quarta-feira, 12 de outubro de 2016

O Quinto Beatle




O QUINTO BEATLE

Por Lucas Sposito
Jornalista formado pela UMESP. Escreve para VIP, Sport Witness, Corner e Old Trafford Brasil. Não sabe se quer ser Andrea Pirlo ou John Frusciante quando crescer.



DRIBLES, GOLS, BEBIDA, CARROS E MULHERES: O MAIOR ROCKSTAR QUE O FUTEBOL JÁ VIU

Arte pela arte. Dribles displicentes, jogadas individuais e uma lista de golaços. Se era esse o comportamento de George Best dentro das quatro linhas, foi também assim que o norte-irlandês ficou famoso fora delas. A habilidade nos pés tornou o garoto de Belfast em um dos maiores jogadores de futebol da história. Sua personalidade, no entanto, fez com que — cedo demais — este conto tivesse um fim.

George tinha apenas 15 anos quando foi selecionado por Bob Bishop, então olheiro do Manchester United. A mensagem de Bob para o treinador Matt Busby foi curta e grossa: “Acho que encontrei um gênio.”

“Se eu tivesse nascido feio, você nunca teria ouvido falar de Pelé.”

O jogador chegou a Manchester num período complicado: a tragédia de Munique ainda era uma nuvem negra que pairava sobre o clube, já que o United não vencia a liga inglesa desde o desastre aéreo que matou oito jogadores. Mas o norte-irlandês chegou mostrando serviço. Em suas cinco primeiras temporadas em Old Trafford, ele venceu uma FA Youth Cup, duas ligas inglesas, duas Charity Shields e uma European Cup.

Foram anos arrasadores. Chamado de “Garrincha europeu”, Best era dono de habilidades que o diferenciava totalmente do futebol britânico da época. Chegava a ser criticado por preferir o drible à objetividade, mas não ligava: levava a vida assim. Provocava os adversários, mostrava que era o melhor e, ocasionalmente, decidia o jogo. Dificilmente fazia um gol feio. Marcou golaços na semifinal e na final da European Cup — antiga Copa dos Campeões da Europa — de 1968 contra Real Madrid e Benfica. Ele foi o vencedor do Ballon d’Or naquele ano.












Bonito, famoso e carismático, ele ganhou o apelido de “quinto Beatle”, tamanho o sucesso atingido. Best chegou a namorar diversas modelos e atrizes famosas da época. Empolgado com o sucesso, chegou a construir uma casa que se tornou atração turística em Manchester: paredes de vidro, mesas de bilhar e uma piscina interna. As festas com mulheres ficaram famosas e a casa era diariamente cercada por turistas que queriam dar uma espiada no lar do craque. E foi no auge da fama que sua carreira futebolística entrou em colapso. Os problemas de Best com a bebida sempre foram públicos. Suas “fugas” com mulheres chegam a ser cômicas.

Se você me fizesse escolher entre passar por quatro jogadores e marcar um gol de trinta jardas contra o Liverpool ou ir para a cama com a Miss Universo, seria uma escolha difícil. Felizmente, eu fiz os dois.

Antes da final da European Cup vencida em 68, enquanto o time do United se concentrava, Best escapou e passou a noite com “uma garota chamada Sue”. Em 1971, George faltou a uma semana de treinos. Ele passou esse tempo com Carolyn Moor, a Miss Grã-Bretanha da época. Também em 71, foi suspenso por duas semanas por perder o trem para Stamford Bridge. Best ficou desaparecido durante aquele fim de semana, até ser encontrado no apartamento da atriz Sinéad Cusack.

“Eu gastei um monte de dinheiro em bebidas, garotas e carros velozes. O resto eu desperdicei.”

Em 1972, após cinco temporadas seguidas como artilheiro do time, George Best anunciou sua aposentadoria do futebol aos 26 anos. Como se nada houvesse acontecido, voltou a treinar na seguinte pré-temporada. Jogou por uma temporada e, em 1973, anunciou a aposentadoria novamente. Mais uma vez, voltou a treinar e jogou por mais meia temporada pelo Manchester United. Com diversos problemas extracampo, finalmente deixou o clube.

Ele passou por Jewish Guild, Dunstable Town, Stockport County, Cork Celtic, Los Angeles Aztecs, Fort Lauderdale Strikers, Hibernian, San Jose Earthquakes, Sea Bee, Hong Kong Rangers, Bournemouth, Brisbane, Osborne Park Galeb, Nuneaton Borough e Tobermore United antes de parar oficialmente.

Após uma longa luta contra a cirrose, Best morreu no dia 25 de novembro de 2005. Antes de falecer, pediu para que um fotógrafo do “News of the World” tirasse uma foto dele e publicasse com a seguinte mensagem: “Não morra como eu”.

“Em 1969 eu larguei as mulheres e o álcool. Foram os piores 20 minutos da minha vida.”

Até hoje, ele é considerado um dos maiores jogadores da história do Manchester United. Junto com Bobby Charlton e Dennis Law, Best faz parte da “United Trinity”, com direito a uma estátua em frente ao Old Trafford. O aeroporto de Belfast é chamado “George Best Airport”. No hospital em que morreu, uma das homenagens recebidas foi uma bola autografada com os dizeres: “Do segundo melhor jogador do mundo, Pelé”.

Fonte: Revista Corner
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Um dos maiores jogadores da história do futebol e jamais disputou uma Copa do Mundo.

Seu país, a Irlanda do Norte, não conseguiu se classificar para uma copa no período em que Best jogava.

Na foto abaixo, a capa do disco Abbey Road dos Beatles foi motivo de várias teorias de conspiração.




Vestido todo de branco, John Lennon representaria o religioso em um funeral. Em seguida, todo de preto, Ringo Star seria o papa-defunto, o dono de uma funerária. Logo após, de terno escuro, porém sem sapatos, Paul McCartney seria o defunto preparado para o caixão. E por fim, George Harrison com roupas típicas de um coveiro da época. A "mensagem" era de que Paul estava morto.

Na montagem, da foto,  abaixo, George Best, o "quinto beatle"



Na vida real, John (a esperança religiosa ) George (o trabalho duro ) e Best ( o artista ) estão mortos, enquanto o papa-defunto ( o que lucra com a morte ) e o defunto ( a morte ) seguem vivos.

Uma metáfora do mundo atual, no dia em que a canção Imagine, de Lennon, completa 45 anos e o governo do golpe no Brasil acaba com o futuro ao propor a PEC 241
 “Presente” do Temer no Dia da Criança - VIOMUNDO 12/10/2016




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