segunda-feira, 5 de setembro de 2016

A violência da polícia de SP


A repressão não vai vivar escândalo aqui; vai virar no mundo

POR FERNANDO BRITO · 05/09/2016


No final da semana, o amigo Rodrigo Viana fez, para a TV Record, ótima reportagem onde mostrava um veículo da polícia paulista avançando em alta velocidade contra um manifestante, atingindo-o com o pára-lamas e, em seguida, colocando o rapaz no compartimento de presos.

Uma cena de covardia e barbárie que, infelizmente, já não vira escândalo nacional, como se fosse algo corriqueiro e aceitável.

Afinal, já se espanca e algema advogados, já se desce a borduna até em jornalistas da BBC...“Sai, lixo…”

Nem fiquei espantado com os comentários facinorosos com que se reagiu a isso na internet, do tipo “se não quiser apanhar fica quietinho em casa”.

Recordo-me do chiste macabro do tempo da ditadura: “o que você acha disso? não acho nada, o último que achou não acharam mais”.

Está claríssima a estratégia de esperar as manifestações se dispersarem ao final e provocar grupinhos para criar “vandalismo e depredações”.

Infelizmente, com o apoio integral da mídia, que pede o “prende e arrebenta”, como fez a Folha ( e O Globo também) em um editorial reduzido a pó, hoje, por Gregório Duvivier, em “carta” dirigida a “Dona Folha”:

Não sei se por ignorância ou cinismo, a senhora ignorou o fato de a Alemanha nazista não ter sido criada pelos “fanáticos da violência”. Como bem lembrou Bruno Torturra, a Alemanha nazista se consolida quando Hitler culpa os tais baderneiros pelo incêndio do Reichstag e cria um Estado de exceção com o objetivo de “reprimir baderneiros” – igualzinho a senhora tá pedindo.
Quando o Reichstag pegou fogo, os jornais pediram medidas de emergência contra os “baderneiros” em editoriais muito parecidos com o seu. Hitler não teria ganhado terreno sem uma profusão de jornais pedindo “mais repressão aos grupelhos” – jornais estes que, vale lembrar, depois foram proibidos de circular.
O golpe de 64 não foi obra do “extremismo”, mas daqueles que alegavam querer combatê-lo. Quem instaura a ditadura não são os baderneiros, são os apavorados. Só há golpe quando há medo. Quando a senhora contribui com o medo, a senhora contribui com o golpe.

Dramaticamente, é imperioso reconhecer que o único possível freio à escalada ditatorial brasileira está lá fora, no mundio que já não é o mundo da Guerra Fria dos anos 60.

O “cantinho” arranjado para Michel Temer na foto do G-20, dentro de alguns dias, vai parecer um camarote de luxo, perto do isolamento em que o Brasil ficará.

Fonte: TIJOLAÇO
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"Ministro" de Temer foi quem massacrou em SP
Alexandre de Moraes continua Secretário da Porradaria

publicado 05/09/2016


Reprodução: Mídia Ninja/Jornalistas Livres

Preliminarmente, o interino "ministro" da Justiça (sic) do Golpisto era o Secretário de Segurança do Governo proto-fascista do Geraldinho Cantareira, que está mais para SS do que para Opus Dei.

Moraes ainda é, de fato, Secretário de Segurança de SP.

E, portanto, foi ele quem baixou o cacete numa manifestação de 100 mil pessoas, que gritavam "Fora Temer!", pacífica e DEPOIS que a manifestação tinha acabado.

Moraes foi advogado do PCC e presidiu uma das fases mais violentas da polícia mais homicida do Brasil, a de São Paulo.

A obra prima da gestão de Moraes foi a chacina de Osasco, em que soldados da PM, em diferentes ações, mataram 19 cidadãos.

Foi alguém em cana, responsabilizado?

Não.

Provavelmente estavam todos, os homicidas, ontem, domingo, descendo o cacete em manifestantes pacíficos.

É a turma que cega a Deborah e não sossega enquanto não produzir um cadáver.

Fonte: CONVERSA AFIADA
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Ao vivo: Lindbergh Farias e Paulo Teixeira denunciam a violência da PM de Alckmin

05 de setembro de 2016 às 12h09
tevê FPA transmite ao vivo a entrevista coletiva do senador Lindbergh Farias e do deputado Paulo Teixeira sobre a violência sofrida por eles ontem no ato contra o governo golpista, em São Paulo. A coletiva acontece no no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo..

Fonte: VIOMUNDO
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Ok. Mas eu queria saber se, precisamente, a violência coincidiu com o início do Fantástico e se foi ao ar, ao vivo. 

Fonte: Stanley Burburinho
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Quem ordenou a covarde violência da PM?


Fotos: Eduardo Figueiredo / Mídia NINJA

Por Altamiro Borges

Durante três horas, mais de 100 mil pessoas caminharam pacificamente neste domingo da Avenida Paulista até o Largo da Batata na marcha pelo "Fora Temer". Não houve qualquer ato de violência ou vandalismo. Pelo contrário, os próprios manifestantes ajudaram a desviar os carros - já que o governo não acionou seus fiscais de trânsito, como sempre fez nos atos golpistas pelo "Fora Dilma". A marcha ocorreu na maior tranquilidade e alegria, inclusive com o criativo refrão: "Que coincidência. Não tem polícia e não tem violência".

Só no final do protesto, quando a maioria já rumava para suas casas, é que a tropa de choque da PM agiu com brutalidade, disparando balas de borracha, gás lacrimogêneo e jatos d'água. A selvageria causou desmaios e pessoas feridas. Foi um típico ato de provocação. Uma covardia. Quem ordenou a brutal violência? Durante todo o trajeto, um forte esquema policial acompanhou os manifestantes. Ele até provocou, disparando suas sirenes desnecessariamente e exibindo o pesado armamento. Mas não interveio. Seguiu a ordem do comando militar, contendo seu ódio sanguinário. Já no final da marcha, a tropa de choque baixou a porrada e não poupou nem crianças e idosos.

Quem deu a ordem? O truculento governador Geraldo Alckmin (PSDB), que nunca escondeu a sua origem na ditadura militar e a sua simpatia por seitas fascistas? Ou a repressão foi planejada pelo ministro da Justiça, o troglodita Alexandre de Moraes, ex-secretário de segurança do governo tucano de São Paulo? Ou ela serviu apenas para os holofotes da mídia golpista, que deixou de registrar as cenas da pacífica marcha do "Fora Temer" para destacar as imagens da violência?

O parlamento - seja a Câmara Federal ou a Assembleia Legislativa de São Paulo - precisa urgentemente apurar quem foi o responsável pela repressão. Também é preciso acionar os fóruns internacionais, na ONU e OEA, para exigir o fim da violência da ditadura Temer. Não dá para tolerar tamanha regressão no legítimo direito de manifestação dos brasileiros!
Fonte: Blog do Miro
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