quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Classe média

ÚLTIMAS PALAVRAS

25 de agosto de 2016

O complexo de vira-lata se afirma pelo irresistível e insuperável medo nacional de vencer regularmente. Tudo parece efêmero como a hegemonia no basquete feminino, de vôlei ou de salão, por exemplo.

Fonte: SEGUNDA OPINIÃO
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Livro critica suposta perfeição das relações sociais

Refletir sobre o que se esconde por trás das aparências, essa é a proposta do novo livro da escritora Cláudia Marczak. Intitulado “O mundo perfeito”, o romance tenta representar um dos grandes dramas da sociedade, a autoimagem das classes sociais.

A obra conta a história de Luísa, uma mulher linda, atraente, mãe de dois filhos, casada com um importante empresário rico, bonito e charmoso. Mesmo com empregados fazendo todas as coisas por ela e aquela vida que seria o mundo perfeito para muitos, para a personagem, nada disso a fazia se sentir completa nem feliz.

Porém, todo o conceito sobre perfeição entra em choque quando a Luísa toma determinadas decisões que mudam a sua vida, deixando-a cada vez mais confusa.

Segundo Marczak, o livro indaga sobre a suposta "perfeição" das relações sociais superficiais que existem hoje. Para ela, vivemos num mundo em que todos mostram ser perfeitos e felizes. Porém, essa fachada perfeita esconde sentimentos e sensações que as pessoas tentam ocultar. “O romance promove um olhar para essas imperfeições sombrias e ocultas do ser humano”.


Além de “O mundo perfeito”, editado pela Penalux, Cláudia Marczak também publicou “Caos” e “Lugar Algum”

Inspiração literária

A escritora diz que a fonte para inspiração do seu trabalho vem de obras de Clarice Lispector, Nelson Rodrigues e Fernando Pessoa. Por esse motivo, seu desejo é sempre inquietante. Para ela, seus livros não podem passar uma sensação de indiferença. “Quero mobilizar o leitor através de sensações e surpresas que vão surgindo no decorrer da história”.

- Cada momento da minha vida pede um texto diferente. Fernando Pessoa, por exemplo, resume bem essa sensação através dos heterônimos, cada qual com um olhar diferente do mundo. Um texto apenas me acorrentaria. A literatura tem o dever de libertar - relata.

Sobre a autora
Além de “O mundo perfeito”, editado pela Penalux, Cláudia Marczak também publicou “Caos” e “Lugar Algum”, ambos de poemas e independentes, através de plataformas de autopublicação. Além disso, também lançou o romance “A flor da pele”, em 2012. Para esse ano, ainda pretende publicar mais duas coleções de livros infanto-juvenis pela Editora Fabris.


Fonte: JORNAL DO BRASIL
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O que é o que é ?

- gosta de ser o que não é, rejeita o que foi e fica sem saber o que é 

- pensa que é rico, mas não é;

- não gosta do povo , mas vem do povo;

- não gosta de pobre, mas não é rico;

- adora passear em shoppings;

- vive de aparências;

- gosta de assistir novelas na televisão;

- adora futilidades;

- são na maioria incultos ou semi-cultos;

- são facilmente manipulados pelos meios de comunicação,

- são desinformados ou semi-informados.


Se o caro leitor respondeu classe média, acertou.

A classe média pode ser comparada ao operário que se tornou gerente da fábrica onde trabalha.

Enquanto operário, peão, se relacionava bem com seus colegas, iguais. Uma vez promovido à gerente, médio gerente, passa a descriminar seus antigos colegas de profissão. Não mais se vê como um operário, e ainda rejeita a classe.

Agora gerente circula em ambientes, salas, espaços, por onde circulam Diretores, Superintendentes e, vez por outra, até mesmo o presidente da fábrica.

Não usa mais o uniforme operário, não mais manuseia máquinas, e trabalha em uma sala com ar condicionado e com secretária.

Tendo, já por algum tempo, contato constante com Diretores e Superintendentes, o gerente passa a acreditar que é um deles, passa a acreditar que faz parte do staf mais alto da empresa. No entanto, para Diretores e Superintendentes, o gerente é apenas um operário qualificado, ou, um operário limpo.

Vivendo em eterno conflito entre aquilo que gostaria de ser, aquilo que rejeita e aquilo que de fato é, o gerente, na maioria dos casos, se agarra a sua posição e, assim sendo, se transforma no principal empecilho para transformações associadas ao crescimento fabril, já que bloqueia ideias e iniciativas que vem da classe operária e pouco, ou nada, acrescenta para a classe executiva.

Na maioria das corporações, a media gerência é o principal, gargalo, entrave, para o crescimento e desenvolvimento organizacional. O medo comanda suas decisões.

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