sexta-feira, 22 de julho de 2016

Golpe desmoralizado

Cunha vai derrubar dois presidentes!

Quando o Cunha falar não sobra nada no Jaburu - PHA

publicado 23/07/2016


Como diz o Mauricio Dias, se o Cunha falar o Temer dança.

Extraído do DCM:
Uma nota publicada na coluna Radar deste fim de semana, assinada pelo jornalista Maurício Lima, informa que o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estaria se preparando para detonar o aliado Michel Temer, que exerce a presidência da República provisoriamente.

Eis o que diz o texto:

Ameaça retumbante

Um interlocutor de Eduardo Cunha saiu apavorado de uma conversa recente com o político. Bem ao seu estilo, em que recobre a megalomania com tonitruâncias, o ex-presidente da Câmara soltou uma ameaça retumbante: “Ficarei conhecido por derrubar dois presidentes do Brasil”.

Neste fim de semana, a revista Carta Capital publica reportagem sobre suposto grampo que Cunha teria feito no interino Michel Temer, sobre parcerias dos dois no setor portuário. Ambos teriam atuado para mudar a Lei dos Portos e favorecer o grupo Libra, que, em seguida, teria feito uma doação de R$ 1 milhão a Temer.

Neste sábado, a colunista Natuza Nery sugere que Cunha faça uma delação premiada para se redimir de seus pecados – mas a delação deve ser para cima, adverte.

33 deputados americanos dizem não ao Golpe!
Embaixador brasileiro (Cerra) dá resposta patética!

publicado 22/07/2016


Reprodução: Agenor Bevilacqua Sobrinho

O Conversa Afiada republica da Carta Capital reportagem de Miguel Martins:
Congressistas dos EUA denunciam a ilegalidade do impeachment
Em carta a John Kerry, 33 parlamentares pedem ao secretário de Estado que se abstenha de declarações favoráveis a Temer

Nos Estados Unidos, a denúncia sobre a farsa do impeachment de Dilma Rousseff, encampada por grandes jornais como o The New York Times, ganha força agora entre parlamentares norte-americanos.

Em uma carta enviada na sexta-feira 22 a John Kerry, secretário de Estado, 33 congressistas do Partido Democrata e diversas entidades sociais e sindicatos, entre eles a influente Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais, pediram ao integrante do governo de Barack Obama e provável representante norte-americano nas Olimpíadas do Rio de Janeiro para lidar de forma cautelosa com as “autoridades interinas” brasileiras e de se abster de declarações ou ações passíveis de serem vistas como um apoio dos Estados Unidos à campanha contra a presidenta eleita.

“Nosso governo deve expressar sua forte preocupação com as circunstâncias que envolvem o processo de impeachment e exigir a proteção da Constituição democrática no Brasil”, afirmam os signatários do documento ao qual CartaCapital teve acesso.

A carta seria endereçada a Kerry na segunda-feira 25, mas teve o envio antecipado após seu vazamento para a embaixada do Brasil em Washington. Ao receber a missiva, o Luiz Alberto Figueiredo Machado, embaixador do Brasil nos EUA, encaminhou uma réplica aos signatários na quarta-feira 20, na qual defende a legalidade do processo de impeachment.

O esforço de Machado em convencer os congressistas a rever sua posição mostra como a carta é incômoda para o governo interino. A estratégia não deu certo. Em tréplica, o deputado democrata Alan Grayson afirmou esperar que a correspondência dos parlamentares “ajude a Administração a rever sua posição política em relação ao que aconteceu no Brasil”.

“Este não é um julgamento legal, mas político, onde dois terços de um Senado tomado pela corrupção podem dar fim ao mandato de Dilma”, afirmam os parlamentares e entidades na correspondência a Kerry. “O processo de impeachment está sob críticas de irregularidades de procedimentos, corrupção e motivações políticas desde seu início. O governo dos EUA deveria expressar sua preocupação sobre a ameaça às instituições democráticas que se desdobra em um dos nossos mais importantes aliados econômicos e políticos da região.”

A carta tece duras críticas ao presidente interino: “Michel Temer chegou ao poder e imediatamente substituiu uma administração progressista, diversa e representativa por outra que inclui apenas homens brancos a anunciar planos de impor a austeridade, a privatização e uma agenda de extrema-direita”. O documento lista ainda o pacote de maldades prometido pelo governo interino e a “divisão profunda” da sociedade brasileira.

A carta relata também a queda do ex-ministro Romero Jucá por causa da divulgação de sua conversa com Sérgio Machado, operador do PMDB na Lava Jato e um dos delatores da operação, e registra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo que considerou Temer ficha-suja e o tornou inelegível, “incluindo para o cargo que atualmente ocupa”, por oito anos.

Os congressistas e entidades alertam Kerry do fato de Dilma Rousseff jamais ter sido acusada de corrupção e que as pedaladas fiscais, motivo alegado para seu afastamento, são “práticas utilizadas largamente em todos os níveis de governo no Brasil, incluindo seus dois antecessores”.

Em conclusão, os congressistas e entidades se dizem preocupados com os sinais emitidos pelo governo americano que “podem ser interpretados como um apoio” ao afastamento de Dilma. “Pelo fato de muitos brasileiros terem rotulado o processo de impeachment como um ‘golpe’ contra a presidenta brasileira eleita, é especialmente importante que as ações dos EUA não sejam interpretadas como favoráveis ao impeachment.”

Eles lembram ainda que, em 19 de abril, dois dias após a Câmara dos Deputados ter votado o afastamento de Dilma, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) reuniu-se com Thomas Shannon, subsecretário de Estado para Assuntos Políticos. “Essa medida foi interpretada como um gesto de apoio ao afastamento de Dilma do cargo.”

Ao saber do conteúdo da carta, o embaixador Figueiredo enviou a réplica a cada um dos congressistas afirmando estar “surpreso”. “Permita-me esclarecer que o processo de impeachment de Dilma Rousseff está sendo realizado de acordo com as exigências da lei brasileira”, afirma o diplomata. “A Constituição brasileira está sendo respeitada de forma rigorosa pelas três esferas de governo, um fato que pode ser corroborado a partir de uma análise cuidadosa e imparcial.”

"Eu sublinho que a firme batalha contra a corrupção tem o apoio da grande maioria da população brasileira e tem gerado demonstrações de admiração e apreciação da comunidade internacional", emenda o embaixador, para então defender o interino. "Temer expressou publica e repetidamente seu comprometimento na luta contra a corrupção e em manter o ritmo das investigações em curso no Brasil livres de qualquer tipo de viés político ou partidário".

Em uma linha semelhante à desqualificação do New York Times por seus editoriais críticos ao impeachment, o embaixador afirma que considerar o processo manchado por “irregularidades, corrupção e motivações políticas” revela “desconhecimento do sistema jurídico brasileiro”. A carta segue o discurso falacioso. “O respeito às regras orçamentárias esteve presente no Brasil em cada Constituição brasileira como um dever que um dirigente público não pode negligenciar.” O festival de enganação não arrefece até o último alento.

“O embaixador não reconhece problema algum com o processo, apesar de diversas organizações internacionais, veículos de mídia, intelectuais, acadêmicos, organizações da sociedade civil, artistas, mulheres e grupos de direitos humanos terem manifestado uma séria preocupação com a falta de transparência do processo”, diz Maria Luísa Mendonça, coordenadora da rede Social Justiça e Direitos Humanos.

Resta saber se Kerry, também democrata, se sensibilizará com a denúncia de seus correligionários quando vier ao Brasil para os Jogos Olímpicos.

Fonte: CONVERSA AFIADA
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“Lei valerá alguma coisa no Brasil?”, pergunta pesquisador dos EUA em artigo publicado no “The Huffington Post”, Mark Weisbrot compara processos de Dilma e Clinton e aponta para o mais importante: "falta um crime"


POLÍTICA#ForaTemer, #NãoAoGolpe

Postado por Agência PT, em 22 de julho de 2016 às 11:34:09

A validade das leis brasileiras estão em sério risco por conta do atual processo de impeachment contra a presidenta eleita, Dilma Rousseff. A avaliação é de Mark Weisbrot, diretor do Centro de Pesquisa Econômica e Política de Washington (EUA).

Weisbrot publicou artigo portal “The Huffington Post”, intitulado “A lei valerá para alguma coisa no Brasil?”, em que compara o processo contra Dilma com o vivenciado nos EUA no período do ex-presidente Bill Clinton.

De acordo com o pesquisador, há “muitas semelhanças” nos dois casos, especialmente no que se refere aos grupos defensores do impeachment.

“[O impeachment é] liderado por um grupo de políticos que buscam derrubar o resultado das eleições nacionais e guiar a nação numa direção diferente [daquela escolhida pelo povo], de direita. E a presidenta eleita não cometeu nenhuma ofensa para impeachment”, escreveu Weisbrot.

Na avaliação do estudioso em Ciência Política, a diferença crucial é que, com Clinton, ainda havia alguma tentativa de afirmar que os crimes cometidos foram perjúrio (mentir sob juramento) e obstrução da Justiça.

“Mesmo os inimigos de Bill Clinton poderiam ao menos alegar crimes de perjúrio ou obstrução da Justiça. Mas os que pedem o impeachment de Dilma não têm esse tipo de violação criminal para alegar”, escreveu o pesquisador. “O mais importante, falta um crime.”

Além disso, Weisbrot citou a falta de destaque na imprensa brasileira para a manifestação do procurador da República no Distrito Federal Ivan Marx, uma das razões mais fortes para o Senado arquivar o impeachment de Dilma.

O integrante do Ministério Público arquivou processo contra Dilma após atestar que não há crime nos atrasos de repasses ao Banco do Brasil para o Plano Safra —pilar da acusação presente no pedido de impeachment— e também para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As pedaladas não são crime, portanto.

O artigo cita também os áudios em que o ex-ministro do Planejamento do golpe, Romero Jucá, aparece articulando para “estancar a sangria” da Operação Lava Jato como elemento que releva o interesse em paralisar o combate à corrupção.

“Sabemos agora, a partir das transcrições de conversas telefônicas, que alguns dos líderes do impeachment estão fazendo isso para evitar mais investigações sobre seus próprios casos de corrupção”, conclui Weisbrot.

Fonte: PT
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