quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Muitas emoções


Caminhada de lutas unifica o “Fora Temer” na abertura dos Jogos Olímpicos

Na sexta-feira (5), frentes realizam ato unificado em Copacabana, durante a abertura do megaevento
Redação
São Paulo , 04 de Agosto de 2016 às 10:44

“Caminhada de Lutas” foi convocada pela Frente Brasil Popular, a Frente Povo Sem Medo e a Frente de Esquerda / Divulgação

Durante a abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, organizações populares convocam um ato unificado contra o governo Temer, a retirada de direitos dos trabalhadores e os despejos e aumento da violência estatal durante os custosos preparativos do megaevento.

A “Caminhada de Lutas” foi convocada pela Frente Brasil Popular, a Frente Povo Sem Medo e a Frente de Esquerda e acontece na próxima sexta-feira (5), às 11h, mesmo horário da abertura oficial dos jogos, em frente ao Copacabana Palace, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro.

“A caminhada é parte de um processo de mobilização que acontece em todo o país”, explicou Joaquin Piñero, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Segundo o dirigente, esta é a primeira vez que as três frentes de luta se juntam num ato unificado. “Todos os movimentos populares e a esquerda, juntos, num ato de grande unidade, aproveitando o início dos jogos, para denunciar o golpe frente ao mundo. Isso é importante, porque sabemos que durante o mês de agosto o Senado vai votar se a Dilma continua afastada de seu cargo ou se retorna. Então, para nós, é importante uma mobilização forte, agora que o Senado tem que tomar essa decisão”, disse.

“Estaremos nas ruas para dizer que o golpe não passará”, afirma Barbara Fontes, militante do Levante Popular da Juventude. Para ela, “o governo Temer é o governo da burguesia, nacional e internacional, que quer retirar os diretos que o povo conquistou com muita luta. Não vamos permitir que esses direitos sejam tirados”, destaca Barbara.

“O principal objetivo é dizer a todo o mundo que os brasileiros não queremos o governo Temer. Estaremos nas ruas todos os dias até que o governo Temer acabar. Não vamos permitir um golpe, como os outros que já passaram no Brasil e no resto da America Latina”, completou a militante do Levante Popular.

Sob as bandeiras e hashtag #‎ForaTemer, ‪#‎NemUmDireitoaMenos, #‎ContraaCalamidadeOlímpica, a ação unificada busca somar forças e amplificar a repercussão do processo de resistência e luta no Brasil.

Fonte: BRASIL DE FATO
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'The Guardian': Rio recebe tocha com tiroteio entre traficantes e protestos contra Jogos

Polícia utilizou balas de borracha para conter protestos e feriu menina de 10 anos


O jornal britânico The Guardian publicou nesta quinta-feira (4) uma matéria sobre a chegada da tocha olímpica a cidade sede das Olimpíadas que aconteceu ás 9:15 hs da manhã ao mesmo tempo em que 450 policiais enfrentavam um grande tiroteio na comunidade do alemão, região bem próxima ao aeroporto internacional onde estava acontecendo uma operação para prender traficantes de droga.

A reportagem fala que o prefeito Eduardo Paes foi forçado a desviar de uma grande manifestação contra as Olimpíadas, onde a polícia usou spray de pimenta e balas de borracha para limpar o caminho. Três pessoas foram feridas por balas de borracha, incluindo uma menina de 10 anos de idade. A polícia também utilizou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para tirar os manifestantes do caminho da tocha olímpica em um subúrbio do Rio do Janeiro na quarta-feira (3). Soldados armados patrulharam estradas e algumas regiões da cidade.
 The Guardian Rio 2016: Olympic torch skirts riots and drug gang clashes in host city
O prefeito Eduardo Paes foi forçado a desviar de uma grande manifestação contra as Olimpíadas, onde a polícia usou spray de pimenta e balas de borracha para limpar o caminho
O Prefeito Eduardo Paes foi forçado a desviar de uma grande manifestação contra as Olimpíadas, onde a polícia usou spray de pimenta e balas de borracha para limpar o caminho
O Guardian acrescenta que o confronto, que veio um dia depois de protestos anti-governo e olimpíadas em cidades próximas e vários dias de violência na região Norte do Brasil, aumentam a tensão social no país. O maior evento esportivo do mundo vem ao Brasil em meio a pior recessão do país e o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que se encontra afastada.

O Guardian diz que os moradores do Rio de janeiro estão passando horas no trânsito, enfrentando engarrafamentos absurdos por conta das ruas fechadas para passagem da tocha, comitivas, chefes de Estado e etc...

A comissão organizadora da Rio 2016 disse que ainda estão disponíveis 1,3 milhões de ingressos para assistir os jogos, finaliza o The Guardian.

Fonte:  JORNAL DO BRASIL
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Afastamento de Dilma é hipocrisia como jamais houve no Brasil; do primeiro ato à conclusão de Anastasia, encenação visível
04 de agosto de 2016 às 11h14

Afastamento de Dilma é hipocrisia como jamais houve no Brasil


Quem não aceita ver golpe partidário na construção do impeachment de Dilma Rousseff pode ainda admitir, para não se oferecer a qualificações intelectual ou politicamente pejorativas, que o afastamento da presidente se faz em um estado de hipocrisia como jamais houve por aqui.

O golpe de 64 dizia-se “em defesa da democracia”, é verdade. Mas o cinismo da alegação não resistia à evidência dos tanques na rua, às perseguições e prisões nem aos crimes constitucionais (todos os militares do golpe haviam jurado fidelidade à Constituição que acabavam de trair: sem exceção, perjuros impunes).

Todos os golpes tentados ou consumados antes, incluída a Proclamação da República, tiveram na formação aquele mesmo roteiro, com diferença de graus. A força das armas desmoralizava a hipocrisia das palavras.

Os militares, hoje, não são mais que uma lembrança do que foi a maior força política do país ao longo de todo o século 20.
Ao passo em que a política afunda na degeneração progressiva, nos últimos 20 anos os militares evoluíram para a funcionalidade o mais civilizada possível no militarismo ocidental. A aliança de civis e militares no golpismo foi desfeita. A hipocrisia do lado civil não tem mais quem a encubra, ficou visível e indisfarçável.
Há apenas cinco dias, Michel Temer fez uma conceituação do impeachment de Dilma Rousseff.
A iludida elegância das suas mesóclises e outras rosquinhas faltou desta vez (ah, que delícia seria ouvir Temer e Gilmar Mendes no mesoclítico jantar que tiveram), mas valeu a espontaneidade traidora. Disse ele que o impeachment de Dilma Rousseff é uma questão “política, não de avaliação jurídica deles”, senadores.
Assim tem sido, de fato. Desde antes de instaurados na Câmara os procedimentos a respeito: a própria decisão de iniciá-los, devida à figura única de Eduardo Cunha, foi política, ainda que por impulso pessoal.
Todo o processo do impeachment é, portanto, farsante. Como está subentendido no que diz o principal conspirador e maior beneficiado com o afastamento de Dilma.
Porque só seria processo autêntico e legítimo o que se ocupasse de avaliação jurídica, a partir da Constituição, de fatos comprovados. Por isso mesmo refere-se a irregularidades, crimes, responsabilidade. E é conduzido pelo presidente, não de um partido ou de uma Casa do Congresso, mas do Supremo Tribunal Federal.
As 441 folhas do relatório do senador Antonio Anastasia não precisariam de mais de uma, com uma só palavra, para expor a sua conclusão política: culpada. O caráter político é que explica a inutilidade, para o senador aecista e seu calhamaço, das perícias técnicas e pareceres jurídicos (inclusive do Ministério Público) que desmentem as acusações usadas para o impeachment.
Do primeiro ato à conclusão de Anastasia, e até o final, o processo político de impeachment é uma grande encenação. Uma hipocrisia política de dimensões gigantescas, que mantém o Brasil em regressão descomunal, com perdas só recompostas, se o forem, em muito tempo –as econômicas, porque as humanas, jamais.


E ninguém pagará por isso. Muito ao contrário.



Fonte: VIOMUNDO
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Fora Temer” cria o primeiro caso de copinho censurado…

POR FERNANDO BRITO · 04/08/2016


Do site Noticias ao Minuto, agora há pouco:

Após grande repercussão nas redes sociais com divulgação de vídeos e fotos, agora funcionários da Starbucks no Rio e em SP têm dito a clientes que não podem mais pedir que eles escrevam “Fora Temer” nos copos de bebidas. Na cafeteria da marca, os atendentes anotam o nome escolhido pelo comprador nos recipientes de café e chá para facilitar a retirada do produto.

De acordo com informações da colunista Mônica Bergamo, do jornal ‘Folha de S. Paulo’, diversos clientes vinham dizendo a frase no lugar de seus nomes, o que levava os balconistas a gritarem “Fora Temer” no meio do estabelecimento para chamá-los.

Muitos dos clientes que criavam a situação com os funcionários, depois publicavam as imagens nas redes sociais.

A Starbucks diz que é uma marca apartidária e que “orienta os colaboradores a manter o mesmo posicionamento”.
Fonte: TIJOLAÇO
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No caminho da tocha na cidade maravilha olímpica tem acontecido de tudo. Assaltos, tiros, sequestro de ônibus, furtos, protestos contra o golpe, crianças baleadas pela polícia, cenas de nudez e, a tocha.

Enquanto isso , na vila olímpica os furtos proliferam, com várias delegações que já tiveram seus pertences roubados.

Em um clima de indiferença, ansiedade, tensão, alegria e preocupação, o carioca assiste o fogo olímpico percorrendo as ruas da cidade e, ao mesmo tempo, torce para que não se transforme em fogo fátuo.

Nesse clima misturado, apesar da ostensiva campanha da grande mídia em apresentar um Rio de Janeiro encantado, pode acontecer de tudo, ou nada.

Nos telejornais higiênicos da grande mídia os protestos são omitidos e a censura já rola solta no país do golpe.

Amanhã, dia da cerimônia de abertura estão agendados grandes protestos contra o governo golpista de Michael Temer, no Rio de Janeiro como em outras cidades pelo país.

Os protestos devem acontecer, principalmente na cidade maravilha olímpica, durante todo o período de realização dos jogos.

Em um momento em que a Democracia brasileira sangra, ferida de morte por causa do violento golpe de estado em curso, acontecem os jogos olímpicos justo na cidade anárquica do Rio de Janeiro.


São muitas emoções, não é Roberto ?

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