sábado, 29 de outubro de 2016

Movimento de estudantes enxota fascistas do MBL

O MBL é o braço fascistoide do governo Temer para tentar calar os estudantes.

Postado em 29 Oct 2016
por : Mauro Donato


Grupo pede desocupação de escola no Paraná

O pacote arquitetado para catapultar Dilma Rousseff sempre abrangeu reduzir – quando não dizimar – os direitos sociais. Quem entrou na conversa sobre pagar o pato dos impostos agora percebe que a conta do pato foi apresentada assim mesmo e com juros e correção. Não é mesmo, aposentado? Não é, trabalhador?

Portanto nada mais natural que um movimento que foi forjado, que foi criado especialmente para simular um descontentamento popular (que de popular não tinha nada, o MBL é um factóide) se transforme hoje em uma milícia para combater fascisticamente as ocupações da escolas e os estudantes que lutam pela ‘não piora’ da educação.

Eles certamente hoje, diante dos projetos de arruinar a educação pública, se contentariam apenas com a não piora. Pedir melhorias para um governo desses é utopia.

As comparações com o fascismo vêm sendo tão citadas pela esquerda quanto rechaçadas pela direita. Mas novamente elas cabem, são pertinentes.

Na Italia de Benito Mussolini alguns movimentos à paisana invadiam fábricas que estavam em greve ou ocupadas por sindicatos que lutavam por direitos trablahistas. Simulavam serem funcionários ou familiares de funcionários, serem ‘do povo e que queriam trabalhar’. Engodo.

Eram fascistas orquestrados para aquela ação. O que o MBL faz ao levar pessoas e jovens alegando que ‘querem estudar’ é um espelho da tática. Estão cercando as ocupações e sempre que possível partem para a agressão. Assim tem sido em Brasília, em São Paulo e sobretudo no Paraná.

Com o discurso imbecilóide que tenta inverter quem é quem, partem para o ofensiva. “Eles estão sendo usados como massa de manobra numa guerra absolutamente partidária, contra os governos federal e estadual. Nós estamos dando apoio à sociedade civil”, disse Eder Borges, mais um beócio líder do MBL executando o jogo sujo de manter tudo em seu lugar que tanto agrada às classes dominantes.

As ocupações são a atitude certa a ser tomada por esses jovens. Vão bagunçar os vestibulares, o Enem, as eleições. Impossível Michel Temer permanecer com seu ar de mordomo perante tamanho maremoto. Já são quase 1.200 escolas ocupadas em todo o país.

O contundente discurso da estudante Ana Júlia, que viralizou nas redes, não me surpreende. Desde outubro do ano passado, há mais de um ano, acompanho esses jovens em sua luta e constato que a imensa maioria têm aquele grau de maturidade, informação, opinião, ideologia e conhecimento político. Todos na faixa dos 16 ou 17 anos.

Ana Júlia detonou a PEC 241, o Escola Sem Partido, o modo como a reforma do ensino está sendo empurrada goela abaixo. E vinha com a voz embargada pela morte de um colega até que foi sórdidamente repreendida por um abjeto senhor de terno e gravata que ameaçou cortar o microfone.

Quantas vezes testemunhei isso ocorrer na Assembléia Legistlativa aqui em São Paulo. Um parlamentar, um presidente de mesa, um capacho que deveria na verdade estar representando o povo e não posando de moralista.

O movimento estudantil é o único que tem efetivamente batido de frente contra as atrocidades do governo golpista. E repito, jovens corajosos na faixa dos 16 ou 17 anos. Pode ser que o fascismo do MBL tente se impor pela truculência (que outra forma esperar?) e que setores da mídia busquem associá-los a partidos e a grupos com segundas intenções, mas a geração que luta pelas causas certas dá orgulho e esperança por um futuro no qual a educação seja prioritária na prática e não apenas na retórica das campanhas políticas.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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População enxota o MBL de escola em Curitiba O que significa OCUPAR A OCUPAÇÃO ?
29/10/2016 Bajonas Teixeira

(Foto: Leandro Taques – Passeata de estudantes no Centro de Curitiba, 09 de outubro)

Por Bajonas Teixeira, colunista de política do Cafezinho

O MBL, servindo como PM para o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), marcou manifestação para desocupar ontem o Colégio Estadual Pedro Macedo em Curitiba. Indignados com a notícia, centenas de pais, professores e vizinhos da escola formaram um cordão e expulsaram o MBL a pontapés.

Num país que desde 2014 presencia falsos movimentos democráticos sendo usados para enganar a população - MBL, Vem Pra Rua e Revoltados Online -, todos à serviço dos interesses das elites, é interessante refletir sobre o significado dessa reação popular. Ela é a primeira que ocorre desde a criação desses movimentos em 2014 e indica uma mudança muito expressiva de atitude de parte da população. Vejamos o assunto de perto.

Diante da primeira iniciativa de ‘reforma da Educação’ do governo Temer, os estudantes reagiram para evitar a destruição da educação. Essa reforma segue as diretrizes da Escola sem Partido, cujo mais ilustre representante é o ex-ator pornô fascista Alexandre Frota. Ligada a essa reforma, a PEC 241 retirará da educação quase meio trilhão de reais em 20 anos, segundo estudo da Câmara dos Deputados.

Frente a isso, os estudantes tiveram que tomar a defesa da educação. Em poucos dias, mais de 1000 escolas estavam ocupadas. Centenas de universidades e escolas técnicas (Ifes), seguiram o movimento que começou no Paraná. O movimento secundarista, de forma inédita, indicou a estratégia para as universidades.

O MBL foi chamado (leia-se, R$) para desocupar as ocupações. É um crime, porque um bem público ocupado só pode ser desocupado pelo estado, com as instituições públicas pertinentes (Ministério Público, Conselho Tutelar, etc.). Jamais um grupo político poderia exercer essa função. Mas com a cumplicidade dos juízes, como todos já sabemos, tudo é possível no Brasil.

Aliás, essa estratégia de desocupação foi imaginada e posta em prática, primeiramente, em São Paulo por Alexandre de Moraes – atual ministro da Justiça de Temer – para desocupar escolas usando apenas a PM (sem o Ministério Público, sem juiz e sem Conselho Tutelar). Como o governo do Paraná não pode usar a PM, depois da tragédia da violência contra os professores em abril de 2015, usa do MBL.

O MBL é a PM de Beto Richa. Ou melhor, a milícia de Beto Richa, já que, como os estudantes denunciaram, o MBL está sendo financiado pelo governador para atacar as ocupações.

O MBL é um movimento falso até no nome, que roubou do MPL (Movimento Passe em Livre), que estava com muita força por ter iniciado os protestos de 2013. O clone MBL (Movimento Brasil Livre) foi criado em fins de 2014 para simular três coisas: um movimento de classe média, um movimento jovem e um movimento liberal-democrático. Em cada um desses itens ele é falso.

A única coisa verdadeira no MBL é o número de processos de um dos seus principais líderes. Ele e família respondem na justiça à bagatela de 125 processos, como noticiou o Diário do Centro do Mundo. Um atestado maior que esse da credibilidade do movimento é impossível. O MBL sofre de falsidade ideológica aguda. Fake de cabo a rabo, quase nada é real no MBL, como se vê.

Mas dentre as coisas que estamos assistindo no Brasil hoje, o que é real? Uma presidenta sofre impeachment sem crime, num golpe contra a Constituição, e o STF, a instituição destinada a ser sua guardiã, afirma que “não há golpe, porque o impeachment está na Constituição”.

Um grupo de procuradores faz as acusações mais absurdas contra um ex-presidente, sem qualquer base em fatos e indícios consistentes, e o procurador chefe diz “não tenho provas, mas tenho convicção”.

Um usurpador se cerca de gatunos e com um projeto de privatizar e saquear 24 bilhões de reais do país, junto com uma PEC 241 que irá destruir a Educação, a Saúde, a Previdência, as Aposentadorias, enfim, tudo, diz que vai “colocar o Brasil nos trilhos”.

O ministro da Educação, logo após tomar posse, recebeu em seu gabinete Alexandre Frota e o líder dos Revoltados Online que entregaram a ele o projeto da Escola sem Partido.

A reforma da Educação apresentada por esse ministro, baseada nesses assessores, gerou uma revolta nacional. As escolas foram ocupadas, tendo o Paraná saído na frente no movimento de ocupação. E quem eles chamam para desocupar as escolas? Ninguém menos que o MBL. Uma matéria do UOL informou o seguinte:

“Uma manifestação convocada pelo MBL (Movimento Brasil Livre) para a frente do Colégio Estadual Pedro Macedo, no Portão, bairro da zona sul de Curitiba, foi esvaziada no início da noite desta sexta-feira (28) por centenas de manifestantes que se reuniram em frente à escola para ocupar a ocupação.”

Escorraçado pela população indignada, o MBL serviu para alguma coisa. Mostrou que seus métodos fascistas, suas falta de caráter e escrúpulos, seu papel de lacaio, já estão desmascarados e que não mais serão tolerados. A presença da população, pais de alunos, professores e vizinhos da escola, pode definir uma nova forma de ação de resistência ao golpe. Na matéria, essa ação foi chamada de “ocupar a ocupação”. Não fica claro se a expressão surge como liberdade poética do jornalista ou se, ao ser convocada, já foi designada como um ato para “ocupar a ocupação”. De todo modo, a expressão parece bem adequada para dar nome à defesa das ocupações.

As ocupações parecem se multiplicar nesse momento, e se alastrar para muitos estados no Brasil. Não será de admirar que o MBL, seja convocado para novas ações truculentas. O apoio da população, por meio dos atos de “Ocupar a Ocupação” será decisivo para barrar esses fascistas à serviço dos donos do poder.

Fonte: O CAFEZINHO
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Depois dos protestos de 2013, precisamente em 2014, a direita no Brasil perdeu a vergonha de assumir seu lado e partiu para as ruas.

Direita no Brasil não tem histórico de luta nas ruas.

Os movimentos de direita, MBL, Vem pra Rua e Revoltados online, passaram a ocupar as ruas em manifestações organizadas e incentivadas pelos grandes meios de comunicação e também por governos de direita, como em São Paulo.

Sem prática de manifestações populares, os movimentos de direita utilizaram a estratégia de intimidar e mesmo atacar os movimentos e grupos que apoiavam o governo Dilma.

Foram vários os casos de pessoas de esquerda agredidas, física ou verbalmente, nas ruas das cidades, sendo que pelas redes sociais as agressões se tornaram rotina, aos olhos das autoridades que nada fazem, pois, de certa forma tinham, e ainda tem, interesse em eliminar ou reduzir ao mínimo a influência de grupos de esquerda no país, tudo isso como parte do processo do golpe de estado que retirou Dilma da presidência.

Com liberdades e direitos ameaçados, as esquerdas passaram a ter um vida difícil quando em manifestações e protestos de rua, sendo na maioria das vezes agredidos por aqueles que deveriam protegê-los, no caso a Polícia. Essa mesma Polícia que protege - tira até selfie - os movimentos de direita por ocasião de protestos e passeatas desses grupos.

Isto posto, já que trata-se da verdade do processo, os grupos de direita agem sem que sejam punidos ou mesmo impedidos pelas autoridades. Pior ainda, as autoridades estariam apoiando as ações dos movimentos de direita.

Agora, com o movimento estudantil ocupando escolas em todo o país em protesto contra a reforma absurda proposta pelo golpe, os grupos de direita, financiados pelo golpe, resolveram bater de frente com o movimento estudantil e, em uma reviravolta que não ocorria desde 2014, tiveram que recuar, já que os estudantes e a verdadeira sociedade civil resolveram enfrentar os fascistas de direita e saíram às ruas para defender o protesto estudantil.

Historicamente o movimento estudantil no Brasil sempre que foi à luta e teve, na maioria das vezes, o apoio da sociedade civil, e , ao que parece, agora não será diferente.

Os grupos de direita cometeram um erro estratégico associando o movimento de ocupação de escolas como um movimento ligado aos partidos de esquerda, e ,com isso, foram enxotados, expulsos e humilhados ao tentar desocupar escolas.

O movimento estudantil tomou todo o país e parece que irá avançar cada vez mais na luta

Aos grupos de direita, o melhor é ficar em casa assistindo novela, pois caso queiram o enfrentamento serão massacrados pela população.

Quanto ao governo do golpe, o melhor é ouvir e negociar com os estudantes.

Cabe lembrar que o movimento estudantil de 1968 na França por pouco não derrubou o governo do general De Gaulle, e , aqui no Brasil, no mesmo ano, o governo da ditadura militar teve que sentar à mesa com os estudantes.

A sociedade não tolera violência e covardia com o futuro do país.

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