quarta-feira, 22 de junho de 2016

O sagui vice e Dilma no nevoeiro

É, Temer, a sinceridade do seu cinismo é antológica…

POR FERNANDO BRITO · 22/06/2016




Verba volant, scripta manent, não é Dr. Temer?

Quando escreveu em seu twitter dizendo que a “a senhora presidente” iria usar o avião presidencial para sair pelo país “denunciando o golpe”, o senhor vestiu a carapuça.

Pena que a ministra Rosa Weber já arquivou aquela representação-bobagem em que se pediam explicações a Dilma sobre o uso da palavra “golpe”.

Agora, ela podia responder dizendo: uai, pergunta ao Temer?

Sua entrevista ontem a Roberto D´Ávila ontem, foi um espetáculo da soberba de um minúsculo.

A interinidade, que já lhe é muito, é tratada como pouco.

A ideia do plebiscito, que o senhor aponta como inútil, porque seria sinal de que Dilma quer voltar para não governar, é algo que sua mente e seu caráter não alcançam: o conceito de legitimidade.

Que é o que lhe falta e faltará.

Que o derrubará.

Fonte: TIJOLAÇO
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Poderia ser um macaco como vice: não faria diferença


22 DE JUNHO DE 2016 POR LUCIANA OLIVEIRA


Como Temer traiu a si próprio na entrevista a Roberto Dávila.

Por Paulo Nogueira

Comparei outro dia Michel Temer ao Rubião de Machado — o legítimo, o de Quincas Borba, não o delator. Rubião via as pessoas na rua e, na sua sandice delirante, imaginava que fossem populares saudando-o. Achava que era Napoleão III.

Na entrevista que deu a Roberto Dávila na GloboNews, Temer reafirmou seu caráter de Rubião. Conseguiu dizer, por exemplo, que carregou muitos votos para Dilma nas eleições presidenciais.

Ora, ora, ora.

Quem acredita nisso acredita em tudo. Temer foi absolutamente insignificante nas urnas. Poderia ser um macaco como vice: não faria diferença. Vices, especialmente os decorativos como ele, são completamente irrelevantes.

Alguém se lembra, por acaso, de quem foi o vice de Aécio? Os cabeças de chapa ganham ou perdem as eleições: fato.

Temer apenas é lembrado, agora, por ter traído a mulher graças à qual está hoje onde está.

Mas o melhor momento da entrevista foi quando Temer, num ato falho sensacional, admitiu o golpe. Disse que, se Dilma tivesse livre acesso a vôos, sairia por aí “denunciando o golpe”.

As redes sociais estão repercutindo intensamente essa frase em que o traidor traiu a si próprio. Não porque a entrevista de Dávila tivesse audiência expressiva, mas porque a sentença foi inacreditavelmente postada no Twitter oficial de Temer.

Fonte: Blog da Luciana Oliveira
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Dilma Rousseff afirma que primeiro ato de sua volta à presidência será o reajuste do Bolsa…

Fonte: CARTA MAIOR
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Cara de pau e cinismo são algumas marcas desse golpe.

Por outro lado o distanciamento com o povo pode levar ao delírio.

Temer, o anão que se esforça para olhar por cima com sua postura de arrogância e pretensa superioridade, se acha o máximo, o melhor, ocupando o lugar que lhe pertence e apoiado pelos defensores e mantenedores do golpe.

Por essa perspectiva, Temer é um anão com uma retaguarda de peso, já que os apoiadores e mantenedores do golpe, de alguma forma, governam o mundo. A Plutocracia mundial sequestra governos, nações e ainda, com o apoio visceral dos grandes meios de comunicação, coloca nas ruas uma legião de inocentes úteis em defesa de seus interesses.

Cinismo e midiotas são ferramentas de peso nessa onda conservadora de regressão que a segunda década do século XXI vivencia.

Por outro lado, como onda, tem crista, comprimento, produz estragos, destruição, sofrimentos, mas vem e passa.

Na América do Sul, principalmente no Brasil, a primeira década do século XXI - já sendo citada como Década da Inclusão - está, agora, hoje, sendo destruída, desmantelada pelos efeitos da onda, que no Brasil tem um anão surfando. Um anão que conseguiu trair a si próprio e confessar que o processo de impeachment em curso é aquilo que todos sabem, um golpe. Temer ainda diz que muitos votaram em Dilma porque ele era o candidato a vice. É provável que Temer tenha alavancado alguns votos para Dilma nas eleições de 2014, mas, como bem citado na postagem acima, Dilma venceria, independente se o vice fosse Temer ou um sagui.

O que se discute no momento no lado democrático, com alguma dose de ansiedade, é se Dilma conseguirá impedir o processo de impeachment no Senado. Muitas pessoas torcem para que isso aconteça, outras tantas acreditam que é possível, e um outro grupo está em dúvida. Caso Dilma recupere a presidência continuará tendo um Congresso hostil e ainda terá que conviver com a retomada da campanha midiática do Brasil aos cacos e corrupção.

Retomada, já que no momento, o sagui tem o apoio e o aplauso midiático nas medidas para destruir a vida da maioria da população brasileira, e a corrupção, bem, a corrupção e o Brasil da "incompetência" foram amenizados nos discursos midiáticos.

O cenário de Dilma retomando a presidência e pedindo um plebiscito sobre uma possível antecipação das eleições para presidente, parece o mais democrático, já que o povo irá decidir.

Uma vez decidido por novas eleições, o quadro que se apresenta é o mesmo; de um lado os rentistas predadores e selvagens do outro a inclusão através de programas sociais. Isso é pouco, e limitante. Terceira via não existe, apesar de discursos e aparências nessa direção.

Com esse quadro, talvez o melhor seja Dilma retomar o poder, colocar um mínimo de ordem na desordem que vem sendo implementada pelo anão e, em meio ao nevoeiro provocado pela maré da regressão conservadora, ir tocando o barco devagar até as eleições de 2018.

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