segunda-feira, 6 de junho de 2016

Um furacão a caminho

Janot cita propina de R$ 5 milhões para Temer. Acredite, mas isso não foi manchete em nenhum grande jornal. Talvez no JN desta noite ...

Fonte: CARTA MAIOR
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Janot aponta que Temer teria recebido doação suspeita da OAS; Folha prefere esconder


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Charge: Ribs
Por Leonardo Miazzo, editor geral do Cafezinho
Os malabarismos que a grande imprensa pratica para esconder os (muitos) podres do governo Temer chegam a ser comoventes. Hoje, a Folha de S.Paulo publica reportagem noticiando que o Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chegou à conclusão de que o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, atuou em favor da OAS no Congresso, em troca de financiamento para sua campanha ao governo do Rio Grande do Norte, em 2014.
O esquema teria, claro, a participação do fantasma Eduardo Cunha.
O jornal dedicou 15 parágrafos a essa denúncia. E apenas lá no final - sem alarde, quase de modo constrangido - há uma citação a Michel Temer. Diz a Folha que o presidente interino também aparece no pedido de inquérito apresentado por Janot. O PGR fala sobre o pagamento de R$ 5 milhões que Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, teria feito a Temer, que, em contrapartida, teria facilitado à empreiteira a obtenção da concessão do Aeroporto de Guarulhos.
Outros nomes significativos do governo, como Geddel Lima e Moreira Franco, também são citados.
Chega a ser patética a tentativa dos veículos da grande mídia de abafar as denúncias contra Temer. Contra Dilma, qualquer meia delação vira um novo mandamento divino; contra Temer, nada é tão sério que mereça destaque na primeira página. Ou na chamada do Jornal Nacional.
Aliás, depois da tentativa de diminuir o impacto dos áudios em que Jucá provava de modo irrefutável que o impeachment de Dilma é um golpe para salvar os corruptos, nada mais nos surpreende.
Fato é que, mais uma vez, a imprensa chapa-branca entra em cena para proteger Temer e atacar um ou outro bode expiatório.
Tudo para salvar o líder do golpe.

Fonte: O CAFEZINHO
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Grão-senhores do PSDB e PMDB, a hipocrisia está com os dias contados
05 de junho de 2016 às 22h47
RAIOS EM BRASILIA
por Francisco Luís, especial para o Viomundo
Brasília em polvorosa:a ruína do sistema político e a defesa da democracia
O tempo mostra a verdade. As máscaras dos hipócritas já estão caindo.
O Brasil vive uma crise das instituições, que vai se aprofundar com o acordo de leniência da Odebrecht.
Brasília está em polvorosa. Há indicações de que um número surpreendente de deputados, senadores e governadores será citado.
Além disso, serão oferecidas provas contra esses parlamentares.
O setor bancário — que ajudou a financiar o golpe — também poderá ser atingindo, agravando as crises política e econômica.
Neste domingo, o jornalista Elio Gaspari, em sua coluna publicada em O Globo e na Folha, afirma:
Pelo andar da carruagem, a partir de agosto, a documentação da Lava Jato explodirá grão-senhores do PSDB e do PMDB nas investigações. Até lá, pingarão vazamentos, mas a partir do mês fatídico virão nomes e, sobretudo, números. Grandes nomes e grandes números.
Quem está preocupado deve tomar tranquilizantes e esperar pelo inevitável.
 Tudo isso, portanto, deve vir à tona em agosto.
Foi nesse mês, por exemplo, que ocorreu o “suicídio” de Getúlio Vargas.
Desta maneira, fica claro a necessidade de acabar com a Controladoria Geral da União (CGU)  para impedir agora esse plano já denunciado.
Ou, pelo menos, retardar ao máximo a sua divulgação.
Por isso, se procura agora atacar a presidenta Dilma, para impedir sua volta, e apressar o máximo possível o processo de impeachment, mesmo tendo de passar por cima de um cronograma feito pelo Supremo Tribunal Federal.
Está cada vez mais evidente que o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff (PT-RS) foi para impedir que a Lava Jato prosseguisse.
Afinal, não é mais possível ser seletivo apenas contra um partido político.
Parte da esquerda percebeu que é melhor que caia de podre o sistema político vigente.
Junto com ele, todo um esquema que se baseava em contratos públicos para pagar as doações eleitorais para todos os partidos.
A hipocrisia está com os dias contados .Vamos assistir ao circo pegar fogo.
Neste momento, somente a consciência democrática do povo brasileiro poderá impedir que uma nova ditadura se instale no Brasil, já que  o Supremo Tribunal Federal (STF) parece dormir em berço esplêndido enquanto o vulcão está prestes a explodir.
É tempo de agir para evitar o pior.  Independentemente de cor partidária, crença ou qualquer outra diferença, é vital que ocupemos as ruas.
Só assim reuniremos forças para proteger o bem mais precioso que uma geração pode deixar para outra: a democracia.
Fonte: VIOMUNDO
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NY Times: promessa de Temer de combate à corrupção soa oca.

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Da BBC, agora cedo:
Um editorial publicado pelo jornal americano The New York Times nesta segunda-feira questiona a firmeza do compromisso do presidente interino, Michel Temer, com o combate à corrupção.
No texto, intitulado “A Medalha de Ouro do Brasil para Corrupção” (em tradução livre), o jornal pede ainda que o novo chefe do governo se posicione pelo fim da imunidade parlamentar para ministros e congressistas acusados de corrupção.
O artigo começa fazendo referência à ficha suja de ministros do governo – entre os quais, sete são investigados por corrupção.
“As nomeações reforçaram as suspeitas de que o afastamento temporário da presidente Dilma Rousseff no mês passado, por acusações de maquiar ilegalmente as contas do governo, teve uma segunda intenção: afastar a investigação (de corrupção)”, escreve o jornal.
Depois, o texto lembra as renúncias do ex-ministro do Planejamento, Romero Jucá, e posteriormente do ex-ministro da Transparência, Fabiano Silveira, que indicaram em conversa telefônica estar tramando para atravancar o avanço da Operação Lava Jato.
“Isto forçou Temer a prometer, na semana passada, que o Executivo não interferirá nas investigações na Petrobras, nas quais estão envolvidos mais de 40 políticos. Considerando os homens de quem Temer se cercou, a promessa soa oca”, julga o editorial.
E isso foi antes da demissão, que deve ocorrer ainda esta semana, de mais um ministro: Henrique Eduardo Alves, que está na boca da caçapa.
O jogo de traições só começou.
Fonte: TIJOLAÇO
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Votos minguando, fogo contra Dilma

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O impeachment perdeu força no Senado a olhos vistos e a resposta foi imediata: fogo contra Dilma. Como a acusação baseada em pedaladas fiscais e decretos orçamentários sem autorização legislativa foi questionada mundo afora e vem abalando a disposição de voto de senadores decepcionados com os rumos do governo Temer, a nova ofensiva trata de vincular Dilma à Operação Lava Jato. As investigações são estranhas ao processo de impeachment, mas como o “conjunto da obra” é sempre usado para justificar votos, a semana terminou com uma maré de denúncias tentando jogar Dilma no petrolão para acelerar e facilitar o ato final. Algumas delas.

A revista IstoÉ circula neste final de semana com a notícia de que, segundo delação de Marcelo Odebrecht, Dilma teria conversado com ele pessoalmente sobre o pagamento de uma “propina” eleitoral no valor de R$ 12 milhões em 2014. Metade seria para o pagamento do publicitário João Santana, que trabalhou para sua campanha, e metade para o caixa eleitoral do PMDB. “É para pagar”, teria dito Dilma. Até onde se sabe, a delação da Odebrecht ainda está na fase preliminar entre os advogados da empresa e a força tarefa da Lava Jato, que exige a participação de seu pai, Emílio Odebrecht.

Vazamentos da delação premiada de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobrás bancado pelo PMDB, relacionados com Dilma, foram fartamente destacados pela mídia. Ele afirma que ela teria tido pleno conhecimento dos riscos embutidos na compra da refinaria de Pasadena, inclusive das cláusulas do contrato que disse desconhecer. Em segundo plano ficaram informações muito mais graves de Cerveró. Entre elas a de que a construção de uma termelétrica no Rio foi contratada a uma empresa ligada ao filho do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O colunista de O Globo Merval Pereira saiu-se com algo mais insólito: o suposto pagamento de despesas pessoais, como a do cabeleireiro pessoal de Dilma, com recursos derivados do esquema do petrolão. Dilma vai processá-lo, bem como ao jornal.

Faltam provas e evidências de tudo isso, e a delação de Marcelo Odebrecht, como dito acima, ainda nem tomou a forma de depoimentos a termo. Não importa. A urgência agora é de evitar a virada de votos no Senado, que pode impedir o bloco golpista de obter os 54 votos para condenar Dilma, cassar seus direitos políticos por oito anos e efetivar Temer na Presidência. E a jato, antecipando o calendário do impeachment para que a votação ocorra sobre o impacto deste novo bombardeio.

Mas como nem tudo neste golpe pode ser controlado, a semana terminou também com as revelações de Sergio Machado, de que pagou R$ 70 milhões em propinas a Renan, Jucá e Sarney, bem como outros valores a outros líderes do PMDB.

A implosão do partido de Temer, que deve ser também alvejado pela delação dos Odebrecht, quando de fato acontecer, alargará o buraco da crise política. Sem falar nos aspectos econômicos, como a contradição brutal entre o discurso de austeridade de Meirelles, os expressivos aumentos concedidos a funcionários públicos para evitar greves e conter o desgaste de Temer e a aprovação da desvinculação das receitas obrigatórias, a DRU, que levará a um encolhimento dos gastos com educação e saúde em 30%.

Nesta marcha batida, como dizem os baianos, em torno do buraco tudo será beirada. Elas podem até engolir Dilma e seu mandato mas engolirão também os pilares podres do sistema partidário e o próprio governo interino. O fogo vai subir muito nos próximos dias.
Fonte: Blog do Miro
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