulta, nos humilha, nos fala que não temos capacidade de pensar por nós mesmos”.

Acusou os parlamentares de terem “sangue nas mãos” pela morte do garoto Lucas Eduardo Araújo Mora. Imediatamente o presidente da Casa, Ademar Traiano, vestiu a carapuça e ensaiou uma censura. Ana prosseguiu.

Enquanto houver Ana Júlia, há esperança.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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