Mais sobre o caso

Em seu anúncio, feito por meio de nota oficial, a CAS informou que sequer julgou o mérito das apelações protocoladas. Os russos queriam que o tribunal revisse os termos legais em que a proibição da Iaaf foi feita, e também pediram que os atletas que não foram envolvidos diretamente com casos de doping fossem liberados para competir na Rio-2016. E, do grupo de 68 atletas, 67 deles (incluindo a saltadora Yelena Isinbayeva, campeã olímpica e mundial, e recordista mundial da prova) também entraram com um outro pedido na CAS, recorrendo da decisão da Iaaf em libera os russos na Olimpíada do Rio, desde que competissem como atletas neutros, sem ser sob a bandeira da Rússia.

Em sua avaliação do caso, a CAS considerou procedente as ações tomadas pela Iaaf, pois estão de acordo as regras de competição da própria entidade que rege o atletismo mundial. Além disso, informou que, pelo fato do Comitê Olímpico Internacional (COI) não ter sido envolvida na apelação, avaliou não ter jurisdição para determinar o que o COI deveria fazer em relação à suspensão da Rússia no atletismo, assim como sobre a opção dos russos competirem de forma neutra. Em outras palavras, a CAS deixou nas mãos do próprio COI para decidir estas questões.
Fonte: LANCE
_________________________________________________________________


Não é de hoje que a Russia sofre uma perseguição política. Correta ou não, o fato é que a perseguição existe.

Nos jogos olímpicos de inverno de 2014, em Sochi, na Russia, ameaças de boicote, por vários motivos, não faltaram. Por fim o boicote aconteceu por conta de um lei russa antigay. Não consta que competições esportivas em países no mundo árabe - com forte repressão aos grupos LGBT e também às bebidas alcoólicas -, como a fórmula-1, por exemplo, tenham proclamado boicote. E o que dizer da copa do mundo de futebol em 2022, que teve um país árabe escolhido como sede. Cabe lembrar que a copa do mundo de futebol de 2018, na Russia, já teve notícia na mídia de possíveis boicotes.

Sobre o boicote em Sochi, leia a matéria, abaixo, da agência Estado, de 03 de fevereiro de 2014:



03 Fevereiro 2014 | 14h49 - Agência Estado (Jornal Estado de SP)

Secretário-geral da ONU fura boicote e vai à Olimpíada de Sochi

Importantes líderes internacionais decidiram boicotar o evento em resposta à polêmica lei antigay russa

NOVA YORK - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o coreano Ban Ki-moon, confirmou nesta segunda-feira que estará presente à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi/2014, na próxima sexta-feira. Assim, vai na contramão de importantes líderes internacionais que decidiram boicotar o evento, numa resposta à polêmica lei antigay russa.

Entre os líderes que anunciaram que não vão a Sochi estão o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o presidente francês Francois Hollande e o primeiro-ministro britânico David Cameron. A expectativa é que a cerimônia conte apenas com líderes importantes dos países alinhados a Mosco

Já a presença de Ki-moon está diretamente associada a uma aproximação histórica entre a ONU e o Comitê Olímpico Internacional (COI). Em novembro, o presidente do COI, Thomas Bach, discursou na Assembleia Geral da ONU. Agora o coreano vai retribuir a visita durante a Assembleia Geral do COI, que acontece entre quarta e sexta-feira.

A polêmica atual envolve o escândalo de doping sistêmico de atletas russos do atletismo.

Os atletas que de fato usaram substâncias proibidas devem ser punidos, no entanto, o Tribunal Arbitral do Esporte, resolveu proibir a participação de todos os atletas russos, mesmo aqueles que nunca se envolveram com doping.

Alguns atletas tentam participar dos jogos do Rio competindo sob bandeira neutra - sem a bandeira da Russia - mas mesmo assim está difícil. Até na neutralidade, não se sabe sob que bandeira competiriam os atletas.

O fato é que atletas de primeira linha, como Isinbayeva, fora dos jogos ofuscam , mesmo que em parte, o brilho das competições.

Uma vez que a presença de tais atletas é garantia de visibilidade e público, consequentemente lucros, os mesmos poderiam competir sob a bandeira do Deus Mercado, que, como se sabe, não tem pátria, escrúpulos, ideologia, nada.

Tem apenas interesses.