sábado, 3 de setembro de 2016

Em breve serão milhões nas ruas

Parece que são grupos mínimos', diz Temer sobre protestos contra impeachment

Perguntado se os protestos comprometiam o início de seu governo, Temer insistiu no que considera o caráter inexpressivo das manifestações

03/09/2016 10:03:46
ESTADÃO CONTEÚDO

Rio - Efetivado no cargo há três dias, o presidente Michel Temer afirmou neste sábado que as recentes manifestações contra seu governo são promovidas por "grupos mínimos" e têm caráter antidemocrático por supostamente envolverem depredações. "O tal do 'Fora Temer', tudo bem. É um movimento democrático", declarou em entrevista na China.



Perguntado se os protestos comprometiam o início de seu governo, Temer insistiu no que considera o caráter inexpressivo das manifestações. "As 40 pessoas que estão quebrando carro? Precisa perguntar para os 204 milhões de brasileiros e para os membros do Congresso Nacional que resolveram decretar o impeachment", disse em entrevista a jornalistas brasileiros. "O que preocupa, isto sim, é que se confunde o direito à manifestação com o direito à depredação."

Na sexta-feira, cerca de 400 pessoas participaram em São Paulo do quinto dia de protestos contra o governo Temer. A manifestação foi pacífica, mas terminou com oito prisões depois que um grupo de "black blocs" depredou pontos de ônibus e quebrou vidros de concessionárias de carros.

O presidente disse ser "mais do que natural" que seu governo não tenha "apoio" neste momento, mas em seguida atribuiu o fato ao desconhecimento da população em relação aos ocupantes da presidência e da vice-presidência. Temer também considerou previsível a realização de manifestações, considerando o momento "politicamente mais complicado" gerado pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Fonte: O DIA
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DataTemer diz que não há protestos contra o Golpe
As manifestações em todo o país não vêm ao caso
publicado 03/09/2016


Eis as 40 pessoas calculadas pelo DataTemer


Do Blog do Esmael Morais:

Temer provoca as ruas que lutam pela democracia: ‘são apenas 40 pessoas’

O ilegítimo Michel Temer (PMDB), da China, provocou as ruas que exigem ‘Diretas Já’ e a volta da normalidade democrática no Brasil.

Na tentativa de criminalizar os movimentos sociais que condenam o golpe de Estado, Temer disse neste sábado (3) que são grupos “inexpressivos” e “mínimos” que quebram carros.

Segundo o ilegítimo, “são 40, 50, 100 pessoas, nada mais do que isso”, ironizou Temer ao afirmar que “não foi uma manifestação democrática”.

A provocação do golpista não faz sentido, pois só em Curitiba houve duas manifestações. A primeira com 10 mil e a segunda com 12 mil pessoas. Em São Paulo, foram cinco protestos até ontem (2) — todas elas com milhares nas ruas. Outras capitais e cidades importantes do país também protestaram contra o golpe de Estado, chegando na casa dos milhões de brasileiros.
Temer participa hoje da cúpula do G20 em Hangzhou, na China.

Após a cassação da presidente legítima Dilma Rousseff houve uma escalada na repressão policial. Uma estudante de 19 anos, de São Paulo, ficou cega com estilhaços de uma bomba de efeito moral da PM.

Neste domingo (4), manifestações pelo ‘Fora Temer’ e pelas ‘Diretas Já’ ocorrerão em várias partes do país.

Somente 40 pessoas irão a esses protestos, como disse Temer? A conferir.

Fonte: CONVERSA AFIADA
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Temer é um Sarney à procura de um Plano Cruzado. Um perigo

POR FERNANDO BRITO · 03/09/2016


Michel Temer não tem a legitimidade do voto.

Não tem a hegemonia das forças políticas.

Não tem apoio público e, pior, a sua rejeição só faz crescer e ficar mais aguda.

Tem a mídia, mas não muito, porque esta está prontíssima a exigir, e já, o “serviço” de detonar os direitos sociais.

Tanto quanto o querem o PMDB e o DEM.

Seus formuladores políticos são Moreira Franco e Eliseu Padilha, cuja capacidade de raciocínio estratégico é, no máximo, facilitar o troco.

Mas Temer não tem o que foi decisivo para desfechar seu golpe, ainda que formalmente ele tenha se dado no parlamento e no arremedo de tribunais que temos.

Não tem mais a maré de classe média da Paulista.

Ao contrário, a maré que, visivelmente, toma corpo nas ruas lhe é hostil.

Não adianta dizer na Folha que “são pequenos grupos, parece que são grupos mínimos, né? (…) Não tenho numericamente, mas são 40, 50, 100 pessoas, nada mais do que isso. ”

A  imagem de Florianópolis, uma das capitais mais conservadoras do país, mostram o mar de gente que adere ao Fora Temer.

Fora, e furiosamente, fora.

Enganam-se redondamente quem acha que isso “é o PT”.

Não é.

Temer precisa de um milagre que o possa fazer sair á rua, porque não haverá possibilidade de dirigir este país durante dois anos e meio, quase, atrás de cercadinhos.

Ele sabe que não o fará apenas com a degola social e trabalhista.

Sabe que não virá dinheiro de fora senão, essencialmente, para as rentáveis aplicações de renda fixa – com seus inacreditáveis 50% de rendimentos desde o início do ano.

E a ânsia em ser o que não é – um presidente legítimo e um herói nacional – “o homem capaz de unir o país”, lembram? – é o que o tornam mais perigoso.

Temer é um animal acuado por todos os lados, inclusive o dos que compõem seu governo.

Fonte: TIJOLAÇO
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O governo do golpe emite sinais de preocupação com a resistência nas ruas.

Afirmar que são grupelhos, 40 ou 50 pessoas quebrando carros, é ignorar a realidade, é querer construir uma realidade paralela, é ser grande mídia.

A maioria da população brasileira rejeita o governo de Temer, isso é fato.

Essa mesma maioria quer escolher o presidente, escolher um projeto de país. Isso também é fato.

Já neste domingo, amanhã, uma multidão irá percorrer as ruas de várias cidades brasileiras.

Depois de amanhã, também.

Por todos os dias, até que Temer entenda que a vontade do povo tem que prevalecer. Aliás, foi citando as manifestações que apoiavam o golpe, a vontade do povo guiado midiaticamente, que muitos parlamentares justificaram seus votos pelo impeachment.

Se foi justo reconhecer que a maioria desejava a saída de Dilma, também é justo reconhecer que a maioria quer a saída de Temer.

O inexpressivo Temer irá entender, talvez de forma dramática, o caráter expressivo das manifestações populares.

Enquanto Temer ocupar um lugar para o qual não foi escolhido, não terá governo.

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