sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Energia limpa

Cidade inglesa terá 80% da energia elétrica gerada por restos de comida
Reprodução/Facebook

A cidade de Keynsham, na Inglaterra, que produzirá energia elétrica com restos de comida

28/10/2016 11h49

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A cidade de Keynsham, na Inglaterra, vai reduzir dois grandes problemas urbanos com uma única solução local. A partir do primeiro semestre de 2017, 80% da energia elétrica necessária para mover a comunidade de 16 mil moradores virá do processamento de restos de comida. Com o uso de combustível renovável e não-fóssil, modelo é mais ecológico e econômico.

Uma nova usina que está sendo construída usa o processo de digestão anaeróbica (sem ar). Nesse sistema, o lixo orgânico –biomassa– é quebrado por bactérias e produz metano. O metano é captado e queimado para gerar energia

O resíduo do processo é extraído e vira um fertilizante para agricultura, o digestate, diferente do composto orgânico resultante da compostagem aeróbica (com ar). Além de evitar o aterramento dos resíduos orgânicos, o que consome terreno e polui o ambiente, o processo todo gera recursos, reduz a pegada de carbono e promete economizar verbas em várias linhas do orçamento municipal.

A digestão anaeróbica vem sendo usada na geração de energia desde o fim do século 19 no Reino Unido, quando o esgoto doméstico processado começou a alimentar a iluminação pública em algumas cidades. Hoje, há cerca de cem usinas que usam o processo no país. E 66% das centrais de tratamento de água usam também o sistema para depurar a água servida.

O que está sendo considerado promissor na usina de Keynsham é o modelo que une tratamento, geração e distribuição local, com potencial para servir individualmente cidades de variados portes, segundo reportagem publicada no site CityLab.

Com o tratamento local dos resíduos orgânicos, se evita o transporte para grandes centrais. Com a distribuição local de energia, há menos custos na transmissão e armazenamento, o que evita investimento em infraestrutura física e deve resultar em queda no custo final para o consumidor.

Fonte: UOL

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Uma cidade com 16 mil habitantes terá 80% da energia elétrica, necessária para mover a cidade, oriunda de restos de comida.

A título de comparação, no Brasil, país dos golpes e do atraso, 73% das cidades brasileiras tem até 20 mil habitantes ( dados do IBGE ), e é bem provável que nehuma, ou pouquísssimas cidades, possuam um sistema de geração de energia elétrica usando os restos de comida.

A usina de digestão aneróbica do lixo ( restos de comida ) produz metano, que é queimado para gerar energia elétrica.

No Brasil, muitas usinas termelétricas de geração de energia elétrica utilizam o gas natural para geração de energia. O gas natural, um combustível fóssil , tem em sua composição 70% de metano, o mesmo metano que é obtido de restos de comida.

Sim, caro leitor, metano é sempre metano, independente se é extraído da biomassa ou de combustíveis fósseis, assim como a água é sempre água, independente se sai da torneira ou se cai como chuva.

O que impede que cidades com até 20 mil habitantes possam produzir, através da biomassa (resto de comida ), 80 % da energia elétrica necessária para mover a cidade ?

Se o leitor respondeu o Sistema, acertou.

O sistema determina e exige que as petroleiras, as grandes hidrelétricas, o carvão e até mesmo as usinas nucleares, tenham predominância nos processos de geração de energia elétrica, o que também inclui as operadoras e distribuidoras de energia.

Chega-se ao absurdo em afirmar que a energia gerada por centrais nucleares é barata, segura e competitiva, e que as tais energias estigmatizadas como alternativas, são caras e pouco competitivas.

É bem provável, diria até correto, que a vida das pessoas e do planeta não foram consideradas nas planílias de cálculo de viabilidade econômica, já que são considerados inesgotáveis e abundantes. Para o Sistema, o capital natural não existe para efeito de cálculo.

Como defensores da vida, somos rotulados de radicais.

Não existe futuro e nem vida no Sistema.

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