terça-feira, 18 de outubro de 2016

Fla-Flu surreal no país surrealista

Fla-Flu: Sandro Meira Ricci envia carta de retificação, sem citar interferência


A CBF divulgou nesta segunda-feira uma carta escrita por Sandro Meira Ricci, árbitro do polêmico clássico disputado por Fluminense e Flamengo na última quinta-feira, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro, na qual ele faz uma retificação e um adendo à súmula do jogo.

De acordo com o documento enviado pelo árbitro, a partida teria ficado paralisada por 12 minutos, e não 10, conforme relatado no dia do evento. Ademais, Ricci informou que os jogadores reservas de ambas as equipes, assim como as comissões técnicas, invadiram o campo para questionar sua decisão, mas não citou a possível interferência do inspetor de arbitragem, Sergio Santos.

Na primeira versão da súmula, havia somente uma menção ao incidente: "o jogo foi paralisado aos 40 minutos do segundo tempo pelos atletas de ambas equipes terem protestado por decisão da arbitragem em um lance de impedimento", escreveu o juiz.

Toda a polêmica surgiu após a anulação do de Henrique, do Fluminense, que daria o empate aos tricolores. A decisão do árbitro, que voltou atrás depois de ter considerado o lance, teria sofrido interferência externa.

 STJD aceita pedido do Fluminense e suspende provisoriamente resultado do Fla-Flu

Insatisfeita e indignada com o ocorrido, a diretoria do Fluminense entrou com um pedido de anulação da partida junto ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). Na noite desta segunda-feira, o presidente da entidade, Ronaldo Piacente, aceitou abrir o processo e informou à CBF para que o resultado do Fla-Flu não seja homologado. De acordo com o presidente, pela lei, o STJD tem até 70 dias para realizar o julgamento, mas, para não prejudicar o andamento da competição, o mesmo deverá ser feito até o início do mês de novembro.

Veja a carta enviada pelo árbitro Sandro Meira Ricci ao Coronel Marinho, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF:

Caro presidente,

Venho, por meio desta, realizar adendo e corrigir uma informação constante na Súmula da partida entre Fluminense e Flamengo, realizada em 13 de outubro de 2016, na cidade Volta Redonda-RJ, válida pelo Campeonato Brasileiro da Série A.

Errata: Informo que o jogo ficou paralisado por 12 minutos e não por 10 como informado anteriormente na Súmula.

Adendo: Informo que durante o tempo em que o jogo ficou paralisado, vários jogadores suplentes e membros da comissão técnica de ambas as equipes adentraram o campo de jogo, sob forte emoção, para pedir que a decisão da arbitragem fosse favorável às suas respectivas equipes. Diante da importante decisão de anular ou não um gol e da necessidade de esperasse que o ânimo de todos se acalmasse para que a arbitragem pudesse comunicar sua decisão com tranquilidade, considero que as reações foram aceitáveis para a situação, motivo pelo qual não houve necessidade de ações disciplinares.

Solicito os bons préstimos de Vossa Senhoria no sentido de adotar as providências cabíveis para o caso em tela.

Respeitosamente,

Sandro Ricci


Fonte: JORNAL DO BRASIL
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Não, é, quer dizer, sim, não, é, pera aí, não.

No jogo, o árbitro não deu o gol, deu o gol, anulou o gol, deu novamente o gol e , por fim anulou o gol.

Escreveu a súmula do jogo e, menos de uma semana após o jogo, reescreve a súmula.

Com tanta opacidade, o Tribunal de Justiça Desportiva resolveu aceitar o  pleito do Fluminense pedindo anulação da partida.

O caso será julgado e a Justiça, naturalmente, estará em evidência.

Atualmente no país parece que o Judiciário tem o monopólio dos holofotes.

Uma pessoa pouco atenta, e elas existem em grande número em tempos de midiotas úteis, dirá, com muito orgulho e júbilo, que o país é outro e que a Justiça agora é de verdade.

Essa presença diária e ostensiva do Judiciário na mídia é algo muito preocupante, e em nada assegura que no país a Justiça tenha, de fato, ocupado o lugar dos justiceiros.

Ao contrário, os justiceiros proliferam nesses tempos obscuros, e a seletividade das decisões judiciais saltam aos olhos de tal forma que sequer necessitamos ouví-las.

SANTÍSSIMA TRINDADE DO GOLPE         Fonte; BRASIL DE FATO

Isto dito, e independente do que se pense sobre o assunto, a Justiça atual aí está para condenar inocentes, absolver aliados políticos, perseguir lideranças políticas, prejudicar a maioria da população e, sem esgotar o assunto, atender aos interesses da parcela de 1% mais rico do população brasileira.

No futebol, a bola da vez, os procedimentos e métodos são os mesmos.

Pela trapalhada que o árbitro fez no jogo entre Flamengo e Fluminense, não há a menor dúvida de que interferências externas contribuíram para que o árbitro tomasse a decisão sobre a validação, ou não, do gol. Aliás, em todos os jogos de futebol no Brasil sempre que acontece um lance polêmico, os árbitros, rapidamente, tomam conhecimento sobre o lance em pouquíssimos minutos, as vezes em menos de sessenta segundos. Isso acontece porque os profissionais de mídia, que trabalham no campo durante o jogo, informam o banco de reservas dos times sobre a definição do lance pelas imagens de TV. Imediatamente, o lado que se julga prejudicado, começa a gritar do banco de reservas para o árbitro sobre a definição do lance apresentada pela TV. Isso acontece em todos os jogos.

Assim sendo, e de fato é assim que as coisas acontecem, em quase todos os jogos existe a interferência externa, que se não proporciona ao árbitro mudar sua decisão, o influencia, através de pressão, na tomada de decisões futuras naquele jogo.

Com isso, o Flamengo, vencedor legítimo do jogo, seria prejudicado em caso de uma anulação da partida. O Fluminense, pelo seu lado, tem o direito legítimo de pedir a anulação da partida, pelos fatos aqui expostos.

Nesse processo surreal, onde a prática comum de interferência nos jogos é ignorada, o ideal seria que Fluminense e Flamengo se unissem para pedir a anulação da Justiça Desportiva e da CBF, e, também ensinar para a mídia qual o papel que deve ser exercido pelos profissionais de imprensa  quando estiverem trabalhando dentro do campo de jogo.

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