sábado, 3 de setembro de 2016

Mídia golpista

Folha e Estadão pedem mais repressão nos atos contra o golpe e Temer atende prontamente
02 de setembro de 2016 Pedro Lorenzi Breier


(Charge: Ribs)

Por Pedro Breier, correspondente policial do Cafezinho

Dois dias depois de uma estudante perder a visão de um olho por conta de mais uma ação truculenta da PM de São Paulo, a Folha publica um editorial com o título 'Fascistas à solta'.

Crítica à repressão violenta às manifestações, típica de ditaduras e regimes fascistas?

Lógico que não.

Afinal, a Folha, assim como a Globo, apoiou a ditadura.

Fascistas não são os comandantes do aparato militar do Estado, que mandam seus soldados para cima de civis que estão exercendo seu direito constitucional à livre manifestação.

Fascistas são os que estão protestando.

No final do editorial consta o seguinte: 'Democracias incapazes de reprimir os fanáticos da violência são candidatas a repetir a malfadada República de Weimar, na Alemanha dos anos 1930, tragada pela violência de rua até dar lugar à pior ditadura que jamais houve'.

O jornalista Bruno Torturra demonstrou o absurdo dessa frase em poucas linhas de um post no Facebook:
A ironia - para não dizer duplipensar - é que a República de Weimar tornou-se de fato uma ditadura nazista quando, sob a paranóia fabricada em torno dos socialistas, um incêndio mal esclarecido no Reishtag consolidou Hitler no poder para, justamente, "reprimir os fanáticos que poderiam dar lugar à ditadura".
Nojo é eufemismo.
O professor de Gestão de Políticas Públicas Pablo Ortellado também botou o editorial da Folha em seu devido lugar
O editorial da Folha de São Paulo de hoje merece nada menos do que o adjetivo de canalha e está a altura do seu jornalismo mediocre, engajado e partidarizado que escondeu e distorceu resultados de pesquisa que mostravam que o Brasil queria eleições gerais; que escondeu resultados de pesquisa que mostravam o apoio da população as ocupações dos secundaristas e que promoveu a ação policial violenta contra manifestantes no 13 de junho de 2013. Pois depois de uma abusiva e violenta sequência de ações repressivas da polícia contra manifestantes que deixou toda sorte de feridos, uma manifestante cega, um jornalista sem dentes e fez ataques gratuitos com bombas a bares e residências, o jornal não se levanta contra o abuso, não se levanta em defesa da vida humana e da preservação do direito de protesto, mas contra os manifestantes reduzidos a esses bodes expiatórios que são os black blocs. Seu editorial reduz milhares de manifestantes ao modo de atuação de um pequeno grupo de dez ou vinte pessoas; depois, mostra profunda indignação com a quebra de vidraças, mas não parece se importar ao dano permanente que a ação da polícia causou a integridade física de dezenas de seres humanos; omite toda a sorte de injustificáveis e arbitrários abusos policiais que aconteceram nas últimas noites; por fim, manipula a trágica morte do cinegrafista da Band em 2014, vítima de um acidente causado por manifestantes e atribui ela a black blocs, sem que haja a mais remota evidência disso. Todo esse esforço retórico é feito para desqualificar os protestos contra o governo Temer -- num ridículo, farsesco e enviesado tratamento que nunca foi dispensado aos protestos pró-impeachment que tiveram a participação direta de grupos neonazistas e o apoio ativo desta mesma ignóbil Polícia Militar. Parabéns Folha de São Paulo, você, quando quer, sabe fazer comunicação de pior qualidade do que a Veja! Você é uma vergonha aos bons jornalistas que emprega!
O Estadão vai ainda mais longe em seu editorial: diz que Dilma incitou os manifestantes à violência: 'o discurso de despedida da ex-presidente, por exemplo, é um claro estímulo à extrapolação dos limites legais para as manifestações de protesto contra o governo'.

Não há absolutamente nada no discurso de Dilma que dê remotamente margem para essa interpretação.

O Estadão considera Alckmin, o comandante da polícia que mais mata do Brasil e que deu origem a enormes manifestações de rua em 2013 ao reprimir violentamente um protesto do Movimento Passe Livre, 'hesitante' na repressão aos protestos e pede 'medidas duras' contra manifestantes:
Se as autoridades responsáveis – de modo especial o governador paulista, sempre hesitante nesse assunto – não tiverem a coragem de adotar medidas duras, mas necessárias para impedi-la, essa escalada da violência alimentada pelo ressentimento e pelo revanchismo colocará em risco, real e imediato, as liberdades fundamentais dos cidadãos.
O presidente Temer Golpista, como bom pau mandado dos grupos que o alçaram ao poder, já atendeu aos pedidos de mais repressão feitos pela Folha e Estadão: autorizou o uso das Forças Armadas na Av. Paulista, domingo, quando ocorrerá mais uma manifestação contra o golpe, a despeito da autoritária e ideológica proibição do governo de São Paulo.

Não podemos nos intimidar e assistir de casa o Estado agredir os seus próprios cidadãos.

Domingo, todos às ruas.

Fora Temer.

P.S.: Guilherme Boulos acaba de anunciar que Alckmin recuou e o 'Fora Temer' começará às 16h30min na Paulista, domingo:

URGENTE: SECRETARIA DE SEGURANÇA RECUA E NÃO ATACARÁ MANIFESTAÇÃO NO DOMINGO!

A Secretaria de Segurança de Alckmin recuou da tentativa de impedir a manifestação de domingo pelo #ForaTemer. Recuaram da posição de "não autorizar qualquer manifestação na Avenida Paulista no domingo" e solicitaram à organização do ato um tempo a mais para poderem encerrar as atividades da tocha paralímpica, até as 16h30.

A manifestação seria realizada de toda forma, conforme Nota publicada mais cedo pelas Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular. Aceitamos a alteração de horário para deixar claro de que lado está a intransigência e não dar pretexto à repressão da Polícia Militar.

O ato ocorrerá no domingo, na Avenida Paulista (Masp), conforme a definição dos movimentos. A concentração passa a ser as 16h30.

O crescimento da mobilização fez Alckmin recuar! Vamos todos/as tomar as ruas no domingo!

A repressão não deterá a luta!

Fora Temer! Diretas Já

Fonte: O CAFEZINHO
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Ele se trancou no banheiro e não para de chorar!

Foi chamado de "golpista"!

publicado 03/09/2016


De amigo navegante que deveria ser dramaturgo:

- alô!

- dona Marcela?

- sim.

- o Michelzinho foi chamado de golpista, entrou no banheiro e tá chorando sem parar. Disse que só sai se a senhora vier buscá-lo.

- Que horror fazer isso com uma criança. Estou indo agora mesmo pra escola.

- Não senhora, estamos ligando do Planalto...

Fonte: CONVERSA AFIADA
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Não podem falar que o New York Times ou que o Le Monde são petistas. O viés da mídia nacional a favor do golpe foi total e inequívoco.

Meu afastamento deve servir para uma análise muito séria das consequências de termos 4 grupos de mídia controlando toda a informação no Brasil

Fonte: Dilma Rousseff
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A grande mídia brasileira é notícia. E não é notícia boa.

Que a grande mídia brasileira, os tais quatro grupos, é anti-democrática e atua em bloco contra os interesses da maioria da população brasileira, isso todo mundo sabe. Até mesmo a parcela da classe média que se acha elite, que pouco sabe e nada nunca soube, sabe, como migalhas de seu raso conhecimento, que a grande mídia é golpista.

Como golpista e defensora de interesses de classe, jamais tolerou um governo de origem popular, democrático e libertário.

Desde a eleição de Lula, em 2002, que a grande mídia trama para aplicar um golpe. Viralizaram as declarações de Senador aliado dos grupos midiáticos, de acabar com essa raça, em referência a um desejado processo de impeachment contra Lula ainda na metade de seu primeiro mandato.

Dilma acerta quando se refere ao papel da grande mídia no golpe, mas errou, assim como Lula, em não enfrentar os grupos midiáticos propondo uma regulamentação dos meios de comunicação, como estabelecido na Constituição.

Aliás a discussão sobre o papel concentrador e golpista da mídia no Brasil vem de longa data. O povo, em determinado momento de nossa história republicana reconheceu na mídia um inimigo, e como é de costume na reação das massas, atacou, depredou e incendiou instalações de emissoras de rádio e jornais.

Não é ,Globo ?

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